Editorial

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Caros (as) leitores (as),

Aproveitando o ensejo do início de mais um ano na frente da APGS agradecemos à contribuição de todos os leitores, autores e avaliadores que tem contribuído para mantermos um periódico de qualidade no campo de públicas. Aproveitamos, inclusive, para noticiar à comunidade a nossa aprovação na plataforma Redalyc. Enquanto corpo editorial estamos muito felizes e sabemos que essa indexação vem coroar o trabalho que já tem sido efetuado em algum tempo pelos editores da APGS. Esse próximo ano será um ano estratégico para o nosso periódico. Buscaremos aproximar ainda a APGS do público através das redes sociais e também dos eventos relativos ao campo de públicas. Convidamos, inclusive à toda comunidade científica para fazer parte de nossas redes sociais.

Abrimos esta edição com o texto de autoria de André Spuri Garcia, José Roberto Pereira, Valderí de Castro Alcântara e José Willer do Prado intitulado Produção Científica sobre Esfera Pública: um Estudo Bibliométrico em Múltiplas Áreas do Conhecimento (1970-2015). O objetivo deste artigo foi analisar como se configura o campo de pesquisas sobre a esfera pública na base de dados Web of Science. Em síntese, o estudo demonstra que o campo de publicações em esfera pública é interdisciplinar, amplo e que ainda está em crescimento, principalmente a partir da década de 1990.

Na sequência, trazemos o texto Perspectivas teóricas para a análise de políticas públicas: como lidam com a complexidade? de autoria de Lia de Azevedo Almeida e Ricardo Corrêa Gomes. O presente ensaio buscou comparar as perspectivas teóricas próprias da análise de políticas públicas de meados dos anos 1980 e início dos anos 1990, com as novas teorias da área, buscando identificar diferenças ou semelhanças quanto à incorporação de aspectos próprios da teoria da complexidade e dos sistemas complexos, especificamente os conceitos de emergência, equilíbrio dinâmico, adaptação e co-evolução. Para fins desta edição, disponibilizamos a versão do artigo em inglês também.

Paula Fernandes Furbino Bretas apresenta no próximo artigo denominado De servidores públicos marajás a profissionais eficientes: uma genealogia das práticas de poder e resistência a partir de um grupo de discussão reflexões sobre as relações de poder e seus efeitos a partir do poder disciplinar, observando os regimes do Neoliberalismo e da Nova Gestão Pública como condições de emergência do grupo. O objetivo neste artigo foi compreender como um grupo de discussão online foi produzido e transformado em práticas de poder-resistência em uma organização pública.

O quarto artigo dessa edição, A Produção Teórica sobre a Pobreza na Administração é de autoria de Guilherme Dornelas Camara e Maria Ceci Misoczky. O artigo analisa a produção teórica sobre a pobreza no Brasil no campo disciplinar da Administração. A partir de critérios originados na Filosofia da Libertação, em especial de sua compreensão da Teoria Marxista da Dependência, foram pesquisados trabalhos sobre o tema publicados nos Anais dos EnANPADs e EnAPGs de 2004 a 2016. O objetivo foi compreender como o tema da pobreza vem sendo debatido e apropriado pela Administração.

Maya Fernandes Ishizuka e Vanessa Brulon assinam o quinto artigo dessa edição. Intitulado A Integração Local dos Congoleses Refugiados e Solicitantes de Refúgio no Rio de Janeiro as autoras buscaram compreender em que medida o Plano Estadual de Políticas de Atenção aos Refugiados, implementado no Rio de Janeiro desde 2014, auxilia na Integração Local dos Refugiados e Solicitantes de Refúgio provenientes da República Democrática do Congo que residem no Estado do Rio de Janeiro. Em termos gerais, foi possível perceber de que modo ocorre o processo, observar lacunas no Plano Estadual, bem como o papel fundamental exercido pelos Centros de Acolhida na obtenção dos direitos previstos em lei.

O sexto artigo dessa edição intitulado de Associação entre a Composição dos Recursos Captados pelo Terceiro Setor Potiguar e as despesas por beneficiário é de autoria de Iracema Iasonara Bezerra Ribeiro, Raimundo Marciano de Freitas Neto e Alexandro Barbosa. Os autores tiveram por objetivo analisar a associação entre a composição dos recursos obtidos pelas entidades de Utilidade Pública Federal situadas no Rio Grande do Norte e suas despesas de exploração unitária, utilizando a Soft Budget Constraint (SBC) como fundamento teórico.

O sétimo artigo desta edição é de autoria de Antonio Carlos Andrade Ribeiro e Cinthia Barros dos Santos Miranda. Sob o título Capital social e o acesso à proteção social os autores buscaram analisar a importância dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) sobre o capital social das famílias atendidas. Os resultados da pesquisa apontam que em contextos onde há carência de capital social e desconhecimento sobre as políticas públicas, o CRAS tem contribuído para circular informações e atua como mediador entre as famílias e os serviços públicos que podem amenizar a situação de vulnerabilidade.

Para encerrar esta primeira edição de 2019 trazemos o artigo Desempenho do Modelo Arma na Previsão das Receitas Orçamentárias dos Municípios do Estado do Paraná. Neste artigo, Edgar Pamplona, Clóvis Fiirst, Nelson Hein, Vinícius Costa da Silva Zonatto investigam o desempenho do Modelo Autorregressivo de Médias Móveis (ARMA) na previsão das receitas orçamentárias dos municípios do Estado do Paraná, em comparação com o modelo proposto pela Secretaria do Orçamento Federal (SOF).

Boa Leitura

Josiel Lopes Valadares