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Aprimoramento em Grupoterapia: Adaptação ao Contexto On-line
Formación Profesional en Terapia de Grupo: Adaptación al Contexto Online
Group Therapy Improvement: Adaptation to the Online Context
Vínculo – Revista do NESME, vol. 19, núm. 2, pp. 244-253, 2022
Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares

Relato de Experiência


Recepção: 23 Agosto 2021

Aprovação: 30 Setembro 2021

DOI: https://doi.org/10.32467/issn.1982-1492v19n2a9

Resumo: Este é um Relato de Experiência de Aprimoramento em Coordenação e Manejo de Grupos. A experiência ocorreu durante a pandemia da COVID-19, sendo assim, desafios e adaptações estiveram presentes na vida cotidiana e acadêmica. A adaptação do aprimoramento para a modalidade on-line e em contexto pandêmico, provocou questionamentos a respeito do êxito da tarefa. O emprego dos dispositivos on-line para o aprimoramento de grupoterapeutas é um campo relativamente novo, justificando a relevância deste trabalho. Foi utilizado Diário de Campo para a coleta de dados e optou-se pelo referencial teórico de Pichon-Rivière, e outros autores da Psicanálise das Configurações Vinculares que discutem a questão da virtualidade na atualidade. Entendemos que a adaptação ao modelo on-line possibilitou a continuidade das atividades grupais programadas e a existência de um espaço de formação, troca e suporte entre pares. O Grupo Psicanalítico de Reflexão foi fundamental neste contexto, favoreceu a aprendizagem e o desenvolvimento de competências, oportunizou a construção e fortalecimento de vínculos, estimulou a postura crítica e criativa diante dos desafios, limites e potencialidades da adaptação ao modelo on-line, além de acolher as experiências decorrentes dos aprimoramentos do estado de pandemia.

Palavras-chave: Formação, grupo on-line, grupo psicanalítico de reflexão.

Abstract: This is an Experience Report on the Improvement Group Coordination and Management. The Experience occurred during the COVID-19 pandemic; therefore, challenges and adaptations were present in daily and academic life. Questions about the success of the task were raised after the adaptation of the Group Therapy to the modality due to the pandemic context. The usage of online devices to enhance group therapists is a relatively new field, justifying the relevance of this work. Field Diary was used for data collection. We opted for the theoretical framework of Pichon-Rivière, and the Psychoanalysis of Binding Configurations’ authors, who discuss the issue of virtuality today. We understand that the adaptation to the online model enabled the continuity of scheduled group activities and the existence of training spaces, exchanges, and support peers. The Psychoanalytic Reflection Group was fundamental in this context, it favored learning and the development of skills. It provided the opportunity to build, strengthen bonds, and encourage critical and creative stances in the face of the challenges, limits, and potentials of adapting to the online model; and welcomed the experiences of improvements resulting from the pandemic state.

Keywords: Improvement, online group, psychoanalytic reflection group.

Resumen: Este es un informe de Experiencia de Formación Profesional en la Coordinación y Gestión de Grupos. En el año de esta experiencia ocurrió la pandemia del COVID-19, desafíos y adaptaciones se hicieron presentes en la vida cotidiana y académica. La adaptación de la formación a la modalidad en línea y el contexto de pandemia, planteó interrogantes sobre el éxito de la tarea. El uso de dispositivos en línea para la formación de terapeutas grupales es un campo relativamente nuevo, que justifica la relevancia de este trabajo. Se utilizó Diario de Campo para recoger datos. Optamos por el marco teórico de Pichon-Rivière y autores del Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculantes que discuten el tema de la virtualidad en la actualidad. Entendemos que la adaptación al modelo en línea permitió la continuidad de las actividades grupales programadas y la existencia de un espacio de formación, intercambio y apoyo entre pares. El Grupo de Reflexión Psicoanalítica fue fundamental en este contexto, favoreció el aprendizaje y el desarrollo de habilidades, brindó la oportunidad de construir y fortalecer lazos, estimuló una actitud crítica y creativa frente a los desafíos, límites y potencialidades de la adaptación al modelo en línea y acogió las experiencias de la formación derivadas del estado de pandemia.

Palabras llave: Formación Profesional, grupo en línea, grupo de reflexión psicoanalítica.

O presente artigo é um relato da experiência de aprimoramento em coordenação e manejo de grupos. Narra a trajetória de adaptações técnicas necessárias em função das medidas de biossegurança devido a pandemia COVID-19, e os impactos na vivência dos participantes. Tem por objetivo destacar os desafios e elementos que se mostraram potentes, além de refletir a respeito das adaptações técnicas demandadas e contribuir para a construção de saber acerca da formação de grupoterapeutas.

O emprego do dispositivo on-line tem ganhado espaço nas práticas psicoterapêuticas, especialmente durante e após a pandemia COVID-19. Em função desse crescimento justifica-se a ampliação dos estudos acerca do uso destas ferramentas. Refletir sobre a formação de grupoterapeutas em formato on-line contribuirá com a construção de conhecimento na área, favorecendo reflexões sobre as limitações e possibilidades desta modalidade de aprimoramento, e incentivando outros pesquisadores a explorarem mais o tema.

O curso teve finalidade de apresentar teorias e técnicas do manejo de grupos em diferentes contextos a partir da apropriação teórica, vivência grupal, observação e coordenação de grupos; lançando mão de aulas expositivas, supervisão e Grupo Psicanalítico de Reflexão. A formação teve duração de um ano e meio, com início em fevereiro de 2020 e término em junho de 2021. Os encontros foram programados para ocorrer presencialmente aos sábados , uma vez ao mês, com aula expositiva e de supervisão de casos no período da manhã, e no período da tarde, aula expositiva e grupo de reflexão. Os participantes eram profissionais com formação na área da saúde: psicologia, psiquiatria, psicanálise, enfermagem, serviço social, farmácia, terapia ocupacional e educação física; atuantes da saúde mental no setor público, privado e/ou clínica particular; totalizando 25 participantes, aproximadamente. Este relato contempla o período entre fevereiro e dezembro de 2020.

De acordo com Zimerman (2000), a formação do grupoterapeuta se dá através dos conhecimentos, habilidades e atitudes, sendo que esta última se refere a pessoa real do terapeuta, ou seja, sua estrutura de personalidade, análise pessoal, ideologia e valores, componentes estes que se mostram através da comunicação não-verbal, e atingem o primitivo da organização do self do paciente.

O Grupo de Reflexão é uma modalidade operativa com a finalidade de ser instrumento de ensino-aprendizagem, comumente utilizado na preparação de grupoterapeutas, pois, alia informação e formação, promovendo aquisição de atributos internos desejáveis para o aprendiz (futuro coordenador de grupos). Apesar de não ter finalidade terapêutica, exerce uma ação terapêutica que se traduz na mudança de atitudes e condutas. Utilizando-se das quatro funções do ego: a percepção, o pensamento, o conhecimento e a comunicação, através da conscientização e elaboração destas, numa galeria de espelhos, cada sujeito realiza uma reflexão sobre si mesmo e reassume responsabilidades (Zimerman, 2000).

Neste sentido, Emílio (2021) destaca a importância de acentuar quando se trata de um Grupo Psicanalítico de Reflexão, pois, além dos aspectos descritos acima, priorizado na formação de grupoterapeutas de orientação psicanalítica, possibilita questionamentos à instituição formadora. Desta forma, enfatiza a reflexão e o conhecimento oriundo da vivência grupal, utilizando a livre-associação de ideias, promovendo ressonância afetiva a qual resulta na manifestação das emoções, e estimula a capacidade de aprender, de pensar, de ser criativo, de resolução de conflitos, de queixas e de sentimentos menos amorosos.

Pichon-Rivière (2007) nos ensina que, no grupo, as identificações ocorrem mutuamente e são entrecruzadas. É constituído um vínculo estreito em função de uma determinada ideologia, gerando sentimento de totalidade e, somente após a isto, o aglomerado passa a funcionar, de fato, como um grupo ideológico e de operatividade estabelecida.

De acordo com Zimerman (2000), vínculos se referem à ligação entre partes que estão unidas e inseparadas, embora sejam delimitadas entre si. Ao se referir a Bion, o autor aponta a existência de três vínculos: Amor, Ódio e Conhecimento; e ainda acrescenta o vínculo do Reconhecimento. Este conceito abrange três planos das inter-relações de um indivíduo: a intrapessoal, interpessoal e transpessoal, sendo acompanhados do estado emocional e fantasias.

Quando há duas ou mais pessoas interagindo é constituída uma estrutura. As Configurações Vinculares são observadas nas relações entre grupos, ligadas às fantasias inconscientes, modalidades de comunicação, nível de maturidade e regressividade de cada um e de todos (Zimerman, 2000).

Na experiência aqui descrita foi questionado de qual modo as Configurações Vinculares seriam afetadas no modelo on-line.Castanho, Emílio, Oliveira e Neves (2020) escreveram a respeito de um Grupo Reflexivo realizado em contexto pandêmico com adaptação das atividades presenciais à modalidade remota. Os autores destacam algumas especificidades que identificaram neste modelo: olhar-se a si mesmo, facilitando o trabalho de questões do narcisismo; facilidade de entradas e saídas do atendimento on-line devido à conexão de internet. A experiência da agressividade passou a ser vista como menos intimidadora, por estar acessando a partir de um lugar seguro para si, e sem contato corporal com os demais. Os autores reconhecem alguns potenciais do formato on-line como, o uso da tecnologia para facilitar encontros; comportar combinações com outros recursos mediadores; permitir adaptações e/ou criação de novas técnicas capazes de transformar, significativamente, a qualidade dos processos psíquicos e de vinculação.

O referido artigo aponta os impactos do dispositivo on-line e suas diferenças se comparado ao presencial. Considera necessário tomá-lo como uma mediação específica, um metamediador, capaz de facilitar processos, favorecendo a figuração de algumas questões em detrimento de outras. Todavia, os autores entendem que o alcance destes potenciais depende de como são apropriados e utilizados os recursos tecnológicos disponíveis. Sinalizam e problematizam o risco de desarticulação do viver juntos e consideram este um campo de pesquisa em mediação que necessita ser mais explorado (Castanho et al., 2020).

PerCurso

Devido à pandemia da COVID-19, para respeitar as medidas de biossegurança, o curso precisou ser adaptado para o formato on-line logo após o primeiro encontro presencial, o que foi recebido como desafiador pelo grupo de docentes e discentes. Nós nos enquadramos em telas e construímos um novo aprimoramento. O cronograma passou por algumas alterações e os encontros foram transpostos para plataformas de comunicação a distância, uso de áudio e vídeo, com aulas síncronas.

Atravessados pelo contexto pandêmico, na tarefa de entrelaçar teoria, prática e vivência pessoal, foi proposto aos alunos do curso que realizassem um Diário de Campo (Lewgoy & Scavoni, 2006; Lima, Mioto, & Dal Prá, 2007), e as anotações poderiam ser resgatadas na construção do Trabalho de Conclusão de curso. O diário de campo consistiu em elementos que se destacaram como mais significativos em cada encontro, tais como o tema das aulas, a dinâmica do grupo, aspectos da teoria estudada e entrelaçamentos com as vivências grupais. A partir dessas anotações foram selecionados trechos que serão abordados ao longo deste artigo, com vistas a relatar o percurso dos participantes, os atravessamentos vivenciados e aprendizados.

Encontro 1 - fevereiro 2020

O primeiro encontro foi presencial na sede do NESME (Núcleo de Estudos de Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares). Havia um misto de entusiasmo, expectativas e angústias. Conhecer o corpo docente e discente, adaptar-se ao espaço físico, o desconforto diante do desconhecido e os receios de se revelar para estes novos rostos. Minhas impressões pessoais foram de que era difícil para os participantes, deixarem o lugar de quem está habituado a conduzir/ser coordenador do grupo, afinal a maioria já possuía alguma experiência de coordenação. Acrescentando a isto, havia uma grande interrogação, se seria possível confiar na condução dos coordenadores, partilhar conteúdos e expor-se para aqueles desconhecidos. Ao longo do dia, e no Grupo Psicanalítico de Reflexão, foram apontadas diversas queixas: desconfortos em relação ao espaço físico, considerado pequeno para o número de participantes, falta de ventilação, dor de cabeça, tontura, perda do foco, e cansaço físico e mental.

Março 2020

Neste mês as atividades foram desmarcadas em função das restrições pandêmicas de COVID-19, não tivemos aula.

Encontro 2 - abril 2020

Retomamos as atividades do curso e iniciamos os encontros na modalidade on-line. A maioria dos participantes não possuía afinidade com as ferramentas de comunicação remota e nem entre si. Embarcamos juntos nessa jornada, éramos os docentes e discentes, marinheiros de primeira viagem iniciando contatos, navegando por mares antes não navegados, sem saber usar muito bem os recursos dos quais dispúnhamos e sendo convidados a criar mapas durante o percurso. No primeiro encontro on-line, durante o Grupo Psicanalítico de Reflexão, discutimos se o nome deveria ser mantido, ou se mudaríamos para Grupo de Acolhimento, pois, a sensação era de que todos precisávamos de acolhimento devido às dificuldades do momento vivido. As mudanças ocorridas no curso da vida, e no aprimoramento, a necessidade de adaptações e a toxidade das informações midiáticas acerca da pandemia, eram consideradas invasivas e avassaladoras, gerando impotência, cansaço, fragilidade e isolamento.

Encontro 3 - maio 2020

No Grupo Psicanalítico de Reflexão o clima foi marcado pelo sentimento de pesar e dificuldades frente as demandas emergentes, as adaptações forçadas, as perdas (familiares, colegas de trabalho, financeiras e de convívio social) e as dúvidas sobre como dar continuidade nas atividades (rotina diária, trabalho e estudos). Lidávamos com lutos e uma intensa busca por respostas, só conseguíamos ver as limitações e falhas. Comentamos que o grupo se sentia mais confortável com as atividades do período da manhã, quando havia uma menor exposição de si, numa postura mais passiva ou numa fala mais direcionada para a reflexão sobre o texto de referência, ou a prática profissional. No período da tarde, o Grupo Psicanalítico de Reflexão, nos convidava e permitia uma fala livre, por associações, o que era considerado muito difícil, por ainda não nos conhecermos bem e das fragilidades que estávamos enfrentando, sendo as demandas e consequências da pandemia. As queixas de exaustão e impotência eram recorrentes.

Encontro 4 - junho 2020

Em junho tivemos dois encontros para repor a aula de março. A aula desse dia foi sobre “Enquadre”, e nos perguntávamos sobre o que mudava no contexto on-line. ‘Seria possível fazer grupos neste formato, sem a presença física da roda, mais parecidos com um mural?’, enquadrados em imagens na tela.

No Grupo Psicanalítico de Reflexão falamos sobre sentimentos de estar deslocados, em abandono e impotência. Nesse dia uma colega teve dificuldades de acesso. Sem imagem, ela suplicava por ajuda para manter a conexão de modo adequado, os demais não sabiam como proporcionar isso, o que gerou um grande mal-estar no grupo.

Nós nos questionávamos se sobreviveríamos a este impacto. Começamos a nos perguntar o que são vínculos e se seria possível formar algum, naquele formato e contexto. Problematizamos a falta dos espaços de convivência, a ausência do “cafezinho” entre as aulas, para conhecer e trocar ideias com os colegas do aprimoramento.

Encontro 5 - junho 2020

Aula teórica, referência de leitura: Totem e Tabu de Freud.

Os participantes relataram dificuldade em ler o texto e realizar conexões com a prática de coordenação. Em supervisão discutimos a reorganização dos trabalhos em grupo em função da pandemia e partilhamos nossas angústias.

Encontro 6 - julho 2020

Aula teórica, referência de leitura: Psicologia das Massas e Análise do Eu de Freud.

Realizamos muitas associações com fenômenos sociais, expandindo as percepções sobre o tema. Em dado momento da aula perdemos o contato com a professora, que ficou sem conexão de internet. Diante do ocorrido o grupo de alunos se apropriou da aula e com maior liberdade discutiu o tema proposto.

Na sequência tivemos aula de orientação de trabalho de conclusão de curso, um convite para pensar sobre o que nos motivou a iniciar e o que tínhamos em comum enquanto participantes. Através de escolha de palavras significantes individuais, fomos construindo as significantes para o grupo. Começaram a surgir os nossos “nós” - subjetivos e substantivos.

O tema foi levado para o Grupo Psicanalítico de Reflexão e demos continuidade a esse raciocínio. A partir de então começou a se configurar uma confiança no grupo, os participantes se expressaram mais livremente e exerceram o acolhimento uns com os outros. Como estratégia para aproximar o contato entre os participantes, foi criado um grupo de WhatsApp apenas para alunos, ali, na ausência do “cafezinho”, almoço ou fila para o banheiro, criamos o nosso espaço de trocas.

Encontro 7 - agosto 2020

Diante das queixas de cansaço por parte dos participantes, por ter de passar o dia em frente as telas de computador ou celular, foi realizada uma divisão das atividades programadas para dois dias ao mês, em sábados alternados.

Neste dia tivemos apenas aula pela manhã, tema Melanie Klein. O professor que ministrou foi o mesmo que deu a primeira aula teórica, ainda no contexto presencial. No primeiro encontro o grupo vivenciou intensa ansiedade persecutória e sofrimento, sentindo-se acuado pelo coordenador. Enquanto no segundo, foi possível observar uma ansiedade de caráter depressivo, reconhecendo os aspectos bons e maus existentes em cada participante, no coordenador e no próprio grupo. O tema foi desenvolvido, a fala circulou, e ninguém ficou aguardando um direcionamento do coordenador. Ao final da aula ocorreu uma reparação, a impressão inicial foi resgatada e apontada, os temores, os aspectos que favoreceram a inclusão das sensações, e a responsabilidade de cada um com a vivência grupal.

Encontro 8 - agosto 2020

O grupo começava a se questionar no “cafezinho do WhatsApp” sobre como são formados os vínculos grupais, tema que estávamos vivendo e tentando entender. Coincidentemente nesta data tivemos aula sobre Bion.

No Grupo Psicanalítico de Reflexão, os participantes estavam mais confortáveis nos espaços de convivência e construção grupal. Todos se sentiam animados com a experiência de coesão grupal, mesmo diante das adaptações necessárias a partir do modelo on-line. Foram apontados os ganhos com essa modalidade, ficamos mais confiantes na constituição de um vínculo.

Encontro 9 - setembro 2020

Tivemos aula teórica sobre Pichon-Rivière, todos se identificaram com o trabalho do autor. Sensação de satisfação por se aproximar da prática de manejo de grupos, algo conhecido pela maioria dos participantes. As contribuições do autor sobre vínculos enriqueceram as discussões já recorrentes. Ficamos pensativos sobre o aprender mutuamente e a mobilização de papéis.

Encontro 10 - setembro 2020

Tivemos a segunda aula teórica sobre Pichon-Rivière. No Grupo Psicanalítico de Reflexão discutimos sobre o caráter experimental da nossa vivência, e sobre a aprendizagem que se dá enquanto se faz/vive. A partir dessa discussão os participantes identificaram demandas e encaminharam um pedido para ajustes no curso: diminuir o número de aulas mês (retorno ao contrato inicial, um dia de aula mês), e que fossem disponibilizados os textos para leitura com maior antecedência.

Tendo como referência a aula teórica do dia, compreendemos nosso movimento grupal: porta-vozes sinalizaram a demanda do grupo, que foi reconhecida e acolhida. Estes se tornaram líderes de mudança e atuamos como um grupo de trabalho em tarefa. Resultando no encaminhamento da solicitação de ajustes, direcionados a coordenação do curso.

Encontro 11 - outubro 2020

Este foi o primeiro dia de aula após a efetivação dos ajustes solicitados. Tivemos aula sobre Winnicott. Em supervisão discutimos sobre cuidados com o setting (espaço físico, combinados e regras para que o grupo aconteça), atendimento familiar e institucional, com atenção especial para o lugar de testemunha do terapeuta neste contexto.

No Grupo Psicanalítico de Reflexão falamos sobre a ausência, dos que não puderam participar no dia. Refletimos sobre os ruídos (queixa de sons ambientes captados pelos microfones ligados) e dores de cabeça. ‘O que estes sinais dizem sobre o nosso grupo?’, ‘O que está sendo comunicado aqui?’, ‘Como lidaremos com isso, de forma resolutiva ou excludente?’.

Refletimos sobre a humanização do cuidado dentro do grupo. Pensamos nele como espaço de criatividade, ‘a sala da bagunça’, ressaltando a importância de entrar na brincadeira, mas respeitar o volume de caos que suportamos, sendo os limites terapêuticos, uma estrutura de cuidado.

Os participantes falaram sobre as dificuldades com os meios de comunicação e suas falhas em áudio e vídeo, e como se sentiram acolhidos pelo grupo. Apontamos as ausências breves e as definitivas, também como a sensação de perdas e paralisação com essas rupturas. Surgiram revelações de pensamentos e sentimentos sobre desistir do curso. Foram valorizadas as diferenças existentes, entendidas como fundamentais, afinal cada um contribuía com seu modo de participação singular.

Encontro 12 - novembro 2020

Nesta data tivemos aula teórica sobre a Escola Francesa. A tônica do dia foi de cansaço e apareceu no Grupo Psicanalítico de Reflexão. Foram retomadas as falas sobre perdas, em especial com a saída de participantes dos encontros. Dialogamos sobre o encantamento inicial com o curso e o grupo, as singularizações e como cada um contribui.

Os participantes puderam compartilhar aspectos que há tempos produziam sofrimento individual e cerceavam a livre expressão ou participação nos encontros, ‘chorar com a câmera e som desligados’(sic). Foi trazida a imagem de centrífuga, ilustrando a força empregada para permanecer no grupo, pois, diversos eram os desafios que pareciam atuar impulsionando ao desligamento do curso. Concluímos que a cada encontro se dava um grupo novo, em função dos movimentos de entradas e saídas.

Houve uma valorização das experiências vividas unicamente no Grupo Psicanalítico de Reflexão, e suas contribuições para a formação de coordenadores de grupos. Ao final deste encontro foi sugerido, por uma participante, a realização de um amigo secreto on-line para celebrar o encerramento do ano letivo. A proposta foi acatada por todos do Grupo Psicanalítico de Reflexão.

Encontro 13 - dezembro 2020

No encontro anterior, e nos dias que se seguiram, foi combinado o Amigo Secreto On-line, nem todos os participantes optaram por integrar esta atividade. Este evento impactou o início do Grupo Psicanalítico de Reflexão, a tarefa não estava bem delimitada (se seria Grupo de Reflexão ou Amigo Secreto), mas logo se esclareceu, ‘primeiro o trabalho, depois a festa’. Realizamos uma avaliação da experiência do período de curso e partilhamos angústias sobre as saídas de participantes; sobre a modalidade de curso on-line, as preocupações com a monografia, a capacidade de adaptação e criatividade; e as subjetividades existentes no grupo. Entre os ganhos do ano, entendemos que o grupo estava constituído, superamos a etapa de aglomerado. O encontro deste dia se deu com poucas intervenções das coordenadoras, reconhecemos aspectos terapêuticos e de aprendizado.

Discussão

Pichon-Rivière (2007, p.122) nos alerta: “é mais grave e angustiante para o sujeito que aprende quando a natureza do campo de aprendizagem e a natureza do ofício que o sujeito está aprendendo são coincidentes”, pois, toda interpretação direcionada ao outro se dá através de um conhecimento de si mesmo, é preciso conhecer e aceitar a si mesmo para poder lançar olhar ao outro.

O Grupo Psicanalítico de Reflexão, em que fomos participantes e objeto de estudo, se configurou como espaço privilegiado de confiança para a comunicação, expressão, elaboração e autorreflexão sobre a vivência de estar realizando um aprimoramento em manejo de grupos, no contexto de pandemia e na modalidade on-line.

O curso teve início com um aglomerado de sujeitos interessados em aprender sobre os fenômenos grupais e seu manejo, o contexto de pandemia atravessou e intensificou alguns sentimentos e fantasias, ilustrados do primeiro ao quarto encontro acima narrados. Entendemos que no quinto encontro começou a constituição do grupo.

Constituição que se deu num encadeamento de eventos: (1) na aula teórica, com a ausência da professora, por problemas de conexão de rede, os participantes ocuparam o espaço da fala livremente e discutiram o tema realizando reflexões e conexões sobre questões vividas em época; (2) na aula de Orientação de Trabalho, o grupo elegeu a palavra ‘nós’ - pronome, substantivo e subjetivos - como norteadora; (3) este tema foi levado para o Grupo Psicanalítico de Reflexão, se configurou um clima de confiança no grupo; (4) na sequência uma participante compartilhou questões pessoais e perda de uma pessoa próxima devido a COVID-19, foi acolhida pelo grupo; (5) apontada a ausência dos espaços de convivência, o grupo encaminhou a criação de um grupo de WhatsApp, o ‘cafezinho virtual’, apenas para os alunos, com o nome de Nós, NESME’.

Essa sucessão de eventos possibilitou a ligação entre as partes mencionadas por Zimerman (2000), com favorecimento das identificações mútuas e entrecruzadas, iniciando a constituição de uma ideologia de grupo e da sensação de totalidade, rumo a operatividade, mencionados por Pichon-Rivière (2007).

Pichon-Rivière (2007) explica que a aprendizagem externa é determinada pelas características da aprendizagem prévia da realidade interna do sujeito com seus objetos internos. Há uma troca constante entre aquilo que está dentro e o que está fora e vice-versa, em movimentos de abertura e fechamento, incorporação e assimilação das informações recebidas. Este sistema funciona dialeticamente, ou seja, não há contradição entre o fechado e o aberto, ambos os momentos são necessários. O fechamento é importante para que ocorra a assimilação e a abertura é necessária para a inclusão de novas experiências que serão assimiladas, assim sucessivamente. Este movimento contínuo evita que se dê a estereotipia, o que caracteriza a não-aprendizagem.

A vivência grupal é um processo vivo e permanente de espiral dialética constante, neste sentido, toma consciência dos motivos inconscientes que impossibilitam a passagem para o outro círculo, faz parte da tarefa do processo de aprendizagem (Pichon-Rivière, 2007). Superados entraves iniciais: uso das ferramentas de comunicação a distância e estabelecimento de vínculos, o grupo conseguiu adaptar as formas de aprender e se vincular no modelo on-line.

A partir do sexto encontro, o grupo começou o processo de aprendizagem descrito pelo autor acima, ampliando as potências do grupo por meio da utilização dos espaços, extra aula, possíveis no momento, com um funcionamento mais fluído. Os participantes revelavam se sentir com maior liberdade para participar e expor questionamentos, trazendo exemplos emergentes da vida cotidiana. Aspecto que resultou no acréscimo das identificações, coesão grupal e associações, assim como maior percepção e correlação entre os conteúdos das aulas teóricas, e as vivências práticas dos participantes; o que foi sentido como agradável pelo grupo, mesmo diante das adaptações necessárias.

A maior fluidez deu uma tônica de entusiasmo ao grupo, que se tornou mais esperançoso, um contraponto se comparado aos cinco primeiros encontros. Esse clima possibilitou a todos a identificação e reconhecimento dos ganhos ocorridos a partir da modalidade on-line e suas autorizações: não precisar se deslocar para a aula presencial, otimização do tempo, estar no conforto e segurança da própria casa, dentre outras.

De suma importância destacar que essa tomada de consciência só foi possível devido ao enquadre e a atuação da coordenação de grupo. Fatores que ajudaram o grupo a entender os processos manifestos e latentes que impediam o aprendizado, facilitando a comunicação e permitindo o conhecimento e entrelaçamento da teoria com a prática (Álvarez, 2017).

Álvarez (2017), como citado em Castoriadis (2008), discute o papel formador dos Grupos de Reflexão enquanto gerador de autonomia. Entende autonomia como implicação com a resolução, mas que só pode ser desenvolvida dentro de um espaço acolhedor para os questionamentos, sem censuras, e que permita o surgimento do novo. Nessa perspectiva, o Grupo Psicanalítico de Reflexão, é tido como um microcosmo onde é possível reconhecer as dificuldades e possibilidades que podem vir a ser enfrentadas durante a prática profissional. Essa vivência grupal permite o desenvolvimento da autonomia, um processo permanente, sempre aberto, e inacabado; em movimento e fundamental para a construção do ser grupoterapeuta.

A autonomia discutida acima é demonstrada no oitavo encontro, quando se dá uma problematização e responsabilização em relação às queixas físicas, ausências e seus significados. Movimento que foi possível em função: da atuação das coordenadoras do grupo, da tarefa do Grupo Psicanalítico de Reflexão, do amadurecimento de aglomerado para grupo e da identificação e trabalho com a tarefa grupal.

De acordo com Pichon-Rivière (2007) cada membro tem uma função e uma categoria, determinada um modo de ser e estar no grupo, e isto influencia a assunção ou adjudicação de papéis. No jogo dialético e permanente de papéis se constitui o vínculo grupal. O conjunto de múltiplas afetações dá características de comportamento tanto do indivíduo quanto do grupo, o assinalamento do denominador comum dos papéis representados e assumidos dentro do grupo fortalece a inteireza e coesão grupal.

No Encontro 9, com o desligamento de alguns participantes, o grupo precisou lidar com a reestruturação de papéis. Nesta oportunidade alguns participantes assumiram novos espaços, verbalizaram conteúdos que até então não se permitiam compartilhar. Essa abertura e clareza dissolveu questões que limitavam as contribuições para com o grupo, favoreceu a comunicação e o processo de aprendizagem como um todo, gerando satisfação para os envolvidos.

No início do curso havia o questionamento, se seria possível formar vínculos no contexto de grupos não presenciais, devido à ausência dos corpos e suas comunicações não verbais. Cioppo (2020) explica que a corporeidade, o senso percepção, é uma operação do corpo inteiro, que resulta de um encontro onde o corpo todo fala. Corporeidade concerne a disponibilidade, a sensibilidade, a afetação e ao compromisso corporal, ou seja, escutamos todo o corpo. No contexto de atividades mediadas por recursos de comunicação a distância, o autor defende que a questão não é reparar o irreparável, mas sim de instituir uma prática que possui um território com geografias diferentes, com novas categorias de registro em torno do mesmo conceito de corpo, de corporeidades distantes.

Posicionamento este que se alinha com os potenciais da modalidade on-line apontados por Castanho et al. (2020), e notados na experiência de aprimoramento aqui compartilhada. O ocorrido possibilitou encontros humanos que estavam impossibilitados de acontecer, foram combinados recursos conhecidos como novos, realizadas adaptações e exercitada a criatividade nos processos de vinculação e psíquicos no meio on-line. Olhos e ouvidos precisaram ser afinados para ver e ouvir o que o corpo fala, trazendo os afetos e as afetações para o contexto destas relações mediadas.

Para Cioppo (2020) a questão do on-line se refere à perspectiva. O autor nos instiga a refletir se faremos isso de modo crítico ou acrítico, resistente ou criativo. Convida a pensar sobre onde e como nos posicionaremos para ler, registrar os fenômenos, e as práticas imprevisíveis que são inéditas e nos atravessam.

Ao longo do percurso de aprimoramento, as ferramentas disponíveis foram utilizadas com adaptações técnicas, sendo reinventadas durante a experiência, portanto, sem deixar de ser críticos com as limitações deste enquadre. Consideramos como pontos de atenção que impactaram, limitaram ou cercearam ­- momentânea ou definitivamente -; o acesso à internet; a qualidade da conexão de rede; a posse de ferramentas como, celular e computador, para participar dos encontros; as oscilações e falhas de rede e de aparelhos; a disposição de um espaço físico adequado e sigiloso que permitisse a participação nas atividades do curso. Assim como, o recurso de fechar câmera e vídeo impedindo que os participantes e coordenadores pudessem observar os fenômenos que se passavam; o limite da quantidade de telas, consequentemente o impedimento da observação ampla de todos os participantes (no caso de uso do celular a imagem privilegiada é a de quem fala, desfavorecendo a percepção da totalidade do grupo); e as queixas de cansaço diante da exposição constante às telas.

Alguns elementos vivenciados por esse grupo em aprimoramento são semelhantes aos observados por Castanho et al. (2020), em especial o início do grupo marcado pela possibilidade de uma intimidade e ausência corporal, ocorrendo associações saudosas aos espaços comuns conhecidos e sensações corpóreas. Também foram observados, os desligamentos devido às dificuldades de acesso à internet, falta de privacidade ou sentido naquele momento, em função de outras demandas emergentes relacionadas ao contexto agudo de pandemia.

Entretanto, entre os que permaneceram, foi reafirmada a importância da continuidade do grupo, pois, os encontros, com enquadre bem estabelecido, significaram alguma experiência de continência, empoderamento, criatividade e oportunidade de troca entre pares. Um espaço de acolhimento, compreensão e com propósito de pensar, aprender e construir em conjunto formas de lidar com as instabilidades pessoais, coletivas e laborais vivenciadas naquele momento, ressignificando a experiência de incapacidade experimentada em diferentes níveis e âmbitos.

A continuidade do curso no formato on-line possibilitou a aquisição de conhecimento sobre coordenação e manejo de grupo, além de proporcionar experiência de intimidade, e dar esperança aos envolvidos. Esperança de residir nos espaços coletivos, de cooperação e apoio mútuo em um momento desafiante, conforme Castanho et al. (2020) apontaram.

Considerações Finais

De acordo com Pichon-Rivière (2007):

“[...] um bom analista é aquele que não busca em si mesmo a peça que falta, mas sim, tenta resolver com aquilo que tem, por um caminho diferente, a situação do paciente. Quer dizer, armar uma nova Gestalt que resolva os problemas da aprendizagem” (Pichon-Rivière, 2007, p.125).

O contexto pandêmico, momento crítico e inusitado, ocasionou um desenquadre das práticas ortodoxas e demandou flexibilização das barreiras institucionais, rompendo com as formas tradicionais e diversificando as maneiras de pensar, estar presente, fazer e criar. A complexidade da tarefa de aprimoramento, as adaptações e a realidade, nos atravessava e nos absorvia. Este cenário exigiu a atualização das formas de vinculação grupal perante a exigência de corpos distantes.

Entendemos que as ferramentas de comunicação à distância garantiram a possibilidade de continuar as atividades grupais programadas. Os recursos disponíveis foram utilizados de modo criativo nas adaptações para o formato on-line, sem deixar de proporcionar uma experiência de aprendizagem significativa, afetiva, acolhedora, crítica e implicada com a resolução das questões que emergiam durante o percurso. Neste recorte, o Grupo Psicanalítico de Reflexão foi um espaço privilegiado de assimilação e incorporação do processo de aprendizagem, permitindo a integração do pensar, sentir, agir e comunicar.

Consideramos que o uso crítico e criativo das ferramentas de comunicação à distância possibilitou armar uma nova Gestalt, para dar conta dos problemas de aprendizagem. Ultrapassou os aspectos formais desta, construindo relações de confiança, criando e fortalecendo vínculos; tendo reflexos nas individualidades de cada participante e contribuindo para a construção da pessoa do coordenador de grupos.

Entretanto, levantamos pontos de atenção que limitaram, ou cercearam, a participação no aprimoramento no formato on-line, momentânea ou definitivamente; e precisam ser considerados, problematizados e aprofundados em trabalhos futuros. O tema do dispositivo on-line como mediador na formação de grupoterapeutas merece dedicação em pesquisa para ampliação de conhecimentos. Sugerimos aos trabalhos futuros, que explorem as formações realizadas em outros contextos, para além do recorte de restrições pandêmicas, e investiguem modelos com aulas intervalares (encontros presenciais e remotos), e híbridos (com parte dos participantes presencialmente, parte remotamente).

Referências

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Castanho, P., Emílio, S. A., Oliveira, K. C. S. & Neves, P. H. (2020). Grupo Reflexivo de Apoio à Permanência da Universidade de São Paulo (GRAPUSP): uma estratégia de cuidado aos estudantes e sua adaptação ao contexto on-line. In: Nascimento, A. K. C., Sei, M. B. (Org.). Intervenções psicológicas on-line: reflexões e retrato de ações (pp.116-135). 1ed. Londrina: Clínica Psicológica da UEL. Livro digital: IL. Recuperado de http://www.uel.br/clinicapsicologica/pages/publicacoes.php

Castoriadis, C. (2008). El mundo fragmentado. Caronte: Buenos Aires.

Cioppo, G. (2020). Desencuadres em la clínica: presencialidades e interficies virtuales. Revista Psicoanálisis de las Configuraciones Vinculares. Buenos Aires, Vol. LXII, 1-437.

Emílio, S. A. (2021). Grupos psicanalíticos de reflexão e discussão enquanto modalidades de grupos operativos. In: Santeiro, T. V., Fernandes, B. S. & Fernandes, W. J. (Org.) Clínica de grupos de inspiração psicanalítica: teoria, prática e pesquisa (Cap. 14, pp. 221-239). Londrina: Clínica Psicológica. Livro digital: il. Recuperado de http://www.uel.br/clinicapsicologica/pages/publicacoes.php.

Lewgoy, A. M. B., & Scavoni, M. L. A. (2006). Supervisão em Serviço Social: a formação do olhar ampliado. Textos & Contextos (Porto Alegre), 1(1), 1-9. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/925

Lima, T. C. S., Mioto, R. C. T., & Dal Prá, K. R. (2007). A documentação no cotidiano da intervenção dos assistentes sociais: algumas considerações acerca do diário de campo. Textos & Contextos (Porto Alegre), 6(1), 93-104. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/view/1048

Pichon-Rivière, E. (2007) Teoria do vínculo (7a ed.). São Paulo: Martins Fontes.

Zimerman, D. E. (2000). Fundamentos básicos das grupoterapias. (2a ed.). Porto Alegre: Artmed.



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