Recepción: 17 Diciembre 2019
Aprobación: 01 Junio 2020
Resumo: Este estudo tem por objetivo averiguar se os estágios do ciclo de vida das empresas brasileiras influenciam a volatilidade idiossincrática das mesmas. Utilizam-se como estimadores o CAPM (Capital Asset Pricing Model) proposto por Assaf Neto, Lima e Araújo (2006) para a volatilidade idiossincrática, e Dickinson (2011) para as fases do ciclo de vida das empresas. Os resultados demonstram que a volatilidade idiossincrática é menor nas fases de crescimento e de maturidade, indicando que a identificação do ciclo de vida que determinada empresa pertence é importante para a manutenção de investimentos menos arriscados.
Palavras-chave: Ciclo de Vida das Empresas, Volatilidade Idiossincrática, Teoria dos Ciclos econômicos.
Abstract: This study aims to determine whether the stages of the life cycle of Brazilian companies influence their idiosyncratic volatility. CAPM (Capital Asset Pricing Model) proposed by Assaf Neto, Lima, and Araújo (2006) for idiosyncratic volatility and Dickinson (2011) for the life cycle phases of companies are used as estimators. The results demonstrate that the idiosyncratic volatility is lower in the growth and maturity phases, indicating that the identification of the life cycle that a company belongs to is important for the maintenance of less risky investments.
Keywords: Companies' Life Cycle, Idiosyncratic Volatility, Economics Cycles Theory.
Introdução
Este estudo tem por objetivo averiguar se os estágios do ciclo de vida das empresas brasileiras influenciam a volatilidade idiossincrática das mesmas. O presente estudo terá como referência a pesquisa de Hasan e Habib (2017) no qual, usando dados dos Estados Unidos da América, evidenciaram a associação entre os estágios do ciclo de vida das empresas e a volatilidade idiossincrática, dentre outras associações. Visto que, a volatilidade idiossincrática é proveniente de eventos particulares à organização (Nguyen, 2011).
Segundo os estudos de Faff, Kwok, Podolski e Wong (2016), nos estágios de introdução e crescimento há aumento de fluxo de caixa, no entanto, nos estágios de maturidade, turbulência e declínio há redução da disponibilidade financeira das empresas. Conforme a pesquisa de Khovansky e Zhylyevskyy (2013), o prêmio de volatilidade idiossincrática tende a ser positivo diariamente, mas negativo mensalmente, trimestralmente e anualmente. Assim, pesquisas recentes em finanças se concentram no ciclo de vida da empresa e na volatilidade idiossincrática.
As relações entre expansão da participação ou manutenção das empresas no mercado decorrem da tendência em assumir riscos e como lidar com eles (Habib & Hasan, 2017). Para Becchetti, Ciciretti e Hasan (2013), os acionistas estão submetidos à volatilidade da empresa, ao risco idiossincrático e ao risco sistêmico em função do retorno esperado. Logo, a averiguação da relação entre o ciclo de vida da empresa e a volatilidade idiossincrática tem relevância prática para os usuários externos.
Dickinson (2011) argumenta que é possível classificar as empresas nos estágios do ciclo de vida. Nos estudos de Herskovic, Kelly, Lusting e Van Nieuwerburgh (2016) os riscos incorridos pelas empresas estão correlacionados com a volatilidade idiossincrática, e esta por sua vez pode ser utilizada para a quantificação deste risco. Em função das discussões apresentadas até então, surge o questionamento: as fases dos ciclos de vida das empresas brasileiras influenciam a volatilidade idiossincrática?
A variablidade do ciclo de negócios, as decisões macroeconômicas, as recessões econômicas, associadas ao risco sistêmico são fatores que influenciam nas decisões dos usuários externos (Bekaert, Hodrick & Zhang, 2012). Neste sentido, faz-se necessário compreender a relação da volatilidade idiossincrática e as fases do ciclo de vida da empresa. Pois isso proporcionará um melhor entendimento do risco financeiro corporativo e da percepção da capacidade da empresa de atrair investidores.
As fases do ciclo de vida das empresas que apresentam maior risco são os estágios de introdução, turbulência e declínio, e as que apresentam o menor risco são os estágios de crescimento e maturidade (Dickinson, 2011). Há evidências empíricas da correlação entre o risco empresarial e o ciclo de vida das empresas estrangeiras. Em função da recente fase do ciclo econômico no Brasil e da legislação tributária brasileira, a priori não é possível fazer a mesma análise realizada com as empresas estrangeiras.
Esta pesquisa utilizou as informações financeiras das empresas constantes na BM&FBOVESPA no período compreendido entre o ano de 2008 e 2017. Os resultados encontrados não suportam a hipótese estudada, sendo que, a volatilidade idiossincrática é significativamente menor no estágio de crescimento e de maturidade do ciclo de vida das empresas analisadas.
Tendo como base o conhecimento sobre os riscos dos ativos, os investidores estão aptos a construir um portfólio diversificado de ações com a finalidade de reduzir os riscos idiossincráticos e, sendo exposto apenas ao risco sistêmico que é inerente aos cenários econômicos (Ferreira & Laux, 2007). A contribuição prática desta pesquisa afeta as estratégias de portfólio dos investidores e instituições de fomento. Quanto à contribuição teórica, esta torna-se inédita, pois não há evidências empíricas na literatura financeira que correlacione a volatilidade idiossincrática e o ciclo de vida das empresas brasileiras.
Referencial Teórico
Ciclo de vida das empresas e os riscos envolvidos
O ciclo de vida das empresas tem por base a evolução em termos de recursos e capacidades (Habib & Hasan, 2017). As empresas percorrem o ciclo de vida de forma não contínua devido aos desafios potenciais existentes, tais como: inovações de produtos, expansão de novos mercados, choques econômicos e mudanças estruturais (Hsu, 2018). Algumas empresas apresentam tendência à sequência linear, outras empresas, contudo, apresentam evolução não linear (Costa, Macêdo, Yokoyama & Almeida, 2017).
Os estágios do ciclo de vida da empresa são classificados em 5 (cinco) fases: introdução, crescimento, maturidade, turbulência e declínio (Zalaghi & Rezaei, 2017; Dickinson, 2011). No estágio de introdução, as empresas estão iniciando no mercado e suas estruturas são simples e centralizadas (Costa et al., 2017). Logo, na fase de crescimento concentram-se em gerar investimentos, a compra de subsidiárias e aumento de vendas (Drake, 2013).
Mas, no estágio de maturidade há a geração de capital internamente por meio da acumulação de lucros e recorrem ao movimento de expansão (Warusawitharana, 2013). No estágio de turbulência têm-se mudanças estratégicas no intuito de reestruturar a empresa, o que a caracteriza como uma fase transitória (Hasan & Habib, 2017). E, na fase de declínio, as empresas têm um crescimento negativo de receita, com menor poder de resposta as dificuldades (Necyk, Souza & Frezatti, 2007).
O risco é definido como a incerteza no que se refere aos resultados (Jorion, 2003). Na teoria financeira há dois tipos de riscos: risco sistêmico, no qual circunstâncias adversas são intrínsecas ao cenário econômico do investimento, e o risco idiossincrático, em que as situações adversas são inerentes à natureza do investimento (Freitas, 2011).
Na fase de introdução, as empresas realizam investimentos mais arriscados no intuito de expandir a base de recursos e de implantar os objetivos estratégicos (Habib & Hasan, 2017). Além disso, neste estágio há recursos limitados (Hasan, Hossain, Cheung & Habib, 2015). Logo, no estágio introdutório do ciclo de vida da empresa há elevados riscos e reduzidos recursos.
Na fase de crescimento, a empresa se torna suscetível ao risco através da inovação e diversificação de produtos (Liao, 2006). Segundo Bromiley (1991) o risco tem implicações importantes no crescimento, no desempenho e na sobrevivência da empresa. Portanto, na fase de crescimento da empresa o risco está presente.
A empresa no estágio de maturidade prioriza a gestão estratégica de risco (Amir & Auzair, 2017). Como também a idade da empresa aumenta, as empresas têm recursos suficientes, tornando-as menos suscetíveis a dificuldades financeiras (Al-hadia, Chatterjeeb, Yaftianc,Taylora & Hasand, 2017). Então, na fase de maturidade do ciclo de vida das empresas há estabilidade de recursos e riscos idiossincráticos reduzidos.
A fase de turbulência nas empresas caracteriza-se por alterações de estratégia, redução em investimento e, em alguns casos, aliena ativos para gerar fluxo de caixa (Bassetti, 2014). Além disso, as vendas, a lucratividade e o market-to-book são reduzidos (Costa et al., 2017). Neste sentido, na fase de turbulência da empresa, problemas financeiros e o risco frente à reestruturação da empresa são recorrentes.
Empresas em fase de declínio têm incentivos para investimentos de alto risco, a fim de reverter para a manutenção da sobrevivência (Habib & Hasan, 2017), desta forma, as empresas aplicam mais recursos em pesquisa e desenvolvimento como uma tentativa de recuperação (Dickinson, 2011). Assim, na fase de declínio do ciclo de vida há elevados riscos e recursos restritos que tendem à falência da empresa.
Teoria dos ciclos econômicos
As teorias dos ciclos econômicos surgiram desde meados do século XIX, em resposta as crises geradas na economia mundial desde a revolução industrial (LIMA, 2005). Segundo Santos, Teixeira, e Dalmácio (2008) o ciclo econômico é flutuação da atividade econômica no longo prazo, que influenciam na atividade e no nível de lucratividade das empresas e, por conseguinte, reduzem o nível de investimentos na economia. Portanto, os ciclos econômicos apresentam oscilações apresentando períodos de expansão e contração da atividade econômica.
Schumpeter (1939) aborda o ciclo econômico em: duas fases (prosperidade e recessão) quatro fases (prosperidade, recessão, depressão e recuperação) e ciclos longos, ciclos intermediários, e ciclos curtos que se superpõem. Segundo Kalecki (1977), Shumpeter (1939) e Keynes (1930), a diferença entre atividade econômica de curto e longo prazo decorre do comportamento dos preços, onde os preços no curto prazo apresentam alguma rigidez e no longo prazo, devido à mudanças no cenário macroeconômico, tendem à alterar a política monetária, implicando na atratividade de investimentos entre o aspecto monetário e o aspecto real da economia.
O ciclo econômico é resultado da variação cíclica da eficiência marginal do capital, e tem como agravantes as modificações de outras variáveis do sistema econômico (KEYNES, 1982). As flutuações econômicas contínuas, por sua vez, são decorrentes de crescimento populacional, nível de eficiência econômica, tendências seculares, sazonalidades ou esporádicas. Para Joseph Schumpeter (1939) no ciclo econômico as recessões fazem parte do êxito do capitalismo criando uma destruição criativa que provoca constantes inovações na economia.
A evolução cíclica da economia deve ser observada não apenas no balizamento de decisões de políticas macroeconômicas, mas também deve abranger os agentes econômicos como um todo, uma vez que afeta a procura de bens e serviços, condições de mercado e ciclo de vida das empresas, impactando nas empresas novas quanto as já existentes no mercado (Carvalho, 2013). Assim, deve-se considerar o comportamento diferenciado da economia ao longo de um ciclo econômico e antecipar as ações em função da fase do ciclo e, destarte, retardando ou antecipando uma etapa do ciclo de vida da empresa.
O valor de mercado da empresa pode ser influenciado pelo nível de atividade econômica, decisões macroeconômicas, nível de investimento, risco do investimento, expectativas e relação entre oferta e demanda. A maneira como a empresa lida com essas informações pode ser determinante para diferenciar a empresa, sobretudo para as que atuam no mesmo setor, podendo singularizar-se quanto ao seu poder de mercado, vindo a alterar seu ciclo de vida (Liu, 2008; Park & Chen, 2006).
A volatilidade idiossincrática e o ciclo de vida das empresas.
A volatilidade exibe um desempenho de constantes mudanças (Alexander, 2005). No mercado financeiro, a volatilidade retrata a dispersão dos retornos previstos de um título ou índice de mercado, nos quais reduzidos retornos são complementados com abundantes retornos (Daly, 2008; Engle & Ng, 1993). Mas também, segundo Lindberg e Swanson (2018), a volatilidade do mercado financeiro aumenta durante as recessões econômicas.
A volatilidade é uma proxy para o risco (Li, Yang, Hsiao & Chang, 2005). Risco é a probabilidade de se obter retornos negativos ou abaixo do esperado (Bittencourt, Sardinha, Barbosa, Alves & Oliveira, 2018). A importância da volatilidade advém da avaliação, gestão e redução dos riscos referente aos retornos previstos dos ativos negociados nos mercados de renda variável (Cerchiari, Yamamoto, Aragão, Okamoto & Taveira, 2010). Na gestão de riscos a volatilidade é um parâmetro, portanto, na quantificação, na aferição, no controle e na minimização dos riscos.
Na literatura sobre finanças, o risco total é composto por dois elementos: risco específico (idiossincrático) e risco sistemático (de mercado) (Rossetti, 2016). O risco idiossincrático é correlacionado positivamente com a empresa de tamanho menor, com maior liquidez e maior alavancagem (Kumari, Mahakud & Hiremath, 2017; Lindberg & Swanson, 2018). Neste contexto, o risco idiossincrático retrata informações intrínsecas das empresas (Fu, 2009). Portanto, o risco idiossincrático é algo intrínseco às características das empresas.
Os acionistas contrários ao risco diversificam as ações, elevando a qualidade da aplicação de capital (Panousi & Papanikolau, 2012). Segundo Freitas (2011), os efeitos do risco específico podem ser mais intensos em portfólios de ações não diversificados. Logo, na teoria de finanças sob o ponto de vista dos investidores, o risco idiossincrático é menor em portfólios de ações mais diversificados.
As ações de empresa no estágio de introdução indicam altos níveis de volatilidade (Campbelli, Lettau, Malkiel & Xu, 2001). As empresas mais jovens tendem a ser mais voláteis podendo influenciar no aumento significativo do risco idiossincrático (Bekaert, Hodrick & Zhang, 2012). Com isso, na fase de início das empresas esperam-se altos níveis de volatilidade e de risco idiossincrático.
A empresa na fase de crescimento tem como característica a assimetria de informação e a reduzida volatilidade idiossincrática (Barth, Kasznik & Mcnichols, 2001). Diante do exposto acima, a fase de crescimento das empresas induz a redução da assimetria informacional e da volatilidade idiossincrática.
Na fase de maturidade da empresa o risco idiossincrático e retorno tendem a serem otimizadas (Dickinson, 2011). E também, a empresa no estágio de maturidade é menos inclinada à volatilidade e a inovação, tornando-se então mais conservadora (Costa et al., 2017). Logo, na fase de maturidade as empresas indicam ter menor volatilidade, inovação e risco idiossincrático.
Na fase de turbulência a empresa tem um decréscimo nas suas entradas líquidas e no valor da empresa, no qual os controles da gestão são insuficientes para as necessidades da empresa (Dickinson, 2011; Gort & Klepper, 1982; Greiner, 1972). Com isso, na fase de turbulência as empresas são mais voláteis, com maior risco idiossincrático e possuem mais problemas financeiros.
As empresas em declínio tendem ao aumento do pagamento de dividendos e ao alto risco idiossincrático (Tehrani, 2006). Durante o estágio de declínio do ciclo de vida da empresa, o retorno de investimento tornar-se incerto, aumentando a volatilidade dos lucros e do fluxo de caixa (Hasan & Habib, 2017). Portanto, na fase de declínio as empresas tendem ao aumento dos dividendos, da volatilidade e do risco idiossincrático.
A volatilidade idiossincrática é inversamente correlacionada com a idade da organização (Adjei & Adjei, 2017), como também Cao, Simin e Zhao (2008) evidenciam que tanto o nível quanto a variância do crescimento corporativo estão significativamente relacionadas com a volatilidade idiossincrática. Então, as características etárias da empresa, no qual o risco está presente em diferentes níveis, impulsionam e têm relação intrínseca com a volatilidade idiossincrática.
Sendo assim, a hipótese é:
H1 - No ciclo de vida das empresas a volatilidade idiossincrática é elevada nos estágios de introdução, turbulência e declínio, e reduzida nos estágios de crescimento e maturidade.
Metodologia da Pesquisa
O presente trabalho é caracterizado quanto ao nível de pesquisa como quantitativo. O objetivo é definido como descritivo, a utilização de dados dá-se em painel com efeito fixo e a abordagem é hipotética dedutiva. Além disso, esta pesquisa tem como referência os modelos adotados no estudo de Hasan e Habib no ano de 2017.
Base de dados
A primeira etapa desta pesquisa iniciou-se com a coleta de informações financeiras das empresas listadas na BM&FBOVESPA. A coleta de dados secundários diários e anuais foi realizada através do site NEFIM® (livre acesso) e pelo software Economática® (acesso restrito), respectivamente. Os referidos dados estão compreendidos entre o período dos anos de 2008 a 2017. Este intervalo foi escolhido em virtude de que a legislação brasileira só obrigou a divulgação do demonstrativo do fluxo de caixa, necessário para o cálculo de algumas variáveis, a partir do ano de 2008. Com exclusão do setor financeiro em decorrência das regras tributárias diferentes e da regulamentação contábil específica, fato que prejudicaria na interpretação financeira das demais empresas.
Modelo de pesquisa
A segunda etapa desta pesquisa corresponde ao processamento de informações financeiras utilizando-se o software Stata®. O detalhamento das variáveis dependente, independentes e de controles será apresentado nos subtítulos a seguir.
Variável dependente
A variável dependente, volatilidade idiossincrática (VOI), calcula a relação linear entre risco e ativo a partir de observações diárias. Testou-se a volatilidade idiossincrática conforme o modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model) proposto por Assaf Neto, Lima, e Araújo (2006), no qual o modelo mostra-se adequado às condições dos mercados emergentes, como o Brasil, representado na Equação (1).
No qual representa a taxa de retorno da ação contínuo da empresa i no dia t gerado através do logaritmo narutal da variação do preço de fechamento diário da ação presente no software Economatica, calculado conforme a Equação (2).
No qual é a taxa de retorno da ação livre de risco,
representa a taxa de retorno da carteira de mercado, ambos no dia t e coletados do site
,
é o coeficiente beta do título,
representa o risco-país e
é um termo de erro de apreçamento referente ao risco específico do ativo. O desvio padrão de
é chamo de volatilidade idiossincrática.
Variáveis independentes
As variáveis independentes, ciclo de vida das empresas (CVE), utilizam um vetor de variáveis dummy para enquadrar os estágios das empresas em fases como: inicial, crescimento, maturidade, turbulência e declínio, conforme apresentado na Tabela 1.
* Empresas que não se enquadram nas fases: inicial, crescimento, maturidade e declínio (Dickinson, 2011).
** Há um vazio na literatura no que diz respeito ao fluxo de caixa de atividades de financiamento para empresas em declínio, de modo que nenhuma previsão direcional é feita ex ante (Dickinson, 2011).
Os fluxos de caixa capturam diferenças no crescimento, na lucratividade e no risco empresarial e, portanto, pode-se utilizar o fluxo de caixa de atividade operacional, o fluxo de caixa de atividade de investimento e o fluxo de caixa de atividade de financiamento para agrupar as empresas nas fases: inicial, crescimento, maturidade, turbulência e declínio; tendo como determinantes os parâmetros menor que 0 (zero), maior que 0 (zero), e menor igual a 0 (zero), conforme Dickinson (2011).
Variáveis de controle
As variáveis de controle alavancagem longo prazo (ALAV LP), market-to-book (MTB), retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), índice de pagamento de dividendos (IPDIV), idade da empresa (ID), retorno anual das ações (RAA), qualidade da informação contábil (QIC), setor industrial (IND) e tamanho (T) podem afetar a associação entre a volatilidade idiossincrática e as fases do ciclo de vida da empresa, e tem como referência o estudo de Hasan e Habib (2017). Tais variáveis podem apresentar o sinal negativo ou positivo que varia devido à relação direta com a variável dependente e/ou variáveis independentes. Segue-se o detalhamento das variáveis de controle:
· Alavancagem longo prazo (ALAV LP), representada na Equação (4), é um parâmetro que sinaliza o risco do negócio, e suponha-se que tem conexão com o risco sistemático das ações (Dantas, Medeiros & Lustosa, 2006).
· Market-to-book (MTB), representado na Equação (5), é uma medida de oportunidades de crescimento, e é coerente com baixos índices de endividamento e inversamente proporcional à alavancagem (Albanez, 2015).
· Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), representado na Equação (6), é uma medida de rentabilidade, e afere a decisão do investidor aplicar seu capital em empresa ou outra de mesmo risco (Gabriel, Neto & Corrar, 2004).
· Índice de pagamento de dividendos (IPDIV), representado na Equação (7), é um agente indispensável na determinação do valor das ações (Iquiapaza, Lamounier & Amaral, 2006).
· A idade da empresa (ID), representado na Equação (8), afeta a volatilidade específica da empresa e é determinada pelo número de anos desde que a empresa foi fundada (Loughran & Ritter, 2004).
· Retorno anual das ações (RAA), representado na Equação (9), é inversamente proporcional ao risco envolvido do mercado acionário (Araújo & Oliveira, 2015).
· Qualidade da informação contábil (QIC), representado na Equação (10), é influenciada pelo efeito das oscilações nos eventos econômicos da empresa (Kothari, Leone & Wasley, 2005). Estimada a partir de accruals discricionários (AD), modelo de Kothari, Leone & Wasley (2005), representado na Equação (11).
No qual representa o accruals total da empresa i no ano t calculando conforme a Equação (12) abaixo.
E é a variação da receita operacional líquida,
é a variação do contas a receber líquida,
é o ativo imobilizado,
(retorno sobre o ativo) representa o lucro líquido escalonado pelo ativo total e
é o termo de erro residual que representa o accruals discricionários, mensurados por empresa i no ano t.
· Segmento industrial (IND) tem relação positiva entre o capital de giro, o desempenho de mercado e o retorno sobre os ativos (Nazir e Afza 2009). IND é um vetor de variável dummy para diferenciar as empresas do segmento industrial, conforme apresentado na Tabela 2.
IND é uma dummy que tem como determinantes os parâmetros 1 para empresas do setor industrial e 0 para empresas dos setores de comércio e serviço.
· Tamanho (T), representado na equação 13, é relevante na determinação das necessidades de capital de giro e do ciclo das companhias (Silva, Camargos, Fonseca e Iquiapaza, 2019).
A associação entre o ciclo de vida das empresas e a volatilidade idiossincrática foi mensurada por meio do modelo de regressão apresentado na Equação (13):
A Equação (14) é compreendida por: variável dependente (VOI), (beta), variáveis independentes (CVE1, CVE2, CVE3, CVE4 e CVE5), variáveis de controle (ALAV LP, MTB, ROE, IPDIV, ID, RAA, QIC, IND e T) e o
, que é um termo de erro, mensurados por empresa i no ano t. O desvio padrão do resíduo é medida da volatilidade idiossincrática acerca do ciclo de vida da empresa. Para melhor contextualização segue-se a Figura 2 com o resumo das variáveis utilizadas na Equação 14.
Análise dos Dados
Neste capítulo é apresentada a análise de dados, composta pela estatística descritiva, correlações entre as variáveis e regressão da volatilidade idiossincrática com o ciclo de vida das empresas.
Estatística Descritiva
A Tabela 3 apresenta a análise descritiva do modelo, contendo para cada variável dependente, independente e de controle utilizada na pesquisa, o número de amostras, a média, a mediana, o desvio padrão, o valor mínimo e o valor máximo da amostra.
* Excluídas empresas com patrimônio líquido negativo.
A estatística descritiva mostra que as empresas brasileiras analisadas têm em média a idade de 21 anos. De todas as empresas inscritas no BM&FBOVESPA, exceto as empresas do setor financeiro, em média 39% das empresas são do setor industrial. Além disso, o ciclo de vida em distribuição amostral mostra que cerca de 71% das empresas estão entre as fases de crescimento e maturidade, o que está próximo dos resultados relatado em Dickinson (2011) (75%).
Correlações de pares
As Tabelas 4 e 5 apresentam as correlações de pares entre a variável dependente (VOI CAPM), independentes (CVE1, CVE2, CVE3, CVE4 e CVE5), e de controle (ALAV LP, MTB, ROE, IPDIV, ID, RAA, QIC, IND e T) utilizadas na pesquisa, incluídas no modelo de regressão representado na Equação 14.
A proxy volatilidade idiossincrática é significativamente correlacionada negativamente (positivamente) com o retorno sobre o patrimônio líquido, índice de pagamento de dividendos e retorno anual das ações (alavancagem longo prazo, market-to-book e idade). Em termos das fases (inicial, crescimento, maturidade, turbulência e declínio) do ciclo de vida das empresas: a qualidade da informação contábil é significativamente correlacionada negativamente (positivamente) com a fase inicial (maturidade); o market-to-book é significativamente correlacionado positivamente com as fases início e declínio. Enquanto, a variável tamanho é significativamente correlacionada negativamente (positivamente) com a fase inicial, de turbulência e de declínio (crescimento e maturidade). No geral, as correlações entre volatilidade idiossincrática e as proxies do ciclo de vida e as variáveis de controle estão na direção esperada e, assim, fornecem suportes para a validade da hipótese.
Regressões
A Tabela 6 apresenta os resultados da regressão para a Equação (14) no qual a proxy volatilidade idiossincrática (modelo CAPM) é regredida nos estágios do ciclo de vida da empresa com um conjunto de variáveis de controle.
Com base nos dados da Tabela 6, são estatisticamente significantes os coeficientes da variáveis: retorno sobre o patrimônio líquido e índice de pagamento de dividendos (coeficiente negativo), e alavancagem (coeficiente positivo). Esses resultados demonstram que empresas com maiores níveis de retorno sobre o patrimônio líquido e empresas com maiores índice de pagamento de dividendos tendem a ter, em média, um menor nível de volatilidade idiossincrática. Mas empresas com maiores coeficientes em alavancagem experimentam mais volatilidade idiossincrática, resultados estes que são consistentes com Chen, Huang e Jha (2012), e Chen, Lu e Sougiannis (2012).
Há associação estatisticamente significante, com coeficiente negativo, entre a volatilidade idiossincrática e as fases de crescimento e de maturidade do clico de vida das empresas analisadas. Observa-se que a fase de declínio foi a dummy base omitida para a análise e interpretação das demais dummies do ciclo de vida. Dessa forma, os resultados demonstram que as empresas que se encontram nos ciclos de crescimento e maturidade tendem a apresentar uma volatilidade idiossincrática menor se comparadas às empresas que se encontram no ciclo de declínio, o que está de acordo com os argumento de Barth, Kasznik & Mcnichols (2001) e Costa et al. (2017), que argumentam que a empresa na fase de crescimento tem como característica a assimetria de informação e a reduzida volatilidade idiossincrática e a empresa no estágio de maturidade é menos inclinada à volatilidade e a inovação, tornando-se então mais conservadora, respectivamente.
Por outro lado, as empresas que se encontram nos ciclos inicial, turbulência e declínio não apresentam diferença estatisticamente significante em termos de volatilidade idiossincrática, resultado este que vai de acordo com o trabalho de Bekaert, Hodrick & Zhang (2012), que argumentam que as empresas mais jovens tendem a ser mais voláteis podendo influenciar no aumento significativo do risco idiossincrático, e também com os trabalhos de Dickinson (2011), Gort & Klepper (1982) e Greiner (1972) que argumentam que na fase de turbulência a empresa tem um decréscimo nas suas entradas líquidas e no valor da empresa, no qual os controles da gestão são insuficientes para as necessidades da empresa, o que aumenta o risco idiossincrático devido aos problemas financeiros.
Conforme corroborado por Silva (2018), existe correlação entre o risco idiossincrático e situações de aumento e de diminuição no pagamento de dividendos. Os resultados obtidos vão de acordo com Rozeff (1982), que argumenta que o risco idiossincrático tem relação negativa com o pagamento de dividendos. Conforme Tehrani (2006), as empresas em declínio tendem ao aumento do pagamento de dividendos e ao alto risco idiossincrático e, portanto, o comportamento do índice de pagamento de dividendos nas empresas analisadas pode ter influenciado na mensuração da relação entre a volatilidade idiossincrática e as fases do ciclo de vida das empresas brasileiras.
Considerações Finais
O objetivo desta pesquisa foi averiguar se os estágios do ciclo de vida das empresas brasileiras influenciam sua respectiva volatilidade idiossincrática. Os resultados demonstram que a volatilidade idiossincrática é menor nas fases de crescimento e de maturidade das empresas, o que nos conduz a aceitação da hipótese do trabalho. Segundo a literatura, esse resultado é esperado visto que tais empresas já passaram pelo ciclo de vida de introdução e se encontram em estágios de baixa assimetria informacional, além de uma postura estratégica mais conservadora, o que proporciona menores níveis de riscos que são intrinsicamente relacionados às operações dessas empresas.
A pesquisa tem contribuição prática junto aos usuários externos, pois afeta as estratégias de portfólio dos investidores e instituições de fomento, no qual recomendamos avaliar os estágios do ciclo de vida da empresa em conjunto com a volatilidade idiossincrática, visto que existem ciclos em que as empresas apresentam operações menos arriscadas. A contribuição teórica torna-se inédita, pois não há evidências empíricas na literatura financeira brasileira que correlacione à volatilidade idiossincrática e o ciclo de vida das empresas brasileiras. Dentre as principais contribuições desta pesquisa para a área financeira, há a evidencia da necessidade de avaliação do ciclo de vida corporativo, já que tal análise captura o real cenário da empresa.
As implicações desta pesquisa para o mercado brasileiro vêm da não validação da correlação da volatilidade idiossincrática maior nos estágios de introdução, turbulência e declínio das empresas brasileiras. Este estudo apresenta algumas limitações. O recorte temporal restrito devido à ausência de informações do demonstrativo do fluxo de caixa na base de dados, em decorrência da legislação brasileira só ter obrigado à divulgação a partir do ano de 2008, o que reprimiu o tamanho da amostra. Nenhuma previsão direcional na literatura no que diz respeito ao fluxo de caixa de atividades de financiamento para enquadrar a empresa na fase de declínio, o que empobrece o caráter de inferência.
Como forma de propor uma agenda de pesquisa futura, recomenda-se buscar capturar possíveis efeitos da adoção das normas internacionais de contabilidade, durante e após períodos de crise, dado que esses episódios podem influenciar sobre os resultados das empresas e, por consequência, sua volatilidade intrínseca. Além disso, analisar os anos separadamente, no intuito de verificar se os resultados encontrados podem mudar ao longo dos anos, o que pode ter relação com a adoção das normais internacionais de contabilidade pelo Brasil.
Referências
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