CARTA DOS EDITORES
O terceiro número da edição desse ano da BASE – Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos traz diversos artigos cuja temática está relacionada com as decisões dos gestores de empresas brasileiras.
O primeiro artigo, de Hashiba e Paiva, atenta-se à presença da sustentabilidade na estratégia corporativa da empresa e analisa como os recursos da empresa relacionados com o processo de desenvolvimento de novos produtos são organizados neste cenário. Foi conduzido um estudo de caso em uma empresa brasileira líder no seu setor e foram conduzidas 26 entrevistas nas diferentes áreas envolvidas no desenvolvimento de novos produtos. O estudo identifica que a complexidade do processo aumenta quando a sustentabilidade está presente na estratégia corporativa com a inclusão de novos recursos.
Os autores Brighenti e Silva também utilizam o método de estudo de caso e entrevistaram gestores de quatro empresas do setor de serviços de transporte rodoviário de cargas para identificar a relação entre a percepção de gestores em relação às incertezas do ambiente com o uso de controles para gerenciamento de riscos.
O terceiro artigo dessa edição, de Milan, Eberle e Nespolo, sai de dentro da empresa e faz uma survey com clientes de empresas do setor de serviço. O estudo foi conduzido com duas amostras diferentes, uma com 269 empresas-clientes dos planos de saúde coletivos empresariais e outra com 472 clientes de uma operadora de telefonia móvel. Apesar das diferenças devido aos diferentes contextos de serviços analisados, o trabalho mostra a importância dos gestores de empresas prestadoras de serviços em compreender o processo que envolve a manutenção dos relacionamentos e retenção de clientes.
O artigo de Engelman, Fracasso e Schmidt teve como objetivo adaptar e validar uma escala para o conceito de Capacidade Absortiva no ambiente sul-brasileiro. Para isso, foi utilizada a escala de Flatten et al. (2011) que foi traduzida, adaptada, avaliada por especialistas e posteriormente testada em uma amostra de 495 empresas. Foi constatada a consistência e adequação deste instrumento para o contexto sul-brasileiro.
O último artigo desta edição, de Silva e coautores, busca verificar se a decisão dos gestores da empresa em aderir aos níveis de governança corporativa da BM&FBOVESPA aumenta a liquidez das ações de sua empresa. Foi trabalhada uma amostra com 81 empresas entre 2006 a 2013 e não foi possível identificar impacto no nível de liquidez das ações.
Desejamos a todos uma ótima leitura!