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Impacto dos traços de perfeccionismo na percepção de coesão de grupo de jogadores de futsal
José Roberto Andrade Nascimento Junior; Gabriel Lucas Morais Freire; Caio Rosa Moreira;
José Roberto Andrade Nascimento Junior; Gabriel Lucas Morais Freire; Caio Rosa Moreira; Renan Codonhato; Daniel Vicentini Oliveira; Leonardo de Souza Fortes; Lenamar Fiorese
Impacto dos traços de perfeccionismo na percepção de coesão de grupo de jogadores de futsal
The impact of perfectionism traits on perceived team cohesion of futsal players
Impacto de los rasgos de perfeccionismo en la percepción de cohesión grupal de los jugadores de fútbol sala
Cuadernos de Psicología del Deporte, vol. 22, núm. 3, pp. 91-102, 2022
Universidad de Murcia
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RESUMO: O objetivo desse estudo transversal foi investigar a relação entre os traços de perfeccionismo e a percepção de coesão de grupo em atletas de futsal. Participaram 301 atletas da Liga Nacional de Futsal 2013 com média de idade de 25,48±4,90 anos. Os instrumentos foram: Escala Multidimensional de Perfeccionismo para o Esporte-2 e o Questionário de Ambiente de Grupo. Para análise foi conduzida por meio dos testes de Kolmogorov-Smirnov, MANOVA, Correlação de Pearson e Regressão Múltipla (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os traços de perfeccionismo adaptativo se associaram positivamente com a coesão social dos atletas das equipes não classificadas para a fase final da competição. Os traços de perfeccionismo mal adaptativo se associaram negativamente com a coesão social e para tarefa, com exceção da “pressão parental percebida” que apresentou uma predição positiva em todos os grupos de atletas na coesão social e para tarefa. Os atletas não classificados apresentaram maior escore de coesão para tarefa, e os reservas apresentaram maior coesão social. Concluiu-se que existe uma relação positiva entre o perfeccionismo adaptativo e a percepção de coesão social em atletas não classificados, além de uma relação negativa entre as dimensões de perfeccionismo mal adaptativo e a coesão de grupo.

Palavras-chave: Perfeccionismo, Coesão de Grupo, Esporte, Psicologia do Esporte.

ABSTRACT: This cross-sectional study was to investigate the relationship between the traits of perfectionism and the perception of group cohesion in futsal athletes. 301 athletes from the 2013 National Futsal League participated with an average age of 25.48 ± 4.90 years. The instruments were: Multidimensional Perfectionism Scale for Sport-2 and the Group Environment Questionnaire. For analysis, it was conducted using the Kolmogorov-Smirnov, MANOVA, Pearson correlation and Multiple Regression tests (p<0,05). The results showed that the traits of adaptive perfectionism positively predicted social cohesion for unclassified athletes. Meanwhile, the perfectionist concerns traits of poorly adaptive perfectionism can negatively predict social and task cohesion, with the exception of “perceived parental pressure” which showed a positive prediction in all groups of athletes for social and task cohesion. Unclassified athletes had a higher perception of cohesion for the task, while reserves had a higher perception of social aspects. Thus, we can conclude that there is a positive relationship between adaptive perfectionism and the perception of social cohesion in unclassified athletes, in addition to a negative relationship between the dimensions of poorly adaptive perfectionism and group cohesion.

Keywords: Perfectionism, Group Cohesion, Sport, Psychology of Sport.

RESUMEN: El objetivo de este estudio transversal fue investigar la relación entre los rasgos de perfeccionismo y la percepción de cohesión grupal en deportistas de fútbol sala. Participaron 301 deportistas de la Liga Nacional de Fútsal 2013 con una edad media de 25,48 ± 4,90 años. Los instrumentos fueron: Escala de Perfeccionismo Multidimensional para el Deporte-2 y Cuestionario de Ambiente Grupal. Para el análisis se realizó con las pruebas de Kolmogorov-Smirnov, MANOVA, Correlación de Pearson y Regresión Múltiple (p <0,05). Los resultados mostraron que los rasgos del perfeccionismo adaptativo predijeron positivamente la cohesión social para los atletas no clasificados. Mientras tanto, el perfeccionista se preocupa por los rasgos de perfeccionismo poco adaptativo que pueden predecir negativamente la cohesión social y de tareas, con la excepción de la "presión parental percibida", que presentó una predicción positiva en todos los grupos de atletas para la cohesión social y de tareas. Los deportistas no clasificados tenían una mayor percepción de cohesión para la tarea, mientras que los reservas tenían una mayor percepción de los aspectos sociales. Así, podemos concluir que existe una relación positiva entre el perfeccionismo adaptativo y la percepción de cohesión social en deportistas no clasificados, además de una relación negativa entre las dimensiones del perfeccionismo pobremente adaptativo y la cohesión grupal.

Palabras clave: Perfeccionismo, Cohesión Grupal, Deporte, Psicologia del Deporte.

Carátula del artículo

Artículo Original

Impacto dos traços de perfeccionismo na percepção de coesão de grupo de jogadores de futsal

The impact of perfectionism traits on perceived team cohesion of futsal players

Impacto de los rasgos de perfeccionismo en la percepción de cohesión grupal de los jugadores de fútbol sala

José Roberto Andrade Nascimento Junior
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Brazil
Gabriel Lucas Morais Freire
Universidade Estadual de Maringá, Brazil
Universidade Federal do Vale do São Francisco, Brazil
Caio Rosa Moreira
Universidade Estadual de Maringá, Brazil
Renan Codonhato
Universidade Estadual de Maringá, Brazil
Daniel Vicentini Oliveira
Universidade cesumar (UNICESUMAR)., Brazil
Leonardo de Souza Fortes
Universidade cesumar (UNICESUMAR)., Brazil
Lenamar Fiorese
Universidade Federa da Paraíba, Brazil
Cuadernos de Psicología del Deporte, vol. 22, núm. 3, pp. 91-102, 2022
Universidad de Murcia

Recepción: 19 Enero 2021

Aprobación: 09 Marzo 2022

INTRODUÇÃO

Administrar as diferentes personalidades que compõem uma equipe esportiva é considerada uma das recorrentes causas de problemas no desempenho de equipes esportivas, situação que pode afetar o desenvolvimento da coesão de grupo e a eficácia coletiva (Beauchamp, Jackson, & Lavallee, 2014). Dentre os traços de personalidade que podem influenciar o desenvolvimento de uma equipe esportiva, podem-se citar os traços de perfeccionismo(Flett & Hewitt, 2005), que irão caracterizar a personalidade dos atletas que compõe essas equipes. Pesquisas apontam que atletas altamente perfeccionistas costumam apresentar rotinas específicas e elevados padrões de comportamento, além de traçarem metas significativas para o seu desempenho (Carron & Brawley, 2012; Eys, Bruner, & Martin, 2018; Fiorese, Nascimento Junior, & Vieira, 2013). Assim, entender como as características pessoais dos indivíduos influenciam as dinâmicas de grupo é essencial para a área da psicologia do esporte (Hill & Madigan, 2017; Hill, Madigan, Smith, Mallinson-Howard, & Donachie, 2019).

O perfeccionismo é definido como um traço de personalidade relacionado a elevados padrões de realização e desempenho para si próprio e para seus companheiros em diversas áreas da vida (Hill et al., 2019; Stoeber, Damian, & Madigan, 2017). Nessa perspectiva, o presente estudo tem como base teórica o Modelo Multidimensional de Perfeccionismo (Stoeber, 2018), o qual classifica os traços de perfeccionismo em adaptativo e não adaptativo. No entanto, estudiosos da área do perfeccionismo desenvolveram uma nova classificação, na qual tais traços são distinguidos em preocupações perfeccionistas e esforços perfeccionistas (Gotwals, Stoeber, Dunn, & Stoll, 2012; Stoeber, 2017, 2018; Stoeber et al., 2017).

Recentemente, estudos avançaram nas investigações a respeito destas duas dimensões de perfeccionismo (Damian, Negru-Subtirica, Stoeber, & Băban, 2017; Damian, Stoeber, Negru, & Băban, 2014; Madigan, Stoeber, & Passfield, 2016b, 2017; Nascimento Junior et al., 2017). As preocupações perfeccionistas são consideradas como a dimensão de perfeccionismo mal-adaptativo, visto que se refere às dúvidas sobre as ações, preocupações com erros e uma grande disparidade entre o desempenho real e os elevados padrões previamente estabelecidos (Hill & Curran, 2016; Jowett, Hill, Hall, & Curran, 2016; Pineda-Espejel, Morquecho-Sánchez, Fernández, & González-Hernández, 2019). Freire et al. (2020) observou em jovens atletas estudantes brasileiros que as preocupações perfeccionismo parecem intensificar sintomas de ansiedade cognitiva e somática.

Em contrapartida, os esforços perfeccionistas, também compreendidos como perfeccionismo adaptativo, possuem característica positiva e se referem ao conjunto de normas para alcançar altos padrões de realização pessoal (Stoeber & Otto, 2006), refletindo em um melhor desempenho esportivo (Hill et al., 2019; Stoeber, 2018). Desta forma, por ser considerado um importante mediador das experiências afetivas, cognitivas e comportamentais de atletas (Madigan et al., 2017; Stoeber, 2018; Stoeber et al., 2017).

Nesse sentido, os traços de perfeccionista podem ser considerados para um atleta como papel significativo para demandas cognitivas, afetivas e comportamentais dentro do contexto esportivo (Stoeber 2018. Stoeber et al., 2017). Poucos estudos procuram entender seu efeito no processo grupal em equipes de alto rendimento, especificamente a coesão de grupo percebida dos atletas. Assim, como forma de investigar as dinâmicas de equipe supracitadas, considera-se a variável intitulada “Coesão de Grupo” como sendo a principal forma de avaliação de tais fatores (Carron & Brawley, 2012), sendo tais fatores, produto da individualidade dos membros de uma equipe, e dos fatores que influenciam a união entre os atletas.

A coesão de grupo é definida como um processo dinâmico que envolve a tendência de um grupo estar e permanecer unido, traçando e buscando satisfazer objetivos e necessidades em comum de seus membros (Carron, Widmeyer, & Brawley, 1985). Nesta definição, quatro propriedades caracterizam a coesão de grupo (Carron & Brawley, 2012): a) a sua multidimensionalidade: relacionada aos inúmeros fatores que podem influenciar na união de um grupo; b) seu caráter dinâmico: por poder se alterar ao longo da temporada; c) o aspecto instrumental: uma vez que a maioria dos grupos possui uma proposta, um direcionamento voltado a uma tarefa; d) a propriedade afetiva: resultado das interações sociais entre os membros da equipe.

Face ao exposto, a literatura atual tem demonstrado que os traços de perfeccionismo podem ser considerados como um fator determinante para o sucesso esportivo e alto níveis de coesão de grupo dentro de uma equipe (Nascimento Junior et al., 2017; Nascimento Junior et al., 2020; Oliveira et al., 2015). Nascimento Junior et al. (2020) investigou o papel preditor dos traços de perfeccionismos sobre os níveis de coesão de grupo em atletas amadores de futsal. Os resultados indicam que as preocupações perfeccionistas podem prever negativamente a coesão de grupo, enquanto os esforços perfeccionistas podem prever positivamente a coesão de grupo tanto para o social quanto para tarefa. Em outro estudo com atletas brasileiros os autores observaram uma associação entre esforços perfeccionista e a percepção dos atletas sobre a coesão da equipe entre os brasileiros de futsal, demonstrando que os atletas com maiores escores de esforços perfeccionista se percebem tanto coesão social e de tarefas (Oliveira et al., 2015). Entretanto, estes estudos não avaliaram especificamente a coesão de grupo, como preconizada no modelo aqui adotado dentro do esporte de alto rendimento. Além disso, estudos apontam para a necessidade de mais investigações que tratem desta temática (Carron & Brawley, 2012; Hill et al., 2019).

Diante disso, com o intuito de expandir o conhecimento e a compreensão sobre a relação dos traços de perfeccionismo e a coesão de equipe no contexto esportivo de alto rendimento, o presente estudo teve como objetivo investigar o impacto dos traços perfeccionistas sobre a coesão de grupo, investigando mais especificamente tais relações em função da classificação das equipes para a fase final da competição e da titularidade dos atletas. A classificação da equipe reflete diretamente no desempenho obtido ao longo do campeonato, trazendo evidências sobre as relações estabelecidas entre o perfeccionismo e a coesão de grupo nas equipes bem-sucedidas na competição. Neste sentido, foi hipostenizado que as dimensões de esforços perfeccionistas apresentarão predição positiva sobre a coesão de grupo em atletas classificados e não classificados, enquanto as dimensões de preocupações perfeccionistas apresentarão predição negativa sobre a coesão de grupo para as equipes classificadas e não classificadas. Em relação à titularidade pode influenciar na forma como eles se portam individualmente frente aos colegas (dimensão social) e às metas de sua equipe (dimensão tarefa). Assim, foi hipostenizado que para os titulares e reservas, os esforços perfeccionistas vão predizer positivamente a coesão de grupo, enquanto as preocupações perfeccionistas irão predizer negativamente a coesão de grupo.

MATERIAL E MÉTODOS
Participantes

Participaram desta pesquisa todas as 19 equipes que disputaram a Liga Nacional de Futsal no ano de 2013, totalizando 301 atletas do sexo masculino (25,48±4,90 anos de idade), e representando, portanto, a totalidade dos atletas participantes desta competição. É importante destacar que os participantes deste estudo representaram toda a população de atletas das equipes participantes da principal competição de futsal de alto rendimento no brasil. Os participantes foram divididos em dois pares de grupos: classificados e não-classificados, e titulares e não-titulares. O primeiro agrupamento (“classificados” e “não-classificados”) teve como critério a classificação para a fase final da Liga Nacional de Futsal no ano de 2013, resultando em 8 equipes classificadas (n=134 atletas) e 11 equipes não classificadas (n=167 atletas). Para o segundo agrupamento (“chitulares” e “não-titulares”), os atletas foram divididos de acordo com a frequência que reportaram serem escalados como titulares em suas equipes, totalizando 156 atletas no grupo “chitulares” e 145 no grupo “Não-titulares”. Os seguintes critérios de inclusão foram adotados: 1) ser maior de 18 anos; e 2) estar inscrito na Liga Nacional de Futsal. O critério de exclusão foi o não preenchimento de todos os itens dos questionários, no entanto, nenhum atleta foi excluído do estudo. Apenas os atletas que tiveram o Termo de Consentimento Assinado foram incluídos neste estudo.

Instrumentos

Para identificar os traços de perfeccionismo foi utilizada a Escala Multidimensional de Perfeccionismo para o Esporte-2 (SMPS-2) (Gotwals & Dunn, 2009), adaptada e validada para o contexto brasileiro (Nascimento Junior, Vissoci, Lavallee, & Vieira, 2015). O instrumento avalia o perfeccionismo em atletas, sendo composto por 24 itens, os quais são respondidos em uma escala Likert de cinco pontos (1=discordo completamente à 5=concordo completamente). Os itens são agrupados em quatro subescalas: padrões pessoais/organização, preocupação com os erros, pressão parental percebida e dúvidas na ação. Os valores do alfa de Cronbach de todas as subescalas foram acima do aceitável de acordo com as recomendações psicométricas (Hair, Risher, Sarstedt, & Ringle, 2019), variando entre α = 0,69 a α = 0,74. Para verificar a estrutura fatorial do instrumento para a amostra do estudo foi conduzida uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC), a qual apresentou ajuste aceitável [X2(357)=669,94; p=0,001; X2/gl=1,87; CFI=0,88; GFI=0,90; TLI=0,91; RMSEA=0,05; P(rmsea < 0,05)=0,143]. Os valores da Confiabilidade Composta (CC) para a consistência interna foram satisfatórios (Organização/Padrões Pessoais = 0,78; Preocupação com os Erros = 0,71; Pressão Parental Percebida = 0,810; e Dúvidas na Ação = 0,75).

A coesão de grupo foi identificada por meio do Questionário do Ambiente de Grupo (GEQ) (Carron et al., 1985), validado para o contexto esportivo brasileiro por Nascimento Junior, Vieira, Rosado, e Serpa, (2012). O questionário é composto por 16 itens, respondidos em uma escala do tipo Likert de nove pontos (1=discordo totalmente à 9=concordo totalmente). Os itens são divididos em quatro dimensões: integração no grupo-tarefa, integração no grupo-social, atração individual para o grupo-tarefa e atração individual para o grupo-social. Os valores do alfa de Cronbach de todas as subescalas foram acima do aceitável de acordo com as recomendações psicométricas (Hair et al., 2019), variando entre α = 0,75 a α = 0,82. A AFC deste instrumento apresentou ajuste aceitável fit [X2(83)=263,16; p=0,001; X2/gl=3,01; CFI=0,91; GFI=0,90; TLI=0,89; NFI=0,90; RMSEA=0,08; P(rmsea < 0,05)=0,052]. Os valores da CC para a consistência interna foram satisfatórios (Integração no grupo-tarefa = 0,81; Integração no grupo-social = 0,78; Atração individual para o grupo-tarefa = 0,85; Atração individual para o grupo-social = 0,80).

Procedimentos

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Humanos da Universidade Estadual de Maringá (Parecer nº 248.363/2013). Inicialmente, os pesquisadores entraram em contato com a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), com os diretores e a comissão técnica das equipes para obter a anuência para a realização da pesquisa, os quais também repassaram os objetivos da pesquisa para os atletas. A coleta de dados aconteceu entre os meses de março e agosto de 2013 durante a primeira fase da Liga Nacional de Futsal, nos locais de treinamento das equipes. Os atletas foram convidados a participar voluntariamente do estudo mediante assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após aceitação, os questionários foram aplicados por um mesmo avaliador a todo o grupo e preenchidos individualmente por cada atleta. A ordem de aplicação dos questionários (GEQ e SMPS-2) foi aleatória.

Análise dos dados

Considerando o alto número de participantes do presente estudo (n = 301), foi (e.g., Hair et al., 2019), foi assumida a normalidade da distribuição dos dados, uma vez que diversos autores recomendam que a partir de 100 observações pode-se assumir a normalidade da distribuição, uma vez que que as técnicas paramétricas são sempre mais robustas que as técnicas não paramétricas. Tal premissa é suportada pela teoria do limite central (Hair et al.,2019). Com isso, foi adotada a apresentação descritiva em média e desvio padrão. Em seguida, foi conduzida a Análise Multivariada de Variância (MANOVA) para examinar quaisquer diferenças significativas entre os grupos para os traços de perfeccionismo e coesão de grupo. Para as comparações foi utilizado o d de Cohen (1992): valor de d=0,20 representa pequeno tamanho do efeito, d=0,50 médio e d=0,80 grande.

Em seguida, a correlação de Pearson foi usada para investigar a relação entre as variáveis do estudo em função da classificação na competição (classificados vs não classificados) e titularidade (titulares vs reservas). Por fim, a análise de regressão múltipla foi usada para determinar se os traços de perfeccionismo predizem a coesão de grupo de acordo com a classificação no campeonato e titularidade. Para esta análise, não houve correlações suficientemente fortes entre variáveis que indicaram problemas com multicolinearidade (VIF entre 1,26 e 1,74). Especificamente, esses valores VIF estavam abaixo dos 5 ou 10 considerados aceitáveis por Hair et al. (2014). Todas as análises foram conduzidas no software SPSS 22.0, adotando-se um nível de significância de p < 0,05.

RESULTADOS

Como pode ser observado na Tabela 1, as pontuações médias da escala de perfeccionismos revelaram que os atletas de futsal perceberam que estavam desenvolvendo um perfeccionismo adaptativo PPO (M= 3,33; DP=0,45) de modo moderado, bem como as preocupações perfeccionistas PE (M=3,02; DP=0,66), PPP (M=2,53; DP=0,60) DA (M=2,58; DP=2,58). Em relação a coesão de grupo os atletas de futsal se perceberam com alta coesão para tarefa IG-T (M=7,13; DP=1,30) AI-T (M=7,44; DP=1,27) e moderada coesão para o social IG-S (M=5,45; DP=1,61) AI-S (M=6,41; DP=1,42).


Tabela 1
Valores descritivos (média, desvio-padrão, assimetria e kurtose) das variáveis.

Na comparação da percepção das dimensões de perfeccionismo e de coesão de grupo em função da classificação das equipes na Liga Nacional de Futsal (Tabela 2), houve diferença significativa entre os grupos somente na IGT (p = 0,05), demonstrando que os atletas das equipes não classificadas para a fase final da competição apresentaram escore superior de envolvimento coletivo com as metas da equipe. Em relação a titularidade (Tabela 2), houve diferença significativa entre os grupos somente na IGS, evidenciando que os atletas titulares apresentaram maior integração social com a equipe.


Tabela 2
Comparação das dimensões de coesão de grupo e traço de perfeccionismo dos atletas de futsal em função da classificação e titularidade.


Tabela 3
Correlação entre as dimensões de coesão de grupo e perfeccionismo do estudo em função da classificação do campeonato.

As correlações (Tabela 3) revelaram que a dimensão de PE se correlacionou significativamente e de forma negativa com AI-T (r=-0,19), e PPP se correlacionou de forma positiva como IG-T (r=0,23) entre os atletas das equipes classificadas para a fase final da competição. Em relação aos atletas das equipes não classificadas, DA se correlacionou de forma negativa com IG-T (r=-0,16) e AI-T (r=-0,23) e PPO se correlacionou de forma positiva com AI-S (r=0,15).

A partir da Tabela 4, nota-se que as análises de regressão múltipla que revelaram que o modelo que incluiu as quatro dimensões de perfeccionismo explicou quantidade significativa da variância em relação a IG-T (R2 = 0,06, p < 0,05). Destaca-se que a dimensão de PE é um fator que influência negativamente na IG-T (β= -0,22; p<0,05), enquanto a PPP é um fator que influência positivamente na IG-T (β= 0,35; p<0,001). O segundo modelo não explicou uma quantidade significativa da variância em relação a IG-S. O terceiro modelo explicou quantidade significativa da variância em relação a AI-T (R2 = 0,04, p < 0,05). Ressalta-se que a PE é um fator que influência negativamente na AI-T (β= -0,30; p<0,01), enquanto a PPP é um fator que influência positivamente na AI-T (β= 0,25; p<0,05). O quarto modelo também não explicou quantidade significativa da variância em relação a AI-S nos atletas das equipes classificadas para a fase final da competição.


Tabela 4
Traços de perfeccionismo como preditores da coesão de grupo dos atletas brasileiros de futsal de acordo com a classificação para a fase final da Liga Nacional de Futsal.


Tabela 5
Correlação entre as dimensões de coesão de grupo e perfeccionismo em função da titularidade.

Em relação aos atletas das equipes não classificadas para a fase final da competição (Tabela 4), o primeiro modelo explicou quantidade significativa da variância da IG-T (R2 = 0,05, p < 0,05). Destaca-se que a PE (β=-0,22; p<0,05) e a DA (β=-0,22; p<0,05) emergiram como preditores negativos da IG-T. O segundo modelo não explicou quantidade significativa da variância da IG-S. O terceiro modelo apresentou variância compartilhada significativa com a AI-T (R2 = 0,06, p < 0,05). A PPP se mostrou um preditor positivo da AI-T (β= 0,19; p<0,01), enquanto a emergiu como um preditor negativo da AI-T (β= -0,30; p<0,05). O quarto modelo explicou quantidade significativa da variância da AI-S (R2 = 0,07 p < 0,01). PPO (β= 0,17; p<0,01) e PPP (β= 0,27; p<0,01) apresentaram associação positiva com a AI-S, enquanto a PE (β=-0,18; p<0,01) e a DA (β=-0,22; p<0,05) se mostraram fatores preditores negativos da AI-S.


Tabela 6
Traços de perfeccionismo como preditores da coesão de grupo dos atletas brasileiros de futsal de acordo com a titularidade.

As correlações (Tabela 5) revelaram que a dimensão de PPP se correlacionou de forma positiva com IG-T (r=0,18) e AI-S (r=0,19) e DA se correlacionou de forma negativa com AI-T (r= -0,18) entre os titulares. Em relação aos atletas reservas as correlações demonstraram que PE se correlacionou de forma negativa com AI-T (r=-0,19) e DA se correlacionou de forma negativa com AI-T (r=-0,17).

A partir da Tabela 6, podemos ver que as análises de regressão múltipla que revelaram que o nosso modelo que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo explicou uma quantidade significativa da variância em relação a IG-T (R2 = 0,05, p < 0,05). DA é um fator que influência negativamente na IG-T (β= -0,20; p<0,05), enquanto PPP é um fator que influência positivamente na IG-T (β= 0,36; p<0,01). No segundo modelo, que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo não explicou uma quantidade significativa da variância em relação a IG-S. O terceiro modelo que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo explicou uma quantidade significativa da variância em relação a AI-T (R2 = 0,03, p < 0,05). DA é um fator que influência negativamente na AI-T (β= -0,28; p<0,05). No quarto modelo, que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo explicou uma quantidade significativa da variância em relação a AI-S (R2 = 0,03, p < 0,05). PE é um fator que influência negativamente (β= -0,22; p<0,05), enquanto PPP influência positivamente (β= 0,36; p<0,001) na AI-S em atletas titulares.

Em relação aos atletas reservas, o nosso primeiro que incluía todas as quatro dimensões de perfeccionismo não explicou uma quantidade significativa da variância em relação a IG-T. No segundo modelo, que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo não explicou uma quantidade significativa da variância em relação a IG-S. O terceiro modelo que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo explicou uma quantidade significativa da variância em relação a AI-T (R2 = 0,06, p < 0,01). PPP se mostrou um fator que influência positivamente AI-T (β= 0,24; p<0,05), enquanto DA (β= -0,22; p<0,05) e PE (β= -0,30; p<0,05) se demonstraram com influência negativa para AI-T. No quarto modelo, que incluiu todas as quatro dimensões de perfeccionismo não explicou uma quantidade significativa da variância em relação a AI-S.

DISCUSSÃO

A presente investigação teve como objetivo investigar o impacto dos traços perfeccionistas sobre a coesão de grupo, investigando mais especificamente tais relações em função da classificação das equipes para a fase final da competição e da titularidade dos atletas. Os principais achados evidenciam que os traços de perfeccionismo adaptativo apresentaram predição significativa para coesão de grupo em atletas não classificados, enquanto a dimensão do perfeccionismo mal adaptativo PPP se demonstrou com predição positiva para coesão de grupo em atletas classificados e não classificado, titulares e reservas. Por outro lado, as dimensões do perfeccionismo mal adaptativo (DA e PE) demonstraram uma predição negativa para as dimensões de coesão de grupo.

Em relação ao papel do perfeccionismo na predição da percepção de coesão de grupo dos atletas de alto rendimento de acordo com a classificação e titularidade dos atletas sobre a coesão da equipe (Tabelas 4 e 6), pode-se observar que os traços de perfeccionismo adaptativo (PPO) foram positivamente associados com AI-S, em atletas não classificado. Tais resultados nós permite a compreensão que o alto padrão pessoal em buscar a excelência dentro do contexto do futsal pode ser considera um fator associado a maior esforço, determinação, e interesse em realizar interações sociais entre os membros da equipe (Nascimento Junior et al., 2017. Nascimento Junior et al., 2019).

Por outro lado, os achados da presente investigação demonstram que os traços de perfeccionismo adaptativo não predizem a coesão de grupo em atletas classificado, titulares e reservas. Esses achados não vãos de encontro a pesquisas passadas que demonstram que o perfeccionismo adaptativo está diretamente ligado a desfechos positivos dentro do esporte (coesão de grupo, motivação autodetermina) (Nascimento Junior et al., 2017; Nascimento Junior et al., 2020). Nascimento Junior et al. (2020) observou que os esforços perfeccionistas estavam diretamente ligados a coesão social e para tarefa em atletas amadores de futsal brasileiro. Nascimento Junior et al. (2017) observou em atletas de futsal de elite que os traços de perfeccionismo adaptativo apresentam associação positiva com a coesão de grupo, enquanto os traços do perfeccionismo mal adaptativo apresentaram associação negativa com coesão de grupo. Assim, dentro do contexto de futsal de alto rendimento o contexto social parece permitir aos atletas não classificados uma maior busca por altos padrões de rendimento (Nascimento Junior et al., 2020; Nascimento Junior et al., 2017; Hill et al., 2017).

Outro achado relevante da presente investigação foi ao analisar as relações de predição entre o perfeccionismo sobre a coesão de grupo destes atletas, em função da sua classificação para a fase final da competição e titularidade, verificou-se que, para os atletas classificados e não classificados, titulares e reservas, a dimensão do perfeccionismo mal adaptativo PPP apresentou impacto positivo para coesão de grupo. Esse resultado rejeita a hipótese apresentada no estudo demonstra que essa relação demonstra que a pressão familiar influenciou esses atletas no seu envolvimento com as metas e relacionamentos dentro da equipe, uma vez que muitos deles dependem do esporte como principal fonte de renda para sua família. Tal aspecto é ainda partilhado, de forma geral, pelos membros do grupo, resultando em um fator positivo para a integração do grupo social e para tarefa.

A literatura passada tem demonstrado que a pressão parental é uma característica das preocupações perfeccionistas e está diretamente associada a desfechos negativos dentro do contexto esportivo (Damian et al., 2014; Pineda-Espejel et al., 2019). Freire et al. (2020) observou em jovens atletas brasileiros que os meninos apresentavam maiores escores na dimensão pressão parental e que esse fator poderia está associado aos jovens atletas antecipar vergonha e humilhação. Contrário a estas evidências, notou-se que, quando atrelada a coesão, os atletas podem entender a pressão parental como um incentivo para sua dedicação ao esporte, e é ainda, um aspecto em comum entre os membros da equipe. Essa relação passa então a fortalecer a integração do grupo, tanto para a tarefa quanto para o social, por ser algo partilhado entre seus membros, favorecendo as necessidades afetivas e de objetivos da equipe (Eys & Brawley, 2018).

Em relação as outras dimensões do perfeccionismo mal adaptativo, elas confirmam as hipóteses apresentadas no começo do estudo demonstrando que as preocupações com os erros e as duvidas sobre as ações dentro dos treinamentos e competições podem prejudicar o envolvimento dos atletas suas metas, e com as metas da equipe classificadas e não classificadas, titulares e reservas. Esses achados corroboram com os encontrados na literatura demonstrando que o perfeccionismo mal adaptativo está relacionado a desfechos negativo dentro do contexto esportivo (Freire et al., 2020; Nascimento Junior et al., 2020; Oliveira et al., 2015; Hill & Madigan, 2017; Hill et al., 2019). Carron e Brawley (2012) observaram que no rendimento, por sua vez, pode afetar o atleta de modo a reduzir o seu interesse e sua dedicação pelo grupo, bem como a busca das metas coletivas.

Esses achados corroboram com o estudo de Hill e Shaw (2013), onde foi verificado que atletas de esportes coletivos que passaram por situações de erros durante partidas e que não tiveram a aprovação e apoio de seus colegas (caráter social), perderam o interesse pelas metas do grupo e consequentemente a motivação em jogar por aquela equipe (tarefa). Isto ressalta a importância de se ter atletas motivados a jogar coletivamente, apresentando maior nível de coesão, e consequentemente, um maior interesse (pessoal e social) para alcance dos objetivos da equipe (Carron & Brawley, 2012; Madigan et al., 2016a). Assim, ressalta-se o papel da coesão social do grupo, que deve ser fortalecida, tanto por seus membros como pelo técnico, com o intuito de suprir as necessidades psicológicas desses atletas e resgatar maiores níveis de coesão de grupo (García-Calvo et al., 2014; Nascimento et al., 2017; Nascimento Junior, Silva, Granja, Oliveira, & Fortes, 2019).

Tratando-se das comparações de grupos, observou-se que os atletas não-classificados apresentaram maiores níveis de coesão voltada a tarefa (IG-T) em relação as equipes classificadas para a fase final da Liga Nacional de Futsal 2013. Isso pode ser um reflexo da necessidade dessas equipes obterem melhores resultados/classificação nas próximas competições, aumentando ainda mais a importância do foco no alcance das metas e no trabalho em conjunto. Com relação à titularidade, além dos atletas titulares desempenharem, teoricamente, com maior regularidade, estes ainda apresentaram maiores níveis de coesão social em relação aos reservas. Uma possível explicação para essa diferença é que, por estarem satisfeitos com seu papel na equipe, e por trabalharem juntos constantemente, esses atletas podem desenvolver melhores relacionamentos sociais com seus colegas de grupo.

Apesar das contribuições dos resultados desta pesquisa para a literatura, três limitações necessitam ser destacadas. Primeiramente, por ser um dos primeiros trabalhos que investigou perfeccionismo e sua relação com a percepção de coesão de equipe, pesquisas são necessárias para reforçar e amplificar esta relação no contexto nacional. Segundo, pela análise em específico a uma única modalidade esportiva. Embora a modalidade seja coletiva, o número de atletas por uma equipe pode interferir na percepção de coesão do grupo (Widmeyer, Carron, & Brawley, 1993), assim como o traço de perfeccionismo dos atletas, que pode variar de acordo com a modalidade esportiva. No entanto, pelo presente estudo ter sido realizado com a população dos principais atletas do país de uma modalidade coletiva, esta limitação pode ser minimizada pelo fato da dificuldade de se coletar dados com as equipes da elite nacional de todas as modalidades. Neste caso, futuros estudos são necessários investigando estas temáticas em outras modalidades esportivas no contexto nacional. E terceiro, a utilização do SMPS-2 recentemente validado para o contexto brasileiro. Embora no presente estudo este instrumento apresentou valores satisfatórios, é necessário a utilização do mesmo em novas pesquisas para fortalecer essa escala no contexto nacional.

CONCLUSÕES

Pode-se concluir que, no contexto do futsal de alto rendimento, os traços de perfeccionismo adaptativo parece ser um preditor positivo para coesão social em atletas não classificados. Além disso, percebeu-se que os traços de perfeccionismo mal adaptativo podem prever negativamente coesão social e de tarefa, com exceção de PPP que apresentou uma predição positiva em todos os grupos de atletas para coesão social e para tarefa. Tais achados indicam que a percepção da pressão parental, mesmo sendo mal adaptativa, pode ser considerada um elemento interveniente para o desenvolvimento da percepção de coesão de grupo em atletas de futsal de alto rendimento.

Tais conclusões proporcionam algumas implicações práticas para os profissionais que trabalham com equipes esportivas de alto rendimento. Em primeiro lugar, o conhecimento dos treinadores em proporcionar um ambiente que possibilite maior relacionamento entre os atletas. Além disso, é importante que treinadores estejam atentos aos traços perfeccionistas de seus atletas, uma vez que estes demonstraram interferir nos esforços pessoais, favorecendo a busca por melhores resultados.

Material suplementario
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Notas

Tabela 1
Valores descritivos (média, desvio-padrão, assimetria e kurtose) das variáveis.

Tabela 2
Comparação das dimensões de coesão de grupo e traço de perfeccionismo dos atletas de futsal em função da classificação e titularidade.

Tabela 3
Correlação entre as dimensões de coesão de grupo e perfeccionismo do estudo em função da classificação do campeonato.

Tabela 4
Traços de perfeccionismo como preditores da coesão de grupo dos atletas brasileiros de futsal de acordo com a classificação para a fase final da Liga Nacional de Futsal.

Tabela 5
Correlação entre as dimensões de coesão de grupo e perfeccionismo em função da titularidade.

Tabela 6
Traços de perfeccionismo como preditores da coesão de grupo dos atletas brasileiros de futsal de acordo com a titularidade.
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