Resumo: O objetivo do artigo é conhecer a abordagem de equipes de emergência à assistência de pacientes com doença crônica avançada, na perspectiva dos cuidados paliativos. O texto traz resultados de revisão integrativa que buscou artigos em cinco bases de dados, utilizando os descritores “serviços médicos de emergência”, “equipe de assistência ao paciente”, “atitude do pessoal de saúde” e “cuidados paliativos”. Inicialmente, foram identificadas 12.290 publicações, reduzidas, após análise, a uma amostra final de 26 artigos. Entre as principais medidas mencionadas na literatura para levar os cuidados paliativos à emergência, estão: plano de cuidados individualizado e flexível; gestão de redes; acesso à equipe de cuidados paliativos; comunicação empática; identificação dos pacientes elegíveis; e controle de sintomas. Conclui-se que as equipes de emergência precisam reconhecer a importância dos cuidados paliativos nesse serviço, redirecionando o cuidado concentrado em “salvar vidas” para um cuidado que preserve a dignidade humana.
Palavras chave: Equipe de assistência ao pacienteEquipe de assistência ao paciente,Serviço hospitalar de emergênciaServiço hospitalar de emergência,Cuidados paliativosCuidados paliativos.
Abstract: This article seeks to understand the approach of emergency teams to patients with an advanced chronic condition from a palliative care perspective. This integrative review searched for articles in five databases using the descriptors “emergency medical services,” “patient assistance team,” “attitudes of health personnel” and “palliative care”. At first, 12,290 publications were identified, which were then reduced to 26 articles for the final sample. Among the main measures found in the literature to use palliative care in emergency services, the following stand out: individualized and flexible care plan; network management; access to the palliative care team; empathic communication; identification eligible patients; and control of symptoms. We thus conclude that emergency teams must recognize the importance of palliative care and redirect the care focused in “saving lives” towards a care that preserves human dignity.
Keywords: Patient care team, Emergency service, hospital, Palliative care.
Resumen: Este artículo tuvo como objetivo comprender el enfoque del equipo de emergencia a los pacientes con enfermedad crónica avanzada desde una perspectiva paliativa. Se realizó una revisión integradora, buscando artículos en portugués, inglés y español en las bases de datos MEDLINE, LILACS, SciELO, IBECS y CINAHL, utilizando los descriptores “servicios médicos de emergencia”, “equipo de asistencia al paciente”, “actitud del personal de salud” y “cuidados paliativos”, con 12.290 publicaciones identificadas inicialmente, que tras su análisis dieron como resultado una muestra final de 26 artículos. Entre los principales aspectos destacan: plan de cuidados individualizado y flexible; gestión de redes; acceso al equipo de cuidados paliativos; comunicación empática; identificación de pacientes elegibles; y control de síntomas. Se concluye que el equipo de emergencias necesita reconocer la importancia de los cuidados paliativos en este servicio y reorientar los cuidados enfocados a “salvar vidas” hacia cuidados que “preserven la dignidad humana”.
Palabras clave: Grupo de atención al paciente, Servicio de urgencia en hospital, Cuidados paliativos.
PESQUISA
Cuidados paliativos na emergência: revisão integrativa
Palliative care in emergency services: an integrative review
Cuidados paliativos en servicios de emergencia: revisión integradora
Recepção: 8 Janeiro 2020
Revised document received: 20 Abril 2021
Aprovação: 22 Abril 2021
Com os avanços na área da saúde, a redução da mortalidade e a ampliação do acesso aos serviços sanitários, as pessoas têm vivido mais em todo mundo. Todavia, tem se discutido bastante a questão da qualidade de vida, pois, junto com a expectativa de vida, também tem aumentado a prevalência de doenças crônico-degenerativas, como câncer, Alzheimer e esclerose múltipla 1.
Diante desse cenário de adoecimento crônico, observa-se fragilidade da atenção primária, o que tem levado usuários a recorrer às emergências como meio mais fácil de acesso, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana 1. Nesses serviços é comum o atendimento a pacientes com dor, dispneia e vômito que, sem atendimento ambulatorial ou domiciliar eficaz, veem na emergência a única e imediata opção 1- 2. Esses pacientes esperam uma assistência resolutiva, compassiva e individualizada. No entanto, estudos 1- 3 apontam certo distanciamento, quando se trata de pacientes em cuidados de fim de vida, por parte da equipe profissional.
Os pacientes assinalam que a busca pela emergência se dá principalmente pela falta de disponibilidade de uma equipe de cuidados paliativos. Entretanto, a equipe da emergência reconhece que não pode aplicar no atendimento os mesmos critérios usados em nível ambulatorial. O argumento é que a dinâmica acelerada do serviço não permite que os profissionais dediquem um tempo maior para estar com o paciente e família e desenvolver uma interação mais próxima 3.
Entretanto, embora não seja o local ideal para iniciar a assistência paliativa, a emergência poderia integrar o manejo de sintomas em crises agudas, desconstruindo uma cultura de atendimento apenas para casos agudos, de modo a dar espaço a um cuidado centrado no paciente, e não exclusivamente na doença. Isso já ocorre em alguns países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde foi criado o projeto Melhorando os Cuidados Paliativos nas Emergências Médicas (Improving Palliative Care in Emergency Medicine), um movimento embrionário de educação para equipes de emergência que define objetivos para avaliar o paciente, incluindo cuidados de fim de vida e manejo de sintomas 1.
Considerando todo esse contexto, o presente estudo busca conhecer, por meio de uma revisão de literatura e desde a perspectiva dos cuidados paliativos, a abordagem de equipes de emergência na assistência a pacientes com doença crônica avançada.
Este artigo traz resultados de revisão integrativa desenvolvida em seis etapas: definição do objeto e questão norteadora, busca na literatura, categorização, avaliação, interpretação e síntese do conhecimento 4. Para elaborar a questão de pesquisa, utilizou-se a estratégia PICO: pacientes em paliação ( patient), abordagem da equipe emergencista ( intervention) e atendimento na emergência ( outcomes). O terceiro elemento ( comparison) não foi utilizado.
Foram incluídos artigos publicados entre junho de 2013 e junho de 2018, a partir de seleção por conveniência. A busca ocorreu entre julho e agosto de 2019, nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (Ibecs) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (Cinahl). Utilizaram-se os seguintes descritores, em português, inglês e espanhol, extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH): “emergency medical services”, “patient care team”, “attitude of health personnel” e “palliative care”.
Foram incluídos textos em inglês, português ou espanhol que tratassem dos cuidados paliativos na emergência. Foram excluídos ensaios, artigos duplicados, artigos de revisão (integrativa ou sistemática), capítulos de livros, editoriais, teses e dissertações. A busca nas bases de dados resultou em 12.290 publicações, que compuseram o cenário global ( Figura 1). Após aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, bem como de análise criteriosa com base no objetivo do estudo, realizada por dois pesquisadores independentes, chegou-se a uma amostra de 26 artigos, analisados na íntegra (Quadro 1).
Os princípios éticos foram observados, com a devida citação aos autores incluídos. Os resultados foram analisados de forma descritiva, a partir de síntese da abordagem de equipes de emergência à assistência a pacientes em cuidados paliativos e de comparações entre as pesquisas incluídas.
As publicações incluídas na amostra têm diferentes abordagens, cobrindo tanto a perspectiva de pacientes e familiares como das equipes de saúde e administradores dos serviços. A maioria dos estudos foi publicada em 2014 (26,9%, n=7). Os demais anos, 2013, 2015, 2016, 2017 e 2018, contaram com 5, 3, 5, 4 e 2 artigos, respectivamente. A abordagem mais utilizada foi a qualitativa, presente em 20 dos artigos. Os outros seis eram estudos quantitativos. Os países com maior número de publicações foram Estados Unidos (38,4%, n=10) e Austrália (30,8%, n=8). Quatro estudos eram do Reino Unido (15,4%), e os quatro restantes foram realizados um em cada país: Espanha, França, Tailândia e Turquia. Predominaram publicações na língua inglesa, com apenas um estudo publicado em espanhol. A Tabela 1 apresenta as principais informações das publicações.
A análise do modo como as equipes de emergência atendem pacientes em cuidados paliativos possibilitou responder à questão norteadora do estudo e identificar especificidades ou pontos de intersecção. Os aspectos mais evidentes foram: o cuidado pautado num plano individualizado e flexível, a gestão de rede de cuidados e o acesso a equipes de cuidados paliativos 3, 6- 8, 10- 15, 17, 20- 21, 24- 29.
A necessidade de cuidado individualizado e flexível justifica-se pelo perfil dos pacientes, que muitas vezes chegam com diagnóstico de doença crônica e avançada, com histórico, em geral, de assistência incongruente, marcada por métodos invasivos, excesso de uso de tecnologias e sofrimento ignorado ou, pior, aumentado por práticas de distanásia 14.
O encaminhamento precoce para equipe de interconsulta pode reduzir tanto o tempo de espera 15 como o tempo de internação hospitalar. Um dos estudos identificou que um grupo de pacientes com acesso a equipe de interconsulta na emergência teve o tempo de hospitalização reduzido em 3,6 dias, em comparação com outro grupo que só passou por interconsulta após internação 6.
A resistência em dar início à abordagem paliativa na emergência pode estar relacionada a atitudes e crenças dos profissionais sobre o processo de adoecimento, assim como a uma compreensão equivocada da emergência como setor de dinâmica acelerada, no qual não haveria tempo para a interação entre equipe, paciente e família. Assim, pacientes com doenças crônicas avançadas, como os portadores de demência e câncer, não são vistos como sujeitos que vivenciam um sofrimento ativo, causado por eventos agudos, e que precisam de estabilidade clínica e plano de cuidados individualizado e flexível para retornar ao seu quadro basal 6, 14.
Vale destacar que esses pacientes buscam a emergência por diversos motivos: ansiedade com as crises agudas; falta de direcionamento prévio na rede de atenção primária; sentimento de segurança e familiaridade com o ambiente hospitalar; e, em muitas situações, dificuldade de acesso à atenção básica, especialmente em casos urgentes ou horários em que esses serviços não funcionam 23.
Estudos apontam que as justificativas dos profissionais de emergência para não realizar a interconsulta se pautam em definições empíricas sobre a pertinência da conduta e na disponibilidade em iniciar o diálogo com a família 6, 14, 24. No entanto, cabe ressaltar que a participação da família e, principalmente, do paciente nas decisões assistenciais é um direito que deve ser assegurado pelos profissionais. Orientar e esclarecer as dúvidas de usuários e familiares é torná-los participantes do cuidado. Embora não decida questões técnicas, a família é coparticipe na tomada de decisão 30.
Como abordagem ativa e multidisciplinar, os cuidados paliativos quebram paradigmas, defendendo um novo modelo centrado na autonomia do paciente, e não na equipe ou na doença, em prol da qualidade de vida e de resultados que visam o conforto e a dignidade humana 22. Entretanto, pesquisa realizada em hospital australiano aponta que ainda há relutância em incluir esses cuidados na emergência, apesar das discussões já em marcha sobre a necessidade de revisar sistemas de modo a incluir a assistência paliativa 25.
Os cuidados paliativos na emergência são marcados por dificuldades na comunicação, no reconhecimento da empatia como aspecto fundamental e na identificação de pacientes elegíveis 1- 3, 8- 13, 15- 16, 18- 20, 27- 29. Embora reconheçam a necessidade dos cuidados paliativos na emergência, os profissionais não se sentem preparados para oferecê-los, em especial no que diz respeito a habilidades de comunicação, à capacidade de abordar questões relativas ao fim da vida e a conhecimentos para identificar e encaminhar para interconsulta os pacientes que precisam desses cuidados 12.
Estudo realizado na Tailândia buscou descrever a experiência de enfermeiras no cuidado a pacientes críticos na emergência. Os resultados apontam para a necessidade de qualificar essas profissionais. As enfermeiras afirmam que o tempo em que o paciente permanece na emergência é muito curto, e por isso os cuidados paliativos não são priorizados. Sedação e medicamentos utilizados para aliviar a dor nunca são prescritos. Tais cuidados demandariam tempo e entrariam em conflito com a recomendação de transferir os pacientes o mais rápido possível para outras unidades, ou liberá-los para retornar a suas residências 20.
No entanto, medidas práticas, com bons resultados, poderiam ser empreendidas, como fornecer um local reservado, com privacidade, para que paciente e família vivam integralmente o momento singular da morte, e reconhecer as diretivas antecipadas de vontade (manifestadas por testamento vital ou mandato duradouro) como instrumento que contempla a vontade do paciente em relação a tratamentos. Também seria importante, durante a formação dos profissionais de saúde, desenvolver habilidades de comunicação e formas de lidar emocionalmente com más notícias 20- 21.
Pesquisa com enfermeiras e médicos de emergência espanhóis que tiveram formação especializada aponta que esses profissionais se sentem mais confortáveis para lidar com pacientes com doenças terminais. Por outro lado, a falta de uma cultura de cuidados paliativos, conscientização, comunicação empática e treinamento profissional dificulta tal abordagem 21.
É importante esclarecer que a comunicação sobre cuidados paliativos na emergência não pode seguir os mesmos critérios utilizados no modelo tradicional das unidades de internação 3, 7. Dentre as estratégias que também podem funcionar na emergência estão: distinguir cuidados paliativos de cuidados paliativos em fim de vida; proceder à abordagem inicial com uma equipe formada por médicos e enfermeiros; reconhecer as diretivas antecipadas de vontade; aperfeiçoar a formação da equipe; e ter um profissional que exerça liderança, sensibilizando os companheiros e mostrando como vencer barreiras 5. Sempre que possível, o paciente e sua família também devem ser incluídos na tomada de decisão, assim como é preciso que capelães, psicólogos e assistentes sociais participem do cuidado 22.
A última síntese aponta para o controle de sintomas. Esse ponto é importante, uma vez que pacientes descrevem suas experiências no atendimento como um momento de ansiedade e incerteza associadas à longa espera antes do manejo dos sintomas 27. Os sintomas de ordem física mais relatados foram: dor, dispneia, náusea, vômito e constipação 8, 10, 26. Contudo, há também questões de ordem emocional e social: ansiedade relacionada ao avanço da doença; busca recorrente pela emergência diante de crises agudas; sentimentos de segurança e familiaridade com o ambiente hospitalar; e dificuldades de acesso a serviços de atenção primária 23.
Estudo realizado na Irlanda aponta que até 94% das pessoas que chegam à emergência com os sintomas supramencionados permanecem em observação por um tempo médio de nove horas. Todavia, 51,5% desses pacientes não precisariam buscar a emergência se a gestão dos cuidados domiciliares fosse ativa e resolutiva 8. Outro estudo, desenvolvido na Inglaterra, aponta que 83% dos atendimentos exigem cuidados emergenciais diante de crise aguda, e que as necessidades das pessoas atendidas não são supridas pela atenção primária ou domiciliar. Assim, a emergência tem papel fundamental no gerenciamento de crises agudas e deve ser reconhecida como uma porta de entrada à rede de saúde 26.
A excelência no atendimento passa por reconhecer as necessidades do paciente no momento de crise aguda, o que exige da equipe capacidade de comunicação empática e de identificar os objetivos inerentes ao atendimento e ao controle dos sintomas 9. Nesse sentido, é preciso ter cautela com a recomendação de que o paciente busque a rede de atenção primária, ambulatorial ou domiciliar, haja vista que a agudização dos quadros crônicos é constante e nem sempre é resolvida em ambientes que não sejam a emergência. Assim, equivocam-se os profissionais que afirmam que pacientes em cuidados paliativos não precisam de unidades de emergência e devem ser atendidos apenas na rede de atenção primária ou ambulatorial 26.
A competência dos profissionais no manejo de sintomas também tem sido apontada como ponto forte dos cuidados paliativos na emergência 9, 18, 22, 23, 25. Um estudo apontou que 84,2% dos médicos se sentiam confortáveis em cuidar de pacientes em estágio avançado da doença 13. Em outra pesquisa, 64,8% dos enfermeiros consideraram recompensador o atendimento a esse perfil de paciente. O enfermeiro tem sido apontado como elo da equipe na prestação dos cuidados, interligando-se com o paciente e sua família, otimizando os cuidados de conforto e garantindo um ambiente digno e humano 22.
A pesquisa evidenciou que os serviços de emergência costumam ser vistos como espaços apenas para ações rápidas, o que traz obstáculos para o conforto do paciente e a preservação da dignidade, justamente em um espaço teoricamente projetado para salvar vidas. Assim, muitos profissionais ainda não reconhecem a emergência como local onde é possível oferecer cuidados paliativos. Como principais medidas que poderiam reverter esse cenário, vale destacar: plano de cuidados individualizado e flexível, gestão de redes de cuidado, acesso à equipe de cuidados paliativos, comunicação empática, identificação de pacientes elegíveis e controle de sintomas.
Muitos pacientes e familiares se dirigem à emergência buscando segurança. Assim, é fundamental que a equipe de emergência reconheça a importância dos cuidados paliativos, redirecionando o cuidado concentrado em “salvar vidas” para um cuidado que preserve a dignidade humana, reconhecendo a morte como parte do ciclo da vida.
Entre as limitações do presente estudo, destacam-se a utilização de apenas cinco bases de dados, não incluindo a Web of Science e a Embase, e a ausência de produções nacionais. No entanto, apesar dessas limitações, espera-se que o artigo seja uma oportunidade de reflexão sobretudo para os profissionais da emergência, instigando-os a conhecer os princípios filosóficos dos cuidados paliativos. O objetivo é que esses princípios pautem sua atuação mesmo em uma dinâmica acelerada como a das emergências, proporcionando a pacientes e familiares cuidados de fim de vida resolutivos, com compaixão, conforto e dignidade.
Mariana do Valle Meira – Mestranda – mariana.meira12@gmail.com
Jacilene Santiago do Nascimento Trindade do Santos – Mestre – jacilenesnts@hotmail.com
Larissa Chaves Pedreira – Doutora – lchavesp@ufba.br
Anelise Coelho da Fonseca – Doutora – anelise1976@gmail.com
Rudval Souza da Silva – Doutor – rudsouza@uneb.br
Maria Olivia Sobral Fraga de Medeiros, Mariana do Valle Meira e Rudval Souza da Silva redigiram o manuscrito. Jacilene Santiago do Nascimento Trindade dos Santos, Larissa Chaves Pedreira e Anelise Coelho da Fonseca contribuíram com a revisão final do texto.
Correspondência Rudval Souza da Silva – Universidade do Estado da Bahia. Colegiado de Enfermagem. Campus VII. Rodovia Lomanto Júnior, BR 407, km 127 CEP 48970-000. Senhor do Bonfim/BA, Brasil.