ARTIGO TEMA LIVRE
Expansão dos cursos públicos de Serviço Social entre os anos de 2003 e 2016: desafios para a formação profissional
Expansion of Public Colleges of Social Work from 2003 to 2016: Challenges for professional education
Expansão dos cursos públicos de Serviço Social entre os anos de 2003 e 2016: desafios para a formação profissional
Revista Katálysis, vol. 21, núm. 1, pp. 189-199, 2018
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Curso de Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina
Recepção: 05 Junho 2017
Revised document received: 01 Dezembro 2017
Aprovação: 05 Setembro 2017
Resumo: O artigo analisa dados referentes aos cursos públicos de Serviço Social, criados entre 2003 e 2016, coletados no sistema eMEC. Os dados referem-se aos períodos e subperíodos de criação, categoria administrativa, organização acadêmica, região e localização geográfica. Como resultados, constata-se que o período em análise (2003 a 2016) criou mais da metade dos cursos públicos de Serviço Social, com significativo impacto para a formação na área pública. Contudo, no mesmo período, o setor privado também cresceu expressivamente, com forte mercantilização do ensino superior brasileiro e o uso significativo da modalidade de Ensino a Distância (EaD) como estratégia de expansão lucrativa. Ao mesmo tempo, observa-se, com base em diversos estudiosos do campo da Educação, uma expansão precarizada do setor público. Assim, indica-se a necessidade de pesquisas que conheçam a formação em tais cursos, problematizando seus limites e potencialidades, no intuito de fortalecer a formação pública, de qualidade, universal, gratuita e laica.
Palavras-chave: Expansão do ensino superior, Formação profissional, Serviço Social.
Abstract: The article analyzes data referring to public colleges of social work created between 2003 and 2016, gathered from the e-MEC system of Brazil’s Ministry of Education. The data refer to the periods and sub-periods of creation of the schools, their administrative categories, academic organization, region and geographic locations. The results indicate that in the period analyzed (2003 to 2016) more than half of the currently existing public schools of Social Work were created, with a significant impact on public education. The private sector also grew expressively in this period, indicating a strong commodification of Brazilian higher education and a significant use of the modality of distance education as a strategy to expand profits. Based on various studies in the field of education, an expansion of the precariousness of the public sector is also found. Thus, a need is indicated for studies that analyze education in these courses, problematizing their limits and potential, to strengthen universal, quality and secular public education that is free of charge.
Keywords: Expansion of higher education, Professional education, Social Work.
Introdução
O trabalho objetiva traçar um perfil inicial dos cursos públicos de Serviço Social, criados entre os anos de 2003 a 2016, no contexto de expansão do ensino superior brasileiro, durante os governos Lula e Dilma Roussef.
Trata-se de um primeiro resultado de pesquisa sobre as condições formativas dos cursos públicos de Serviço Social no Brasil, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Desenvolvimento Regional, da Universidade Federal Fluminense (PPGSSDR/UFF), sob a coordenação da autora1.
A pesquisa justifica-se em função do contexto de expansão significativa do ensino superior brasileiro, especialmente na primeira década e meia do século XXI, marcada pela predominância do setor privado mercantil, concentrada em conglomerados educacionais, e com uso intensivo do Ensino a Distância (EaD).
Ao analisarmos a curva de crescimento dos cursos públicos de Serviço Social criados nos diferentes períodos históricos, chamou-nos a atenção o quantitativo de cursos públicos criados durante os governos Lula e Dilma Roussef, o que nos instigou a iniciar a pesquisa em curso.
Assim, apresentamos o presente artigo, resultado do trabalho de coleta, organização e análise de dados extraídos do sistema e-MEC2, durante o primeiro semestre de 20173. Analisamos os seguintes dados referentes aos cursos: (1) períodos e subperíodos de criação: com a divisão de períodos 1930/1945 (era Vargas); 1946/ 1963 (período liberal-democrático); 1964/1989 (ditadura civil-militar); 1990/1994 (governos Collor/Itamar); 1995/2002 (governos Cardoso); 2003/20164 (governos Lula e Dilma) e, subdivisão, 2003 a 2010 (governos Lula) e 2011 a 2016 (governos Dilma); (2) categoria administrativa: isto é, se criados em Instituição de Ensino Superior (IES) pública ou privada; (3) organização acadêmica: se criados em IES universitária ou não-universitária; (4) região geográfica do país na qual o curso foi criado; (5) e, por fim, localização geográfica: se o curso encontra-se na capital ou interior.
O texto apresenta inicialmente uma breve discussão - sem a pretensão de aprofundamento - quanto ao perfil de expansão do ensino superior brasileiro. Em seguida, expõe e analisa os dados coletados sobre os cursos públicos de Serviço Social criados no período 2003 a 2016 e, por fim, tece algumas considerações sobre o perfil de tais cursos e os desafios postos à profissão no sentido de fortalecer uma formação pública, de qualidade, universal, gratuita e laica5.
Expansão do ensino superior brasileiro no período 1995-2015 em um contexto de contrarreforma do Estado e de incentivo estatal ao setor privado
A análise da expansão dos cursos públicos de Serviço Social, no período localizado entre os anos de 2003 e 2016 (governos Lula e Dilma Roussef), exige-nos tecer, ainda que muito introdutoriamente, algumas características de tal processo: em um contexto de forte crescimento econômico, um discurso governamental pautado no neodesenvolvimentismo e a permanência do incentivo estatal ao setor privado no ensino superior, com a criação de programas como o Programa Universidade Para Todos (PROUNI)6, a expansão ocorreu majoritariamente com matrículas ofertadas por empresas de grande capital7 e que vêm se utilizando do EaD como estratégia de redução de custos e maximização de lucros.
Assim, ainda que o acesso ao ensino superior brasileiro faça parte das bandeiras e lutas históricas de setores da classe trabalhadora que estiveram, por décadas, alijados de tal direito,8 a forma e o conteúdo de tal expansão - com matrículas concentradas em IES com finalidades lucrativas - vêm respondendo mais a frações da burguesia, que precisam ampliar seus mercados, do que efetivamente à democratização do conhecimento, visto o perfil dessa expansão estar associado ao acesso via compra do serviço educacional, acompanhado da fragilidade do processo formativo no quesito qualidade acadêmica9.
Cabe-nos apresentar, para o adensamento das reflexões aqui realizadas, dados que expressam o predomínio do setor privado: em 1995, o setor público (IES - federais, estaduais e municipais) detinha 700.540 matrículas, enquanto o setor privado (empresarial e confessional/comunitário) respondia por 1.059.163 matrículas (INEP, 1995). Em duas décadas, o setor privado obteve um crescimento de 473,58%, com 6.075.152 matrículas, no ano de 2015, enquanto o setor público cresceu 178,66% ao longo daqueles 20 anos (1995-2015), de 700.540 para 1.952.145 matrículas (INEP, 2015)10.
Outro dado importante é a forte tendência de crescimento de IES não-universitárias e sua (possível) predominância futura: em 1995, havia no país 631.771 matrículas em IES não-universitárias contra 1.127.932 matrículas em IES universitárias (INEP, 1995). Em 20 anos (1995-2015), as IES não-universitárias somam 3.754.142 matrículas, aproximando-se da participação das IES universitárias, que somam 4.273.155 matrículas. As matrículas em IES não-universitárias cresceram quase 500%, enquanto as matrículas em IES universitárias obtiveram um ritmo de crescimento de menos de 300% (INEP, 2015).
O mesmo processo ocorre com as modalidades de ensino, de forma ainda mais impressionante: se em 2000, as matrículas em cursos presenciais somavam 2.694.245 e aquelas de cursos EaD totalizavam 1.682 (INEP, 2002)11, em 2015 as matrículas presenciais dobraram para 6.633.545 (crescimento de 146,21%, cursos presenciais), enquanto as de EaD passaram a totalizar o vertiginoso quantitativo de 1.393.752 matrículas, com um crescimento da ordem de 82.762,78% (INEP, 2015). Isto é, ainda que matrículas em cursos de EaD não representem a maioria das matrículas de cursos de graduação no país, em termos absolutos, a tendência é de que, nos próximos anos - permanecendo o crescimento exponencial constatado -, a predominância seja de matrículas em cursos de graduação na modalidade de EaD.
Ainda que as matrículas estejam concentradas em IES universitárias privadas e que tais IES devam, legalmente, realizar o tripé ensino, pesquisa e extensão, constata-se a concentração de docentes doutores e contratados em tempo integral nas IES públicas, especificamente, nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Ou seja, docentes com qualificação para pesquisa e com condições de trabalho para efetivação da mesma não estão majoritariamente nas IES privadas12, o que já indica aqui uma divisão de tarefas formativas entre as IES, com o ensino voltado para as IES privadas - que formam a maioria esmagadora dos profissionais do país para o mercado de trabalho - e, as IFES, que formam pesquisadores e futuros mestres/doutores, que provavelmente irão também alimentar o mercado educacional, vendendo sua força de trabalho a preço rebaixado para as IES privadas.
É fundamental, a nosso ver, apresentarmos os dados das duas últimas décadas, demonstrando o perfil de expansão do ensino superior brasileiro, concentrado no setor privado mercantil13, para que não percamos a perspectiva de totalidade. Isto é, a apresentação dos dados até aqui objetivou demonstrar o predomínio do setor privado e a forte tendência de crescimento das matrículas em IES nãouniversitárias e ofertadas por meio do EaD14. Ou seja, um ensino superior ofertado sem o tripé ensino, pesquisa e extensão, vide as condições do trabalho docente já brevemente assinaladas.
De forma ampliada, este é o perfil de expansão do ensino superior brasileiro. Contudo cabe-nos alertar para o crescimento de vagas - ainda que diminuto, relativamente ao crescimento do setor privado - no setor público, especialmente nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que por meio do Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007 (BRASIL, 2007), instituiu o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) e possibilitou o ingresso de mais estudantes, com menor renda familiar, nas IFES15. Conforme observam Mancebo, Vale e Martins (2015, p. 38), a expansão do setor público, localizada especialmente nos governos Lula (20032010), efetivamente incrementou as matrículas no setor público, mas limitada a um processo de certificação, sem efetivas condições de trabalho docente16.
Sem dúvida, o crescimento do setor público no período supracitado foi significativo, embora, ao compararmos com o crescimento do setor privado, percebamos a predominância deste último, conforme Sguissardi (2008, p. 996):
O modelo de expansão da educação superior no Brasil tem uma longa história, mas, para caracterizá-lo, basta verificar sua evolução nos últimos anos. A multiplicação dos campi das IFES, a criação recente de mais 12 universidades federais em diversos estados do Brasil, beneficiando importantes regiões metropolitanas, mas especialmente do interior do país, e, certamente, o REUNI deverão ter importante impacto nos números referentes às instituições e matrículas do setor público federal. Mas, infelizmente, seu efeito sobre a participação percentual do setor público no total de IES e de matrículas será diminuto diante do muito mais expressivo crescimento do setor privado, especialmente representado pelo sub-setor particular ou privado/mercantil.
É crucial reconhecer que a expansão realizada por meio do REUNI foi, ainda que muito parcialmente, uma resposta dos governos Lula/Dilma a demandas históricas de movimentos sociais que exigiam o acesso à Universidade Pública, a uma Política de Assistência Estudantil que garantisse a permanência, à interiorização, a vagas em cursos noturnos para discentes trabalhadores, às cotas para estudantes de escolas públicas e cotas raciais, dentre outros. Contudo, tal expansão veio acompanhada de forte precarização, com recursos insuficientes, porque se manteve o ajuste fiscal e a limitação de alocação direta de recursos nas IFES.17 A expansão majoritariamente, como vimos, ocorreu via setor privado, que por meio de isenções fiscais - beneficiado com programas governamentais como o PROUNI e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)18 - pôde se expandir de forma veloz19.
Na área de Serviço Social, mais da metade dos cursos públicos atualmente existentes foi criada entre os anos de 2003 e 2016, o que é muito impactante para a profissão. Lembremos que o período da ditadura militar fora o que havia criado, até então o maior número de cursos públicos de Serviço Social no país, o que trouxe inclusive, dentre outros fatores, a possibilidade concreta de renovação profissional20.
Considerando a crítica até aqui realizada, ainda que de forma muito introdutória21, quanto à expansão mercantilizada do ensino superior brasileiro e, ainda, à expansão precarizada do setor público, no período em análise, objetivamos apresentar um mapeamento dos cursos públicos de Serviço Social, criados entre os anos de 2003 e 2016.
Mapeamento da expansão dos cursos públicos de Serviço Social no período 2003-2016
O período localizado entre os anos 2003, primeiro ano do governo Lula, e 2016, último ano do governo Dilma,22 criou a maior quantidade de cursos públicos de Serviço Social desde o seu surgimento, na década de 193023. Conforme visualizamos a seguir, de acordo com a data de funcionamento, o período 2003-2016 criou mais de metade dos cursos públicos (53%) cadastrados atualmente no sistema e-MEC24: do total de 64 (sessenta e quatro) cursos públicos de Serviço Social, 34 (trinta e quatro) foram criados no período entre 2003 e 2016, superando os anos da ditadura civil-militar, que até então era a maior responsável pela criação do maior número de cursos públicos de Serviço Social (12 - doze - cursos entre 1964 e 1989) no país, seguido do período liberal-democrático (1946/1963, 8 - oito - cursos).

No gráfico 2, constatamos que, do total de 34 (trinta e quatro) cursos criados entre 2003 e 2016, parte expressiva (23, vinte e três, cursos = 68%) foi criada em Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), o que se relaciona claramente com o projeto de expansão das IFES - REUNI - por parte do governo federal.
As IES estaduais representaram 26% (09, nove) dos cursos de Serviço Social criados no período. Enquanto as municipais somaram 2 (dois) cursos, representando 6% dos cursos públicos de Serviço Social criados no período em análise (gráfico 2).

Quando analisamos os subperíodos em que tais cursos foram criados (gráfico 3), dentro do período mais amplo dos governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016), apreende-se que a criação dos cursos públicos de Serviço Social ficou concentrada nos governos Lula, com a criação de 29 (vinte e nove) cursos, representando 85,3% dos cursos públicos criados no período 2003/2016.
Se no período da ditadura civil-militar (1964/1989) foram criados 12 (doze) cursos públicos de Serviço Social, somente no período Lula, isto é, em 8 (oito) anos (2003-2010) tivemos a criação de mais do que o dobro de cursos, o que é extremamente significativo para a profissão e exige o acompanhamento de como tais cursos estão desenvolvendo o processo formativo de novos assistentes sociais25.

Quanto à organização acadêmica (gráfico 4), a maior parte (91% - 31, trinta e um) dos cursos públicos de Serviço Social, criados no período 2003/2016, encontra-se inserida em IES universitárias. Dos 3 (três) cursos não-universitários criados no período, 2 (dois) assim o foram em IES públicas municipais e 1 (um) encontra-se inserido em Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

O gráfico 5 nos informa que a concentração dos cursos permaneceu na região sudeste (44%), seguida da sul (20%), perfazendo o total de 64% de cursos públicos criados nas regiões mais ricas e populosas do país. O nordeste também contou com a criação expressiva de 6 (seis) novos cursos públicos26, enquanto o norte teve 5 (cinco) novos cursos públicos27 criados no período. A região centro-oeste teve 1 (um) novo curso de Serviço Social criado em uma IFES,28 em Goiás, somando-se aos 2 (dois) cursos públicos existentes até então, no Distrito Federal e Mato Grosso.

Ao analisarmos a distribuição dos cursos por região, é interessante observar que, na região sudeste - que já contava com muitos cursos públicos, especialmente concentrados no estado do Rio de Janeiro29 -, a criação dos cursos foi especialmente significativa nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
São Paulo, que contava somente com um curso público de Serviço Social, fundado na década de 1970, passou a contar com mais 2 (dois) cursos: 1 (um), em Santos, e outro em Bragança Paulista.30 Já em Minas Gerais, o estado teve, durante mais de meio século, somente 1 (um) curso público, inserido em IFES. Em 2002, passou a contar com 1 (um) curso público em IES estadual e, no período seguinte (2003/2016), obteve mais 5 (cinco) cursos em IFES e 5 (cinco) cursos em IES estadual31.
Na região sul, merece destaque e atenção a abertura de 7 (sete) cursos públicos na região sul,32 onde existiam até então somente 1 (um) curso em IFES, em Santa Catarina, e 6 (seis) cursos inseridos em IES estaduais.
No nordeste, destaca-se a criação especialmente dos cursos criados na Bahia, estado nordestino que não tinha nenhum curso público de Serviço Social33.
No gráfico 6, visualizamos que os cursos foram criados majoritariamente no interior, correspondendo a 82% (28, vinte e oito) do total criado em IES públicas no período 2003/2016. Na capital, foram criados 18% (6, seis) dos cursos públicos.
Dos 6 (seis) cursos criados em capitais, 5 (cinco) o foram em capitais onde inexistia curso público de Serviço Social (Boa Vista/Roraima; Palmas/Tocantins; Porto Alegre/Rio Grande do Sul; Goiás/Goiânia; Salvador/Bahia), com anterior exclusividade das IES católicas e/ou privadas.

Considerações finais
Após breve apresentação dos dados e com os limites de um artigo, constata-se, em acordo com autores citados no texto, que a expansão do ensino superior brasileiro vem sendo marcada por intenso processo de mercantilização e crescimento exponencial de matrículas em cursos de EaD.
No âmbito do Serviço Social, o período em análise criou mais da metade dos cursos públicos na área, desde o seu nascedouro, nos anos 1930, com forte impacto para a formação na área pública. Estes foram criados em um contexto de expansão precarizada via REUNI, majoritariamente em IFES, isto é, instituições universitárias, com obrigação legal de realização do tripé ensino, pesquisa e extensão e, no interior, nas regiões sudeste e sul, mas também nas demais regiões, onde havia escassez e/ou mesmo inexistência de cursos públicos de Serviço Social.
Buscamos contribuir com um mapeamento nacional e ainda introdutório, mas reiteramos a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que conheçam e acompanhem a formação em tais cursos, de forma mais qualitativa, indicando seus limites frente à política educacional em curso e objetivando qualificar o processo formativo, com a perspectiva de afirmação e luta pelo direito à educação superior pública, de qualidade, laica, universal e gratuita.
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Notas
Autor notes
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