Introdução

Os Programas de Pós-Graduação (PPGs) possuem a proposta de promover desenvolvimento acadêmico e profissional (Verschoore, 2021), fomentar a pesquisa científica (Bezerra & Souza, 2020), promover inovação tecnológica (Verschoore, 2021) e formar docentes e pesquisadores qualificados (Bezerra & Souza, 2020; Verschoore, 2021). Nesse contexto, é notável o aumento dos cursos de pós-graduação em contabilidade no Brasil nas últimas décadas, justificado pelo aumento das demandas profissionais e pelas transformações que a sociedade vem enfrentando (Comunelo et al., 2012), uma vez que os PPGs são compostos por atores responsáveis por alavancar o próprio programa, bem como o desenvolvimento científico, sendo esses atores os docentes e discentes (Bezerra & Souza, 2020).

Em âmbito nacional e internacional, percebe-se a preocupação quanto aos impactos que os PPGs geram para a sociedade (Johnson & Orr, 2020). Pesquisas sobre o tema abordam sobre as características dos programas (Reina et al., 2012), a questão da produtividade, por meio de publicações científicas (Soares et al., 2018; Bezerra & Souza, 2020; Ribeiro, 2020), a formação docente proporcionada por esses programas (Comunelo et al., 2012; Tempesta et al., 2022), as percepções dos discentes dos cursos (Espejo et al., 2022) e as avaliações institucionais relacionadas à qualidade dos cursos oferecidos (Silva et al., 2012; Rolim & Ramos, 2020; Oliveira et al., 2023). Essas pesquisas mostram o quanto os PPGs buscam atuar para se alinhar ao que se espera deles.

A Teoria da Legitimidade estuda processos de julgamento, aceitação e adequação de um sujeito ou instituição para algum observador (Honorio et al., 2022). Ela explora as razões pelas quais as pessoas consideram uma instituição, organização ou profissional como legítimo, sendo uma espécie de validação da sua atuação (Manoel et al., 2023). Isso pode ocorrer com os PPGs em contabilidade, que vêm buscando ampliar sua participação e atuação nacional e integrar de forma útil o ensino e a pesquisa com a sociedade (Verschoore, 2021).

Entretanto, a literatura carece de trabalhos que busquem analisar os PPGs em contabilidade (Reina et al., 2012). Alguns PPGs costumam divulgar em suas páginas na internet o seu impacto na sociedade. Para isso, costumam mapear suas ações, procedimentos e resultados e mostrar como os programas se promovem perante a sociedade. Ao fazer isso, uma instituição acaba conseguindo justificativa e validade para seus atos e decisões, conforme a Teoria da Legitimidade (Lima & Ferreira, 2018). No entanto, a literatura não mostra uma sistematização dessas ações aplicável ao contexto dos PPGs, explorando como eles reportam seu impacto social.

A partir desse contexto, o presente trabalho se propõe a responder o seguinte problema de pesquisa: como os PPGs em contabilidade têm reportado suas ações de impacto na sociedade à luz da Teoria da Legitimidade? O objetivo é classificar as ações de impacto divulgadas pelos PPGs em contabilidade à sociedade considerando as estratégias de legitimidade. A pesquisa considerou PPGs na área contábil que possuem divulgações relacionadas ao impacto na sociedade em seus sites na internet.

A justificativa para esse trabalho reside na necessidade de entender como os PPGs em contabilidade comunicam e demonstram seu impacto na sociedade, utilizando a Teoria da Legitimidade como base. Essa análise permite demonstrar como os programas da área estão se posicionando em um contexto social. A partir disso, pode-se identificar os tipos de legitimidade que os PPGs em contabilidade se enquadram, seja ela pragmática, moral ou cognitiva, conforme definido pela literatura.

Os resultados deste estudo também podem demonstrar como os PPGs em contabilidade podem melhorar a sua comunicação com diversos públicos, alinhando-se com as expectativas e necessidades da sociedade. Com isso, pode-se propor um quadro de referência ao mostrar como os PPGs podem se posicionar para divulgar suas ações com maior eficácia e conseguir maior legitimidade.

Referencial teórico

Teoria da legitimidade

A Teoria da Legitimidade surgiu no campo das ciências sociais, especialmente dentro das ciências políticas, para explicar como as organizações obtêm e mantêm o apoio e a aceitação das sociedades em que operam (Suchman, 1995). Essa teoria se fundamenta na ideia de que as organizações precisam ser percebidas como legítimas por seus stakeholders para garantir sua sobrevivência e sucesso a longo prazo (Suchman, 1995).

As organizações passam a ter a legitimidade da sociedade quando conseguem praticar valores e crenças que condizem com o que é considerado apropriado pela coletividade (Czesnat & Machado, 2012). Diante disso, as organizações buscam sempre realizar ações que visam deixar em evidência a sua agregação de valor para a sociedade, buscando incessantemente corresponder às atitudes que são esperadas pelos seus grupos de interesse (Freitas & Freire, 2017). A legitimidade pode ser entendida de duas maneiras: uma é baseada em fatos concretos, como evidências empíricas divulgadas, e a outra está relacionada a valores sociais que são importantes para a convivência em sociedade (Lima & Ferreira, 2018). Tendo em vista esse contexto e a necessidade de legitimação das entidades, a Teoria da Legitimidade constitui um instrumento que vem auxiliando as instituições, uma vez que permite o processo de validação das suas ações, sendo elas voluntárias ou não (Martins et al., 2021).

A Teoria da Legitimidade parte do pressuposto de que as ações de uma instituição são requeridas ou adequadas para uma determinada estrutura social pautada em normas, valores, crenças e definições construídos historicamente na sociedade (Suchman, 1995). Com base nisso, uma instituição é vista como legítima quando as suas ações estão alinhadas com as expectativas e percepções comuns dentro da sociedade em que opera. Nessa perspectiva, existem algumas estratégias de legitimidade, sendo elas: legitimidade pragmática, moral e cognitiva. Um de seus autores de referência é Suchman (1995), que sistematizou a teoria, detalhando tipos de legitimidade e estratégias de gerenciamento. De acordo com o autor, cada um deles apresenta diferentes características, indicando mecanismos para ganhar, manter ou reparar a legitimidade.

A legitimidade pragmática leva em consideração o interesse sobre a percepção do público mais imediato da organização (Suchman, 1995). Assim, uma organização busca ser vista como legítima aos olhos das pessoas que têm um interesse direto ou imediato em suas atividades, como clientes, funcionários, fornecedores e comunidades locais. A legitimidade pragmática reconhece a importância de manter uma boa reputação e uma imagem positiva para garantir o apoio e a confiança dessas partes interessadas próximas.

A legitimidade moral diz respeito à avaliação da organização e de suas atividades, uma vez que proporciona julgamentos acerca da assertividade das ações realizadas pelas entidades, ao observar se a atividade realizada foi capaz de promover o bem-estar da sociedade (Suchman, 1995). Ela avalia se as ações da organização estão de acordo com os princípios morais e se contribuem para o bem-estar da sociedade como um todo.

A legitimidade cognitiva, por sua vez, se relaciona à aceitação, indicando que uma ação da organização pode apresentar concordância ou apenas uma aceitação, diante da necessidade de implementação da referida ação (Suchman, 1995).

Nesse contexto, Machado e Ott (2015) afirmam existir a necessidade de equilíbrio entre essas três categorias de legitimidade, afirmando que as organizações apresentam como finalidade cativar a sociedade em suas ações, proporcionando transparência e boa reputação, ao realizar divulgações da sua contribuição social de maneira voluntária. Para que as organizações possam apresentar continuidade, elas precisam proporcionar benefícios para a sociedade, uma vez que caso as entidades não apresentem ações suficientes, em níveis aceitáveis ou legítimos, a sua legitimidade pode ser desvalidada, podendo a organização ser descontinuada (Deegan, 2002).

A Teoria da Legitimidade evoluiu desde suas primeiras formulações. No campo da contabilidade, por exemplo, a teoria tem sido aplicada para analisar como os relatórios de administração (Beuren et al., 2013) e relatórios de sustentabilidade (Czesnat & Machado, 2012; Machado & Ott, 2015; Inagaki et al., 2021; Santos et al., 2024) ajudam as empresas a manter legitimidade diante de seus stakeholders. Nesse contexto, Santos et al. (2024) recomendam que sejam criados roteiros ou guias de análises de estratégias para a sustentabilidade para as organizações, de modo que estejam ancorados em estratégias de legitimidade.

Percebe-se que estudos recentes também vêm buscando explorar os aspectos de legitimidade em alguns outros contextos específicos. Na área pública, vem se questionando a legitimidade da informação contábil (Ribeiro et al., 2020, 2021). Estudos sobre a legitimação da imagem do profissional de contabilidade perante a sociedade também estão em debate (Honorio et al., 2022). Zhang et al. (2024) exploram como ocorre a legitimidade de empresas multinacionais, destacando que nesse contexto, aspectos geopolíticos e a atuação da mídia podem interferir negativamente na legitimidade dessas organizações.

Em termos de estudos focados em instituições de ensino superior, cabe citar Pontelli e Pigatto (2024), que descreveram evidências de gerenciamento da impressão de legitimidade a partir de dados dos relatórios de gestão das universidades federais brasileiras. Os resultados indicaram que é necessário maior alinhamento entre as narrativas de legitimidades das universidades e a prática, pois ocorrem algumas discrepâncias entre o discurso das universidades (como compromissos com transparência e eficiência) e as ações concretas documentadas (Pontelli & Pigatto, 2024). Diante disso, o presente estudo pretende demonstrar a aplicabilidade da legitimidade, abordando o contexto dos programas de pós-graduação.

Deephouse e Suchman (2008) discutem que os estudos sobre a Teoria da Legitimidade aplicados à área contábil podem abranger dois focos. Um deles se concentra nas organizações, mostrando diversas estratégias para obter, manter e restaurar legitimidade, por meio de ações desejáveis, adequadas ou apropriadas dentro do sistema social (Deephouse & Suchman, 2008). Outro deles se refere à aceitação das informações contábeis, divulgadas pelas organizações como relevantes e confiáveis e conforme as normas para obter a confiança dos stakeholders (Deephouse & Suchman, 2008). O presente estudo se guiará pelo primeiro, com foco nas organizações, representadas nesse caso pelos programas de pós-graduação em contabilidade, argumentando que essas precisam adotar estratégias para obter e manter sua legitimidade. Assim, busca-se entender como esses PPGs têm reportado seu impacto na sociedade, realizando uma análise baseada nessas estratégias.

Impacto dos programas de pós-graduação na sociedade

O modelo brasileiro de produção da ciência e tecnologia tem como principal vetor os programas de pós-graduação stricto sensu (Dantas, 2004), que conta com o respaldo de um sistema de avaliação. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) estabelece padrões de qualidade e promove a evolução de todo o Sistema de Pós-Graduação (CAPES, 2021).

O sistema de avaliação desenvolvido pela CAPES é decisivo para determinar a entrada e permanência dos cursos de mestrado e doutorado no Brasil. A avaliação quadrienal é parte do processo, sendo composta pelas seguintes dimensões: (1) proposta do programa; (2) corpo docente; (3) corpo discente; (4) produção intelectual; e (5) inserção social (Maccari & Nishimura, 2014).

Além da produção intelectual, os PPGs precisam gerar impacto social a partir do conhecimento gerado nos cursos de pós-graduação (Dantas, 2004). Impacto é definido como efeito causado ​​por uma organização ou uma intervenção (política, programa, projeto, produto, tecnologia ou medida) fora da organização na sociedade ou no ambiente natural (Maas & Liket, 2011). Impacto pode ser direto ou indireto, intencional e não intencional, positivo ou negativo, de curto ou longo prazo, temporário ou não, bem como pode ser local ou se expandir para outras regiões geográficas (Lebeau & Cochrane, 2015). No contexto de instituições de ensino, os impactos podem ser entendidos como os efeitos que elas geram dentro ou fora dos seus limites organizacionais ou acadêmicos por meio de suas atividades (Findler et al., 2019). O impacto social dos PPGs é um conceito que exprime a utilidade e os benefícios que os resultados gerados por eles causam na sociedade (Tanaka, 2021).

O diálogo entre os PPGs e a sociedade pode propiciar uma melhor compreensão do contexto dos usuários e maior integração formal de cientistas com organizações governamentais ou não-governamentais com fins sociais (Dantas, 2004). Porém, os debates sobre a divulgação das pesquisas acadêmicas se intensificaram devido à falta de conhecimento da sociedade sobre os desenvolvimentos nas universidades, visto que são os principais financiadores dessas pesquisas (Pereira & Vendramin, 2021). Destaca-se, assim, a importância de tornar públicos os resultados das pesquisas realizadas no meio acadêmico, não apenas como uma forma de contribuir para a disseminação do conhecimento científico, mas também como um critério para a alocação de financiamento em programas de pós-graduação (Moutinho et al., 2019).

Na contabilidade, os estudos a respeito da pós-graduação na área mostram as características dos programas (Reina et al., 2012), a questão da produtividade, por meio de publicações científicas (Soares et al., 2018; Ribeiro, 2020), a formação docente proporcionada por esses programas (Comunelo et al., 2012; Tempesta et al., 2022), as percepções dos discentes dos cursos (Espejo et al., 2022) e as avaliações institucionais relacionadas à qualidade dos cursos oferecidos (Silva et al., 2012; Oliveira et al., 2023). A presente pesquisa foca no que esses PPGs divulgam a respeito de suas produções, mostrando aquilo que acreditam ser impacto social.

Procedimentos metodológicos

O presente estudo adotou uma abordagem qualitativa com estratégia de pesquisa documental, buscando investigar a divulgação dos impactos dos PPGs em contabilidade à sociedade. O contexto da pesquisa se concentrou nos PPGs em contabilidade em universidades brasileiras que divulgam informações sobre seus impactos sociais em seus sites institucionais.

A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2024. Foi efetuada uma pesquisa na plataforma Sucupira, que lista todos os PPGs no Brasil. Por meio da busca na plataforma, identificou-se 27 cursos de pós-graduação stricto sensu em contabilidade em funcionamento. Após a identificação dos programas, foi efetuada uma pesquisa individual em cada um dos seus respectivos sites com a intenção de buscar o que eles reportam de impacto para a sociedade. Como resultado dessa pesquisa, foi identificado que sete programas explicitam a sua interação com a sociedade, conforme a Tabela 2.

Após isso, o conteúdo coletado nesses sites foi transferido para um arquivo em Excel. Este conteúdo foi organizado por parágrafos e separado por universidade, visando facilitar a categorização. Para a análise dos dados, aplicou-se a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2011). Essa análise envolveu inicialmente a codificação das ações, a fim de identificar semelhanças entre divulgações de diferentes instituições de ensino. Após isso, o conteúdo foi categorizado com base nas estratégias de legitimidade, visando identificar as dimensões pragmática, moral e cognitiva. Para aumentar a confiabilidade da análise, os dados coletados foram categorizados por dois pesquisadores em momentos distintos e independentes, sendo que as divergências foram discutidas e sanadas em conjunto com um terceiro pesquisador.

Apresentação e análise dos resultados

Com o objetivo de classificar as ações de impacto dos PPGs em contabilidade à sociedade, considerando as estratégias de legitimidade, o presente estudo analisou informações divulgadas por esses programas à luz da Teoria da Legitimidade. Por meio do acesso aos sites das instituições de ensino, foram encontradas ações de divulgação relacionadas com o impacto que os PPGs trazem para a sociedade. Observou-se que cada instituição adota uma nomenclatura diferente, conforme a Tabela 2. Os dados coletados foram encontrados em dois formatos: em documento institucional e informações constantes no próprio site dos programas. Foi constatado que não ocorre uma padronização da publicação dos impactos. Entretanto, existem algumas semelhanças quando se refere ao conteúdo divulgado pelos programas. Para classificar as ações, foram utilizadas as três estratégias de legitimidade encontradas na literatura: pragmática, moral e cognitiva.

Legitimidade Pragmática nos PPGs em Contabilidade

A Tabela 3 apresenta as ações identificadas nos programas que se referem à legitimidade pragmática.

A legitimidade pragmática se concentra em ações percebidas pela sociedade. Nesse sentido, tanto a atuação dos egressos na sociedade quanto a busca por parcerias e convênios são medidas tangíveis do impacto do programa de pós-graduação. Essas ações demonstram que o programa está produzindo resultados concretos e colaborando de maneira eficaz com outras instituições e organizações para alcançar seus objetivos. Nesse sentido, as ações identificadas se alinham ao que afirmam Freitas e Freire (2017), que discutem que as organizações realizam ações para evidenciar sua agregação de valor à sociedade. Essas ações impactam grupos de interesse (Freitas & Freire, 2017), que na presente análise são representados pela sociedade em geral, a partir da atuação dos egressos e das instituições de ensino. A Tabela 4 mostra alguns exemplos de ações divulgadas.

Em relação à atuação dos egressos na sociedade, os dados coletados se referem principalmente à formação de mestres e doutores proporcionada pelo PPG, bem como à atuação desses em instituições públicas e privadas, tanto acadêmicas quanto profissionais. As instituições de ensino divulgam alguns casos de destaque de atuação de egressos como docentes e pesquisadores, aprovações em concursos públicos e a ocupação de cargos em organizações particulares. Além disso, há alguns relatos dos próprios egressos sobre a sua atuação na sociedade após a formação pela pós-graduação.

A respeito da realização de parcerias e convênios, é relatada a existência de projetos de pesquisa com instituições tecnológicas, a fim de ampliar a interface entre contabilidade e tecnologia. Há também parcerias entre PPGs para a promoção de ações e eventos, a fim de unir forças e captar a expertise de cada instituição. Nesse sentido, encontra-se também instituições de ensino com nota alta de avaliação da CAPES ajudando no crescimento e consolidação do PPGs com notas mais baixas. Os convênios abrangem vínculos com Conselhos Regionais de Contabilidade e outros órgãos públicos, a fim de promover eventos.

A legitimidade pragmática está centrada na atuação prática de uma organização ou instituição. Em empresas, é comum que ações para conseguir essa legitimidade incluam o anúncio do produto e da organização (Inagaki et al., 2021). A partir dos resultados obtidos, a atuação dos egressos na sociedade por meio de contribuições em suas áreas de atuação demonstra a eficácia do programa em preparar profissionais bem-sucedidos e impactar positivamente o mundo além da academia. Da mesma forma, a realização de parcerias e convênios pode ser vista como uma estratégia pragmática para alcançar pessoas além da universidade, expandir as oportunidades de pesquisa e promover eventos. Essas ações reforçam o caráter de inserção social que os PPGs devem ter para fins de avaliação (Maccari & Nishimura, 2014).

Legitimidade Moral nos PPGs em Contabilidade

A Tabela 5 apresenta as ações identificadas nos programas que se referem à legitimidade moral

A legitimidade moral se refere ao reconhecimento e à aceitação da instituição pela sociedade com base em seus princípios éticos, valores e normas morais. A legitimidade moral está relacionada à percepção de que a instituição está agindo de acordo com padrões e contribuindo para o bem-estar social. Assim, as ações identificadas como de legitimidade moral se referem aos padrões de atividades internas que ocorrem dentro dos PPGs, mas que possuem impactos externos para a sociedade. A Tabela 6 mostra alguns exemplos de ações divulgadas.

Essas ações mostram como as instituições de ensino agem, conforme a legitimidade moral. Inagaki et al. (2021) mostram que as organizações incluem ações que visam se adaptar aos ideais e mostrar uma boa conduta como forma de legitimidade moral. A atuação de docentes e discentes em ações institucionais mostra o compromisso dos membros do programa com os valores e objetivos institucionais. A participação de docentes em atividades sociais demonstra o compromisso desses com o bem-estar da comunidade e o desenvolvimento social e institucional. Esses agentes, docentes e discentes, são cruciais na execução de ações de legitimidade, corroborando com o que afirma Bezerra e Souza (2020).

Os eventos e atividades também surtem efeitos na legitimidade. A promoção de eventos e atividades institucionais demonstra o engajamento do programa em oferecer oportunidades de networking, aprendizado e colaboração. A organização de atividades de extensão mostra o compromisso do programa com o envolvimento comunitário e a aplicação prática do conhecimento acadêmico para resolver problemas reais.

Em relação às produções científicas, as dissertações e teses elaboradas mostram a contribuição original do programa para o avanço do conhecimento em sua área de atuação. A gestão de periódicos científicos, por sua vez, contribui para a reputação e o prestígio do programa no campo científico. A publicação de artigos, assim como a gestão de periódicos, mostra a contribuição do programa para o avanço do conhecimento e para o reconhecimento dentro da comunidade científica.

Por fim, a divulgação em redes sociais mostra que o programa está envolvido em promover suas atividades e resultados, alcançando um público mais amplo e potencialmente atraindo mais interesse e reconhecimento. As ações de internacionalização, por sua vez, demonstram a busca por reconhecimento e relevância em nível global, o que pode influenciar na percepção de que o programa é uma escolha reconhecida internacionalmente.

Essas ações corroboram as ideias de Suchman (1995), de que existe um conjunto de ações que são percebidas como adequadas para um contexto e são construídas historicamente. Desse modo, a Tabela 6 apresentou exemplos de ações institucionais comuns realizadas pelos PPGs a fim de beneficiar a sociedade.

Legitimidade Cognitiva nos PPGs em Contabilidade

A Tabela 7 apresenta as ações identificadas nos programas que se referem à legitimidade cognitiva.

A oferta de cursos de pós-graduação é premissa dos PPGs. O apoio de órgãos de fomento demonstra que a instituição é capaz de garantir recursos financeiros externos para apoiar suas atividades. O reconhecimento pela mídia e a conquista de prêmios podem influenciar a percepção pública sobre a excelência e a competência da instituição, o que contribui para a legitimidade cognitiva, ao reforçar a ideia de que a instituição é uma líder em sua área de atuação. Inagaki et al. (2021) mostram que a legitimidade cognitiva é mais fácil de manter do que de conquistar. A Tabela 8 mostra alguns exemplos de ações divulgadas.

A legitimidade cognitiva se refere à percepção de uma instituição como a autoridade ou especialista em seu campo de atuação. A aceitação generalizada de que a instituição possui o conhecimento, experiência e competência necessários para desempenhar suas funções e cumprir suas responsabilidades de maneira eficaz e confiável constituem essa legitimidade. Beuren et al. (2013) citam que empresas buscam conseguir essa legitimidade obtendo certificações dos produtos, por exemplo. Nesse sentido, os resultados podem demonstrar que a forma de reconhecimento dos programas (mídia, prêmios e apoio de órgãos de fomento) são meios de certificação dos programas. O reconhecimento e financiamento das instituições reforçam que elas são fonte confiável e respeitada de conhecimento, expertise e liderança em seu campo de atuação. Essa legitimidade é construída ao longo do tempo por meio de realizações acadêmicas, reputação e reconhecimento por parte da comunidade acadêmica e da sociedade em geral.

Discussão dos Resultados

Conforme evidenciado por Verschoore (2021), os PPGs têm o intuito de proporcionar o avanço acadêmico e profissional. Esses programas são relevantes no desenvolvimento da sociedade (Johnson & Orr, 2020). Entretanto, seus resultados precisam ser evidenciados e divulgados. Pereira e Vendramin (2021) discutem que existe uma escassez de entendimento da sociedade sobre o que acontece nas universidades, sendo que a própria sociedade é o principal financiador das pesquisas. Na presente pesquisa, esse fenômeno foi observado, pois de 27 programas de pós-graduação stricto sensu em contabilidade, apenas sete possuem uma divulgação explícita sobre suas ações de impacto social.

Ademais, existem semelhanças e diferenças no que diz respeito à divulgação do impacto dos PPGs em contabilidade. Um destaque é encontrado na UFRJ, que relata de forma detalhada, por meio de relatórios, suas ações perante a sociedade. Do mesmo modo, é relevante constar que a UFU também possui de forma detalhada suas informações, porém de modo diferente da UFRJ, pois a universidade reporta as informações no próprio site e não em um relatório. Cabe também uma visibilidade para a UFSC, no que diz respeito à exposição das suas ações em seu site, pois esta exposição é encontrada de maneira detalhada e organizada. Nesse contexto, a presente pesquisa contribui de forma prática, evidenciando categorias de informações que são relevantes de serem divulgadas, considerando o que se espera que os PPGs realizem, conforme a Teoria da Legitimidade. Assim, os PPGs podem ser levados a refletir sobre as ações que poderiam divulgar e o modo pelo qual realizam essa divulgação. Como implicações, tem-se que esses PPGs podem realizar um mapeamento de suas ações e divulgá-las com maior amplitude.

O presente estudo supre uma lacuna em relação à análise de PPGs em contabilidade, pois segundo Reina et al. (2012) existe uma carência de literatura nessa área. Assim, considera-se pertinente investigar esse contexto sob a ótica da Teoria da Legitimidade. O estudo se diferencia ao utilizar essa lente teórica como base, pois segundo Lima e Ferreira (2018), é por meio da legitimidade que uma instituição consegue uma justificativa e validade para a execução de seus atos e decisões pela aprovação de suas ações perante a sociedade. Nesse sentido, foi possível detalhar quais ações são consideradas legítimas para esses programas.

Entretanto, diferente do que propôs Zhang et al. (2024) no contexto de empresas multinacionais, em programas de pós-graduação não foi constatada nenhuma influência negativa nas estratégias de legitimidade, de modo que a mídia mostrou apenas reconhecimento de ações positivas dos programas, o que foi categorizado como legitimidade cognitiva. Nessa perspectiva, é possível que os resultados, por serem divulgados pelos próprios programas, estejam livres de vieses negativos. Pontelli e Pigatto (2024) identificaram que as universidades podem incorrer em desalinhamento entre o que ela documenta e o que de fato pratica, o que constitui algo a ser constantemente monitorado pela sociedade. De toda forma, percebe-se que os programas de pós-graduação procuram citar nomes e datas relacionadas às ações, a fim de que sejam fatos verificáveis.

Com relação às três estratégias identificadas, tem-se que a legitimidade pragmática tem o foco da compreensão imediata da sociedade com as ações dos programas. Os dados mostram a atuação dos egressos dos cursos, incluindo a quantidade de pessoas que se formaram até a atuação deles no mercado de trabalho. Isso evidencia a maneira pela qual o curso interferiu na vida deles e como eles devolvem isso à sociedade. Tratando-se da legitimidade moral, relatou-se ações que causam uma melhor impressão na sociedade a partir de atividades internas promovidas pelos programas. Na legitimidade cognitiva, o estudo destacou ações de reconhecimento dos programas, a partir de suas ações e resultados. A Figura 1 faz uma síntese das ideias do artigo, a partir dos resultados.

As instituições de ensino produzem impacto à sociedade por meio de suas atividades. Os PPGs em contabilidade colaboram nisso. Os resultados permitem compreender quais ações os programas divulgam como forma de conseguir legitimidade, categorizadas como pragmáticas, morais e cognitivas. Os resultados da pesquisa corroboram com o que Martins et al. (2021) discutem, ao mostrar a Teoria da Legitimidade como um instrumento que fornece apoio para as entidades e permite a legitimação de suas ações. Do mesmo modo, os resultados se alinham com o que relatam Czesnat e Machado (2012), ao afirmarem que as entidades passam a possuir legitimidade da sociedade quando praticam valores e crenças que condizem com o que é determinado como adequado pela coletividade. Nesse sentido, os resultados permitem compreender como os PPGs em contabilidade divulgam seu impacto na sociedade, demonstrando como os programas da área estão se posicionando em um contexto social.

Considerando o conceito de impacto a partir de Findler et al. (2019), percebe-se que os PPGs em contabilidade buscam divulgar ações que geram efeitos dentro e fora das instituições de ensino, sendo que a presente pesquisa realizou um mapeamento e sistematização dessas ações. Assim, cabe a reflexão de que o ato de divulgação dentro do PPG possa ir além de atender finalidades burocráticas impostas pelo sistema de avaliação da CAPES (Maccari & Nishimura, 2014). Propõe-se que as ações sejam encaradas como estratégias de legitimidade dos PPGs, mostrando como sua existência, sistema de funcionamento e ações realizadas contribuem para que eles sejam percebidos como úteis e de impacto social, revolucionando dentro e fora dos muros institucionais. Divulgar ações dos PPGs à sociedade é uma forma de conseguir legitimidade.

A codificação e categorização realizadas nesse estudo revelaram ações que são divulgadas como de impacto social de alguns PPGs em contabilidade. Assim, os resultados podem contribuir de forma prática aos demais PPGs da área, bem como de outras áreas, que podem passar a realizar esse recorte a partir das categorias e códigos discutidos nessa pesquisa. Assim, os PPGs podem melhorar sua comunicação com a sociedade e se posicionar de forma mais eficaz diante de seus diversos públicos. Essa sugestão se alinha ao que propõem Santos et al. (2024), ao recomendarem que sejam criados roteiros ou guias de análises de estratégias de sustentabilidade para legitimidade das organizações. No presente estudo, as estratégias identificadas podem ser consideradas como meios de obter e manter legitimidade nesses programas.

Considerações finais

O presente estudo teve o objetivo de classificar ações de impacto dos PPGs em contabilidade à sociedade, considerando os tipos de legitimidade definidos pela literatura. Assim, por meio da seleção de alguns PPGs, foi analisado o conteúdo referente às ações de impacto na sociedade que as instituições divulgam em seus sites na internet.

Os resultados mostram que é possível identificar os três tipos de legitimidades nas ações dos PPGs: pragmática, moral e cognitiva. Como legitimidade pragmática, há ações de atuação de egressos na sociedade e a realização de parcerias e convênios. Na legitimidade moral, divulga-se a atuação de docentes e discentes em ações institucionais, participação de docentes em atividades sociais, promoção de eventos e atividades, organização de atividades de extensão, produção de dissertações e teses, gestão de periódicos, publicação de artigos científicos, divulgação em redes sociais e ações de internacionalização. Na legitimidade cognitiva, encontra-se a oferta de curso de pós-graduação à sociedade, recebimento de apoio de órgãos de fomento, reconhecimento pela mídia e reconhecimento por meio de prêmios.

A partir desses resultados, é possível observar que as ações nesse contexto abrangem as três estratégias: aquelas que são aceitas e apoiadas pela população (legitimidade pragmática), aquelas que mostram conformidade com a proposta interna dos programas (legitimidade moral) e aquelas que mostram a autoridade da instituição (legitimidade cognitiva). Conclui-se que as ações relatadas pelos programas fortalecem o vínculo entre a academia, seus componentes (estudantes e docentes) e a sociedade, destacando a importância e os resultados das atividades desenvolvidas pelos PPGs, como forma de obter e manter legitimidade.

Este estudo oferece uma contribuição teórica ao destacar a aplicabilidade da Teoria da Legitimidade para os PPGs em contabilidade. Percebe-se que a legitimidade costuma ser verificada nas organizações, principalmente relacionada a questões de sustentabilidade. Entretanto, os resultados do estudo também mostram um outro contexto em que se pode perceber estratégias de legitimidade: os programas de pós-graduação. Enquanto parte de instituições de ensino superior, é possível perceber que esses programas realizam diversas ações para aquisição e manutenção de seu status perante a sociedade.

Em termos de implicações práticas, ao reconhecer a importância da legitimidade para a reputação e o sucesso dos PPGs, este trabalho mostra como essas instituições de ensino que oferecem cursos de pós-graduação podem aprimorar sua comunicação e se posicionar de forma mais eficaz diante de seus diversos públicos. Ao alinhar suas ações e mensagens com as expectativas e necessidades da sociedade, os PPGs em contabilidade têm a oportunidade de fortalecer sua legitimidade e impacto, promovendo assim um maior reconhecimento e engajamento com suas atividades educacionais e de pesquisa. Dessa forma, sugere-se que as ações de legitimidade identificadas nesse estudo sejam incentivadas e implantadas pelos programas, assim como devem ser comunicadas de forma ampla e eficaz para todos os seus públicos.

A principal limitação do trabalho é a falta de padronização nas informações coletadas, pois cada universidade divulga de maneiras distintas. Além disso, identificou-se instituições que não divulgam ações de impacto na sociedade de forma explícita, além de universidades que divulgam essas informações em conjunto com outras informações sobre o programa. Isso limitou a seleção de universidades para a análise. Além disso, há que se considerar o viés dos pesquisadores na categorização, o que se buscou diminuir com a adoção de uma lente teórica para análise, bem como a consideração de mais de um pesquisador para verificar a classificação dos dados.

A partir dessas limitações, sugere-se que futuras pesquisas ampliem os achados, investigando esses dados por outras fontes, como levantamentos e entrevistas com coordenadores de curso e pessoas responsáveis por produzir informações para divulgação do programa. Redes sociais também podem ser um contexto para a investigação desse fenômeno. Propõe-se também que PPGs em outras áreas do conhecimento sejam analisados também à luz da Teoria da Legitimidade para fins de comparação com os programas de contabilidade.

Referências

Beuren, I. M., Gubiani, C. A., & Soares, M. (2013). Estratégias de legitimidade de Suchman evidenciadas nos relatórios da administração de empresas públicas do setor elétrico. Revista de Administração Pública, 47(4). https://doi.org/10.1590/S0034-76122013000400003

Bezerra, C. A., & Souza, M. R. (2020). Padrões de publicações no Programa de Pós-Graduação de Gestão da Informação da Universidade Federal do Paraná. Ciência da Informação, 49(1). https://revista.ibict.br/ciinf/article/view/4758

Comunelo, A. L., Espejo, M. M. dos S. B., Voese, S. B., & Lima, E. M. (2012). Programas de pós-graduação stricto sensu em contabilidade: Sua contribuição na formação de professores e pesquisadores. Enfoque: Reflexão Contábil, 31(1), 7-26. https://doi.org/10.4025/enfoque.v31i1.13375

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). (2021, 01 de fevereiro). Sobre a quadrienal. https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/avaliacao/avaliacao-quadrienal/sobre-a-quadrienal

Czesnat, A. O., & Machado, D. D. P. N. (2012). Legitimação na evidenciação de informações socioambientais entre as empresas de telecomunicações listadas na Bovespa. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 9(3), 291-305. https://doi.org/10.4013/base.2012.93.07

Dantas, F. (2004). Responsabilidade social e pós-graduação no Brasil: Ideias para (avali)ação. Revista Brasileira de Pós-Graduação, 1(2). https://rbpg.capes.gov.br/index.php/rbpg/article/view/46

Deegan, C. (2002). Introduction: The legitimising effect of social and environmental disclosures – A theoretical foundation. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 15(3), 282-311. https://doi.org/10.1108/09513570210435852

Deephouse, D. L., & Suchman, M. (2008). Legitimacy in organizational institutionalism. In The Sage Handbook of Organizational Institutionalism. Sage Publications. https://doi.org/10.4135/9781849200387

Espejo, M. M. dos S. B., Silva, S. D. da, Yahiro, A. A., Lima, J. P. R. de, & Vendramin, E. de O. (2022). A vivência na pós-graduação à luz de Vigotski: O que dizem e sentem os alunos de ciências contábeis? Enfoque: Reflexão Contábil, 41(2), 23-41. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/52440

Findler, F., Schönherr, N., Lozano, R., Reider, D., & Martinuzzi, A. (2019). The impacts of higher education institutions on sustainable development: A review and conceptualization. International Journal of Sustainability in Higher Education, 20(1), 23-38. https://doi.org/10.1108/IJSHE-07-2017-0114

Freitas, B. F. G. D., & Freire, F. D. S. (2017). Relato integrado: Um estudo da aderência da estrutura conceitual proposta pelo IIRC no Relatório Socioambiental do Conselho Federal de Contabilidade. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 12(1). https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v12i1.13399

Honorio, F. M. M., Silva, E. J. R. da, Walter, S. A., & Silva, S. C. da. (2022). A imagem do profissional contábil transmitida no filme “O Contador”. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 21, 1-22. https://doi.org/10.16930/2237-7662202232251

Inagaki, C. H., Besen, F. G., Bortolanza, J., & Almeida, R. S. (2021). Análise dos relatórios socioambientais da usina hidrelétrica de belo monte à luz da teoria da legitimidade. Revista Mineira de Contabilidade, 22(3), 86–99. https://doi.org/10.51320/rmc.v22i3.1270

Johnson, S., & Orr, K. (2020). What is business school research for? Academic and stakeholder perspectives, politics and relationality. Studies in Higher Education, 45(3), 557-578. https://doi.org/10.1080/03075079.2018.1564901\

Lebeau, Y., & Cochrane, A. (2015). Rethinking the ‘third mission’: UK universities and regional engagement in challenging times. European Journal of Higher Education, 5(3), 250-263. https://doi.org/10.1080/21568235.2015.1044545

Lima, M. M. C., & Ferreira, F. R. (2018). Discutindo o conceito de legitimidade no contexto atual. Revista Quaestio Iuris, 11(1), 498–528. https://doi.org/10.12957/rqi.2018.28271

Maas, K., & Liket, K. (2011). Social impact measurement: Classification of methods. In Burritt, R. L., Schaltegger, S., Bennett, M., Pohjola, T., & Csutora, M. (Eds.). Environmental Management Accounting and Supply Chain Management, Springer.

Maccari, E. A., & Nishimura, A. T. (2014). Povoamento dos estratos conceitos 6 e 7 no sistema de avaliação da CAPES pela área de administração, ciências contábeis e turismo nas avaliações trienais 2010 e 2013. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 20, 601–624. https://doi.org/10.1590/1413-2311.0442014.50134

Machado, D. P., & Ott, E. (2015). Estratégias de legitimação social empregadas na evidenciação ambiental: Um estudo à luz da teoria da legitimidade. Revista Universo Contábil, 11(1), 136-156. https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/universocontabil/article/view/4779/0

Manoel, G. T., Priebe, A. C., Strassburg, U., & Serafim, M. C. (2023). Estratégias de legitimidade de Suchman evidenciadas no Cadastro da Justiça do Paraná – CAJU, referente a atividade de perito contábil. Revista de Gestão e Secretariado, 14(1), 1049–1067. https://doi.org/10.7769/gesec.v14i1.1570

Martins, A. R. S., Frare, A. B., & Quintana, A. C. (2021). O perfil dos contadores públicos e das instituições da Rede Federal de Ensino diante das NBC TSP à luz das estratégias de legitimidade de Schuman. Navus - Revista de Gestão e Tecnologia, 11, 1-14. https://navus.sc.senac.br/navus/article/view/1578/pdf

Moutinho, L., Cesarino, P. de N., & Novaes, S. C. (2019). Momento é de crise. Revista de Antropologia, 6(3), 500-509. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2019.165334

Oliveira, T., Stecanela, N., & Boufleuer, J. P. (2023). A dimensão formativa do processo de avaliação da pós-graduação: considerações sobre o novo modelo de avaliação da CAPES. Educação & Sociedade, 44. https://doi.org/10.1590/ES.273292

Pereira, A. dos S., & Vendramin, E. de O. (2021). Análise da divulgação das teses em Contabilidade no Brasil. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 20, 1-25. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8257956

Pontelli, G. E., & Pigatto, J. A. M. (2024). Gerenciamento da Impressão de Legitimidade em Universidades Federais. Administração Pública e Gestão Social, 16(1). https://doi.org/10.21118/apgs.v16i1.15704

Reina, D., Reina, D. R. M., Silva, H. A. S., & Ensslin, S. R. (2012). Características dos programas de pós-graduação em contabilidade: Uma análise das universidades dos países de língua inglesa. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), 6(3), 262-281. https://doi.org/10.17524/repec.v6i3.278

Ribeiro, H. C. M. (2020). Analisando a colaboração e produção científica da área ensino e pesquisa em administração e contabilidade. Perspectivas em Ciência da Informação, 25(2), 194-222. https://doi.org/10.1590/1981-5344/3915

Ribeiro, R. B., Miranda, G. J., & de Azevedo, R. R. (2020). A baixa legitimação da qualificação econômico-financeira (QEF) percebida pelos stakeholders nas licitações públicas. Advances in Scientific and Applied Accounting, 1(1), 185–205. https://doi.org/10.14392/asaa.2020130310

Ribeiro, R. B., Miranda, G. J., & Azevedo, R. R. de. (2021). (Des) legitimação da informação contábil em processos licitatórios no Brasil. Revista Contemporânea de Contabilidade, 18(48), 72–88. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2021.e75806

Rolim, P. Y. F., & Ramos, A. S. M. (2020). Análise da gestão dos programas de pós-graduação baseada no resultado da avaliação CAPES por meio da matriz importância-desempenho. Avaliação, 25(3). https://doi.org/10.1590/S1414-40772020000300002

Santos, J. A., Azevedo, D. B. de, Oliveira, F. F. de, & Oliveira, V. S. de. (2024). O uso de estratégias de legitimidade: um estudo nos três maiores frigoríficos brasileiros. Revista Eletrônica de Administração, 30(1). https://seer.ufrgs.br/index.php/read/article/view/135231

Silva, H. A. S., Reina, D. R. M., Ensslin, S. R., & Reina, D. (2012). Programas de pós-graduação em contabilidade: Análise da produção científica e redes de colaboração. Revista de Contabilidade e Organizações, 6(14), 145-162. https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/45420

Soares, S. V., Silva, V. P., Casa Nova, S. P. de C., & Góis, A. D. (2018). Programas de pós-graduação em contabilidade: Semelhanças e diferenças da produção bibliográfica. RACE - Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 17(2), 695–732. https://doi.org/10.18593/race.v17i2.16494

Suchman, M. C. (1995). Managing legitimacy: Strategic and institutional approaches. The Academy of Management Review, 20(3), 571-610. https://doi.org/10.2307/258788

Tanaka, L. M. (2021, 12 de março). Impacto social de programas de pós-graduação no Brasil com interfaces na área de sustentabilidade urbana. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. http://www.iea.usp.br/pesquisa/projetos-institucionais/usp-cidades-globais/artigos-digitais/impacto-social-de-programas-de-pos-graduacao-no-brasil-com-interfaces-na-area-de-sustentabilidade-urbana-1

Tempesta, V. R., Rocha Neto, I. V., Leal, E. A., & Miranda, G. J. (2022). Quais saberes compõem a formação docente nos cursos de pós-graduação stricto sensu em contabilidade no Brasil? Enfoque: Reflexão Contábil, 41(3), 18-36. https://doi.org/10.4025/enfoque.v41i3.56335

Verschoore, J. R. (2021). Quando o rigor encontra a realidade: Reflexões aos programas de pós-graduação em contabilidade no Brasil. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 20, 1-5. https://doi.org/10.16930/2237-7662202131561

Zhang, A., Xu, Y., & Robson, M. J. (2024). The legitimacy defeat of Huawei in the media: Cause, context, and process. International Business Review, 32(6). https://doi.org/10.1016/j.ibusrev.2022.102080

IR