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EDITORIAL
Edzana Roberta F. da C. Vieira Lucena; Marcelo S. Pagliarussi
Edzana Roberta F. da C. Vieira Lucena; Marcelo S. Pagliarussi
EDITORIAL
Revista de Contabilidade e Organizações, vol. 9, núm. 24, pp. 2-3, 2015
Universidade de São Paulo
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Editorial

EDITORIAL

Edzana Roberta F. da C. Vieira Lucena
Universidade de São Paulo, Brazil
Marcelo S. Pagliarussi
Universidade de São Paulo, Brazil
Revista de Contabilidade e Organizações, vol. 9, núm. 24, pp. 2-3, 2015
Universidade de São Paulo

Prezados leitores da Revista de Contabilidade e Organizações,

A publicação do volume 9, número 24 da RCO marca o início dos trabalhos da nova equipe editorial da revista, formada por mim, Marcelo S. Pagliarussi no cargo de Editor-Chefe, e pela minha colega Profa. Flávia Zóboli Dalmácio como Editora-Adjunta. Estamos cientes do desafio que enfrentamos de no mínimo manter o padrão de publicação construído pelos editores que nos precederam. Em especial, quero destacar o brilhante trabalho realizado pelo Prof. Amaury José Rezende. Durante seu mandato como Editor-Chefe da RCO, o Prof. Amaury levou a revista a alcançar níveis de excelência que a colocam como um dos principais periódicos de Contabilidade no Brasil, conforme dados recentes de impacto de periódicos publicados pelo SPELL. Assim, é uma honra ter a oportunidade de continuar os esforços de publicação de um periódico científico como a RCO.

Quero também deixar registrado o agradecimento aos Editores Associados que trabalharam conosco até o volume 9, número 23. Os professores Andson Braga de Aguiar, Vilma Geni Slomski, Edilson Paulo e Marcelo Botelho da Costa Moraes sempre estiveram dispostos a contribuir para o bom andamento do processo editorial.

O principal objetivo da RCO é a de contribuir para a disseminação dos conhecimentos produzidos nos diversos campos envolvendo contabilidade e organizações, e servir como meio para reduzir o tempo entre a produção científica e a sua aplicação prática na sociedade. Este é um grande desafio, que se concretiza com a edição do volume 9, número 24 de 2015, que oferece seis novos artigos à comunidade acadêmica.

O artigo de Edzana Roberta F. da C. Vieira Lucena, Clayton Levy Lima de Melo, Paulo Roberto Barbosa Lustosa e César Augusto Tibúrcio Silva, intitulado “Ética: a tendência de os profissionais contábeis denunciarem atos questionáveis” oferece uma análise do comportamento dos profissionais da área de contabilidade em denunciar atos questionáveis aos seus superiores. A partir de um estudo quantitativo com 215 respondentes representando seis casos, os resultados demonstraram que a probabilidade de denunciar um ato questionável é correlacionada positivamente à responsabilidade de denunciar esse ato e correlacionada negativamente ao custo pessoal. Os autores ainda oferecem resultados interessantes envolvendo comparações entre o Brasil, EUA, França e Noruega.

O trabalho “Impacto das IFRS na assimetria de informação evidenciada no mercado de capitais brasileiro” de Celso Vieira de Rezende, Neirilaine Silva de Almeida e Sirlei Lemes aborda um importante fenômeno contemporâneo ao verificar se a adoção das International Financial Reporting Standard (IFRS) alterou a assimetria informacional no mercado de capitais brasileiro. Por meio de uma pesquisa envolvendo um levantamento de dados das empresas pertencentes ao Índice Bovespa (IBOVESPA) no período de 2008 a 2011, os autores observaram que apenas a adoção obrigatória das IFRS e o fato de a empresa ser considerada uma blue chip estavam relacionados com a redução da assimetria informacional.

Patricia Villa Costa Vaz e Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo oferecem uma abordagem inovadora para o entendimento da adoção de práticas de Contabilidade Gerencial por micro e pequenas empresas. Em seu artigo intitulado “Do texto ao contexto: o uso da contabilidade gerencial pelas micro e pequenas empresas sob a perspectiva teórica de Bakhtin”, as autoras aplicam a teoria comunicacional de Bakhtin à Contabilidade Gerencial, e oferecem um conjunto de recomendações que visam a reduzir os ruídos na comunicação entre contador e empreendedor. O artigo oferece contribuições direcionadas a desvincular a imagem da contabilidade como necessária apenas para fins fiscais.

O artigo “Construção de métrica para avaliação da qualidade da informação contábil sob a ótica de analistas fundamentalistas” de autoria de Josilene da Silva Barbosa, Luciano Márcio Scherer, Jorge Eduardo Scarpin e Fernado Dal-Ri Murcia, utilizou a técnica Delphi para construir uma forma inovadora de mensuração da qualidade da informação contábil (MQIC). Fundamentada nas percepções dos analistas fundamentalistas, seus resultados permitiram construir uma métrica formada a partir de 17 componentes, com nota variando entre 0 (pior nota) e 100 (melhor nota). Os resultados apontam uma concordância elevada entre os analistas sobre os itens que compõem a MQIC. O artigo representa um esforço significativo na direção de construir um indicador para um conceito de difícil mensuração, que é a qualidade da informação contábil.

O estudo desenvolvido por Rodrigo de Souza Gonçalves, Natália de Menezes Barbosa, Caio Rodrigues Barroso e Otávio Ribeiro De Medeiros, “Social disclosure e retornos anormais: um estudo de eventos em empresas brasileiras abertas no período de 2005 a 2012” também aborda um fenômeno emergente. O artigo visou investigar se o evento da divulgação da informação social é determinante para melhoria do retorno acionário das empresas brasileiras de capital aberto. Foram analisadas 49 empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, que divulgaram relatórios de responsabilidade social no período de 2005 a 2012. Os níveis de social disclosure foram mensurados por um índice (ISD) e os resultados indicam que, para as empresas de maior ISD há uma tendência de maiores retornos, sobretudo imediatamente após a divulgação da informação.

Encerrando o número, o artigo “Reputação corporativa negativa e o desempenho empresarial” dos autores Matheus Tanaques da Silva Souza Bandeira, Alan Diógenes Góis, Márcia Martins Mendes De Luca e Alessandra Carvalho de Vasconcelos buscou avaliar se empresas listadas na BMF&Bovespa são penalizadas pela ocorrência de eventos que impactam negativamente sua reputação. Em um trabalho criterioso, os autores constroem uma métrica de reputação negativa com base em ações judiciais cíveis e trabalhistas, consignadas nas notas explicativas às demonstrações contábeis, e usando dados do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, referentes ao triênio 2009-2011. Os resultados levantados para 207 empresas indicam que a reputação corporativa negativa não apresenta relação significante o desempenho operacional. No entanto, quando comparada com o desempenho de mercado, observou-se uma relação positiva e significante. Assim, a reputação corporativa demonstra ser um recurso estratégico valioso, confirmando os pressupostos da Visão Baseada em Recursos.

Boa leitura a todos.

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