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Concepções estatísticas referente ao uso combinado de questionário e tarefas auditivas
Inaie Maria Prado de Souza; Nádia Giulian de Carvalho; Samantha Dayane Camargo Brito Plotegher;
Inaie Maria Prado de Souza; Nádia Giulian de Carvalho; Samantha Dayane Camargo Brito Plotegher; Maria Francisca Colella-Santos; Maria Isabel Ramos do Amaral
Concepções estatísticas referente ao uso combinado de questionário e tarefas auditivas
Statistical concepts regarding the combined use of questionnaire and auditory tasks
Audiology - Communication Research, vol. 24, e2226, 2019
Academia Brasileira de Audiologia
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Carátula del artículo

Carta ao Editor

Concepções estatísticas referente ao uso combinado de questionário e tarefas auditivas

Statistical concepts regarding the combined use of questionnaire and auditory tasks

Inaie Maria Prado de Souza
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Nádia Giulian de Carvalho
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Samantha Dayane Camargo Brito Plotegher
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Maria Francisca Colella-Santos
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Maria Isabel Ramos do Amaral
Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Audiology - Communication Research, vol. 24, e2226, 2019
Academia Brasileira de Audiologia

Recepção: 31 Julho 2019

Aprovação: 05 Agosto 2019

Financiamento
Fonte: FAPESP
Número do contrato: 2016/22652-8
Descrição completa: Financiamento: FAPESP. Processo nº 2016/22652-8.
RESPOSTA

Em resposta à carta recebida, relacionada ao artigo de nossa autoria, publicado no presente periódico, intitulado “Triagem do processamento auditivo central: contribuições do uso combinado de questionário e tarefas auditivas”(1), os autores consideram válido o diálogo científico e a construção conjunta de novos conhecimentos, com foco nas práticas baseadas em evidências. Mesmo com os avanços atuais da ciência, é sabido que, a despeito do aumento do rigor metodológico-científico das publicações atuais, não existe a pesquisa perfeita e possíveis vieses científicos podem ser evidenciados, incentivando o diálogo e explanações pertinentes (2).

Dois pontos foram levantados a respeito da necessidade de esclarecimentos de concepções estatísticas utilizadas, especificamente, no cálculo de correlação. A citada Tabela 1, referente ao teste de Correlação de Pearson, apresentou os valores de r multiplicados por 100. A apresentação dos resultados em porcentagem foi escolhida a partir de discussões prévias com profissionais da área de estatística, visando facilitar a visualização do resultado, sem comprometimento de sua interpretação, uma vez que a análise dos autores foi restrita à interpretação dos valores da força da correlação, sendo positiva ou negativa. Porém, ponderamos que isso não foi sinalizado na Tabela 1 (o correto seria corr (r) X100), bem como não foram reportados os valores brutos. Diante do exposto, e concordando com o apontamento de que a representação desse dado em porcentagem pode dar margem à interpretação de covariância, optamos por disponibilizar a Tabela 1, inserindo os citados valores de r.

Tabela 1
Correlação entre o questionário de autopercepção e as tarefas auditivas da Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo, considerando os grupos GI e GII (n=67)


Consideramos, ainda, necessária uma ressalva em relação à afirmação de que a análise de correlação indica correlações diretamente ou inversamente proporcionais e de que valores absolutos maiores apontam correlações mais fortes. A análise de correlação é uma grandeza adimensional, que pode ser usada para indicar relações lineares entre pares de variáveis, em diferentes unidades(3). Para indicar proporcionalidade, a análise estatística utilizada é a regressão linear simples, análise que não condiz com o objetivo do presente estudo, que não foi a predição de uma variável em função da outra(3).

O segundo ponto questiona a ausência da correção para comparações múltiplas dos valores de p referentes a cada r, tendo sido citada a correção de Bonferroni. O presente estudo não trabalhou com testes de comparações múltiplas, ou mesmo de correlações múltiplas, cuja inferência é feita com base em mais de duas variáveis. Os autores compreendem a afirmação, porém, múltiplas análises de comparação e análise de comparações múltiplas são questões diferentes. Múltiplas comparações referem-se a vários testes de comparação. Já a análise de comparações múltiplas, refere-se a uma análise de comparação entre mais de duas variáveis. O método de ajuste ou correção de Bonferroni (0,05/número de comparações) é utilizado, comumente, para correções de médias ou postos em testes de comparações múltiplas, nos quais múltiplas comparações são feitas, e a correção diminui a probabilidade de se cometer um erro do Tipo I(4). Tal cálculo não se aplica no presente estudo, visto que o objetivo foi correlacionar cada escore do questionário de autopercepção, a cada uma das tarefas auditivas da Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo.

Material suplementar
AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Espaço da Escrita, Pró-Reitoria de Pesquisa – UNICAMP, pelo serviço de tradução fornecido.

REFERÊNCIAS
Souza IMP, Carvalho NG, Plotegher SDCB, Colella-Santos MF, Amaral MIR. Triagem do processamento auditivo central: contribuições do uso combinado de questionário e tarefas auditivas. Audiol Commun Res. 2018 Dez;23:1-8. http://dx.doi.org/10.1590/2317-6431-2018-2021.
Amorim MMR, Souza ASR. A cultura da carta ao editor. Femina. 2013;41(1):1-4.
Montgomery DC, Runger GC. Estatística aplicada e probabilidade para engenheiros. Rio de Janeiro: LTC; 2016.
Dancey CP, Reidy JG, Rowe R. Estatística sem matemática para as Ciências da Saúde. Porto Alegre: Penso; 2017.
Notas
Notas
Trabalho realizado no Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação – DDHR, Faculdade de Ciências Médicas – FCM, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – Campinas (SP), Brasil.
Financiamento: FAPESP. Processo nº 2016/22652-8.
Declaração de interesses
Conflito de interesses: Não.
Autor notes
Contribuição dos autores: IMPS, NGC, SDCBP e MIRA participaram igualmente da análise do conteúdo da carta recebida, reanálise dos dados, discussões estatísticas e elaboração da carta-resposta; NGC, MIRA, MFCS participaram da redação e revisão da versão final da carta e NGC realizou a submissão.

Autor correspondente: Nadia Giulian de Carvalho. E-mail: nadiagiulian@gmail.com

Tabela 1
Correlação entre o questionário de autopercepção e as tarefas auditivas da Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo, considerando os grupos GI e GII (n=67)


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