Artigos Originais

PERCEPÇÃO MASCULINA SOBRE ATIVIDADE SEXUAL NO PERÍODO GESTACIONAL

Male perception of sexual activity in the gestational period

Percepción masculina sobre la actividad sexual en el período gestacional

Dailon de Araújo Alves
Universidade Regional do Cariri , Brasil
Brunna Suélli de Souza Alves
Faculdade de Juazeiro do Norte, Brasil
Willma José de Santana
Faculdade de Juazeiro do Norte, Brasil
Felice Teles Lira dos Santos Moreira
Universidade Regional do Cariri, Brasil
Dayanne Rakelly de Oliveira
Universidade Regional do Cariri, Brasil
Grayce Alencar Albuquerque
Universidade Regional do Cariri, Brasil

PERCEPÇÃO MASCULINA SOBRE ATIVIDADE SEXUAL NO PERÍODO GESTACIONAL

Revista Brasileira em Promoção da Saúde, vol. 31, núm. 2, pp. 1-9, 2018

Universidade de Fortaleza

Recepção: 10 Agosto 2017

Revised: 19 Janeiro 2018

Aprovação: 18 Maio 2018

Resumo: Objetivo: Descrever a percepção dos homens, no contexto do cotidiano vivido com suas companheiras grávidas, sobre a atividade sexual no período gestacional. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do qual participaram 10 cônjuges de gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde do município de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. Os dados foram coletados nos meses de setembro e outubro de 2015, por meio de entrevista semiestruturada e avaliados através da técnica sistemática de análise de conteúdo à luz da literatura pertinente. Resultados: Os entrevistados, em sua maioria, pertenciam à faixa etária compreendida entre 24 e 29 anos, frequentaram o ensino médio e eram casados. Para os participantes do estudo, no que se refere à sexualidade, é compreendida por alguns para além do ato sexual, enquanto, para outros, a sexualidade relaciona-se apenas ao coito. Quanto à atividade sexual, identificaram-se mudanças em decorrência da gravidez, embora a prática tenha permanecida inalterada. Mitos associados à hipótese do sexo como prejudicial à gestação foram descartados.Conclusão: A prática sexual pode sofrer modificações em decorrência da gestação, as quais dependem, para além das alterações biológicas decorrentes do período gestacional, de simbologias e constructos sociais que ditam valores e normas quando o assunto é a manutenção ou não do ato sexual durante a gravidez.

Palavras-chave: Sexualidade, Gravidez, Saúde do Homem.

Abstract: Objective: To describe men’s perception of the sexual activity during the gestational period, in the context of the daily life experienced with their pregnant partners. Methods: This is a descriptive study with a qualitative approach. The study included 10 spouses of pregnant women attended to at Basic Health Units in the city of Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil. Data was collected between September and October 2015, through a semi-structured interview and evaluated through the systematic technique of content analysis, and analyzed in light of the pertinent literature. Results: The majority of interviewees belonged to the age group between 24 and 29 years, attended high school and were married. For the study participants, when it comes to sexuality, some understand it as something beyond sexual intercourse, whereas, for others, sexuality is related only to intercourse. As for sexual activity, changes were identified as a result of pregnancy, although, for some, the practice remained unchanged. Myths associated with the hypothesis of sex being harmful to gestation were discarded. Conclusion: Sexual activity may undergo changes deriving from gestation, which depend, in addition to the biological changes resulting from the gestational period, on symbologies and social constructs that dictate values and norms regarding the maintenance or not of the sexual intercourse during pregnancy.

Keywords: Sexuality, Pregnancy, Men’s Health.

Resumen: Objetivo: Describir la percepción de los hombres en el cotidiano con sus compañeras embarazadas respecto la actividad sexual en el período gestacional. Métodos: Se trata de un estudio descriptivo de abordaje cualitativo. Diez cónyuges de mujeres embarazadas asistidas en Unidades Básicas de Salud del municipio de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil, participaron de la investigación. Se recogieron los datos entre los meses de septiembre y octubre de 2015 a través de entrevistas semiestructuradas que fueron evaluadas con la técnica sistemática del análisis de contenido a la luz de la literatura pertinente. Resultados: Los entrevistados, en su mayoría, estaban en la franja de edad entre 24 y 29 años, con educación secundaria y casados. Para algunos de los participantes del estudio el tema de la sexualidad es comprendida más allá del acto sexual mientras para otros la sexualidad se relaciona solamente con el coito. Sobre la actividad sexual, se identificaron cambios decurrentes del embarazo aunque la práctica se ha quedada inalterada. Se descartaron los mitos asociados con la hipótesis del sexo como algo dañoso a la gestación. Conclusión: La práctica sexual puede cambiarse debido la gestación y los cambios dependen más allá de las alteraciones biológicas del período gestacional, de simbologías y constructos sociales que dictan valores y normas cuando el tema es la manutención o no del acto sexual durante el embarazo.

Palabras clave: Sexualidad, Embarazo, Salud del Hombre.

INTRODUÇÃO

O período gestacional implica em novas formas de equilíbrio diante de diversas mudanças ocorridas(1), relacionadas a alterações biológicas, psicológicas e sociais, que podem interferir em várias dimensões da vida humana, excepcionalmente na sexualidade de um casal(2).

Ressalta-se que a sexualidade não é considerada apenas o ato sexual em si, mas compreende as consequências psicoespirituais que ela pode promover, além dos desejos e excitações associadas ao próprio ato sexual. É importante destacar ainda que a sexualidade é construída no decorrer da vida, estando sob influência de fatores culturais, sociais e religiosos(3).

No que diz respeito à dimensão sexual da sexualidade, o crescimento abdominal, a sensibilidade mamária, náuseas e vômitos, alterações esperadas pela mulher durante a gravidez, podem influenciar na atividade sexual do casal por gerarem desconforto. Além disso, a mulher pode vivenciar redução no número de relações sexuais; dificuldades com o desejo, a excitação, o orgasmo e a lubrificação, bem como insatisfação sexual e dispareunia(4).

A sexualidade dependerá também da autopercepção da mulher no período gestacional, haja visto que alterações corporais, como a estética corporal, podem influenciar no seu desempenho sexual e no do parceiro(5,6). Além disso, o preconceito da gestante e do parceiro, a falta de orientação por parte do profissional de saúde na consulta pré-natal sobre práticas sexuais na gravidez, o medo de afetar o feto durante o coito e outros fatores podem interferir de forma negativa na atividade sexual. Dessa forma, esses fatores, bem como mitos e tabus que permanecem presentes ao longo das gerações, deveriam ser discutidos entre o casal(5,7), como a proibição da prática sexual com mulheres menstruadas ou grávidas, associando-a à impotência, esterilidade e produção de seres deformados(1,8).

Desse modo, é importante que o cônjuge conheça as transformações que estão ocorrendo em sua companheira durante a gravidez, uma vez que a relação sexual é um ato entre duas pessoas, envolve vários aspectos, e essas mudanças podem alterar o desejo e prática sexual da gestante e do seu parceiro(9).

Logo, diante dos mitos e das dificuldades em relação à sexualidade e à prática sexual no período gestacional, o profissional de saúde deve estar preparado para orientar a esse respeito. A educação em saúde no pré-natal deve estar voltada para a promoção da saúde da mãe, do casal e do bebê(10), pois nesse período ocorre a transição para a parentalidade que, para o parceiro, é considerada período repleto de emoções. A terminologia parentalidade denota a importância da vinculação entre pais e filhos, ou seja, seria o momento em que o homem passa a se identificar como pai, estabelecendo vínculos afetivos com a criança(11).

A paternidade deve ser entendida como um momento em que esse homem pode participar ativamente da concepção, da gravidez, do parto e do nascimento do concepto. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) aponta que o cônjuge tem o dever e o direito de participar do planejamento reprodutivo desde antes da concepção(12).

Nesse sentido, durante o período gestacional de suas parceiras, os homens também precisam se adaptar, reavaliar e se ajustar psicologicamente, uma vez que o envolvimento e apoio emocional do homem durante a gravidez, o parto e o pós-parto têm forte influência nos processos ocorridos, sendo o cônjuge paterno um agente participante e ativo(13). A adaptação exigida se faz em todos os aspectos da vida do parceiro, detidamente sob sua sexualidade e prática sexual, que passará por alterações no hábito, frequência e preferência. Assim, torna-se relevante o conhecimento da percepção do homem sobre a sua sexualidade e atividade sexual no período gestacional, e das dificuldades e facilidades que ele enfrenta frente ao exercício da sexualidade/prática sexual nesse período, pois assim, o profissional de saúde saberá abordar a população masculina na consulta de pré-natal sobre esta dimensão humana(14). Com a adequada orientação do homem sobre sexualidade e atividade sexual durante a gestação de sua parceira, ele poderá compreender as mudanças que surgem e, assim, haver uma melhor adaptação nesse processo, com potenciais benefícios para o fortalecimento do vínculo entre o casal, tais como: envolvimento do homem no cuidado com a mãe e a criança; promoção de uma paternidade afetiva com impacto importante no desenvolvimento físico, emocional e social dos filhos; facilidade e estímulo do acesso do homem às ações e serviços de saúde e aumento do autocuidado, contribuindo para melhoria da qualidade de vida(11,12,13).

Além disso, a gestação é um momento ímpar e de transição para a paternidade, definido por essas mudanças e adaptações físicas, psicológicas e socioculturais já mencionadas, que podem interferir na intimidade do casal(15). Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a percepção dos homens, no contexto do cotidiano vivido com suas companheiras grávidas, sobre a atividade sexual no período gestacional.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) localizadas no município de Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil. A coleta de dados ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2015. As cinco UBS participantes do estudo foram escolhidas por contemplarem, no mês anterior à coleta de dados, um maior número de registros de gestantes cadastradas e acompanhadas no programa de pré-natal na atenção primária do município(16).

Os participantes do estudo consistiram em cônjuges de gestantes usuárias dessas UBS. Assim, objetivando acesso a esse público específico, primeiramente, selecionaram-se as gestantes que estavam presentes às consultas de pré-natal nas UBS escolhidas. Neste mesmo momento, transmitiram-se o objetivo do estudo, os critérios metodológicos e os aspectos éticos e legais, bem como, solicitou-se a identificação de seus parceiros e endereço para posterior visita domiciliar com agendamento prévio. Em seguida, realizaram-se as visitas domiciliares para contato com os parceiros dessas gestantes. Então, os cônjuges foram avaliados quanto aos critérios de inclusão estabelecidos: ser cônjuge de gestante e possuir idade igual ou superior a 18 anos e de exclusão: não estar convivendo com a gestante durante o período gestacional. Após os parceiros concordarem com os objetivos da pesquisa e mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), deu-se seguimento à coleta de dados por meio da aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturada(17), em que responderam, inicialmente, questões inerentes à caracterização dos sujeitos (com as variáveis faixa etária, escolaridade, religião e estado civil) e, posteriormente, sobre o que pensavam a respeito do tema abordado. Ressalta-se que, em decorrência da repetição das falas encontradas, as entrevistas foram encerradas com 10 participantes, ou seja, quando identificada a saturação teórica dos achados(18).

Objetivando-se a garantia de privacidade dos dados coletados, solicitou-se aos participantes que as entrevistas fossem realizadas em local privativo dentro do domicílio, à sua escolha. Dessa forma, os principais locais apontados pelos cônjuges para realização das entrevistas sem a presença das parceiras foram os quartos dos casais, seguidos pelos peridomicílios. Além disso, para garantir a confidencialidade dos dados, utilizaram-se códigos que vieram a substituir os verdadeiros nomes dos participantes, a partir da adoção de nomes de cores (preto, amarelo, marrom, cinza, laranja, vermelho, roxo, azul, verde, branco).

Para organização das falas dos participantes utilizou-se a categorização temática(19), entendida como sendo a junção entre os conhecimentos produzidos no estudo, utilizando-se os conhecimentos já produzidos cientificamente por outros estudiosos e a experiência adquirida nas pesquisas em campo. Para tanto, os dados foram inicialmente lidos e agrupados conforme sua semelhança, o que resultou na identificação de um sistema de categorização analítica, que possibilitou uma adequada análise e compreensão dos dados coletados em campo. Assim, foram formuladas três categorias temáticas com a finalidade de se esboçar as informações obtidas acerca da percepção masculina sobre sexualidade e atividade sexual na gestação: 1) Conhecimento sobre sexualidade; 2) Modificações na relação sexual em decorrência da gestação; e 3) Mitos em relação à prática sexual durante a gestação. A partir dessas categorias, se propôs inferências e interpretações, inter-relacionando-as com a literatura pertinente(19).

Ressalta-se que no desenvolvimento da pesquisa, atenderam-se às diretrizes e normas da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo que o estudo recebeu aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade de Juazeiro do Norte, sob Parecer n. 1.254.612.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Do total de 10 participantes da pesquisa, a maior proporção compreendeu a faixa etária entre 24 e 29 anos (quatro participantes), três estavam entre a faixa etária de 18 a 23 anos, dois entre 30 e 35 anos e apenas um participante tinha entre 36 e 40 anos. No que diz respeito ao nível de escolaridade, nove frequentaram o ensino médio e apenas um frequentou o ensino superior. Em relação à religião, oito eram católicos e dois, evangélicos.

Em relação à vida conjugal e tipo de união, seis participantes eram casados e quatro viviam em união estável. Quanto ao tempo de relacionamento, verificou-se que a maioria possuía de um a cinco anos de união (seis participantes), três, de cinco a 10 anos de relacionamento, e apenas um participante mantinha de 15 a 20 anos de união.

A seguir, apresentam-se as categorias temáticas que emergiram das falas dos participantes: “Conhecimento sobre sexualidade e ato sexual”, “Modificações na relação sexual em decorrência da gestação” e “Mitos em relação à proibição da prática sexual durante a gravidez”.

Conhecimento sobre sexualidade e ato sexual

A sexualidade é permeada por várias mudanças influenciadas pelos pensamentos e sensações, os quais norteiam diferentes interpretações surgidas a partir dos contextos culturais, econômico, político e religioso. Nesse sentido, cabe incluir o sexo, a afetividade, o prazer, o carinho, os gestos, a comunicação e o amor, propriamente dito; envolvendo também os valores e normas morais que cada cultura constrói acerca do comportamento sexual(20) .

Dessa forma, guiando-se pela concepção ampliada de sexualidade enquanto construção humana, essa categoria buscou o conhecimento masculino acerca da sexualidade:

“Significa fazer sexo. Sem sexo ninguém vive.” (Preto)

“Significa sexo, fazer sexo.” (Amarelo)

“É uma forma de expressar o amor. O sexo não é tudo na vida.” (Marrom)

“Envolve vários fatores na intimidade do casal.” (Laranja)

“Definição entre o homem e a mulher.” (Cinza)

Observou-se que os participantes definiram sexualidade como o ato sexual propriamente dito. Nesse sentido, a compreensão de sexualidade parece ser resultado das relações sociais e culturais, as quais estão submetidas às experiências humanas, havendo ainda associação simbólica entre sexualidade e ato sexual, uma vez que a maneira como a sexualidade é vivida ainda está diretamente relacionada à forma pela qual os valores e as práticas sociais são percebidos pelos sujeitos, refletindo-se as diferentes culturas existentes(21).

O termo sexualidade, na maior parte das vezes, é utilizado com uma conotação no meio social para se referir à relação sexual em si. Possivelmente, tal associação simbólica seja resultado da inter-relação dos conceitos na vida cotidiana de um casal, sendo quase impossível diferenciar as terminologias, pois se apresentam conjugados e fortemente sobrepostos nos relacionamentos humanos(22). Isto acontece especialmente quando se relacionam imagens estereotipadas de gênero construídas socialmente, como na fala de Cinza: “definição entre homem e mulher”. Além disso, a sexualidade pode apresentar significados diversos, pois depende da maneira como a pessoa a vivencia, estando relacionada ao meio social em que vive, à religião que segue e à fase da vida por qual está passando, como infância, adolescência, vida adulta ou idosa(3).

No entanto, sabe-se que a sexualidade afirma-se para além do ato sexual e do prazer, podendo ser vivenciada de outras formas, como através da demonstração de afeto e amor pelo outro. De fato, o conceito de sexualidade é bastante amplo e está relacionado também aos aspectos sociais, comportamentais, antropológicos, biológicos e psicoculturais de um indivíduo consigo e com o mundo, assim como às relações afetivo-sexuais entre um casal(14).

Corroborando essa afirmação e mediante a fala do participante “marrom” (“É uma forma de expressar o amor. O sexo não é tudo na vida”), verifica-se que a sexualidade não se refere apenas às práticas sexuais e ao prazer estritamente atrelado ao funcionamento do aparelho genital. A vida sexual, presente durante o período gestacional, deve ultrapassar a mera concepção de prazer associada à região genital. Deve trazer comprometimento e aceitação do outro, com benefícios significativos para os dois. O sexo e a sexualidade podem e devem desenvolver o erotismo na gestante, fazendo com que ela possa continuar se sentindo sexualmente desejada e amada pelo parceiro(23).

Dada sua complexidade de definições e experiências, na atualidade, discursar sobre sexualidade, principalmente no período gestacional, emana um complexo de dúvidas, mitos e receios, pois, muitas vezes, tem-se a ideia da associação única de sexualidade ao ato sexual e de que o sexo nesse período ocasiona malefícios ao feto, mesmo que os estudos comprovem o contrário. Além disso, ainda se propaga a ideia do sexo com a finalidade única de procriação(9) .

Modificações na relação sexual em decorrência da gestação

A gestação é um período complexo, de importantes alterações biológicas e psicológicas que podem afetar a vivência da sexualidade e a atividade sexual do casal, proporcionando dificuldades desencadeadoras de disfunções e problemas sexuais com repercussões negativas para a saúde física e psicológica da grávida e do seu companheiro(24).

É importante destacar que os fatores biológicos e emocionais não devem ser considerados os únicos determinantes do comportamento sexual durante o período gestacional. Entende-se que um conjunto de convicções e padrões culturais, mesmo que de forma inconsciente, interferem com na experiência e atividade sexual nessa fase do desenvolvimento humano. Portanto, é importante considerar o modo pelo qual cada indivíduo equilibra a sua relação sexual, ressaltando-se que todos têm condições de superar obstáculos relacionados ao sexo na gestação(25).

Assim, nessa categoria, aborda-se a percepção do homem quanto às modificações ocorridas na relação sexual em decorrência da gestação da sua parceira, como se segue:

“Hoje mudou um pouco, a gente faz menos sexo por causa da gravidez.” (Marrom)

“Não ocorre com a mesma intensidade.” (Laranja)

“Modificou por conta do aumento da barriga.” (Vermelho)

“Está menos frequente, mas está normal. Às vezes ela sente dores.” (Roxo)

Observa-se que, embora a prática sexual venha ocorrendo no período gestacional, para os homens, sofreu alterações, principalmente na frequência de sua realização. De fato, nas gestantes surgem dificuldades para manter a atividade sexual pelo desconforto físico ou pela sensibilidade aumentada, o que exige um carinho e cuidado do parceiro de forma mais expressiva(26).

A mudança da frequência e da posição sexual muitas vezes estão associadas às alterações físicas sofridas pela mulher nesse período, como o crescimento abdominal, o que implica que o casal terá certa limitação no momento da relação, tendo que se adaptar. Outra modificação também percebida na presente pesquisa aconteceu no nível psicológico da gestante, o que pode interferir no desejo que a mulher tem pelo seu parceiro, podendo ocasionar repulsa da gestante ao cônjuge, interferindo diretamente na diminuição do desejo e frequência da prática sexual(25).

Em concordância aos fatos, um dos aspectos mais importantes na experiência da gestação é a mudança que ocorre no corpo da mulher, pois o corpo gravídico se transforma e diferentes sensações se tornam presentes(24).

No primeiro trimestre, é comum haver diminuição do desejo sexual devido às alterações ocorridas, como náuseas e vômitos. No segundo trimestre, a gestação torna-se mais real devido às mudanças corporais, embora ocorra diminuição da frequência dos enjoos e, com isso, ocorra uma possível melhora da disposição sexual. Já no terceiro trimestre, os casais ficam mais reticentes em buscar atividade sexual, e alguns até se abstêm, devido ao desconforto por conta das contrações uterinas aumentadas e a elevação da incidência de câimbras, além do incômodo da protuberância abdominal, devendo ser buscadas novas formas de prazer pelo casal nesse período(10).

No entanto, algumas mulheres não apresentam nenhuma modificação na prática sexual devido à gravidez, o que pode ser muito prazeroso na vida conjugal, pois a relação sexual continuará da mesma forma que acontecia antes da gestação(23). Os trechos a seguir apontam esse fato:

“Sempre foi assim... A gravidez não diminuiu a prática do sexo.” (Azul)

“Não mudou nada, continuamos fazendo sexo do mesmo jeito.” (Branco)

“Acho que não mudou nada. Está normal como sempre foi.” (Verde)

A gestação pode não atrapalhar a prática sexual, visto que o desejo sexual da mulher permanece do mesmo jeito que era antes do período gestacional, o que contribui para a satisfatória relação do casal, pois é menos uma mudança para se enfrentar nesse período(14).

Quando não ocorrem desconfortos corporais e os sintomas físicos não são presentes durante a gestação, as práticas sexuais podem ser ativas e prazerosas entre o casal(1) . Na maior parte dos casos, o período da gravidez não irá causar ruptura na prática sexual do casal se esta já era previamente satisfatória(27) .

As práticas sexuais durante o período gestacional, além de não prejudicar, contribuem para o estabelecimento da manutenção do tônus da região pélvica, facilitando o momento do parto, assim como mantêm a capacidade orgásmica da mulher e o sentimento de ser amada e desejada. Dessa forma, os papéis prioritários de marido e mulher não devem ser suprimidos, nem afetar a expressão da afetividade erótica conjugal(28).

Portanto, de acordo com os relatos dos participantes da presente investigação, percebeu-se que, apesar das alterações próprias da gestação, esta pode ou não modificar a prática sexual do casal. A experiência da sexualidade durante a gestação é vivida de forma singular por cada homem e mulher, e reflete como as experiências sexuais atuais são resultados das relações mantidas pelo casal antes da gravidez, ou seja, se a prática sexual era considerada satisfatória, a probabilidade é que, excluindo-se os desconfortos fisiológicos da gravidez, permaneça inalterada(24).

Mitos em relação à proibição da prática sexual durante a gravidez

Sabe-se que o período gestacional é um período de adaptações para o casal. Mas mesmo atualmente, o tema atividade sexual na gestação ainda é permeado por muitas dúvidas, mitos e medos, sendo frequente a crença de que o sexo nesse momento específico na vida da mulher pode acarretar malefícios para a criança que está no seu ventre(9) . Em parte, tais mitos estão relacionados à simbologia cultural da concepção de impureza e fragilidade do corpo feminino, visto como fonte de poluição, e quando atrelados à gestação, deixam a gestante e seu parceiro inseguros em exercer a atividade sexual na gravidez(29).

O processo da gravidez, por se tratar de um momento singular e repleto de transformações, torna-se terreno fértil para a propagação de tabus e mitos. Tal condição pode acarretar um momento de crise para muitos casais, havendo a necessidade de uma adaptação por parte de quem vivencia esse processo, uma vez que tais alterações promovem diversas repercussões(20).

Assim, buscou-se, neste estudo, identificar o conhecimento do homem sobre possíveis mitos e tabus sobre manutenção da prática sexual durante a gestação da parceira:

“Ouvi dizer que sexo na gravidez faz o menino nascer com defeito.” (Preto)

“Ouvi muitas histórias de crianças que nascem aleijadas por causa do sexo na gravidez.” (Amarelo)

“Acho que a penetração pode machucar o bebê.” (Roxo)

A partir dos diálogos expostos anteriormente, observam-se que inverdades estão presentes na percepção dos homens sobre a associação da atividade sexual e da gravidez, tais como: a penetração pode machucar o bebê e o ato sexual na gravidez coloca em risco o nascimento de bebês saudáveis.

Possivelmente, tais concepções, para além do desconhecimento do próprio corpo e seu funcionamento, são propagadas e residem em uma interação simbólica cultural/religiosa que aponta o exercício da sexualidade incompatível com a maternidade. A atividade sexual durante o período gestacional ainda é vista como inadequada, sendo esperado que a mulher direcione sua libido sexual para cuidar da prole, excluindo-se o sexo da vida do casal e santificando-se o gestar(30). A associação da atividade sexual com a maternidade deu também origem a outras crendices secundárias, sendo uma delas a de que a mulher grávida não tem desejo sexual(31).

Tais crenças podem gerar conflitos, pois, ao contrário do que a maioria imagina, a relação sexual contribui para o bem-estar da mulher, uma vez que nesse período ela se torna mais carente e está com os sentimentos à flor da pele, necessitando ser amparada e querida pelo seu companheiro(22).

Com isso, ressalta-se a necessidade da realização de um pré-natal de qualidade, esclarecendo-se ao casal possíveis dúvidas e questionamentos acerca da sexualidade/prática sexual no período gestacional e suas implicações para o contexto familiar e conjugal, uma vez que medos e desconfianças precisam ser sanados, no intuito de buscar elevar a autoconfiança da mulher e do companheiro(9), desfazendo-se mitos e sua propagação.

Estudo realizado com 11 cônjuges de gestantes em serviços de saúde no Rio Grande do Norte, Brasil, corrobora os resultados da presente pesquisa ao apontar para a importância da participação do cônjuge na evolução da gravidez da parceira, não se restringindo aos cuidados da gravidez unicamente à mulher, como uma atribuição cultural feminina, fortalecendo-se o vínculo masculino com o concepto e permitindo, a partir de sua participação nas consultas de pré-natal, orientação sobre possíveis dúvidas e anseios que permeiam o imaginários dos cônjuges, principalmente a respeito da sexualidade e atividade sexual(32).

De fato, possibilita elevar o conhecimento de parceiros sobre a não proibição da prática sexual durante a gravidez, propiciando benefícios ao casal, como exposto nos relatos abaixo:

“Não é prejudicial. Respeitando os limites dela, a forma e quando ela quer.” (Branco)

“Acho que não, fazer sexo pode melhorar as condições da grávida.” (Roxo)

“Não prejudica, pois o sexo ajuda para a criança nascer mais rápido.” (Azul)

“Todo mundo faz. Se fosse assim, todos os meninos nasciam com problemas.” (Amarelo)

“Acho que não, mas, quando se aproximar do parto, vou evitar o sexo.” (Verde)

Para esses cônjuges, o ato sexual durante o período gestacional não prejudica o feto, inclusive ressaltam que existem benefícios para a mulher em manter-se sexualmente ativa, como auxílio no trabalho de parto e melhores condições físicas da gestante. No entanto, como foi mencionado, torna-se necessário respeitar o momento da gestante, procurar uma posição sexual que seja confortável, até mesmo por condições físicas, visto que o crescimento abdominal dessa mulher irá limitar um pouco a movimentação(4).

Percebeu-se, no entanto, que um dos homens entrevistados ainda possui certo receio em relação à prática sexual no final da gestação. Esse pensamento talvez se deva ao fato de que ele não possua mais esclarecimentos sobre a prática da atividade sexual durante a gestação, ou talvez não compreenda que a sexualidade envolve vários aspectos, não somente o ato sexual.

Em um estudo realizado sobre a sexualidade da gestante, observou-se que a prática da atividade sexual durante a gestação de mulheres sem complicações obstétricas anteriores não apresenta risco de ruptura prematura de membranas, parto pré-termo, baixo peso ao nascer ou aumento da mortalidade perinatal(33).

Embora as percepções masculinas obtidas sobre a atividade sexual durante o período gestacional sejam consideradas importantes, uma vez que refletem o desvelamento dessa prática dentro do contexto social, cultural, comportamental e ambiental no qual os participantes estão inseridos, os resultados aqui apresentados e discutidos apresentam limitações. Foi considerada uma limitação o pequeno número de participantes do estudo, embora essa realidade possa representar a dificuldade, ainda existente, que os homens apresentam para dialogar sobre sexualidade e prática sexual.

Apesar do reconhecimento dessa limitação, acredita-se que os achados são particularmente importantes para se compreender como os cônjuges vivenciam sua sexualidade durante o período gestacional de suas parceiras, período em que dificuldades e falsos conceitos relacionados à atividade sexual durante a gestação se fazem presentes, elevando-se os medos infundados e culpabilizando-se o sexo na gravidez. Dessa forma, atentos para essas situações, profissionais de saúde envolvidos com a assistência pré-natal podem direcionar suas ações também ao público masculino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática sexual pode sofrer modificações em decorrência da gestação, as quais dependem, para além das alterações biológicas decorrentes do período gestacional, de simbologias e constructos sociais que ditam valores e normas quando o assunto é a manutenção ou não do ato sexual durante a gravidez.

Nesse sentido, ressalta-se que a assistência no pré-natal não deve ser voltada apenas para a gestante, mas também ao seu parceiro, sendo imprescindível o atendimento ao casal, momento em que serão minimizadas dúvidas que possam existir, criando-se um vínculo do homem com o profissional de saúde e fortalecendo-se os cuidados paternos e o apoio familiar.

Ações promotoras da saúde em relação a essa temática devem ser influenciadas, buscando-se uma melhoria na atuação dos profissionais de saúde no atendimento do pré-natal, para que a gestante e seu parceiro possam reconhecer e vivenciar sem temor as transformações e adaptações do período gestacional, eliminando-se mitos e tabus, para que ambos possam usufruir todos os tipos de prazeres e sensações nesse momento da vida do casal. Assim, elevar o conhecimento sobre essa realidade faz-se necessário e tem-se como sugestão o aprofundamento dessa temática em estudos posteriores, buscando-se a abordagem do casal e da paternidade, de sua relação com a manutenção da atividade sexual durante a gestação e das maneiras como cada casal lida com essas questões.

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Autor notes

Endereço para correspondência: Dailon de Araújo Alves Rua Cel. Antônio Luis, 1161 Bairro: Pimenta CEP: 63105-000 - Crato - CE - Brasil E-mail: dailon.araujo12@gmail.com

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