ARTIGOS
Recepción: 29 Enero 2019
Aprobación: 14 Enero 2020
Resumen: No decorrer das últimas duas décadas, as pesquisas em torno do tema da teologia pública são recorrentes. Por meio de um mapeamento de coletâneas, teses, dissertações, artigos, entre outras pesquisas que se dedicaram à problematização de teologias públicas ou que utilizaram a nomenclatura, é possível dispor um quadro panorâmico que aponta para os principais assuntos tratados nesse horizonte. Desde uma catalogação em grupos temáticos, a presente pesquisa demonstra assuntos, modos e contextos da utilização do termo. Compreende-se, portanto, que a nomenclatura teologia pública está atrelada às seguintes dinâmicas: 1. Na relação entre religião/teologia e espaço público; 2. Como dimensão pública da fé; 3. Como campo de pesquisa; 4. No debate sobre a teologia na universidade; 5. Na discussão sobre um discurso público da teologia.
Abstract: During the last two decades research concerning public theology has been continuous. Through a mapping of collections of texts, master’s dissertations and doctoral theses, and articles, among other investigations that problematized public theologies or utilized the nomenclature, it is possible to display a panoramic view that points to the main topics addressed regarding this horizon. Based on a classification of these texts in thematic groups the present paper shows issues, modalities and contexts in which the term is used. So, the terminology public theology is connected to the following dynamics: 1. Regarding the relation between religion/theology and public space; 2. As the public dimension of faith; 3. As a research field; 4. Regarding the debate of the role of Theology in the university; 5. Regarding the discussion of theological public discourse.
Keywords: Public Theology, Theology of Citizenship, Theology in University.
Palavras chave: Teologia Pública, Teologia da Cidadania, Teologia na Universidade
1 INTRODUÇÃO
O termo teologia pública tem sido utilizado de modo recorrente em publicações a nível nacional nas duas últimas décadas. A presente pesquisa estabelece uma primeira aproximação desta temática por meio de uma análise do mapeamento desses textos. Assim, apresenta-se aqui um levantamento bibliográfico sobre teologia pública no Brasil (2000- 2017).
Foram encontrados quase 500 textos de mais de 300 autores em forma de artigos, teses, dissertações, textos em anais de congressos, livros e capítulos de livros. Em especial, destaca-se a Coleção Teologia Pública, da EST (ZWETSCH; CAVALCANTE; SINNER, 2011; JACOBSEN; SINNER; ZWETSCH, 2012a; 2012b; BUTELLI; LE BRUYNS; SINNER, 2014; GMAINER-PRANZL; JACOBSEN, 2015; DALLA ROSA, 2016; SINNER, 2018; PANOTTO, 20161);; um número do Caderno IHU em formação sobre teologia pública (NEUTZLING, 2006); os Cadernos Teologia Pública do Instituto Humanitas (2004-2019) e a série Theologia Publica da UNISINOS (esp. MOLTMANN, 2004; NEUTZLING, 2005; TRACY, 2006); a obra Teologia pública: reflexões sobre uma área de conhecimento e sua cidadania acadêmica, organizado por Afonso M. L. Soares e João Décio Passos (2011); as três obras publicadas pela Garimpo Editorial relacionando importantes teólogos protestantes – Bonhoeffer, Moltmann, Tillich – com a teologia pública (CALDAS, 2016; CUNHA, 2016; GONÇALVES, 2017); as obras oriundas dos congressos da ANPTECRE (ROSSI; JUNQUEIRA, 2015) e da SOTER (VITÓRIO; BUROCCHI, 2015) voltados à relação entre religião e espaço público; bem como as obras A Cidade e o Gueto: Introdução a uma Teologia Pública Protestante e o Desafio do Neofundamentalismo Evangélico no Brasil de Ronaldo Cavalcante (2010); Para uma Teologia Pública de Júlio Zabatiero (2011); The Churches and Democracy in Brazil: Towards a Public Theology Focused on Citizenship de Rudolf von Sinner (2012); e Cristianismo Mundial como religião pública organizada por Raimundo Barreto Jr., Ronaldo Cavalcante e Wanderley Pereira da Rosa (2016) no âmbito da parceria entre o Princeton Theological Seminary e a Faculdade Unida de Vitória, que também conta com a Cátedra Reverendo João Dias de Araújo de Teologia Pública e Estudos da Religião. Além destes, também optou-se por agregar ao mapeamento duas obras oriundas da Universidade Metodista de São Paulo que, apesar de não tratarem do termo teologia pública especificamente, o tematizam de forma que contribui com a presente pesquisa e para a compreensão da cultura teológica ligada ao âmbito da teologia pública, em especial desde o trabalho de Castro, que inaugura uma discussão sistematizada no âmbito de uma teologia da cidadania. As obras são: Por uma fé cidadã: a dimensão pública da igreja (2000); e Pastoral urbana: presença pública da Igreja em áreas urbanas, organizada pelo mesmo Castro, bem como por Magali Cunha e Nicanor Lopes (2006).
O critério da busca foi a ocorrência do termo teologia pública (theologia publica).2 O processo de catalogação, por sua vez, se deu por meio da identificação dos principais assuntos tratados por cada texto. Este primeiro passo permitiu uma organização por palavras-chave, as quais, na sequência, foram agrupadas por tema. É este o formato disposto adiante.
Desse modo, o presente texto apresenta a seguinte estrutura: (1) introdução; (2) catalogação por grupos temáticos; (3) uma síntese acerca das publicações em teologia pública no Brasil; (4) breves apontamentos sobre a discussão em teologia pública no contexto da academia, e (5) considerações finais ao modo de uma síntese prospectiva. Com isso, em um primeiro momento, acontece uma disposição dos resultados da pesquisa, para apenas em seguida ser desenvolvida uma análise mais pormenorizada sobre o que se pode compreender por teologia pública no contexto brasileiro. Não se assume uma conceituação estanque de teologia pública para a partir dela julgar as publicações que utilizam tal terminologia. Adota-se, isto sim, uma metodologia que parte das publicações sobre o tema, identificando-se as principais características que compõem este campo de pesquisa em construção, como modo de contribuição aos estudos sobre teologia pública no Brasil.3
2 CATALOGAÇÃO POR GRUPOS TEMÁTICOS
O mapeamento aqui disposto permite uma visão panorâmica acerca das pesquisas que tangem a temática da teologia pública no contexto brasileiro. A partir das publicações em teologia pública, elencam-se grupos temáticos e suas respectivas palavras-chave como uma primeira sistematização do estado da questão. Efetuou-se uma pesquisa a partir de sites de bibliotecas de diferentes instituições de ensino, periódicos científicos da área de Ciências da Religião e Teologia, repositórios de teses, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Feito o levantamento dos textos (anais, artigos, teses, dissertações, capítulos de livros, livros), foram identificadas as palavras-chave de cada um deles, as quais foram agrupadas para dar forma a grupos temáticos. O mapeamento com a indicação de cada texto que o compõe está disponível no primeiro capítulo de nossa pesquisa doutoral (ZEFERINO, 2018a, p. 19-32).4 Os resultados deste levantamento são apresentados na sequência.
O grupo temático Cidadania, é composto por textos voltados especificamente às questões da cidadania, como PASTORAL DA CIDADANIA,5 TEOLOGIA DA CIDADANIA, DIREITOS CIDADÃOS, CONSTITUIÇÃO CIDADÃ e por assuntos correlatos que tematizam as questões ligadas às CIDADES e ao ESPAÇO URBANO. Com efeito, destacam-se as contribuições de Rudolf von Sinner e Clovis Pinto de Castro, ambos pensando uma teologia da cidadania. O primeiro, já dentro de uma gramática de teologia pública e o segundo em consonância com o debate, mas, como diria C. Caldas (2016, p. 54-55), trata-se de um caso de Teologia Pública avant la lettre. Efetivamente, ambos refletem acerca da res publica pelo viés da cidadania e sua relação com a teologia.
A seção denominada Contemporaneidade abarca textos conjunturais. Cada um, a partir de sua própria base teórica, aproxima-se do tempo presente e seus antecedentes buscando explicá-lo como um todo ou a partir de características particulares. Compõem este grupo temático termos como: ALTA MODERNIDADE; CONTEMPORANEIDADE; GLOBALIZAÇÃO; MODERNIDADE; MUNDO PÓS-METAFÍSICO; PÓS-MODERNIDADE; PÓS-SECULARIDADE, SECULARIDADE e SECULARIZAÇÃO; SINAIS DOS TEMPOS; TRANSTEMPORALIDADE.
O grupo temático Religião e Literaturas evidencia um campo com crescente relevância no âmbito da área de Ciências da Religião e Teologia. A saber, as pesquisas em Teologia e Literatura têm se consolidado por meio de autores como Villas Boas, Bingemer, Manzatto, Barcelos, Magalhães entre outros/as pesquisadores/as.6 Com isso, se percebe que as literaturas não apenas se apresentam como parceiras de reflexão teológica, mas como campo que demanda do fazer teológico uma revisão de linguagem para poder apresentar-se como parceria adequada ao debate. As palavras-chave desta seção são: ARTE; CINEMA; CLÁSSICOS RELIGIOSOS; CULTURAS; ESTÉTICA TEOLÓGICA; MÚSICA; NARRATIVA; RELIGIÃO NA LITERATURA; TEATRO; TEOLOGIA E LITERATURA; TEOPOÉTICA; TV.
Como se percebe, o tema da narrativa é bastante recorrente, em geral tratando dos desafios de se narrar Deus na contemporaneidade7 . Junto a isso, a noção de clássicos de David Tracy (2006) emerge como possível interlocução para pesquisas na área de Teologia e Literatura. Este teólogo estadunidense, uma das principais referências no âmbito da teologia pública, estabelece a noção de pessoas, eventos, textos, além de representações artísticas várias como clássicos na medida em que, quando revisitados, possuem um excesso de sentido, comunicando ao humano que os lê algo de sua própria humanidade, desvelando novos significados para dentro das experiências humanas hodiernas.
O conjunto Diversidade Cultural, Religiosa e Diálogo Inter-religioso reúne textos que tratam de tópicos interculturais, a relação entre culturas e religiões, as religiões em suas interfaces, entre outros. As palavras-chave que compõem este grupo são: ALCORÃO; CRISE DA RELIGIÃO; CRÍTICA DA RELIGIÃO; DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO; DIVERSIDADE RELIGIOSA; FÉ; INTERCULTURALIDADE; IRMANDADE MUÇULMANA SÍRIA; LIBERDADE RELIGIOSA; MOVIMENTO TALIBÃ; PLURALISMO CULTURAL; PLURALISMO RELIGIOSO; RELIGIÃO; RELIGIÃO E ESPAÇO PÚBLICO; RELIGIÕES BRASILEIRAS; RELIGIÕES ORIENTAIS; SAGRADO; SENSIBILIDADE RELIGIOSA; SOCIEDADE PLURALISTA; TEOLOGIA DAS RELIGIÕES; UMBANDA. Em virtude desta pluralidade, cabe ver que, uma vez entendida dentro do âmbito do termo teologia pública, são textos que pensam teologias e religiões enquanto interfaces de um âmbito não restrito às particularidades de uma determinada confissão. Evidencia-se, portanto, o diálogo entre as religiões e o reconhecimento da pluralidade e diversidade como temas relevantes para a fala teológica no espaço público.
A seção denominada Ecologia, em grande medida, é fruto das recepções dos Cadernos Teologia Pública (INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS, 2004-2019), da Encíclica Laudato Si’. Não raro, o tema da ecologia é tratado em conjunto com o tema da Teologia da Criação. Corrobora isto o seguinte conjunto de palavras-chave: CUIDADO COM O PLANETA; JUSTIÇA ECOLÓGICA-CLIMÁTICA; LAUDATO SI’; MOVIMENTO ECOLÓGICO; TEOLOGIA DA CRIAÇÃO; TEOLOGIA DA SUSTENTABILIDADE; TEOLOGIA DAS ÁGUAS AMAZÔNICAS; TEOLOGIA ECOLÓGICA/ECOTEOLOGIA; TERRA HABITÁVEL. Esta temática aponta para um problema de ordem pública que também pode ser pensado por meio da abordagem teológica. Nesse sentido, o tema da ecologia serve de exemplo de teologia no espaço público, o que pode ser repetido a partir de assuntos vários como a questão do HIV/AIDS, da fome, da pobreza, entre outras interfaces que também surgiram nesse mapeamento.8
O grupo temático Educação reúne termos-chave como: CATEQUESE; EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA; EDUCAÇÃO TEOLÓGICA; ENSINO RELIGIOSO; PEDAGOGIA; RELIGIÃO E EDUCAÇÃO. Apesar da pouca ocorrência nesse mapeamento, o tema do ensino religioso pode ser trabalhado a partir da perspectiva de uma teologia pública. A questão daconfessionalidade, neste âmbito, configura-se em desafio não só às Ciências da Religião, mas também às teologias preocupadas com o cenário atual de pluralismo religioso e que compreendem a possibilidade de um discurso teológico com base em referências comuns de validação na esfera das ciências humanas.
As seguintes palavras-chave se destacam no grupo Aspectos epistemológicos da Área de Ciências da Religião e Teologia: CONCEITO DE RELIGIÃO; EPISTEMOLOGIA DA TEOLOGIA PÚBLICA; EPISTEMOLOGIA TEOLÓGICA; HERMENÊUTICA; PÚBLICOS DA TEOLOGIA; SOTER; TEOLOGIA COMO PROFISSÃO; TEOLOGIA COMO VOCAÇÃO INTELECTUAL; TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO; TEOLOGIA E FÉ; TEOLOGIA NA UNIVERSIDADE. Esta ampla gama de temas está ligada à atuação das Ciências da Religião e da Teologia na universidade. Nota-se, portanto, que a cidadania acadêmica da Teologia é um dos temas mais atuais e urgentes da área. Em virtude disso, também aquilo que se tem chamado de teologia pública tem pensado o discurso teológico em relação com todo esse cenário. Com efeito, endereçar temas públicos em âmbitos de pluralismo exige que se atendam critérios públicos de argumentação (TRACY, 2006).
O grupo Espaço Público e Sociedade reúne as seguintes palavras-chave: CONSUMISMO; DESENVOLVIMENTO/ECONOMIA; ESFERA PÚBLICA/ESPAÇO PÚBLICO/PRAÇA PÚBLICA; ESFERA PÚBLICA DELIBERATIVA; ESTADO/MÁQUINA GOVERNAMENTAL; MÍDIAS/COMUNICAÇÃO; MUNDO DA VIDA; SOCIEDADE CIVIL; TEOLOGIA E SOCIEDADE; TEORIA SOCIAL. Como se percebe, são vários temas ligados ao espaço público, desde aspectos ligados à governança, a outros relacionados ao mundo da economia. Com efeito, interessa saber que essas instâncias são pensadas por meio da Teologia e, justamente por isso, demandam do fazer teológico uma certa aderência teórica e adequação de linguagem.
Destaca-se o grupo temático Ética. Além de se tratar de tema próprio das pesquisas que relacionam teologia e questões do espaço público, nota-se uma transversalidade da ética nas publicações sobre teologia pública. Esta seção contém as seguintes palavras-chave: BEM COMUM; BIOÉTICA; ETHOS SOLIDÁRIO; ÉTICA; ÉTICA BARTHIANA; ÉTICA CRISTÃ; ÉTICA DA RESPONSABILIDADE; ÉTICA GLOBAL/ETHOS MUNDIAL; ÉTICA TEOLÓGICA; FÉ ENCARNADA; LEI; MORAL; RESPONSABILIDADE LIBERTADORA; TEOLOGIA MORAL. A ética aparece como tema que perpassa várias interfaces como igreja, teologia, bioética, além de estar presente de forma transversal em várias outras publicações que não pertencem a este grupo temático, como aquelas ligadas à cidadania.
A seção intitulada Igrejas e Ecumenismo é bastante marcada pela tradição católica,tratando de temas internos à sua eclesiologia, o que é corroborado pelas palavras-chave aqui identificadas: AGENDA PÚBLICA DAS IGREJAS; CELAM; CONCÍLIO VATICANO II; CONFERÊNCIA DE APARECIDA; CONFERÊNCIA DE MEDELLÍN; CONFERÊNCIA DE SANTO DOMINGO; CRISTIANISMO; DIÁLOGO ECUMÊNICO/ECUMENISMO; DOCUMENTOS CATÓLICOS (outros); EVANGÉLICOS/IGREJAS EVANGÉLICAS; IGREJA(S); IGREJAS ASIÁTICAS; IGREJA CATÓLICA; IGREJA E GÊNERO; IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL; IGREJA MARONITA; IGREJA METODISTA/METODISMO; MINISTROS BATISTAS; PAPA BENTO XVI; PAPA FRANCISCO; PONTIFICADO; PUEBLA; TEOLOGIA ECLESIÁSTICA. A expressiva ocorrência de termos ligados a documentos e temáticas católicas denota como que, em boa medida, as publicações dos Cadernos Teologia Pública da UNISINOS (2004-2019) têm ensejado um debate a partir de uma tradição específica.
No grupo temático referente aos Protestantismos e Pentecostalismos destacam-se as seguintes palavras-chave: ANABATISTAS; FUNDAMENTALISMO/ NEOFUNDAMENTALISMO; IDENTIDADE PROTESTANTE/VOCAÇÃO PROTESTANTE; PENTECOSTALISMOS; PROTESTANTISMOS; REFORMA; TRADIÇÃO REFORMADA. Cabe ainda afirmar que autores protestantes de destaque que estão sendo trabalhados no âmbito da teologia pública como Karl Barth, Paul Tillich, Jürgen Moltmann e Dietrich Bonhoeffer não são aqui contemplados, pois essas publicações não tratam do tema do protestantismo em si. Das obras presentes nessa seção, destacam-se as aproximações de Ronaldo Cavalcante, que busca pensar uma educação teológica a partir de uma teologia pública, pelo lado protestante, e as contribuições de Amos Yong e Majewski, que ensejam uma relação entre o pentecostalismo e o espaço público pelo lado pentecostal.9
A seção intitulada Política reúne as seguintes palavras-chave: MENSALÃO/PETROLÃO; PARTICIPAÇÃO POLÍTICA; POLÍTICA; RELIGIÃO E POLÍTICA/RELIGIÃO POLITIZADA; RESPONSABILIDADE POLÍTICA; TEOLOGIA POLÍTICA; TEORIA POLÍTICA. Estes termos, bem como os textos que os utilizam denotam uma relação entre fazer teológico e política e, com isso, a incidência de uma na outra. Com efeito, são textos que retomam uma longa tradição teológica que se ocupa com as questões da polis. Por outro lado, também sustentam a argumentação da factualidade da incidência política/pública das religiões.
Temas de Direitos Humanos e Democracia reúne temas variados que buscam uma síntese nessa nomenclatura: DEMOCRACIA; DEPENDÊNCIA QUÍMICA; DIGNIDADE HUMANA; DIREITOS HUMANOS E RELIGIÃO/TEOLOGIA; GÊNERO; HIV/AIDS; INDIVIDUALIDADE; JUVENTUDES; LAICIDADE; LIBERDADE; LIBERDADE RELIGIOSA; LUTAS SOCIAIS; POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA; TOLERÂNCIA; VIOLÊNCIAS. Como se percebe, ao se tratar da relação entre teologia e espaço público é recorrente e necessária a temática dos direitos humanos. Com isso, uma teologia pública atual e pertinente precisa estar atenta a esses temas, buscando tratá-los de forma apropriada, mirando o bem de todas e todos e não apenas o benefício de uma tradição religiosa específica. Com isso, a labuta teológica sobre direitos humanos pode acontecer enquanto serviço teórico (reflexão sobre a prática) à sociedade mais ampla.
O grupo temático Temas de Teologia Bíblica demonstra que a questão do espaço público e outras temáticas que passam pelo termo teologia pública, são também tratados por meio da abordagem teológica a partir dos textos sagrados do cristianismo. As palavras- chave que compõem esta seção são: APOCALÍPTICA; BEM-AVENTURANÇAS; EPÍSTOLA DE TIAGO; EVANGELHO DE LUCAS; EVANGELHO DE MARCOS; GÊNESIS; JESUS; LEI/DECÁLOGO; LEITURA POPULAR DA BÍBLIA; PAULO; PROFECIA/PROFETAS; TEOLOGIA BÍBLICA.
O grupo temático Temas de Teologia Sistemática é representado pelas seguintes palavras-chave: APOLOGÉTICA; CRISTOLOGIA; DEUS; DOGMÁTICA; ESCATOLOGIA/ ESPERANÇA/REINO DE DEUS; GRAÇA/MISERICÓRDIA/ RECONCILIAÇÃO; MORTE; NIILISMO; PNEUMATOLOGIA; SENTIDO DA VIDA; TEOLOGIA FUNDAMENTAL/ SISTEMÁTICA; TEOLOGIA NATURAL; TRINDADE. Percebe-se que temas clássicos da Teologia são tratados em contextos de ocorrência do termo teologia pública. Em especial, destacam-se as publicações em torno do tema da escatologia, lida a partir da ideia de esperança e no horizonte da noção de Reino de Deus; não raro são textos de viés político, pensando a ética no espaço público por meio de uma tradição de denúncia das injustiças e em vista do bem comum para todas e todos.
O grupo Teologias Contextuais abarca uma gama variada de teologias e temáticas: BRANQUIDADE; GÊNERO/JUSTIÇA DE GÊNERO; PENSAMENTO DECOLONIAL/PÓS- COLONIALISMO/TEOLOGIA DECOLONIAL; POBREZA; TEOLOGIA(S) DA LIBERTAÇÃO; TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO NEGRA; TEOLOGIA DA MISSÃO INTEGRAL; TEOLOGIA E MUNDO DIGITAL; TEOLOGIA FEMINISTA/MOVIMENTO FEMINISTA; TEOLOGIA GAY; TEOLOGIA KAIROS; TEOLOGIA PÚBLICA DA LIBERTAÇÃO. Este grupo reúne propostas específicas de elaborações teológicas como a decolonial, a da libertação, a feminista, a gay, entre outras. Com efeito, o termo teologia pública ser identificado nessas elaborações é sintomático, na medida em que são fazeres teológicos não restritos ao campo eclesial, mas que tomam como ponto de partida de suas reflexões questões concretas da vida em sua diversidade.
Com efeito, tudo o que foi apresentado até aqui faz parte das publicações que têm a ver com o termo teologia pública ou se colocam em coletâneas e outras publicações sob essa temática. O grupo Teologia Pública, por sua vez, elenca as contribuições que efetivamente colocam teologia pública como tema principal de suas abordagens, sendo representado pelas seguintes palavras-chave: BARTH E TEOLOGIA PÚBLICA; BÍBLIA E TEOLOGIA PÚBLICA; BIOÉTICA E TEOLOGIA PÚBLICA; BONHOEFFER E TEOLOGIA PÚBLICA; CALVINO E TEOLOGIA PÚBLICA; CIDADANIA E TEOLOGIA PÚBLICA; CLÁSSICOS RELIGIOSOS E TEOLOGIA PÚBLICA; DESENVOLVIMENTO E TEOLOGIA PÚBLICA; DISCURSO PÚBLICO DA TEOLOGIA; ECUMENISMO E TEOLOGIA PÚBLICA; EPISTEMOLOGIA E TEOLOGIA PÚBLICA; ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA PÚBLICA; ESTUDOS DA RELIGIÃO E TEOLOGIA PÚBLICA; GÊNERO E TEOLOGIA PÚBLICA; HABERMAS E TEOLOGIA PÚBLICA; HIV/AIDS E TEOLOGIA PÚBLICA; IGREJA(S) E TEOLOGIA PÚBLICA; IRMANDADE MUÇULMANA SÍRIA E TEOLOGIA PÚBLICA; LITERATURA E TEOLOGIA PÚBLICA; MENSALÃO/PETROLÃO E TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA METODISTA/METODISMO E TEOLOGIA PÚBLICA; MODELOS/ PROPOSTAS DE TEOLOGIA PÚBLICA; MOLTMANN E TEOLOGIA PÚBLICA; PASTORAL/PASTORAL PÚBLICA/PASTORAL URBANA E TEOLOGIA PÚBLICA; PLURALISMO RELIGIOSO E TEOLOGIA PÚBLICA; POLÍTICA E TEOLOGIA PÚBLICA; PÓS-COLONIALISMO/DECOLONIALISMO E TEOLOGIA PÚBLICA; PROTESTANTISMO E TEOLOGIA PÚBLICA; PÚBLICO(S) DA TEOLOGIA; RELIGIÃO E TEOLOGIA PÚBLICA; SAÚDE E TEOLOGIA PÚBLICA; TAYLOR E TEOLOGIA PÚBLICA; TEATRO E TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA ECLESIAL/ECLESIÁSTICA E TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA KAIROS E TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA PASTORAL E TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA PÚBLICA; TEOLOGIA PÚBLICA DA LIBERTAÇÃO; TEOLOGIA PÚBLICA DO IDOSO; TEOLOGIA PÚBLICA INTERCULTURAL; TEOLOGIA PÚBLICA NO BRASIL/ AMÉRICA LATINA; TILLICH E TEOLOGIA PÚBLICA; TRANSDISCIPLINARIDADE E TEOLOGIA PÚBLICA; TRINDADE E TEOLOGIA PÚBLICA. Este grupo apresenta uma pluralidade de assuntos que têm sido tratados a partir daquilo que está sendo chamado de teologia pública. Também serve como um modo de síntese acerca dos assuntos tratados nesse âmbito. Percebe-se, portanto, uma ampla possibilidade de continuação das investigações neste campo de pesquisa. Algumas precisões conceituais, bem como caminhos de compreensão acerca do que foi exposto até aqui, são apresentados adiante.
3 AS PUBLICAÇÕES SOBRE TEOLOGIA PÚBLICA NO BRASIL: uma síntese
Com o intuito de sintetizar o caminho exposto acima, busca-se uma apresentação didática dentro de uma nova configuração visual. Assim, a tabela abaixo apresenta a relação de temas tratados nas pesquisas sobre teologia pública no Brasil a partir dos assim chamados grupos temáticos, conforme tabela 1:



Esta organização permite visualizar de forma mais prática a grande pluralidade de temas tratados sob a égide de teologia pública. Assim, a análise das publicações em âmbito brasileiro que utilizam o termo teologia pública permite ver que a caminho de sua maioridade, contando desde 2001 com o início do programa de teologia pública do IHU da UNISINOS, vários temas teológicos têm sido tratados em relação com o termo. Não necessariamente os/as autores/as problematizam o que poderia ser compreendido por teologia pública, mas na medida em que tratam da interface entre teologia e espaço público entendem que já se está fazendo teologia pública. Se isso fosse verdadeiro, o termo não traria nada de novo à longa tradição teológica que tem pensado aspectos da res publica; basta citar as teologias políticas europeias e as teologias de libertação do sul global como exemplos desse desenvolvimento teórico. Por outro lado, a recorrente utilização do termo evidencia a emergência de temas em que a interface entre teologia e espaço público é exigida. Desde já, é possível apontar para a teologia da cidadania como um projeto de teologia pública em estágio de maior desenvolvimento, sendo o primeiro intento programático dentro do âmbito das pesquisas em teologia pública no contexto brasileiro. Outro ponto que se destaca é a questão da teologia na universidade, a qual, por sua vez, tematiza a necessidade de uma fala adequada ao âmbito público.
De certo modo, por meio de uma releitura metodológica e na esteira do pensamento latino-americano de libertação, o caminho aqui proposto segue a lógica a partir de baixo. Isto é, não se parte de um conceito fechado sobre teologia pública para desde aí se julgar aquilo que está sendo produzido a respeito. Pelo contrário, busca-se perceber o que se tem compreendido por teologia pública por meio dos mais variados textos para que assim seja possível apontar modos de aproximação do tema.
Desta forma, compreende-se que a nomenclatura teologia pública está atrelada às seguintes dinâmicas:
2. Como dimensão pública da fé: a fé vivenciada em comunidade é refletida de modo a se desenvolver uma argumentação acerca da atuação pública de pessoas e comunidades de fé;
3. Como campo de pesquisa: desde a noção de von Sinner da teologia pública como um conceito guarda-chuva em que distintas formulações relacionam teologia e res publica, compreende-se a teologia pública não como uma teologia em si, mas como um campo de pesquisa que reúne formulações várias;
4. No debate sobre a teologia na universidade: com base na regulamentação do curso de Teologia pelo Ministério da Educação, bem como a partir de recentes pesquisas sobre a cidadania acadêmica dos saberes que compõem a Área de Ciências da Religião e Teologia na CAPES, nota-se a necessidade de se pensar a Teologia em sua epistemologia, bem como seu papel no ambiente acadêmico;
5. Na discussão sobre um discurso público da teologia: em relação com o tópico anterior, pensa-se uma fala teológica inteligível a diferentes saberes, culturas e religiões, isto é, trata-se de um discurso atento a critérios públicos de validação.
4 A TEOLOGIA PÚBLICA NA UNIVERSIDADE: alguns apontamentos
Nos últimos dezoito anos muito do que se tem produzido sobre a relação entre teologia e sociedade tem assumido a nomenclatura de teologia pública, sem existir, porém, uma conceituação matriz comum entre essas produções. Não é possível designar de forma estática, portanto, o que seria teologia pública.
O mapeamento apresentado torna possível que se tenha uma visão panorâmica das produções sobre teologia pública no Brasil. Assim, foi viável detectar a tematização da cidadania acadêmica e das epistemologias das Ciências da Religião e Teologia como recorrente. Os textos integrantes deste grupo temático dizem respeito aos estudos de religião na universidade. Em virtude disso, torna-se possível afirmar que a discussão acerca da cidadania acadêmica da Teologia, bem como das Ciências da Religião, é um dos temas mais atuais e urgentes desta área, também em virtude de sua recente autonomia em relação à área de Filosofia, saindo de subcomissão, para área constituída – a saber, a área 44 –, cognominada Ciências da Religião e Teologia.
Ao se considerar que o mapeamento acima mencionado foi efetuado no contexto das publicações relacionadas à teologia pública, é pertinente notar que essa proposta teológica, apesar de sua polissemia, tem atuado de forma a identificar os temas candentes nos espaços públicos com que se relaciona. Ao se utilizar a tipologia proposta por David Tracy – em que a teologia se ocupa, basicamente, de três públicos: a igreja, a academia e a sociedade –, conclui-se que essa teologia pública disposta a investigar a cidadania acadêmica da teologia, bem como sua epistemologia, está mais próxima do público acadêmico.
Com efeito, o tema da cidadania acadêmica da Teologia é de ordem pública, no que diz respeito à audiência acadêmica. Nesse horizonte, alguns desenvolvimentos possíveis da relação entre teologia e academia podem ser imaginados:
2. Na convivência com as Ciências da Religião, o fazer teológico tende a perceber-se melhor, a compreender seus limites e especificidades, bem como pode auxiliar sua ciência irmã para que também aprofunde seus próprios debates;
3. No contexto acadêmico, perceber a oportunidade de diálogo com os demais saberes, em especial com as humanidades, como chance de se colocar sob escrutínio público e de praticar sua capacidade de tradução das tradições teológicas, em favor do debate das questões em pauta na sociedade e na academia;
4. A virada antropológica do fazer teológico coloca-se novamente a serviço de uma fala contextualizada, buscando em parceiros de diálogo como a Literatura, a possibilidade de pensar este ser humano em sua existência, cônscios de sua busca de sentido, percebendo nas teologias e literaturas traços narrativos que representem uma certa dimensão da vida humana que se correlacione com aquilo que é identificado como sagrado ou mistério;
5. Para além do espectro teológico cristão, buscar as constantes antropológicas que possibilitem a redescoberta de elementos, nas mais variadas religiões e experiências religiosas, que auxiliem o ser humano hodierno a pensar sua realidade.
Resultam dessas investigações, portanto, a percepção de possíveis aprofundamentos nas discussões sobre a cidadania acadêmica da Teologia. Nota-se a urgência da construção de uma linguagem atenta a critérios públicos de argumentação; da compreensão da teologia como ciência hermenêutica que investiga as narrativas de sentido produzidas por experiências e tradições religiosas; valoriza-se o diálogo frutífero entre Teologia e Ciências da Religião a ponto de dinamizarem novos caminhos e possibilidades para os estudos de religião no Brasil; a chance de aprofundamento da criticidade das linguagens e métodos de análise teológicos por meio do diálogo com as demais humanidades; a reafirmação da antropologia como base de contato das humanidades, sendo que há contribuições das tradições teológicas também para as elaborações teóricas das demais ciências como, por exemplo, a pertinência de uma dimensão profética nas Ciências Humanas; também a oportunidade de elaboração de uma teologia pública das religiões como modo de aproximação do humano em suas grandes questões existenciais, lidas a partir de específicas tradições religiosas e em correlação constante com as questões que cada contexto faz emergir.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise aqui elaborada apresentou a teologia pública ou as teologias públicas por meio de um mapeamento que possibilitou uma visão panorâmica das produções sobre o tema nas duas últimas décadas. Além disso, analisaram-se os modos de compreensão daquilo que se pode chamar de teologia pública, bem como se vislumbraram possibilidades de desenvolvimento desde a noção de teologia pública enquanto discurso público da teologia, isto é, como fala não necessariamente confessional.
Com efeito, parece que a alocação da teologia pública no âmbito da discussão do papel da teologia na universidade é bastante apropriada, reservando-lhe um espaço de desenvolvimento com muito solo a ser percorrido. Contudo, sua construção, alheia a uma sensibilidade social, também se mostraria inadequada, ao mesmo tempo que uma percepção da teologia pública estrita à relação entre teologia e espaço público resultaria insuficiente. Isto porque, neste último caso, ela só poderia ser considerada seriamente se em relação com a longa tradição de pensamento nesse âmbito. No contexto latino-americano, por exemplo, tal desenvolvimento não poderia ocorrer desvinculado da Teologia da Libertação. Também uma teologia da cidadania, como desenvolvimento pensado dentro de uma gramática de teologia pública, possui sua relevância na medida em que encarna aquela mesma preocupação com a justiça social tão enfatizada pelo pensamento de libertação.
Com isso, a constante relação da teologia com a res publica mediada por uma linguagem pública e comprometida com a denúncia das injustiças e anúncio de espaços de libertação, parece se colocar na esteira daquela longa tradição de teologias políticas, bem como se adequar ao debate acadêmico, ocupando assim, seu lugar junto aos demais saberes.
REFERÊNCIAS
BARRETO Jr., R.; CAVALCANTE, R.; ROSA, W. (org.). Cristianismo Mundial como religião pública. Vitória: UNIDA, 2016.
BUTELLI, F.; LE BRUYNS, C.; SINNER, R. Teologia pública no Brasil e na África do Sul: cidadania, interculturalidade e HIV/Aids. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2014. Coleção Teologia Pública, v. 4.
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Notas