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Filme de ficção para a Ciência da Informação: um estudo sobre as abordagens de organização e representação temática
Fiction film for Information Science: a study on thematic organization and representation approaches
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, vol. 24, núm. 54, pp. 124-134, 2019
Universidade Federal de Santa Catarina

Artigo



Recepção: 01 Julho 2018

Aprovação: 02 Outubro 2018

DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2019v24n54p124

Resumo: O documento audiovisual é um material que integra a imagem em movimento e o som em sua essência. Constata-se que esse tipo documental está cada vez mais presente nas relações interpessoais e, concomitantemente, nas unidades de informação. O documento audiovisual em foco nesta pesquisa é o filme de ficção. Desse modo, questiona-se: como a Ciência da Informação está tratando a temática desses materiais? Assim, foi feito um levantamento bibliométrico em base de dados com o objetivo de analisar a literatura a respeito dos modos de tratamento temático de filmes de ficção no âmbito da Ciência da Informação e, também, entender como vem ocorrendo o tratamento temático desses materiais. O método é documental e bibliométrico. Como resultados destacam-se a baixa incidência de estudos que abordam a temática; a influência do Cinema enquanto disciplina nos processos de indexação de audiovisual e a presença de um campo vasto para o desenvolvimento de pesquisas.

Palavras-chave: Audiovisual, Análise de conteúdo, Filme de ficção, Análise fílmica, Tratamento temático da Informação.

Abstract: The audiovisual document is a material that integrates the image in movement and the sound in its essence, and it is contacted that this type of documentary is increasingly present in the interpersonal relations and, concomitantly, in the units of information. The audiovisual document addressed in this research is the fiction film. Thus, the question consist: how is Information Science addressing the subject matter of these materials? Thus, a bibliometric survey was carried out in a database with the objective of analyzing the literature on the thematic treatment modes of fiction films in the scope of Information Science, in order to understand how the thematic treatment of these materials has been occurring. The method is documentary and bibliometric. As a result, the low incidence of studies that approach the subject is highlighted; the influence of Cinema as a discipline in the processes of audiovisual indexing and the presence of a vast field for the development of researches.

Keywords: Audio-visual, Content analysis of fiction films, Fiction film, Film analysis, Thematic Treatment of Information.

1 INTRODUÇÃO

As fotografias e os primeiros filmes podem ser considerados os suportes de base para a conceituação de audiovisual, levando em conta os meios de comunicação que se utilizam massivamente desta ferramenta. O audiovisual, por sua vez, serve a diversos contextos de uso, pois está imerso em um universo que se caracteriza pela divulgação da imagem e do som a todo o momento.

Assim, o audiovisual é um material que sincroniza a imagem e o som em seu todo. Com o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação, esse tipo documental se faz cada vez mais presente nas relações sociais e, consequentemente, em unidades de informação. Dentre a diversidade de tipos de audiovisual, o presente artigo centra-se nos filmes, mais especificamente no tratamento temático dos filmes de ficção.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) classificam o Cinema como agregado à área de Artes, entretanto, as pesquisas que envolvem o cinema e conteúdos afins apresentam estudos em programas de pós-graduação também na área de Comunicação e Informação, e, com maior frequência, centradas na Comunicação (CORDEIRO; LA BARRE, 2011).

A partir do exposto, lança-se a seguinte questão: de que modo a Ciência da Informação, no contexto brasileiro, tem abordado o conteúdo temático de filmes de ficção e, consequentemente, quais as contribuições das abordagens encontradas para a Organização e Representação do Conhecimento (ORC)?

Sendo assim, esta pesquisa consiste em um levantamento de estudos a respeito do tratamento do documento audiovisual na Ciência da Informação. Foram realizadas a identificação de modos de tratamento temático aplicados aos filmes de ficção na Ciência da Informação, a partir do levantamento e análise da literatura publicada sobre o tema, e, na sequência, apresentadas as contribuições desses estudos para a Organização e Representação do Conhecimento no contexto brasileiro.

O método utilizado foi o documental bibliométrico, por meio do qual foram realizados mapeamentos de termos, levantamento em bases de dados específicas e tabulação dos estudos revocados. Foram selecionadas palavras-chaves específicas para se efetuar a busca, que levou em consideração termos pré-estabelecidos e as palavras-chave utilizadas pelos autores. A busca foi feita na Base de dados de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), no Portal Periódico da Capes, na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e no BENANCIB. O critério utilizado para seleção, além dos portais específicos e das palavras-chaves, foi contemplar o filme de ficção e com abordagem direcionada para a Ciência da Informação[1].

Os estudos que estabelecem o diálogo entre as áreas do Cinema e da Ciência da Informação demonstraram, em maior proporção, preocupações em torno do Sistema de Recuperação da Informação em Unidade de Informação, pois o filme, para a área, é visto como um documento que apresenta complexidade em torno de seu tratamento.

Considera-se que as discussões aqui apresentadas sejam relevantes à construção de um aprofundamento no que concerne à questão do audiovisual na Ciência da Informação e na Organização e Representação do Conhecimento, assim como a abertura de novos debates em torno das possibilidades de tratamento deste documento tão importante.

2 FILME: UM DOCUMENTO

Ao rejeitar a visão tradicional e o positivismo presente na conceituação de documento, Briet (1970) se desprende desse movimento e amplia o modo de olhar a documentação e o tratamento documental. Para a autora, o documento é um substituto do real: “[...] é todo indício concreto ou simbólico, conservado ou registrado, com a finalidade de representar, reconstituir ou provar um fenômeno físico ou intelectual” (BRIET, 1970, p. 60).

Ao revisitar a obra da autora, Buckland (1997) destaca quatro critérios que podem ser analisados no momento de classificar um item como um documento:

(1) There is materiality: Physical objects and physical signs only; (2) There is intentionality: It is intended that the object, usually so be treated as evidence; (3) The objects have to be processed: They have to be made into documents; and, we think, (4) There is a phenomenological position: The object is perceived to be a document. (BUCKLAND, 1997).

Dessa forma, compreende-se que a questão textual não é um dos critérios principais para que algo seja documento, mas, sim, a intencionalidade que o torna. Ou seja, é o fato de ser percebido como relevante para alguém. A definição do que é um documento interfere no modo como os profissionais da informação atuam, pois a organização e disponibilização de documentos, bem como a garantia da recuperação dos mesmos, estão entre as funções desses profissionais.

Em vista da diversidade de documentos em unidades de informação, cabe pontuar sobre a importância de ferramentas adequadas para o êxito nas atividades do profissional da informação. Os materiais impressos, tidos como tradicionais, correspondem, geralmente, ao maior número em quantidade física nas unidades de informação. Mas, com a ascensão das tecnologias e a democratização das Tecnologias de informação e Comunicação (TICs), houve um aumento no número de materiais audiovisuais nas unidades de informação. Grosso modo, isso se caracteriza como um reflexo advindo da popularização das ferramentas que produzem e viabilizam o uso do documento audiovisual.

Por meio de levantamento histórico a respeito do tratamento temático e descritivo do material audiovisual, torna-se evidente que esse material passou a ser notado a partir da década de 1930, pois observa-se um crescimento contínuo nas décadas sequentes (EDMONDSON, 2001, p. 2).

Ao revisitar a ISBD (NBM) 1980, traduzida da versão americana de 1971, a terminologia utilizada para abordar o audiovisual é o termo não livro, que em inglês era nonbook. Os materiais classificados como não livros abrangiam: os itens sonoros, visuais, sonoros e visuais, as tecnologias que estavam em ascensão na época e outros elementos diferentes do formato impresso, que era o dominante até então.

Na ISBD (NBM), evidenciava-se a preocupação com a ascensão do material audiovisual e, diante disso, o manual propõe a análise e o uso de fontes adicionais de informação anexas aos “não livros”. Assim, as fontes escritas, para serem utilizadas, deveriam obedecer a três princípios. O primeiro deles é que: “Fontes permanentes associadas com o item devem ser normalmente preferidas àquelas que têm somente uma conexão superficial ou acidental”. Isso corresponde ao título e etiquetas em volta do material analisado (ISBD NBM, 1980, p. 15).

O segundo princípio é um complemento ao primeiro, pois afirma que, caso essas fontes acima apresentassem alguma falha, ambiguidade ou e encontrassem em estado de difícil compreensão: “[...] a preferência deve ser dada à fonte que identifica mais adequadamente a obra ou obras” (ISBD NBM, 1980, p. 15).

O terceiro princípio aponta que “Fontes textuais serão normalmente preferidas às fontes sonoras.” (ISBD NBM, 1980, p. 15). Ou seja, todas as informações textuais relacionadas ao material teriam prioridade no momento de se extrair os dados para a catalogação.

Percebe-se com isso que a origem dos descritores para o tratamento da informação audiovisual fundamentou-se nas regras existentes para materiais impressos, tanto que a recomendação se direcionava para o conteúdo impresso existente nesse material. Assim, observa-se, nesse percurso histórico, que as diferenças entre os materiais escritos e os audiovisuais não eram contempladas, pois até mesmo a terminologia necessitava ser revista. Outro aspecto é a prioridade ser voltada para a dimensão da forma do material, enquanto ocorria uma lacuna a respeito da dimensão do conteúdo[2].

Desse modo, Caleira-Serrano e Nuño-Moral (2004, p. 39) conceituam audiovisual como: “[..] documentos que aglutinan imagen (em movimento) y sonido”. Os autores enfatizam o tratamento do audiovisual relacionado à informação televisiva, em que o documento audiovisual possui valores de exploração (reutilização), comercial e patrimonial. Tais elementos são relevantes, pois o objetivo para o qual é gerido dita o modo como será organizado.

Outro elemento que os autores salientam é que: “Por ahora, el texto se muestra como la única vía de recuperación de información independentemente de que esta se muestre em forma de imagen y/o sonido, al margen de a textual” (CODINA, 1994 apud CALEIRA-SERRANO; NUÑO-MORAL, 2004, p. 24).

Ainda assim, existe uma diversidade na linguagem do audiovisual “[...] encuadres, planos, personajes, movimentos de câmara, primeiros planos, planos secundários, iluminación, condiciones atmosféricas, contraste, brilho, composición, temas, etecetera. (CALEIRA-SERRANO E NUÑO-MORAL, 2004, p. 46). Além dessa diversidade de linguagem, existe uma ausência de materiais para a transposição e uso dessas diferentes linguagens.

Para a área do Cinema, há outras três características de filmes de ficção destacadas por Aumont e Marie (2005), que citam Odin (1981):

[…] narrativo (suas imagens encadeiam-se segundo uma lógica de implicação exterior as imagens); está fundado em uma reprodução analógica que produz uma forte impressão de realidade; opera um trabalho de supressão da narração e da representação em prol da diegese (transparência) (ODIN, 1981 apud AUMONT; MARIE, 2005, p. 93).

O filme de ficção é compreendido como uma expressão artística, no entanto, em um ambiente informacional, ele se torna um documento com potencialidade para informação.

Acredita-se, assim, que o filme de ficção retrata, mesmo que com uma narrativa imaginária, aspectos que fazem parte da realidade social, sendo que, através de representações, esse material é carregado de elementos e situações que denotam um estado de coisas tangíveis à compreensão e identificação de fatos e interlocuções que configuram a realidade. Dessa forma, configura-se em um documento.

2.1 Identificação de assunto em documentos

O processo de distinguir um assunto na análise documental, que visa a identificação, extração e representação da informação, é alinhado de dois modos: análise documental de forma, que corresponde à catalogação; e análise documental de conteúdo, que visa a identificação do conteúdo, isto é, os aspectos intrínsecos dos itens analisados, que também podem ser chamados de tratamento temático da informação (MORAES; GUIMARÃES; GUARIDO, 2007, p. 94).

Desse modo, a análise documental de conteúdo é composta por etapas que correspondem à análise e síntese desse conteúdo, que resultam na representação. Para garantir que tal item seja recuperado, é necessária a linguagem documental. O conteúdo temático consiste em “[...] el conjunto de elementos documentales que reflejan la dimensión informativa (la función original) del documento” (MORAES; GUIMARAES; GUARIDO, 2007, p. 94).

A análise documental de conteúdo, de acordo com Guimarães (1994 apud MORAES et al, 2007), é um procedimento composto pelas etapas analítico-sintética. A etapa analítica relaciona-se à leitura técnica do documento e na identificação dos conceitos. E a etapa sintética corresponde à seleção de conceitos, condensação documental e representação documental.

Para ser elaborada a leitura técnica do documento, é necessário que o profissional se debruce sobre o material com o intuito de identificar o tema do documento. No entanto, em um documento audiovisual, como afirmado anteriormente sob o respaldo de Caleira-Serrano e Nuño-Moral (2004), existe uma diversidade de linguagens que é parte do próprio material, o que corresponde a uma diversidade de possíveis leituras.

Para possibilitar uma visão mais apurada destas leituras e diversidades de linguagens presentes no documento audiovisual, buscou-se mapear os estudos brasileiros de tratamento temático de filmes de ficção.

3 DADOS COLETADOS

A coleta e tabulação de dados foram realizadas no primeiro semestre de 2017 e privilegiou-se o período de 2000 a 2016 para a coleta dos dados. Os termos utilizados para as buscas foram: análise de filmes de ficção, análise fílmica, análise de conteúdo fílmico, indexação de filmes, indexação de audiovisual, indexação de imagens em movimento, imagem em movimento, representação documentária de filmes de ficção, unidades de informação com imagem em movimento, acervos de filmes, texto fílmico.

Prezou-se por textos que apresentavam metodologias de identificação de assunto e temática em filmes de ficção, mas, devido à diversidade terminológica identificada pela ausência de padrão nas palavras-chave, foram selecionados, também, estudos que voltavam sua preocupação para o controle da terminologia. Alguns estudos que abordavam o audiovisual sem foco específico em filme de ficção, mas que utilizavam os termos vídeos longos ou imagem em movimento, também tiveram alguns aspectos mencionados nesta pesquisa.

Os textos foram colocados em ordem cronológica e não por ordem de precisão e recuperação, pois o objetivo é ilustrar a quantidade de estudos que se preocupam com esse material e como está a evolução dos estudos em torno dessa temática.

Após apresentação dos quadros, na seção seguinte, serão apresentadas as principais abordagens para identificação do assunto em filmes de ficção. E o critério utilizado, para selecionar os estudos que serão comentados mais a fundo, é a incidência do autor em publicações sobre a temática.

Quadro 1
Dados recuperados no Portal CAPES, BRAPCI e BENANCIB

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

O Quadro 1 traz estudos recuperados no Portal Periódicos da CAPES, BRAPCI e BENANCIB. Os artigos, de modo geral, são partes de pesquisas em andamento, resultados de grupo de projeto de pesquisa e relatos de experiência.

O primeiro estudo do Quadro 1 apresenta Cordeiro (2000), autora que exibe recorrência em estudos e publicações sobre o assunto. Nesse trabalho, em específico, foi encontrado apenas o resumo. Nessa obra, a autora afirma que sua análise será direcionada para filmes de ficção e propõe resgatar o processo de produção do filme. Para isso, Cordeiro (2000) utiliza o método “[...] tripartição da narrativa, de Vernet, em que faz a distinção entre narrativa, narração e história em um contexto fílmico.” Assim, a autora afirma que para realizar a análise contará com os documentos utilizados para a produção do filme (CORDEIRO, 2000).

Gonçalves (2002) acredita que há a necessidade da elaboração de instrumentos específicos para a recuperação de imagens e, para isso, o autor propõe a: “[…] metalinguagem visando a elaboração de indexadores mais eficientes que enunciem uma polirepresentação mais abrangente da imagem em movimento” (GONÇALVES, 2002, p. 6-7). O texto do autor é composto de elucubrações a respeito do assunto e afirma que a pesquisa se encontrava em andamento.

O artigo de Moura et al (2005) apresenta a importância do controle terminológico para o tratamento de documento fílmico e relata a experiência de elaboração do Tesauro Eletrônico de Cinema Brasileiro, que é classificado pelos autores como “um instrumento que irá auxiliar a organização e recuperação de informações em contextos cinematográficos” (MOURA et al., 2005).

No terceiro texto, Cordeiro e Amancio (2005) voltam a atenção para unidades de informação que lidam com filmes. Os autores afirmam que avaliaram e analisaram instrumentos de indexação e instituições que lidam com esse tipo de material antes de apresentarem a proposta. Para esses autores, a indexação é um processo reducionista e, desse modo, afirmam que quando se trata de filmes de ficção isso se torna um processo mais trabalhoso.

Sendo assim, os autores apontam que o processo de indexação de filmes deve levar em consideração os usuários, que podem ser separados por níveis:

O primeiro nível, apresentado neste artigo, refere-se à indexação da informação dos filmes para o grande público ou para o público leigo. O segundo nível destina-se ao público iniciado em assuntos filmográficos, e o terceiro nível é para o especialista em cinema (CORDEIRO; AMANCIO, 2005, p. 92).

Em um segundo estudo, Cordeiro e Amancio (2006) salientam a importância do usuário receptor para o processo de indexação e recuperação da informação. E, com o respaldo na teoria de Lancaster (2002), os autores pretendem saber como as pessoas reagem aos filmes para aprimorar esse processo de indexação de filmes. Os autores desenvolvem a pesquisa por meio do método experimental, cujo foco da análise são os alunos do curso de Cinema.

Barreto (2007), em um viés mais tecnológico, apresenta programas de computadores para o tratamento de material audiovisual, trata a indexação voltada para banco de dados. O autor apresenta outro artigo no ano de 2011 e esse novo estudo, que aborda um caso específico, visa à melhoria do que o autor chama de “significância do documento”. O autor defende a automação no processo de indexação, no entanto, o estudo é voltado para documentários, não aborda filmes de ficção.

Cordeiro e La barre (2011) apresentam um estudo, que será detalhado mais à frente, sobre a análise de faceta. A finalidade do estudo consiste em aplicar a análise facetada em diálogo com a análise fílmica para buscar a temática do filme de ficção. A análise de faceta proposta não é a única etapa desse processo, assim, as autoras apresentam o esquema que consiste em: “[...] demarcação do campo temático e a definição do grupo de usuários; formulação das facetas, sua estruturação e arranjo; notas de escopo; adequação da notação” (CORDEIRO; LA BARRE, 2011, p. 183).

Sousa (2012) propõe uma combinação entre o sistema multimodal e a ontologia para melhor resultado nos sistemas de recuperação de informação. Desta forma, o autor desenvolve o trabalho pensando nos repositórios e bases de dados digitais para o tratamento do que o autor chama de “vídeos longos”. Sua proposta segue a mesma corrente teórica de Barreto (2007), isto é, volta-se para base de dados.

Em um novo estudo, Cordeiro (2013) apresenta a importância de se estabelecer diretrizes que explorem o potencial informativo do filme. Assim, a autora propõe estudar o perfil do documento e entender a maleabilidade dos usuários.

Através da análise do filme Jogo de cena, que é utilizado como objeto de estudo, Silva (2014) apresenta um método que consiste na junção entre Análise de conteúdo e análise de imagem em movimento para encontrar a temática do filme. Como resultado, ela evidencia a presença de elementos femininos, enquanto temática central da obra, por meio desse método.

Os textos mencionados apresentam uma variedade na abordagem conceitual quando tratam de filmes, tais como: imagem em movimento, filmes de ficção, filmes cinematográficos, vídeos longos e entre outros. Apresentam, também, um distanciamento entre os estudos sobre tratamento temático e ferramentas de tecnologia, elementos que poderiam ser trabalhados de forma complementar.

Segue abaixo um quadro ilustrativo das teses e dissertações que foram recuperadas e tratam da temática em questão.

Quadro 2
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

Fonte: Dados da pesquisa (2017)

No que tange a teses e dissertações salienta-se que foram reportados poucos estudos no contexto da Ciência da Informação. Como afirmado anteriormente, a área da Comunicação Visual apresenta um maior número de publicações no que tange aos estudos voltados para o Cinema e análise fílmica, se comparada à Ciência da Informação, mas não abordam o tratamento de organização e representação temática desses itens.

Os estudos encontrados sobre audiovisual, de modo geral, apresentam maior incidência na área da Arquivologia, e os estudos abordam os modos de armazenamento, conservação e a importância de o item estar relacionado com outros materiais para a construção do sentido.

Com base nos dados presentes nos quadros, é possível destacar três pontos. O primeiro é que ainda há poucos estudos em torno do tratamento temático desse tipo de documento. Cabe ressaltar que o fato do audiovisual ser uma preocupação relativamente recente para área pode ter influenciado a baixa incidência de estudos. Isso é problemático, pois, com a crescente evolução de aparatos tecnológicos, o documento audiovisual tornou-se parte do acervo pessoal das pessoas, bem como a presença cada vez mais pertinentes desses em unidades de informação. Dessa forma, o tratamento destes é primordial.

O segundo ponto evidenciado é o pouco diálogo[3] entre os autores que tratam sobre o mesmo assunto. No entanto, isso não é pontuado como algo negativo, mas, sim, fica evidente que para cada unidade de informação há a necessidade de uma abordagem diferenciada, e isso evidencia a necessidade de mais estudos, não apenas em torno de filmes de ficção, mas também de outros tipos de audiovisual na Ciência da Informação.

O terceiro ponto refere-se à diversidade encontrada para tratar a temática do filme. Pois há várias formas de indexar um filme, seja em complemento com as tabelas existentes ou por meio da adaptação da análise fílmica para a Ciência da Informação. Os estudos, em sua maioria, alegam que as tabelas não são viáveis para o tratamento temático, porque não abordam o conteúdo do filme de modo a satisfazer o usuário ou de modo que o filme seja trabalhado de forma exaustiva em todas as representações, como um filme de ficção pode conter.

Assim, os estudos que propõem novas formas de indexar o conteúdo fílmico trazem influência do Cinema e da Comunicação. Os estudos que tratam de imagens fixa também têm influência nas adaptações para abordagem da imagem em movimento.

3.1 ANÁLISE DOS DADOS

Os filmes de ficção não apresentam compromisso com a realidade e isso os difere dos documentários, que apresentam, através da imagem em movimento e dados históricos, fatos que ocorreram no passado (SMIT, 2000). Este fato interfere diretamente nos modos de proceder com esse material, pois, apesar de documento, ele não trata de assuntos reais, o que dificulta a forma de analisar esse material.

Como visto acima, são poucos os estudos na área da Ciência da Informação que analisam o conteúdo de filmes de ficção, e, principalmente, que abordam a tematicidade desse material. Portanto, dos estudos identificados acima, escolheu-se algumas abordagens para explanar e evidenciar as contribuições dessas pesquisas para à área.

3.1.1 Quanto à análise da informação visual e textual

Em uma unidade de informação, o filme é um documento que abre questionamentos sobre quais elementos devem ser analisados no momento de descrever seu conteúdo. A junção entre imagem e som abre a possibilidade para diversas interpretações.

Representar o tema de um documento visual, sonoro ou visual e sonoro, como as imagens em movimento, envolvem não só o que vemos ou ouvimos, mas também o que a imagem e o som nos sugere. A informação audiovisual pode ser criada com determinado objetivo e utilizada para outro objetivo. (LIMA, 2016, p. 89-90).

Diferente da informação textual, a informação audiovisual pode apresentar um assunto e significar outro, devido às inúmeras possibilidades de interpretação. Bem como o conhecimento de mundo do consumidor por interferir no modo como aquela informação é abstraída. Assim, como uma possibilidade de abordar o conteúdo de um documento, Santos (2013) adapta a decupagem, na qual considera as imagens presentes no filme para elaborar a indexação.

Santos (2013) acredita na necessidade de se categorizar os assuntos apresentados nas imagens em movimento, e propõe que eles sejam dispostos de modo hierárquico. Portanto, o autor define decupagem como uma:

[…] descrição detalhada das ações apresentadas nas imagens audiovisuais. É a descrição dos movimentos dos personagens envolvidos nas ações, situações e/ou eventos, dos pormenores de cada lugar onde as ações acontecem, dos diálogos entre os envolvidos, do texto ou narrativa apresentada na imagem, dos efeitos inseridos na edição de imagem, da forma como a imagem se apresenta para o usuário/cliente, dentre outros elementos relevantes para a recuperação do conteúdo informacional. (SANTOS, 2013, p.5)

O autor entende que as imagens presentes nos filmes também trazem informações importantes para a compreensão e recuperação dos filmes. Santos (2013) trouxe essa metodologia do Cinema e propôs uma adaptação para área da Ciência da Informação.

Essa questão da transposição de estrutura também foi retomada por Manini (2016), que ressalta a importância de o profissional da informação ceder certa atenção ao tratamento da imagem em movimento, pois necessita de uma diferente abordagem para a leitura. Para a autora: “A tradução do imagético para o textual é a própria escolha do termo de indexação, a definição da marca de transposição do visual para o verbal” (MANINI, 2016, p. 110).

Manini (2016) estabelece três características para o profissional da informação que irá trabalhar com a transposição de informação: “[...] ter um conhecimento mínimo sobre o conteúdo do documento que está analisando, bem como conhecer os interesses dos usuários do acervo e a política da instituição e ter acesso aos mecanismos de controle de vocabulário (MANINI, 2016, p. 110).

Outra autora, que também propõe a transposição de imagens, é Lima (2016). Ela acredita que se deve dar muita atenção ao processo para que não ocorram interpretações equivocadas. Lima (2016) propõe fases para análise de documento audiovisual:

As fases para a análise de um documento audiovisual consistem em observar a imagem fixa descrevendo o que se vê; assistir ou ouvir toda a obra, no caso dos filmes e gravações sonoras, anotando a minutagem e descrevendo os planos e as sequências; sintetizar as informações elaborando um resumo; elaborar um registro em uma base de dados (LIMA, 2016, p. 90).

A autora complementa e afirma que processo para a análise de conteúdo da imagem deve envolver três aspectos: “a conotação, a denotação e o contexto.” (LIMA, 2016, p. 90). Para a autora, a indexação dos filmes deve ser feita direcionando os usuários, assim, a autora propõe a: “[...] indexação para o grande público; indexação para o público iniciado em assuntos cinematográficos e a indexação para o especialista em cinema” (LIMA, 2016, p. 95). Diante disso, percebe-se que preocupaçãocom os usuários é recorrente nas pesquisas.

3.1.2 Quanto à análise do sonoro, visual e textual: a montagem

Por meio da leitura de Cordeiro (2000), percebe-se que a autora vê o filme de um modo amplo. Dessa maneira, a autora acredita que todas as informações em torno dos filmes, sejam em sua elaboração e ou até mesmo em seu conteúdo, são relevantes no momento de extrair sua temática. Nesse sentido, Cordeiro afirma que: “A análise do filme como objeto indexacional deve ser abordada como processo de produção de sentido (narrativa e montagem) e não a partir de uma única linguagem (imagens-som-palavras) ou único suporte documentário (roteiro).” (CORDEIRO, 2000, p. 184).

A autora defende um olhar mais profundo em relação ao processo de indexação do filme, pois acredita também que cada um dos elementos supracitados apresentam uma parte relevante do filme. Além disso, Cordeiro (2000) ressalta que, para compreender o assunto do filme no todo, é necessário compreender a narrativa e a montagem. A autora afirma que esse modo de analisar abrange todos os demais componentes de um filme.

Ao argumentar em torno da importância desse olhar, Cordeiro (2000) parte para a apresentação das funções do diálogo, e desse modo ressalta a importância da montagem no processo de indexação. Para isso, ela embasa seus argumentos na fala de Chion (1989):

[...] as funções de diálogo de cinema são: fazer a ação progredir; comunicar fatos e informações ao público; estabelecer as relações entre esses fatos e relações; revelar os conflitos e o estado emocional das personagens; comentar a ação [...] dar uma informação (sem parar a ação); revelar uma ação; fazer uma intriga progredir (os diálogos não são um elemento à parte do filme); caracterizar não só a personagem que fala, mas também a que escuta (CHION, 1989, p. 101 apud CORDEIRO, 2000, p. 189).

A autora ainda salienta que os diálogos são divididos em três tipos: “teatrais, literário e realistas” (CORDEIRO, 2000, p. 189). E pontua “que o diálogo acontece com palavras, mas também através de outros códigos visuais que estão, muitas vezes, assinalados no roteiro, embora na tela possam se materializar de outra forma, como, por exemplo, pela imagem.” (COREDEIRO, 2000, p. 189).

Para a autora, a narrativa é um resultado da montagem que faz uso de todos os documentos utilizados para produzir um filme. Segundo Cordeiro (2000), a análise integradora, como nomeia a própria autora, proporciona a margem de segurança para quem for executar a indexação. (CORDEIRO, 2000, p. 191)

Essa metodologia da autora propõe a observação de quatro aspectos: “a) informação projetada no filme, [o que ela nomeia de o todo fílmico]. b) as imagens fixas de parte do filme. c) as sequências do filme. d) as sequências congeladas do filme. e) os documentos produzidos para o filme.” (CORDEIRO, 2000, p. 196).

Cordeiro (2000) trabalha com a ideia de decomposição do filme para se chegar ao assunto tratado. E para a autora “[...] a indexação produz um metassentido que, no caso fílmico, tem como plano-objetivo a produção de sentido da linguagem fílmica.” (CORDEIRO, 2000, p. 206). Desta forma, destacam-se três níveis de indexação:

O primeiro nível, apresentado neste artigo, refere-se à indexação da informação dos filmes para o grande público ou para o público leigo. O segundo nível destina-se ao público iniciado em assuntos filmográficos, e o terceiro nível é para o especialista em cinema. (CORDEIRO; AMÂNCIO, 2005, p. 92).

De acordo com a autora, percebe-se, então, que a indexação deve ser direcionada ao público que vai atender. Os níveis propostos direcionam o modo como o documento será tratado e norteiam o trabalho do profissional. Portanto, percebe-se a necessidade do profissional, antes de executar qualquer tratamento em torno do audiovisual, conhecer a fundo os usuários para o qual o acervo será voltado.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme pontuado por Caldeira-Serrano (2004), há uma diversidade de linguagens presentes no material audiovisual e isso reflete na necessidade de ferramentas para trabalhar essas linguagens em sistema de organização e recuperação da informação audiovisual. No âmbito brasileiro, constatou-se que os últimos 20 anos foram marcados pelo aumento de estudos em torno dessa tipologia. Esses estudos direcionam suas abordagens para linguagens que se diferem entre si: as imagens capturadas, a transposição do visual e do som para o escrito, a análise dos ângulos das câmeras, os roteiros e outros.

O ponto em comum, ou, pelo menos, a preocupação que norteou boa parte dos estudos analisados, foram os usuários. Devido à diversidade de linguagem em um único material, percebeu-se a necessidade de entender o público-alvo para se estabelecerem níveis no momento do tratamento temático documental.

Nos estudos analisados, neste artigo, evidenciam-se considerações sobre as adaptações de metodologias de indexação de imagens fixas para o tratamento de imagem em movimento; acerca de pesquisas que trabalham com a transposição do visual para o textual; sobre a relevância do conteúdo descritivo; referentes à importância da captura de imagens em movimento para iniciar a indexação, levando em conta também o conjunto de materiais textuais que compõem a obra, no caso, o roteiro.

Cabe ressaltar que os artigos cuja temática era voltada para preservação do audiovisual, memória social e influência da narrativa fílmica na identidade do sujeito, não foram contabilizados por não abordar o Tratamento Temático da Informação, cerne desta pesquisa. Dessa forma, tais abordagens poderão ser analisadas em outro momento.

As abordagens também salientam a necessidade de diálogos com a área do Cinema e da Linguística para atender à necessidade dos diferentes níveis de usuário e para estabelecer o controle terminológico.

Portanto, os estudos entendem o potencial informativo que tais materiais têm e salientam a interdisciplinaridade em sua completude mostrando que, para tratar o audiovisual, é necessária uma compreensão a mais sobre sua história, suas funções e seus usos. Isso para que o usuário possa, de forma coerente, recuperar as informações dispostas e a Organização e Representação do Conhecimento contemplem seu objetivo evidenciando aspectos contextuais e particulares dos documentos.

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Notas

[1] Compreende-se por estudos no contexto da Ciência da Informação abordagens que envolvam a Biblioteconomia, Arquivologia e/ou Museologia.
[2] O conceito de forma e conteúdo será explanado mais à frente neste texto com base em Moraes, Guimaraes e Guarido (2007).
[3] Foram encontradas poucas citações entre os autores que abordam temática similar.

Informação adicional

Editores do artigo: Enrique Muriel-Torrado, Edgar Bisset Alvarez, Camila Barros.



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