Carátula del artículo
EDITORIAL
Alice De Marchi Pereira de Souza**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Amana Mattos*
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Edna Lúcia Tinoco Ponciano**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Fábio Santos Bispo***
Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil
Filipe Degani-Carneiro**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Jimena de Garay Hernández**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Laura Cristina de Toledo Quadros**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Marcos Vinicius Brunhari**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Nazaré Albuquerque Hayasida****
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
Patrícia Lorena Quitério**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Rebeca Valadão Bussinger*****
Universidade Federal do Sul da Bahia, Brasil
Rodolfo Rodrigues de Souza**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Rosana Lazaro Rapizo**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Sabrina Dal Ongaro Savegnago**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Vitor Castro Gomes**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Estudos e Pesquisas em Psicologia, vol. 23, núm. 3, pp. 810-814, 2023
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Psicologia
Prezadas leitoras, prezados leitores,
A publicação deste número, com 18 artigos de diferentes perspectivas teóricas e abordagens metodológicas, distribuídos nas quatro seções da Estudos e Pesquisas em Psicologia, encerra um ciclo de nosso periódico. A partir de janeiro de 2024, a revista irá adotar o formato de publicação em fluxo contínuo, em que os artigos irão ao ar conforme forem sendo aprovados. A organização dos artigos continuará sendo feita por seções, que representam a diversidade de nossa área. Será mantida a publicação dos números especiais anuais, nossos dossiês temáticos, que irão ao ar também como seção. A mudança no formato tem como objetivo adequar a revista às demandas e atualizações do cenário editorial e da área. Seguem, abaixo, os trabalhos publicados nesta edição.
A seção de Psicologia Social inicia com o artigo Percepções sobre Momentos de Visitações para Adolescentes Privados de Liberdade: Relações Familiares e Afetividade, de Renata Petry Brondani e Dorian Mônica Arpini, que parte de uma perspectiva da psicologia sócio-histórica para contemplar reflexões sobre os significados que foram atribuídos aos encontros durante as visitas de seus familiares na unidade de internação. O artigo Um Relato de Experiência por um Letramento Racial: Sofrimento Psíquico, Racismo e Corpos Brancos na Universidade, de Gabrielle Reichelt e Carolina dos Reis, por sua vez, lança mão de metodologia que perpassa a noção de experiência foucaultiana para analisar práticas institucionais de combate ao racismo e o sofrimento aí envolvido. Já no artigo Os Sentidos do Trabalho: Análise do Trabalho Fabril em uma Indústria Farmacêutica, Fernanda Rodrigues Mota discute o trabalho fabril a partir dos resultados de uma pesquisa de campo sobre os sentidos do trabalho para os operários de uma indústria farmacêutica na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em A Inovação pelo Conflito de Ideias: Retornando às Fundações da Influência das Minorias, Thiago Rafael Santin e Rafael Moura Coelho Pecly Wolter apresentam e analisam os estudos pioneiros de Serge Moscovici e seus desdobramentos atuais. Encerrando esta seção, o artigo Relações Entre Procrastinação, Estratégias de Enfrentamento e Resolução de Problemas Sociais em Estudantes Universitários, de Rodrigo Gabrig Fonseca e Adriana Benevides Soares, investiga a relação entre a resolução de problemas, as estratégias de enfrentamento e a procrastinação entre universitários.
Abre a seção Psicologia do Desenvolvimento o artigo Estilos de Apego e Esquemas Iniciais Desadaptativos em Estudantes Universitários, de Vanessa Fracazzo e Caroline Guisantes de Salvo Toni. Nele, os autores discutem se as dimensões do apego podem ser preditoras dos Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) entre estudantes universitários, analisam a relação entre o estilo de apego e os EIDs e examinam a relação entre a ativação dos EIDs e as variáveis “morar sozinho”, “morar com os pais” ou “morar com os colegas”. Já o texto Questionário Sobre o Jeitinho Brasileiro: Proposta de uma Versão Infantil (QJB-INF), de Marília Mendes Moreira de Sousa, Walberto Silva dos Santos, Estefânea Élida da Silva Gusmão e Sophia Loren de Holanda Sousa, traz um estudo que tem como objetivo adaptar o Questionário sobre o jeitinho brasileiro - Versão individual para o âmbito infantil, apresentando evidências de validade e precisão. O texto O que (A)pre(e)nde um “Jovem Aprendiz”? O Trabalho Psíquico Adolescente durante a Pandemia, de Amanda Wecker, Lisiane Machado de Oliveira-Menegotto e Camila Backes dos Santos, encerra essa seção apresentando os resultados de um estudo que discute os significantes que envolvem o trabalho psíquico adolescente de jovens do Projeto Jovem Aprendiz durante a pandemia da COVID-19.
A seção Psicologia Clínica e Psicanálise abre com o artigo Habilidades Pessoais e Efeito do Terapeuta sobre a Mudança Sintomática Inicial em Psicoterapia, de Aline Alvares Bittencourt, Carolina Subtil Schuch e Fernanda Barcellos Serralta, que examina efeitos do terapeuta e sua empatia em relação à mudança sintomática inicial no tratamento psicoterápico. Em Sobre o Esquecimento: Contribuições de Nietzsche à Clínica Psicológica, de autoria de Flávio Breno Cruz Formigosa e Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo, os autores retomam, em um estudo teórico, as considerações de Nietzsche sobre a dinâmica do esquecimento no âmbito do exercício da clínica psicológica. Já o artigo Significado versus Sentido: Uma Proposta de Distinção Conceitual aos Estudos sobre o Luto, de Raul Bruno Tibaldi Nascimento, se propõe a refletir sobre uma diferenciação conceitual entre significado e sentido no luto, com base em uma revisão narrativa dos fundamentos da Teoria da Reconstrução de Significado e da Logoterapia, a psicologia centrada no sentido. Já em Desamparo e Destrutividade na Adolescência: Um Estudo de Caso, de Mariana Steiger Ungaretti, Carolina Neumann de Barros Falcão e Mônica Medeiros Kother Macedo, as autoras exploram as nuances de um processo adolescente a fim de ilustrar os efeitos do desamparo e de experiências traumáticas, por meio de um estudo de caso analisado pelo referencial psicanalítico. O artigo Um Olhar da Psicologia Analítica sobre a Autolesão, de Juliana Rangel Alves de Souza e Walter Melo Júnior, por meio do referencial da psicologia analítica aliado à experiência clínica com pessoas que lesionam suas peles, tem como objetivo lançar luz sobre o problema a partir de um ponto de vista psicodinâmico. Já em A Vivência do Adoecimento e Tratamento para Pacientes com Câncer Hematológico: uma Abordagem Psicanalítica,Fernanda Nardino e Monica Marchese Swinerd compartilham estudo cujo objetivo foi investigar como pacientes diagnosticados com câncer hematológico vivenciam o processo de adoecimento e tratamento oncológico. Fechando a seção, o artigo A Invisibilidade da Influência Colonial na Formação da Identidade Social Brasileira: Mediações Psicanalíticas, de Camila Ferreira Sales, buscou compreender a formação da identidade social brasileira com base no critério da raça, considerando as consequências sociais e psíquicas do racismo estruturado na cadeia simbólica social.
Encerrando este número, a seção Clio-Psyché traz o artigo Reflexões em Contextos de Ofensivas Antidemocráticas, escrito por Frederico Alves Costa, que retoma debates feitos durante o século XX em dois momentos históricos distintos e em contextos diferentes, mas que apresentam um aspecto central a uma configuração antidemocrática: o estabelecimento de uma fronteira política entre “nós” x “eles” a partir da consideração do “eles” como um inimigo a ser destruído. Em Cultura Psicanalítica e Revolução Sexual nas Histórias em Quadrinhos nos Estados Unidos nos anos 1970, Diego Luiz dos Santos discute o conceito de cultura psicanalítica para promover o debate sobre a construção das subjetividades na década de 1970 nos Estados Unidos, analisando a obra da artista estadunidense Aline Kominsky, publicada em meio aos debates sobre a revolução sexual dos anos 1970. Já em Apontamentos Históricos do Conceito de Esquizofrenia em Escritos de Vigotski (1930-1934), de Luan Filipy Freire Torres, Oswaldo Lucas Serra Santos, Raíssa Matos Ferreira e Adélia Augusta Souto de Oliveira, são analisados os indícios históricos de proposições teóricas vigotskianas sobre o conceito de esquizofrenia, as quais são, comumente, apresentadas por meio de estudos de seus sintomas com intuito primordial de teorizar sobre a estrutura e funcionamento da consciência em seu desenvolvimento normal.
Desejamos a todas e todos uma boa leitura!
