Secciones
Referencias
Resumen
Servicios
Descargas
HTML
ePub
PDF
Buscar
Fuente


Consumo consciente, meio ambiente e desenvolvimento sustentável: análise da tomada de decisão com base nas heurísticas
Conscious consumption, environment and sustainable development: analysis of decision-making based on heuristics
Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, vol. 9, pp. 137-148, 2016
Universidade Federal de Santa Maria

Artigos



Recepção: 22 Março 2016

Aprovação: 07 Julho 2016

Resumo: Meio ambiente e desenvolvimento sustentável, nos últimos anos, vêm sendo considerados assuntos pertinentes e presentes na sociedade, devido ao impacto que ocasionam no nosso cotidiano. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi analisar, por meio das heurísticas, a tomada de decisão dos indivíduos relacionada à preservação do meio ambiente. Desenvolveu-se, para isso, uma pesquisa de natureza aplicada, com abordagem quantitativa e exploratória, lançando mão de pesquisa bibliográfica e de levantamento de dados por meio de um questionário baseado na escala Likert, com cinco pontos. Para proceder à análise dos dados, com utilização do software IBM SPSS Statistics 20, aplicaram-se a estatística descritiva e a correlação simples. Evidenciou-se que as maiores correlações estão relacionadas ao entendimento e à compreensão dos temas abordados neste estudo e que as menores estão relacionadas ao comportamento dos indivíduos quanto às questões ambientais. Desse modo, pode-se afirmar que existe um entendimento acerca das questões ambientais e sustentáveis que emergem no contexto atual; entretanto, ainda são necessárias atitudes voltadas às ações ambientais.

Palavras-chave: Meio ambiente, Desenvolvimento sustentável, Consumo consciente, Tomada de decisão.

Abstract: Environment and sustainable development, in recent years, have been considered relevant and present issues in society because of the impact they cause in our daily lives. Therefore, the aim of this study was to analyze, through heuristics, the decision-making of individuals related to the preservation of the environment. Developed for this, a kind of applied research with a quantitative and exploratory approach, making use of bibliographic research and data collection through a questionnaire based on the Likert scale, with five points. To perform the analysis of the data, using IBM SPSS Statistics 20 software, were applied descriptive statistics and simple correlation. It was evident that the highest correlations are related to the understanding and comprehension of the issues addressed in this study and the smaller are related to the behavior of individuals on environmental issues. Thus, it can be affirmed that there is an understanding of the environmental and sustainability issues that emerge in the current context, however are still required attitudes towards environmental actions.

Keywords: Environment, Sustainable development, Conscious consumption, Decision making.

1 Introdução

Diante do agravamento dos problemas ambientais ocorridos e do uso indiscriminado dos recursos naturais existentes, assiste-se à emergência de um novo tipo de postura dos indivíduos, a qual pondera os impactos de seu padrão de consumo na natureza. Para Harper (2001), a questão do consumo tem chamado a atenção dos cientistas sociais e vem sendo estudada conjuntamente ao fenômeno da desigualdade social, já que este vem ocorrendo de forma crescente entre as nações e também entre as classes sociais de um mesmo país. Ainda segundo esse autor, tanto os altos quanto os baixos níveis de consumo, associados à alta ou baixa concentração de renda, seriam capazes de impactar o meio ambiente, pois, de um lado, os mais ricos tendem a consumir quantidades desproporcionais de comida, energia e bens industrializados e, do outro, os mais pobres tendem a ocupar e superexplorar os recursos naturais locais como forma de subsistência.

A modificação das atitudes e dos padrões atuais de consumo sofre, ainda, uma série de resistências por parte dos indivíduos, principalmente pelo fato de que estes, muitas vezes, não visualizam uma relação convergente entre as suas decisões e ações voltadas às questões pró-ambientais e a melhoria nas condições do meio ambiente de modo geral. Nesse contexto, o consumidor consciente pode eventualmente se sentir prejudicado ao supor que seus esforços não são compartilhados por outros consumidores que não estejam dispostos a se privar de determinados recursos ou benefícios. Desse modo, é notória a necessidade de que a exploração irracional dos recursos naturais seja repensada e que o consumo de bens e serviços seja promovido, respeitando os recursos ambientais, a fim de garantir o atendimento das necessidades não apenas da geração atual, mas também das futuras gerações (HANSEN; SCHRADER, 1997).

A humanidade já está, entretanto, produzindo demandas materiais no planeta que estão além do que ele pode sustentar sem empobrecer os sistemas naturais, mesmo antes de ter progressos com a retirada de bilhões de pessoas da linha de pobreza. Sem a melhoria da eficiência dos recursos de nossas tecnologias e sistemas de produção, aspecto atualmente distante da realidade, a manutenção dos atuais níveis de consumo nas economias industrializadas representa um caminho para o desastre global. Reconhecer os perigos inerentes aos sistemas insustentáveis e estar disposto às mudanças necessárias para se deslocar para um estado sustentável, sendo capaz de realizá-las, não é a mesma coisa (PEATTIE; COLLINS, 2009). Nesse contexto, mesmo que os avanços tecnológicos tenham sido úteis para conservar os recursos naturais e reduzir os desperdícios e a poluição, as soluções para os problemas da degradação ambiental no planeta requerem, também, ações no âmbito individual (EBREO; VINING, 2001).

Assim sendo, este estudo teve como objetivo geral analisar, por meio das heurísticas, a tomada de decisão das pessoas relacionada à preservação do meio ambiente. Para isso, foram coletados dados por meio de um questionário estruturado baseado na escala Likert, com cinco pontos, e aplicado a 386 respondentes, originando uma pesquisa de natureza quantitativa. A utilização do software IBM SPSS Statistics 20 proporcionou a análise e interpretação dos dados por meio dos resultados de estatísticas descritivas e correlação simples.

2 Referencial teórico

2.1 Meio ambiente e desenvolvimento sustentável

As questões relacionadas ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável buscam respostas sobre até que ponto os recursos naturais e a humanidade suportarão o modelo hegemônico de produção, trabalho e consumo. Nesse sentido, são analisadas as transformações econômicas, políticas, sociais, institucionais e culturais (FIORI, 1997). A partir da metade do século XX, o termo “desenvolvimento sustentável” começou a ser discutido nos estudos da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses estudos surgiram como uma resposta para a humanidade perante a crise ambiental pela qual passava o planeta (BARBOSA, 2008).

Nessa perspectiva, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD), denominado como Comissão Brundtland por ser presidida pela norueguesa GroHaalen Brundtland, no processo preparatório para a Conferência das Nações Unidas – também chamada de “Rio-92” –, desenvolveu um relatório que ficou conhecido como “Nosso Futuro Comum” (BARBOSA, 2008). Incluída nesse relatório, a Agenda 21 foi o documento elaborado na mencionada Conferência Rio-92 pelos países que concordavam em traçar metas para suprimir os obstáculos ao desenvolvimento e para construir um mundo sustentável em nível local, regional, nacional e internacional (CAVALCANTI, 2003). Em 2002, o Brasil aprovou sua Agenda 21, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2002 (BARBOSA, 2008).

Contudo, de acordo com Barbosa (2008, p. 2), “o conceito [de meio ambiente e desenvolvimento sustentável] ainda está em construção segundo a maioria dos autores que escrevem sobre o tema como, por exemplo, Canepa (2007), Veiga (2006) e Ascelard (1999)”. Barbosa (2008) acrescenta que, além da Agenda 21, outro documento chamado “A Carta da Terra” obteve adesão de organizações governamentais e não governamentais. Claro e Claro (2004), quando desenvolveram indicadores para o monitoramento da sustentabilidade em grupos de categorias, consideraram três dimensões a sustentabilidade: a social, ambiental e econômica. Dessa forma, esta pesquisa se alinha teoricamente aos parâmetros de sustentabilidade propostos por Barbosa (2008) e metodologicamente aos grupos categoriais em questão.

Mesmo que a sociedade se posicione de forma favorável ao desenvolvimento sustentável, este é um objetivo a ser atingido em longo prazo, sendo necessário, para isso, introduzir mudanças nas formas atuais de produção e consumo de bens. A busca das condições sustentáveis é de responsabilidade dos produtores, bem como dos consumidores (MANZINI; VESSOLI, 2002). Nesse sentido, uma percepção mais abrangente da prática do consumo requer a interpretação da sociologia, antropologia, psicologia e filosofia (CONNOLLY; PROTHERO, 2003).

As respostas necessárias para as intensas preocupações ambientais não se limitam simplesmente às ações de políticas ambientais e iniciativas do governo; em vez disso, as empresas também precisam se comprometer com as questões ambientais em suas decisões de negócio e ser parte do movimento verde, voltado para a preservação ambiental. No entanto, a motivação para adotar o conceito de movimento verde em seus negócios repousa sobre os consumidores, à medida que estes demonstram um elevado grau de atitude ambiental que se traduz em favor do compromisso de consumo sustentável, apesar de os próprios consumidores contribuírem, também, para a degradação e poluição ambiental (SHARMA; BANSAL, 2013).

Segundo Zelezny e Schultz (2000), é indiscutível que os problemas ambientais constituem questões de ordem social, sendo criados em larga escala por um conjunto de comportamentos humanos. Nesse sentido, sua solução demandará uma ampla mudança de comportamento, sobretudo de caráter individual, uma vez que o entendimento das atitudes, das motivações, das crenças, das intenções ou dos valores individuais ajudará a dar subsídios para o desenvolvimento de programas ambientais e a explicar por que um programa em específico está ou não produzindo as mudanças necessárias.

Nos estudos de Sánchez e Lafuente (2010), além das atitudes compreendidas nas teorias comportamentais pró-ambientais, são consideramos outras duas dimensões da operacionalização da consciência ambiental: a dimensão disposicional e a dimensão cognitiva. A dimensão dispositional engloba dois aspectos ou componentes distintos. Primeiramente, inclui atitudes pessoais frente à ação individual (ou ao envolvimento pessoal) a partir da perspectiva de sentimentos de autoeficácia e da percepção da responsabilidade individual. Em segundo lugar, as atitudes pró-ambientais também são refletidas na disposição de assumir os custos de diferentes medidas de política ambiental. Já a dimensão cognitiva mede o nível de informação (e conhecimento) dos indivíduos sobre os problemas ambientais – um fator-chave que deve ser levando em conta para ativar tanto as normas pessoais que orientam o comportamento quanto o processo de internalizar valores e crenças pró-ambientais.

Lee e Holden (1999), por sua vez, destacam o aspecto de utilização do mecanismo pelo qual o comportamento ambientalmente correto, por assim dizer, é visto como uma oportunidade para ganhar recompensas ou evitar punições. A recompensa adquirida pode ser material (restituições para reciclagem), social (aprovação do grupo) ou uma autorrecompensa (satisfação); já as punições podem ser materiais (multas) ou sociais (desaprovação de um grupo). Nesse sentido, as decisões comportamentais são escolhidas para agir ou ter uma atitude diferente, a fim de obter uma recompensa, evitar uma punição, ou ambos. Com esse objetivo, a eficácia em termos de benefícios para o ambiente depende de recompensas e punições que estão devidamente ligadas ao comportamento desejado.

2.2 Tomada de decisão (heurística e julgamento)

As pessoas tomam decisões todos os dias em diversos contextos e situações. A área de estudo das Percepções e da Psicologia Cognitiva procura entender quais questões influenciam na tomada de decisão e resolução de problemas. A esse respeito, Simon (1979) enfoca o estudo das decisões nos aspectos lógicos comportamentais, com base filosófica positivista. Para ele, todas as decisões são compostas de dois elementos: fatos (o mundo e o modo como ele funciona) e valores. Nesse sentido, os decisores usam a racionalidade para alcançar os fins (objetivos) desejados, salientando que os seres humanos não são sempre racionais, já que recebem influência de julgamentos de valores, de escolhas das consequências e da antecipação de futuro.

Há, contudo, limites à racionalidade humana, pois, ao tomar uma decisão, a mente humana é incapaz de considerar todos os aspectos envolvidos no contexto, como os valores pessoais e culturais que influenciam o julgamento consciente, o conhecimento dos fatos, a lembrança de todas as alternativas possíveis e a construção de cenários futuros baseados nas hipóteses escolhidas. Tendo isso em vista, Simon (1989), Malhotra e Bazerman (2009), Bazerman e Moore (2010) e Kahneman (2012) abordam a intuição e a racionalidade como formas de tomar decisões para resolver um problema. Essa perspectiva é denominada sistema 01 e sistema 02: o sistema 01 opera automaticamente, sem nenhum esforço e sem controle voluntário, sendo também denominado insight; enquanto que o sistema 02 consiste em um esforço de pensamento complexo com intenção, atenção e concentração.

Apesar de a racionalidade utilizar regras preestabelecidas para chegar a conclusões exatas, a tomada de decisão não é um campo de certezas. Estudos de Psicologia Cognitiva pesquisam, assim, como o indivíduo pensa e como resolve problemas. Matlin (2004) faz um apanhado dos principais conceitos do estudo da percepção, incluindo aí a memória, a atenção, a concentração, a linguagem e os modelos mentais, aspectos que influenciam a inteligência humana no julgamento, na escolha de alternativas e na tomada de decisões.

Os mapas mentais são informações organizadas na mente humana que norteiam as decisões de forma rápida e inconsciente (inconsciente aqui entendido como o que não passa pela consciência, isto é, como o que não conta com reflexão consciente). Trata-se, geralmente, de juízos de valor desenvolvidos durante todo o crescimento das pessoas, sobre os quais o contexto cultural e social têm grande influência. Os mapas mentais formam-se rapidamente e resistem à mudança. Heuer Jr. (1999) e Tholt (2006) afirmam que os julgamentos embasados na utilização de mapas mentais tendem a persistir, sendo a primeira impressão difícil de ser modificada, mesmo que haja fatores para questionar e refutar tal impressão.

Já a memória é uma estrutura mental que trabalha por associação. Os registros vão sendo formados em relação a outros já preexistentes, havendo a memória de curto e de longo prazo, sendo esta acessada por meio da associação de ideias. A atenção, por sua vez, precisa do foco que é dado pela percepção e consiste naquilo sobre o qual se tem interesse, que é conhecido previamente e se encaixa nos valores do julgador/decisor, chamando sua atenção.

Uma das abordagens sobre a percepção cognitiva é retomada nas pesquisas de Kahneman (2012) acerca das heurísticas que orientam as decisões e os julgamentos das pessoas. Heurísticas, vulgarmente chamadas de regras de bolso, são estratégias simples que geralmente produzem uma solução relativamente adequada para situações difíceis, usando pouca energia mental e pouco tempo para encontrar uma solução para os problemas (PIDD, 1998; KAHNEMAN 2012). As heurísticas são baseadas no senso comum e em experiências anteriores e dividem-se em três tipos clássicos: representatividade; disponibilidade; e ajuste e ancoragem.

A heurística de representatividade consiste em acreditar que os resultados aleatórios sejam mais prováveis do que os ordenados. As pessoas desconsideram informações estatísticas e o tamanho da amostra, orientando-se pela falácia das amostras pequenas ou pela lei de pequenos números. As decisões e os julgamentos estão baseados em similaridades e estereótipos, como, por exemplo, quando alguém acredita que falta água no planeta porque este ano há seca em sua cidade.

Já a heurística da disponibilidade relaciona-se a julgar a ocorrência de um fato não por sua probabilidade, mas pela capacidade de lembrar-se de algo e de generalizar tal aspecto. Como exemplo, pode-se dizer que há mais solteiros do que casados por se lembrar de mais pessoas solteiras que casadas. Nesse sentido, a recenticidade e a familiaridade, dois fatores que influem na memória, podem, potencialmente, distorcer a disponibilidade (MATLIN, 2004).

A heurística de ajuste e ancoragem, por sua vez, consiste em ideias preconcebidas e em crenças que, em algumas situações, servem de base para julgamentos (âncora), ajustando-se, posteriormente, com base em informações extras. Geralmente, são feitos pequenos ajustes. Muitas vezes, alicerçada na heurística de disponibilidade, mantém o indivíduo preso a estereótipos, como achar que germânicos são pessoas rígidas e que brasileiros são malandros.

Apesar do estudo das heurísticas e dos erros sistemáticos na tomada de decisão, pesquisas mostram que as pessoas têm superconfiança em seus julgamentos (MATLIN, 2004; ARIELY, 2008; KAHNEMAN, 2012), acreditando em suas conclusões rápidas e imperfeitas e previsivelmente irracionais. Estudos recentes sobre tomada de decisões confirmam que os erros de percepção abrangem diversos campos. Ferreira et al. (2006) e Ayal e Zakay (2009) realizaram pesquisas envolvendo julgamentos e tomadas de decisões baseados na percepção humana. As conclusões encontradas foram semelhantes às de estudos dos autores citados anteriormente (MATLIN, 2004; ARIELY, 2008; KAHNEMAN, 2012): predominância das heurísticas que levam a respostas comuns e a erros de julgamentos em detrimento do uso da racionalidade nas avaliações de situações cotidianas.

Heuer Jr. (1999) e Tholt (2006) retomam os erros de julgamento por meio dos estudos da Psicologia Comportamental Cognitiva, para alertar sobre a necessidade de utilização de ferramentas na avaliação de seleção, escolha e análise de hipóteses. Salientam, assim, a importância de os julgadores conhecerem sua forma de pensar, suas crenças e seus preconceitos para estarem atentos às tendências da mente humana de utilizar subterfúgios, tais como memória seletiva e desvio de atenção, induzindo a análises equivocadas e parciais. Os autores afirmam, ainda, que as pessoas só percebem o que querem ver, de modo que sua atenção está focada em um único aspecto ou objeto, deixando todos os outros acontecimentos sem análise. Rumelt (2011) usa a metáfora da lanterna para exemplificar essa questão: nossa percepção é como um foco de luz que, quando está iluminando algo, deixa todo resto do cenário na escuridão.

Diante disso, Heuer Jr. (1999) e Tholt (2006) e Rumelt (2011) sugerem sete ferramentas para evitar os erros de julgamento: tentar negar suas hipóteses (buscar pessoas que pensem diferente do tomador de decisão ou julgador, a fim de negar a hipótese, e não confirmar sua escolha); identificar modelos alternativos (pensar em modelos não usuais, fora do padrão que o julgador costuma utilizar); ver sob perspectivas diferentes; pensar retrospectivamente (imaginar uma decisão como já implantada no futuro e fazer uma retrospectiva até o presente, verificando suas consequências); fazer uma simulação (teatralizar a situação para prever as consequências); ser advogado do diabo (pensar em todas as questões contrárias à decisão ou hipótese, avaliando tudo que pode dar errado); e usar a expressão “se fosse eu, faria...” para criar empatia e colocar-se no lugar do outro a fim de ver possibilidades originadas de um ponto de vista diferente.

Essas ferramentas servem para auxiliar os julgadores a evitarem as predisposições cognitivas a que o ser humano está sujeito. Os erros mais comuns das pessoas são os seguintes: lembrar-se mais de palavras do que de números, desconsiderando avaliações numéricas; dar ênfase às experiências vividas, como, por exemplo, se o julgador conhece muitas pessoas que fumam e têm boa saúde, achar que cigarro não faz mal mesmo que a ciência diga o contrário; não conseguir pensar em evidências para explicar um fato quando não se é conhecedor formal de uma especialidade (leigo), como, por exemplo, ao deparar-se com o carro que não liga, julgar não ter motivo para tal situação; não ter consistência nas amostras, de modo que pequenas amostras são generalizadas utilizando a memória recente, como, por exemplo, concluir que a maioria das mulheres da empresa está grávida se vir três pessoas grávidas entre quinhentos funcionários; e generalizar evidências imprecisas, acreditando na primeira coisa que foi dita mesmo que esteja errada ou venha a se confirmar como não verdadeira.

3 Metodologia da pesquisa

Esta pesquisa ocorreu por meio de livros de autores que são referências nas áreas de conhecimento abordadas neste e por meio de artigos publicados recentemente em bases de dados. Conforme Guinchat e Menou (1994), a base de dados bibliográfica, ou referencial, demonstra um conjunto sistematizado de referências bibliográficas de documentos que estão dispostos fisicamente em diferentes locais, reunindo documentos técnicos e científicos, organizados em artigos, revistas ou teses, que fomentam a informação aos pesquisadores.

Este estudo tem como objetivo analisar, por meio das heurísticas, a tomada de decisão das pessoas relacionada à preservação do meio ambiente. Para sustentar o objetivo geral desta investigação, criaram-se três objetivos específicos: analisar quantitativamente as informações relativas à tomada de decisão e à compreensão das pessoas quanto à preservação do meio ambiente; analisar as relações existentes quanto à tomada de decisão relacionadas à preservação do meio ambiente; analisar de que maneira a heurística influencia a tomada de decisão relacionada à preservação do meio ambiente.

Para proceder à coleta de dados, foi utilizado um questionário estruturado, validado por um expert da área de gestão ambiental e composto de 15 questões fechadas – três questões tinham o propósito de identificar o perfil social dos respondentes, e as outras 12 foram utilizadas para identificar o seu comportamento ambiental.

Para estas 12 questões, utilizou-se a escala Likert com cinco pontos, empregada em estudos nos quais os respondentes apontam o grau de concordância ou discordância sobre as afirmações apresentadas, que, neste caso, são expressas por “discordo totalmente” até “concordo totalmente”. Após a coleta de dados, procedeu-se à correlação simples entre todas as questões do instrumento de coleta de dados, sendo possível com o auxílio do software IBM SPSS Statistics 22, realizar a análise e a interpretação dos resultados. Tal análise, de acordo com Malhotra (2010), permite identificar quais são os critérios que refletem significativa importância na ocorrência dos demais, bem como se existe relação entre eles e o grau em que suas variações estão relacionadas.

4 Análise e interpretação dos resultados

Evidenciam-se, nesta seção, os dados relativos à pesquisa realizada, iniciando-se com a caracterização da amostra, em que são avaliadas as informações relativas ao perfil dos 386 respondentes. Analisando-se o item gênero dos respondentes, verificou-se que a grande maioria dos respondentes, isto é, 70,2%, é composta do sexo feminino (271 mulheres), e 29,8% dos entrevistados são do sexo masculino (115 homens).

Nesta pesquisa, a idade dos 386 respondentes analisados foi avaliada em faixas etárias. Aproximadamente metade da amostra (46,9% ou 181 respondentes) encontra-se na faixa etária de 25 a 35 anos. Na sequência, as faixas etárias mais frequentes foram de 15 a 24 anos, representando 22% (85 respondentes) da amostra, seguida da faixa etária de 36 a 45 anos (17,1% ou 66 respondentes), de 46 a 55 anos (10,1% ou 39 respondentes) e, por último, dos respondentes acima de 56 anos (3,9% ou 15 respondentes).

Dos 386 respondentes da pesquisa, 49,7% (192 respondentes) possuem Ensino Superior Completo, 23,1% (89 respondentes) possuem Ensino Superior Incompleto, 18,4% (71 respondentes) possuem Ensino Médio Completo, 6,7% (26 respondentes) possuem Ensino Médio Incompleto e 2,1% (oito respondentes) possuem Ensino Fundamental Incompleto.

Relatado o perfil social dos respondentes, passa-se a verificar as respostas para as 12 afirmações propostas por este estudo, de modo delinear o processo de tomada de decisão das pessoas relacionado à preservação do meio ambiente. Quanto à afirmação 1, “Eu me preocupo com os problemas ambientais do planeta”, 40,7% das respostas, isto é, 157 respondentes, assinalaram a opção “Frequentemente”, 37,3% (144 respondentes) escolheram “Sempre”, 20,5% (79 respondentes) marcaram “Às vezes”, 1,3% (5 respondentes) optaram por “Raramente”, e 0,3% (um respondente) escolheu “Nunca”.

Ao analisar a afirmação 2, “Na minha casa há consumo consciente de energia”, verificou-se que 39,9% (154) das respostas foram “Frequentemente”; 33,4% (129 respondentes), “Sempre”; 22,0% (85 respondentes), “Às vezes”; 4,1% (16 respondentes), “Raramente”; e 0,5% (dois respondentes), “Nunca”. Já quanto à afirmação 3, “Eu acredito que o planeta está aquecendo”, 67,4% (260) das respostas foram “Sempre”, seguidas de 22,5% (87 respondentes) como “Frequentemente”, 8,5% (33 respondentes) como “Às vezes”, 1,3% (cinco respondentes) como “Raramente”, e 0,3% (um respondente) como “Nunca”.

A afirmação 4, “Concordo que é necessário preservar as áreas verdes para manter o ecossistema equilibrado”, obteve 80,6% (311) das respostas como “Sempre”, 17,4% (67 respondentes) como “Frequentemente”, 1,6% (seis respondentes) como “Às vezes”, 0,3% (um respondente) como “Raramente”, e outros 0,3% como ““Nunca”. Ao analisar as respostas da afirmação 5, “O aumento dos espaços urbanos está influenciando o aquecimento global”, constatou-se que as respostas se distribuíram da seguinte maneira: 66,8% (258) “Sempre”, 21,8% (84 respondentes) “Frequentemente”, 8,5% (33 respondentes) “Às vezes”, 1,6% (seis respondentes) “Raramente”, e 1,3% (cinco respondentes) “Nunca”.

Quanto à afirmação 6, “Na minha casa eu procuro economizar água”, verificou-se que 47,9% (185) das respostas foram “Sempre”, seguidas de 33,9% (131 respondentes) foram “Frequentemente”, 15,3% (59 respondentes) foram “Às vezes”, 2,3% (nove respondentes) foram “Raramente”, e 0,5% (dois respondentes) foram “Nunca”. Ao analisar a afirmação 7, “Eu acredito que a escassez de água atingirá as pessoas que não tiverem possibilidade de comprar água no futuro”, apuraram-se os seguintes resultados: 59,6% (230) “Sempre”, 22,5% (87 respondentes) “Frequentemente”, 12,7% (49 respondentes) “Às vezes”, 3,6% (14 respondentes) “Nunca”, e 1,6% (seis respondentes) “Raramente”.

Ao analisar as respostas para a afirmação 8, “Eu utilizo recursos da água da chuva para diminuição da água encanada”, verificou-se que 49,2% (190) foram “Nunca”, 15,5% (60 respondentes) foram “Às vezes”, 15% (58 respondentes) foram “Raramente”, 10,6% (41 respondentes) foram “Sempre”, e 9,6% (37 respondentes) foram “Frequentemente”.

Apurando-se as respostas para a afirmação 9, “Eu acredito que a água potável vai acabar no planeta”, verificou-se a seguinte distribuição: 31,1% (120) “Sempre”, 29,3% (113 respondentes) “Às vezes”, 25,6% (99 respondentes) “Frequentemente”, 8,8% (34 respondentes) “Raramente”, e 5,2% (20 respondentes) “Nunca”. Na análise da afirmação 10, “Eu acredito que a atividade de reciclar o lixo preserva a natureza”, foram encontradas 75,6% (292) respostas “Sempre”, seguidas de 16,8% (65 respondentes) “Frequentemente”, 6,2% (24 respondentes) “Às vezes”, 1% (quatro respondentes) “Raramente”, e 0,3% (um respondente) “Nunca”.

Quanto à afirmação 11, “Eu separo o lixo”, evidenciou-se que 65,5% (253) das respostas foram “Sempre”, 19,9% (77 respondentes) foram “Frequentemente”, 7,5% (29 respondentes) foram “Às vezes”, 3,6% (14 respondentes) foram “Nunca”, e 3,4% (13 respondentes) foram “Raramente”. As respostas recebidas para a afirmação 12, “Eu jogo lixo na rua”, ficaram assim distribuídas: “Nunca” com 81,6% (315 respondentes), “Raramente” com 10,4% (40 respondentes), “Às vezes” com 3,4% (13 respondentes), “Frequentemente” com 1,3% (cinco respondentes), e “Sempre” com 3,4% (13 respondentes).

Finalizado o processo de análise das estatísticas descritivas, verificou-se a correlação simples entre os critérios estudados, envolvendo as três questões de perfil social e as doze afirmações, resultando em correlações com níveis de significância a 0,05 e 0,01. Optou-se por trabalhar somente com as correlações significativas no nível de 0,01 de significância. A Tabela 1, exposta a seguir, apresenta as categorias para a correlação propostas por Santos (2007) de acordo com os coeficientes obtidos.

Tabela 1
Avaliação da correlação

elaborada pelos autores com base em Santos (2007).

Os resultados da pesquisa evidenciaram que as correlações realizadas entre as afirmações e as questões relativas ao perfil são todas correlações Fracas Positivas, conforme a caracterização proposta por Santos (2007) e exposta na tabela anterior. Nesta pesquisa, optou-se por realizar as análises e as interpretações das três correlações com resultado mais baixo e das três correlações com resultado mais alto.

Assim, a correlação entre a afirmação 2, “Na minha casa há consumo consciente de energia”, e a afirmação 5, “O aumento dos espaços urbanos está influenciando o aquecimento global”, foi a que apresentou o valor de correlação mais baixo, 0,138. O segundo resultado evidenciado foi o da correlação entre a afirmação 5, “O aumento dos espaços urbanos está influenciando o aquecimento global”, e o gênero dos respondentes, que apresentou o mesmo valor: 0,138. O terceiro resultado mais baixo das correlações simples realizadas foi entre a afirmação 4, “Concordo que é necessário preservar as áreas verdes para manter o ecossistema equilibrado”, e a afirmação 9, “Eu acredito que a água potável vai acabar no planeta”, com o resultado de 0,140.

A seguir, realizou-se a análise das três correlações que apresentaram maiores resultados, todas listadas a seguir na Tabela 2, iniciando pela que apresentou 0,453, que foi a relação entre a afirmação 3, “Eu acredito que o planeta está aquecendo”, e a afirmação 6, “Na minha casa eu procuro economizar água”. A segunda correlação com maior resultado foi entre a afirmação 1, “Eu me preocupo com os problemas ambientais no planeta”, e a afirmação 2, “Na minha casa há consumo consciente de energia”, apresentando o resultado de 0,331. A terceira correlação que apresentou maior resultado, com 0,309, foi entre a afirmação 1, “Eu me preocupo com os problemas ambientais no planeta”, e a afirmação 3, “Eu acredito que o planeta está aquecendo”.

Tabela 2
Correlações da pesquisa

dados provenientes da pesquisa.** A correlação é significativa no nível 0,01.* A correlação é significativa no nível 0,05.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com relação à análise quantitativa das informações, identificou-se que a maioria dos respondentes são mulheres (70,02%), com idade entre 25 e 35 anos (46,9%) e com nível superior completo (49,7%). Nas questões 1, 3, 5, 9 e 10, referentes à preocupação sobre o meio ambiente, os sujeitos apresentaram estar constantemente preocupados com o tema, totalizando índices superiores a 70% de respostas em “Frequentemente” ou “Sempre”. Tais índices sugerem que os respondentes acreditam que o planeta está aquecendo (67,4 %), que é preciso preservar áreas verdes (80,6 %), que os espaços urbanos contribuem para o aquecimento global (66,8) e que reciclar o lixo preserva a natureza (75,06%). Contudo, na questão 9, “Eu acredito que a água potável vai acabar no planeta”, somente 31,1% responderam “Sempre”. Não é possível afirmar, contudo, que as pessoas não têm certeza de que a água potável acabará devido ao fato de que este ainda não é um recurso escasso nas casas das pessoas pesquisadas. Esses resultados sugerem que a tomada de decisão sobre o tema do meio ambiente é realizada utilizando o sistema 01 (SIMON, 1989), em que são empregados processos de pensamentos involuntários e rápidos e tomadas de decisões sem o uso da racionalidade e da lógica. A heurística de ajuste e ancoragem parece, assim, ter sido utilizada para formar essas respostas.

Nas questões que envolviam a ação do respondente para preservar a natureza, tais como reciclar lixo, economizar energia e utilizar água da chuva, os índices de respostas “Frequentemente” e “Sempre” ficaram menores que 50%, com exceção da questão 11, “Eu separo o lixo”, que obteve 65,5% de respostas “Sempre”. Tendo isso em vista, uma conclusão possível é que haja uma distância entre a preocupação com o meio ambiente e as práticas individuais efetivas que visam à preservação. Dessa forma, cabe apontar as considerações de Zelezny e Schultz (2000), ao afirmarem que as soluções para os problemas ambientais devem ser investigadas a partir de uma mudança de comportamento individual, trabalhando não só as crenças e as atitudes das pessoas, mas também uma consciência social ampliada que evite respostas rápidas, com tomadas de decisões e julgamentos inconscientes, ocasionados pelo senso comum (isto é, por heurísticas).

Por meio da realização deste estudo, foi possível evidenciar, ainda, que as maiores correlações estão relacionadas ao entendimento e à compreensão dos temas ora abordados, enquanto que as correlações que apresentaram resultados menores estão relacionadas ao comportamento dos indivíduos quanto às questões ambientais. Evidencia-se, assim, que, embora exista o entendimento acerca das questões ambientais e sustentáveis que emergem no contexto atual, ainda são necessárias ações individuais efetivas voltadas à preservação ambiental. Nesse sentido, sugere-se, para pesquisas futuras, verificar as motivações dos sujeitos para ações centradas na preservação do meio ambiente, bem como identificar quais são os aspectos que representam maior relevância em suas decisões sobre o tema.

Referências

ACSELRAD, H.; LEROY, J. P. Novas premissas da sustentabilidade democrática. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, n. 1, 1999.

ARIELY, D. Previsivelmente irracional: como as situações do dia-a-dia influenciam as nossas decisões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

AYAL, S.; ZAKAY, D. The Perceived Diversity Heuristic. The case of Pseudodiversity. Journal of Personality and Social Psychology, v. 3, p. 559-573, 2009.

BARBOSA, G. S. O desafio do desenvolvimento sustentável. Revista Visões, Rio de Janeiro, v. 1, n. 4, jan./jun. 2008.

BAZERMAN, M. H.; MOORE, D. Processos decisórios. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

CANEPA, C. Cidades Sustentáveis: o município como lócus da sustentabilidade. São Paulo: Editora RCS, 2007.

CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e Natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 2003.

CLARO, P. B. de O.; CLARO, D. P. Desenvolvimento de indicadores para monitoramento da sustentabilidade: o caso do café orgânico. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 18-29, jan./fev./mar. 2004.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso futuro comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.

CONNOLLY, J.; PROTHERO, A. Sustainable Consumption: Consumption, Consumers and the Commodity Discourse. Consumption, Markets and Culture, v. 6, n. 4, p. 275-291.

EBREO, A.; VINING, J. How similar are recycling and waste reduction? Future orientation and reasons for reducing waste as predictors of self-reported behavior. Environment and Behavior, v. 33, n. 3, p. 424-448, 2001.

FERREIRA, M. B. et al. Automatic and Controlled componentes of Judgment and Decision Making. Journal of Personality and Social Psychology, v. 91, n. 5, p. 797-813, 2006.

FIORI, J. L. Os moedeiros falsos. Petrópolis: Vozes, 1997

GUINCHAT, C.; MENOU, M. Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação. 2. ed. rev. aum. Brasília: Ibict; CNPq, 1994.

HANSEN, U.; SCHRADER, U. A modern model of consumption for a sustainable society. Journal of Consumer Policy, v. 20, n. 4, p. 443-468, 1997.

HEUER Jr, R. J. Psychology of intelligence analysis. Langley: Center for the Study of Intelligence, 1999.

KAHNEMAN, D. Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

LEE, J. A; HOLDEN, S. J. S. Understanding the determinants of environmentally conscious behavior. Psychology and Marketing, v. 16, n. 5, p. 373-392, 1999.

MALHOTRA, D.; BAZERMAN, M. H. O gênio da negociação: as melhores estratégias para superar os obstáculos e alcançar excelentes resultados. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: foco na decisão. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2010.

MANZINI, E.; VEZZOLLI, C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis: os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: Edusp, 2002.

MATLIN, M. W. Psicologia cognitiva. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.

PEATTIE, K.; COLLINS, A. Guest editorial: Perspectives on sustainable consumption. International Journal of Consumer Studies, v. 33, n. 2, p. 107-112, 2009.

PIDD, M. Modelagem empresarial: ferramentas para tomada de decisão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

RUMELT, R. Estratégia Boa, Estratégia Ruim. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

SÁNCHEZ, M. J.; LAFUENTE, R. Defining and measuring environmental consciousness. Revista Internacional de Sociología, v. 68, n. 3, p. 731-755, 2010.

SANTOS, C. Estatística descritiva: manual de autoaprendizagem. Lisboa: Edições Silabo, 2007.

SHARMA, K.; BANSAL, M. Environmental consciousness, its antecedents and behavioral outcomes. Journal of Indian Business Research, v. 5, n. 3, p. 198-214, 2013.

SIMON, H. A. A razão nas coisas humanas. Lisboa: Gradiva, 1989.

SIMON, H. A. Comportamento administrativo: estudos dos processos decisórios nas organizações administrativas. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1979.

THOLT, C. Decida com Inteligência. Brasília: Thesaurus; ABRAIC, 2006.

VEIGA, J. E. da. Desenvolvimento sustentável – o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

ZELEZNY, L. C.; SCHULTZ, P. Promoting environmentalism. Journal of Social Issues, v. 56, n. 3, p. 365-371, 2000.



Buscar:
Ir a la Página
IR
Visualizador XML-JATS4R. Desarrollado por