Teórico
Mudanças de Paradigma em Psicanálise, Neurobiologia da Memória e Grupanálise
Paradigm Shifts in Psychoanalysis, neurobiology of Memory and Group Analysis
Cambios de Paradigma en psicoanálisis, Neurobiología de la Memoria y grupo Análisis
Mudanças de Paradigma em Psicanálise, Neurobiologia da Memória e Grupanálise
Vínculo – Revista do NESME, vol. 19, núm. 2, pp. 264-269, 2022
Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares
Recepção: 02 Fevereiro 2022
Aprovação: 12 Setembro 2022
Resumo: A autora aborda, sucintamente, a sucessiva emergência de paradigmas em psicanálise e o estabelecimento na atualidade de um diálogo com as neurociências com ênfase nos seus aportes sobre a neurobiologia da memória. Termina fazendo uma breve reflexão das implicações dos factos apontados sobre o devir da grupanálise.
Palavras chave: Paradigmas em psicanálise, neurociências, grupanálise.
Abstract: The autor addresses the successive emergence of paradigms in psychoanalysis and the establishment, today, of a dialogue with neurosciences with emphasis on the contributions to the neurobiology of memory. It ends with a brief reflection on the possible implications of the facts pointed out in the future of the group analysis.
Keywords: Paradigms in group analysis, neurosciences, group analysis.
Resumen: El autor aborda, brevemente, la sucessiva emergência de paradigmas en psicoanálisis y entabla un diálogo com las neurociências com énfasis en contribuciones sobre a neurobiologia de la memoria. Termina com una breve reflexión sobre las posibles implicaciones de los hechos señalados en el transcurso del grupoanálisis.
Palabras clave: Paradigmas en psicoanálisis, neurociências, grupo análisis.
Introdução
A revisitação da história da psicanálise a sucessiva emergência de paradigmas filosóficos e científicos na estruturação da visão do psiquismo e a capacidade da psicanálise se transformar,alargar seus horizontes e subsistir.
Como grupanalista é pertinente admitir que as transformações na teoria e na prática clínica psicanalítica, na sua evolução histórica, tenham reflexos na evolução da grupanálise quando a conceptualizamos numa fundamentação teórica psicanalítica.Como aconteceu com a psicanálise, a capacidade de se questionar, em postura avessa a posições dogmáticas, será motor de introdução de transformações, de evolução criativa e de subsistência.
Esta a ideia que me orientou na elaboração deste trabalho.
Considerando o que acabo de dizer e o título desta apresentação, farei breve incursão sobre a evolução dos paradigmas em psicanálise e sobre a abordagem do diálogo da psicanálise com as neurociências enfatizando a importância dos aportes da neurobiologia da memória com impacto na conceituação clássica da psicanálise e sua repercussão na teoria e técnica da grupanálise.
Evolução dos Modelos Conceptuais em Psicanálise (alguns aspetos históricos)
a) O dualismo cartesiano e o modelo pulsional
Em fins do século XIX e princípios do século XX, no apogeu da criação do conceito de indivíduo, como entidade possuidora de uma dimensão interior, capaz de auto-observação, foi possível conceber-se o sujeito psicanalítico, inserido numa cultura individualista em que a satisfação da sexualidade e da agressividade era sede de conflito, o que favorecia a emergência do funcionamento neurótico.
Freud criou a psicanálise num contexto cultural e científico que se refletiu numa conceituação que o conduziu a uma radical separação entre sujeito e objeto e a uma conceptualização de mente separada do corpo.Delineou a psicanálise (Fulgencio, 2003) inscrita no dualismo cartesiano e no positivismo, como ciência empírica-natural, com disjunção entre observador e objeto, com objetificação do homem, com incidência no intrapsíquico, pressupondo uma metafísica especulativa da natureza, a metapsicologia que colmatava lacunas deixadas pela observação empírica e concedeu-lhe estatuto de superestrutura da psicanálise.
b) A mudança de paradigma
A compreensão do funcionamento da mente fundamentada não em inferências na vida infantil partindo da observação de adultos, como fizera Freud, mas na observação direta de crianças, os aportes das teorias do desenvolvimento e das neurociências, as polémicas em que o narcisismo primário é contestado, a valorização do espaço intersubjetivo, são fatores que contribuíram para a mudança de paradigma. O analista não é mais um observador objetivo e a contratransferência não é empecilho para a ação terapêutica mas uma “ferramenta” que comparticipa na construção do processo.Estes aspetos abriram caminho para novas teorias da mente e novos entendimentos da psicopatologia(Dinis ,e Afonso,pag.135,2021.).
Na década de vinte do século passado uma polémica entre Freud e Ferenczi será o marco de novo entendimento: Ferenczi, retomando a teoria traumática de Freud, conceptualizou o trauma psíquico além da esfera sexual, como falha empática nas interações pais e filhos.
Às conceituações de Ferenczi seguiram-se as de Fairbairn, Balint, Winnicott, Kohut e, mais recentemente, de Fonagy, perspectivando o desenvolvimento humano num sistema aberto, a psicopatologia como falha ambiental, num paradigma relacional.
Como esforço de conservação do modelo pulsional, acrescentaram-se-lhe contribuições do modelo relacional, por atravessamento da barreira teórica-clínica de modelos em oposição com integração de ambas as perspetivas (modelo de acomodação de Kernberg) ou com a preservação do modelo clássico colocado a par do relacional (modelo misto de Kohut) como nos referem Greenberg e Mitchel (1994).
c) O paradigma contemporâneo das ciências (alguns aspetos)
Nas últimas décadas do século XX as ciências da complexidade questionaram o reducionismo do positivismo, insistiram no estímulo ao diálogo interdisciplinar e na convicção do mundo organizado em sistemas (Coderch, 2014).
As ciências da complexidade constituem-se como conjunto de perspetivas, de hipóteses e de metodologias pretendendo estudar fenómenos complexos ocorrendo na dinâmica entre sistemas. Introduzindo o estudo da relação analítica nas ciências da complexidade assim como o diálogo entre as memórias explícitas e implícitas de acordo com os aportes das neurociências sobre a memória, admitem a não existência de uma causa única para explicar um determinado fenómeno e sim uma interdependência entre todos os fenómenos, numa constante procura de equilíbrios entre sistemas.
O Diálogo da Psicanálise com as Neurociências (alguns aspetos)
A abordagem da subjetividade com propensão neurobiológica conduziu a aproximação da psicanálise às neurociências.
Na biologia humana prevalece hoje entendimento monista : corpo e mente coexistindo no mundo físico. Na base da fundamentação monista materialista não reducionista, a mente é descrita inserida num complexo físico e simbólico, de causalidade múltipla, envolvendo corpo e ambiente em que a compreensão dos aspetos físicos não abarca a totalidade da mente.
Une-se a objetividade da neurobiologia às bases teóricas e técnicas da psicanálise. Diminui-se a distância entre aspetos biológicos e psicodinâmicos. Esta a posição dos fundadores da neuropsicanálise, na linha de investigações de Solms e Kaplan-Solms.
A neurociência forneceria as bases empíricas e conceituais que permitem à psicanálise aceder ao estatuto de ciência. Insiste-se na importância das características do encontro clínico , na confiança do paciente no analista, condições essenciais para que o paciente possa falar de si, permitindo a abordagem dos temas a investigar.
Verifica-se concordância entre os estudos da neurobiologia da memória com as investigações psicanalíticas sobre a natureza intersubjetiva da memória e valorização da memória implícita na constituição do psiquismo.
No campo da neurobiologia humana a ideia filosófica do dualismo cartesiano caiu em desuso prevalecendo entendimento monista: corpo e mente coexistindo no mundo físico.
Conclui-se que o diálogo da psicanálise com as Neurociências é profícuo em muitos níveis.
Escolho abordar sucintamente estudos sobre a memória por se constituírem como via de resposta às tentativas de ampliação do campo psicanalítico quando tentamos incluir aspetos não verbais no psiquismo incorporados na memória implícita.
A conceituação da memória é processo complexo que incorpora as memórias explícitas e as implícitas. Estas últimas constituídas pelo que sabemos e fazemos sem que tenhamos consciência do recordar. Vão desde memórias inatas aos reflexos condicionados ou padrões motores aprendidos.
Entende-se o ser humano como emocional e as emoções como suporte da razão.
Razão e Emoção estabelecem uma relação dialógica; qualquer das nossas experiências subjetivas resulta desta profunda inter-relação.
O sistema subsimbólico de processamento da informação sensorial, visceral e motora, durante a vida racional adulta, opera em conjunção com o processo psíquico , numa situação dialógica entre o implícito e o explícito.
A técnica freudiana, como é sabido, almeja tornar consciente o inconsciente recalcado, inconsciente freudiano, que corresponde às memórias explícitas, simbolisáveis.
A existência das memórias implícitas permite a ampliação da conceptualização do inconsciente com repercussões na prática clínica. Conduz à valorização do pré-representacional, complementa a compreensão da transferência e salienta a necessidade de reformulação da sua conceituação. Impõe-se pois a valorização das dimensões neurótica e narcísica na transferência permitindo-se a expansão da abordagem da psicopatologia e de novas propostas específicas de interpretação, consonantes com a psicopatologia do deficit (Bleichmar, 1997). Acede-se à compreensão de que as perturbações narcísicas precedem a instauração do complexo edipiano e têm origem em traumas inscritos nas memórias implícitas. As perturbações não se inscevem apenas no desenvolvimento sexual mas também no amadurecimento emocional ocasionado por fatores externos relacionais.
Na literatura posfreudiana não se abordam apenas estudos sobre as vicissitudes da pulsão, mas teorias complexas com questionamento radical da líbido da segunda teoria de Freud como referido por Kohut.
Os aportes da neurobiologia da memória representam assim contributo notável para a compreensão e a abordagem terapêutica das componentes pregenitais da personalidade e consequentemente uma mais aprofundada e complexa compreensão do sofrimento humano.
Evolução da Grupanálise e a Neurobiologia da Memória (alguns aspetos)
A grupanálise encerra uma pluralidade de conceituações que compartilham a convicção da existência do inconsciente, o que lhes concede uma identidade comum (Neto, e Centeno, 2021).
A grupanálise praticada pelos membros da SPGPAG enfatiza pressupostos psicanalíticos amplamento expostos por Cortesão (1989).
Integra aspetos da conceptualização de Foulkes, a vertente psicanalítica, possui especificidades conceituais que lhe conferem identidade própria articulando a tradição psicanalítica representada pela metapsicologia com inovações posfreudianas das obras de Klein, Fairbairn, Winnicott, Balint, Bion, Bouvet, Kernberg e Kohut.
Em Cortesão (1989) salientam-se dimensões no relacionamento entre paciente e analista: a transferência e a interpretação da transferência que conduzem ao insight curativo com mudança do funcionamento psíquico e a existência de uma aliança de trabalho (Greenson, 1967) previamente estabelecida (Cortesão, 1989). Mantem-se a metapsicologia e a perspetiva pulsional .
Cortesão elaborando sobre a possível evolução da sua conceptualização (Cortesão, 1989) sublinhou a importância da contemporaneidade na informação científica, a incentivação ao diálogo interdisciplinar e o desejável estabelecimento de uma relação de convergência, entendida como de influência mútua com a psicanálise.
Como na psicanálise, em grupanálise, os aportes da neurobiologia da memória concorreram para a introdução de perspetivas complementares ao processo .
Anotamos trabalhos integrando dimensões advindas das neurociências , conceitos de Stern, Fonagy, Solms, Panksepp, Schore, Rizzolati e Damásio. (Melo e Marques, 2021, pag.119); a incorporação da comunicação dialógica entre os sistemas explícitos e implícitos presente no conceito de comunicação metadramática de João A. Silva (1994); a incorporação do conceito de momentos de encontro de Stern (Dinis e Afonso, 2021, pag.132) englobando as memórias implícitas referida e integrada na prática clínica por César Dinis (2003).
A importância da perspetivação da intersubjetividade no processo grupanalítico está presente quando se acentua a pertinência da escuta intersubjetiva em grupanálise no conceito de caixa de ressonância empática (Ferro.e França, pag.64-2021) proposto por César Dinis (2001) e se considera relevante a perspetivação do campo dinâmico conceptualizado por Madeleine e Willy Baranger (Dinis, 2000) ou se conceptualiza a noção de ecoponto descrita por Aucindio Valente..
Como na psicanálise, também em grupanálise a introdução da perspetiva complexa da neurobiologia da memória na compreensão do processo analítico conduz à necessidade de reformulação de alguns processos no setting grupanalítico nomeadamente do conceito de transferência (Dinis, 2003).
Concluimos que a grupanálise que praticamos vem integrando e valorizando aportes das neurociências que a complementam, numa postura de reconhecimento da importância da interdisciplinaridade, da integração de novos conhecimentos e de flexibilização.
Comentários Finais
A teoria da técnica psicanalítica e a abordagem da psicopatologia foram constantemente revistas, ampliadas, por vezes modificadas,desde os tempos de Freud.
A grupanálise fundamentada no processo psicanalítico, surgiu, com Cortesão em meados do século XX, num período em que se instaurou a crítica ao empirismo lógico, oposição à confiança cega na ciência, à objetificação do Homem e se manteve atitude céptica quanto à descoberta de leis e verdades universais (Ferreira, 2000).
A transitação de uma cultura com emergência de patologias neuróticas para uma cultura que fomenta o surgir de patologias com preponderancia narcísica da personalidade (Lipovetsky, 1983, 2007) na órbita do déficit, evidenciou situações de impasse clínico, por dificuldade de inclusão no campo do simbolizável o que escapa à simbolização. (Ferro, 2012).
Assistimos a uma sucessiva emergência de paradigmas na psicanálise, numa visão estrutural relacional, com recurso interpretativo do existir e do acontecer humano, com abordagem científica da complexidade, num estímulo ao diálogo interdisciplinar, destacando-se os aportes das neurociências que se repercutem na teoria e na prática clínica. Cada novo paradigma substitui um anterior em crise pretendendo-se melhor adequação à resolução de situações problemáticas. Surgem roturas epistemológicas com transformações de conceitos e de técnicas que conduzem, por vezes, ao questionar da identidade de escolas e à perspetivação pluralista da psicanálise.
Num transitar de paradigmas caminhou-se da neutralidade do terapêuta com a contratransferência a nível mínimo para o envolvimento na contratransferência que uma vez elaborada se estabelece como fator de apoio ao processo terapêutico.
A complexização do entendimento da intersubjetivação como encontro entre duas subjectividades com formação de um campo intersubjetivo (Goulart, 2009) e não como processo dialético através do qual se acede ao reconhecimento do outro, poderá conduzir a um deslocamento da focagem da análise do intrapsíquico para um campo intersubjetivo com abandono da metapsicologia freudiana (psicanálise relacional numa perspetiva radical).
A evolução da psicanálise e da grupanálise ilustra a qualidade complexa e paradoxal do objeto analítico, simultaneamente individual e social (Greenberg e Mitchell, 1994), fonte de emergência de paradigmas e de ambiguidades nas conceituações e nas práticas clínicas, de um pluralismo conceitual e refletindo uma evolução da ciência, não como linha contínua de ideia mas, como convicção de perspetivas que visam a resolução de problemas. Tratando-se de perspetivas, são pessoais e limitadas, por vezes passíveis de complementação por incorporação de outras ideias que embora diferentes possam não ser incompatíveis inscrevendo-se num processo em aberto.
Acentuemos que trabalhamos numa situação em que o conhecimento está sempre em transformação.
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