Editorial
Editorial

Poucas situações na vida nos oferecem oportunidade para materializar as reflexões sobre o sentido de nossas contribuições acadêmicas e profissionais. Hoje, 15 anos após a edição do primeiro número da APGS, vejo o futuro de forma mais confiante e o passado como recompensador. Reflito sobre a conquista de um projeto coletivo em que cumpri um papel gratificante.
Tive o prazer de dividir com diversos colegas o sonho de construirmos um periódico que fosse inclusivo, com perspectiva multidisciplinar e com temáticas nas órbitas de dois eixos relevantes para as ciências sociais aplicadas, a Administração Pública e a Gestão Social, que gentilmente acolheram esse projeto.
Há um dito na cultura popular brasileira de que pai é quem cria. Pois bem, posso dizer com orgulho que a área não só recebeu de braço abertos, como vem nutrindo esse periódico e alimentando o sonho de crescimento, com a participação de editores talentosos, pareceristas comprometidos, autores críticos e leitores ávidos pelo avanço da área.
Essa edição é uma demonstração acadêmica vívida do que a APGS se tornou, um periódico nacional e de interesse internacional. Temos 11 artigos com participação de praticamente todas as regiões brasileiras, com pesquisadores de diversos estados e múltiplas instituições e com temáticas ricas para o campo.
Há também o dito, esse da cultura religiosa, de que há o tempo de plantio e o de colheita. Com satisfação comemoramos a boa safra, depois de uma década e meia de muita perseverança no plantio. Poucos periódicos alcançam as marcas obtidas pela APGS em tão curto espaço de tempo. Também poucos têm a oportunidade de compor edições tão ricas, críticas e propositivas como a edição atual.
Temos, nessa edição, uma manifestação da multiplicidade temática e da sinergia programática que é o fio condutor da APGS, desde sua origem. De um lado, temos diversos artigos que passeiam pelos programas sociais, pelas políticas públicas e pelas capacidades públicas e estatais, pelas dimensões profissionais, afetivas e estéticas e pela participação coletiva. De outro, temos dimensões gerenciais, contábeis e financeiras, assim como questões públicas de tempestiva importância como a fiscalização, a regulação e a segurança pública.
Desejo a todos uma excelente leitura e que experimentem um pouquinho do orgulho desses 15 anos de um projeto coletivo para o campo.
Marco Aurélio Marques Ferreira
Professor Titular da UFV
Primeiro editor da APGS