Editorial
Recepção: 02/03/16
Aprovação: 22 Julho 2016
DOI: https://doi.org/https://dx.doi.org/10.19132/1808-5245231.129-153
Resumo: Esta investigação teve por objetivo analisar a representação da informação dos cibercordéis por meio dos procedimentos semânticos de tematização e figurativização, elementos centrais do processo de indexação. O corpus para este artigo foram os cibercordéis que possibilitam o ambiente oportuno para serem tratados sob a ótica da representação informacional, por apresentar elementos textuais como temas, figuras, inspirações, anseios, motes, ou seja, as especificidades construídas através da poesia popular que, neste caso, se apropria da web para ser perpetuada no seio do ciberespaço. Da pesquisa, constatou-se que a representação da informação por meio da semântica discursiva se mostra como mais uma forma real para indexar os documentos. Por observar todas as suas particularidades textuais, aspectos concretos e abstratos, o enfoque na indexação, por meio da semântica discursiva enquanto concepção metodológica reduz significativamente a subjetividade inerente ao profissional da informação, além de se aproximar substancialmente da linguagem documentária por produzir uma constante troca interdisciplinar, relacionando figuras à linguagem natural e temas à linguagem artificial. Por esse motivo, os documentos entendidos como cibercordéis são passíveis de representação informacional, permitindo assim, potencializar uma recuperação da informação organizada de forma ágil e sistemática.
Palavras-chave: Representação da Informação, Cibercordel, Semântica discursiva.
Abstract: This investigation aimed to analyze the representation of the information of cibercordeis through semantic procedures of theming and figurativization, central elements of the indexing process. The corpus for this article were the cibercordéis, that enable the appropriate environment to be treated from the perspective of informational representation, for presenting textual elements such as themes, pictures, inspirations, aspirations, mottos, that is, specificities constructed through popular poetry which, in this case, appropriates of the web to be perpetuated within the cyberspace. From the research, it was found that the representation of information through discursive semantics shows itself as another real way to index documents, especially for observing all its textual features, concrete and aspects, focusing that indexing, through discursive semantic as a methodological conception, significantly reduces the inherent subjectivity of the professional information, plus approach substantially to the documentary language, for producing a constant interdisciplinary exchange, relating figures to natural language and themes to artificial language. For this reason, the documents understood as cibercordéis are liable for informational representation, allowing thus enhance a recovery of organized information in a fast and systematic way.
Keywords: Representation of Information, Cibercordel, Semantic-discursive.
1 Prelúdio
Entende-se que é cada vez mais importante trazer ao foco das discussões acadêmicas o processo de representação da informação, pois são múltiplos os lugares que demandam investigações a partir desta disciplina. Uma delas é o cibercordel, que se utiliza dos recursos da web para conceber e divulgar suas produções culturais.
Tais ambientes nos quais os cordéis são disponibilizados proporcionam novas possibilidades de escrita e de interação com o audiovisual e seu público leitor e seguidor.
Dessa forma, tal contexto evolucionário pressupõe a importância de fazer inúmeras investigações. Uma delas é a de entender a necessidade de representar os cibercordéis em blogs. Isto porque esse novo formato de cordel, escrito exclusivamente na web, distanciando-se do processo de digitalização, possibilita questionamentos, a exemplo de como acontece a sua configuração e a sua representação temática.
Com a expansão das formas de escrita na web, emergem diversas possibilidades de apresentar e representar um determinado documento. Estes, por sua vez, são passíveis de organização e preservação. O caminho viável para permitir um cenário como este é construir as condições oportunas para representar informacionalmente o hipertexto e a hipermídia sob as bases epistemológicas da Ciência da Informação. Não agir neste sentido significa não reconhecer a forma como se comportam e se apresentam os documentos eletrônicos, especialmente porque este objeto de estudo se torna evidentemente importante por destacar os folhetos de cordéis na web.
É cada vez mais significativo o número de cordelistas que escrevem cotidianamente na internet. Entretanto, ainda não é claro e mapeado como os cordéis se organizam, do que tratam e quem escreve e se está distanciando ou se aproximando do cordel eminentemente na sua forma impressa. Portanto, apresenta-se como problema central para esta investigação científica, a questão-chave: como os cordéis podem ser representados tematicamente na internet?
Esta questão é levantada em função de na contemporaneidade ser observado que existem muitos assuntos ou universos científicos que são silenciados ou subvalorizados, seja por uma questão motivacional ou política. Com o hibridismo e a virtualização dos suportes e fontes de informação, novas demandas científicas começam a surgir, mas nem sempre são estudadas. No caso da literatura de cordel, o folheto impresso desde o final do século XIX pouco evoluiu, seja pela falta de espaço dado aos poetas para divulgar a produção, seja pela ausência de estudos periódicos no campo acadêmico ou ainda pelas técnicas empregadas. Entretanto, nesta última década, estão sendo percebidas transformações substanciais, motivadas pelo reconhecimento literário, por iniciativas comerciais ou por inéditas contribuições científicas. Mesmo assim, não há, ainda, investigações científicas que procuram analisar, sob a ótica da Representação da Informação, o cibercordel.
Em virtude do imediatismo informacional, rápido, volátil ou fugaz, provocado pelo registro no ciberespaço, é cada vez maior a necessidade de criar condições que protejam e recuperem informações oriundas da produção literária do cordel. Seja qual for o ambiente, presencial ou virtual, o texto do poeta popular precisa estar próximo, ao alcance de todos, fazendo com que o “criador” e a “obra” estejam sempre presentes no imaginário e no cotidiano popular e acadêmico.
É proposto neste contexto, como objetivo geral, representar tematicamente os cibercordéis dos poetas populares através dos procedimentos semânticos de tematização e figurativização. Visualizando-se atingir esta proposição, traçaram-se os seguintes objetivos específicos: a) mapear os blogs de poetas populares; b) identificar os temas e as figuras dos cibercordéis; c) criar um ambiente virtual (blog) com os temas representados nos cibercordéis com links para os blogs de poetas populares.
2 Cibercordel
O folheto popular tem proporcionado profundas ressignificações artísticas capazes de colocar o cordel como uma referência na cultura brasileira, formando novos produtores, autores e um público consumidor cada vez mais diversificado. Isso é possível de perceber, por exemplo, através das artes plásticas, artes cênicas, da literatura, da música e da internet.
No caso da internet, esse processo de ressignificação poética tem ocorrido em toda estrutura web, seja por meio de sites, portais, das mídias sociais ou da blogosfera, esta última a maior e mais forte fonte de divulgação e disseminação da informação poética do cordelista. Isso faz com que as temáticas, ou mesmo os motes, estejam transitando e emergindo em outros suportes que não sejam exclusivamente os folhetos impressos.
Ao tentar apresentar o cordel nos dias atuais, convém antes entender a necessidade de observar os espaços nos quais estão inseridos e foram consolidados.
Mesmo os autores respeitando a métrica e a rima, hoje podemos encontrar estabelecidos três formatos de cordéis: impresso, digitalizado e digital.
O primeiro é conhecido como “folheto de cordel”, “folheto” ou “cordel”, que são textos produzidos em folhas impressas, normalmente com tamanho 11x16 cm, utilizando papel jornal, tendo suas capas xilogravadas em talhas de madeiras ou metodicamente idealizadas por meio da computação gráfica. Tem como autores potenciais, em sua maioria, pessoas semialfabetizadas e que, em muitos casos, sobrevivem em função das produções poéticas. Na visão de Nascimento (2011)
[...] o folheto de cordel – é um produto que se situa contiguamente entre a oralidade e a escrita, representa, numa grande faixa de produção, a fusão de três componentes: 1) O texto oral, tradicional, guardado na memória do poeta/narrador, com vida milenar ou mesmo relativamente recente, aceita pela tradição; 2) A notícia do acontecido, um aproveitamento imediato do fato cotidiano; e 3) O trabalho do xilógrafo, que apresenta, no pequeno espaço da xilogravura, a sua visão, o seu ponto de vista do universo do folheto e que passa a integrar-se à obra literária, ligados intrinsicamente pela semântica do texto. (NASCIMENTO, 2011, p. 225).
Contudo, nos últimos anos, em função da cibercultura, da sociedade em rede e da blogosfera, houve uma mutação iniciada com o hibridismo da transposição do impresso para o eletrônico.
Neste cenário de transposição em relação ao suporte, já são vistas algumas iniciativas que disponibilizam, na web, dois outros traços bem definidos de cordéis na rede. Um é o cordel digitalizado, fruto da transposição do impresso para o eletrônico. O outro pode ser definido como o cordel que é exclusivamente virtual e produzido por meio de posts (texto, imagem, áudio ou vídeo), sob a estrutura do ciberespaço e aproveitando toda uma dinâmica da forma como a sociedade em rede se organiza. Surge, então, o cibercordel.
O ciber-cordel [sic], nesse sentido, constitui-se como a sinergia entre as formas de narrar do cordel com a interatividade e conectividade desterritorializada e simultânea do ciberespaço. É, dessa forma, um cordel produzido em rede, impondo a autoria coletiva como forma de produção da obra. O ciber-cordel (sic) não é, portanto, a simples transposição do cordel feito off-line para o nível on-line. Além disso, é a efetivação de uma obra de literatura popular em verso sob as possibilidades de comunicação horizontal e simultânea que a plataforma comunicacional do ciberespaço oferece. (SOUSA, 2007, p. 6, grifo nosso).
Após surgir o cordel eletrônico, conhecido e definido embrionariamente de cibercordel na primeira década do século XXI, observa-se que estes,
[...] incorporados pela Internet, os cordéis adquirem característica de hipertexto, e passam a ser reconhecidos pelo nome de “cibercordel” que é uma forma de cordel que incorpora as mídias oferecidas pela web. Além de estar no ciberespaço, é um hipertexto que utiliza os recursos da web, como animações, podcasts, links, comércio on-line, etc. (FONSECA; ALVES; CAVALCANTE, 2010, p. 7, grifo nosso).
Utilizando como parâmetro o posicionamento acima e relacionando com os postulados da Ciência da Informação, percebe-se que o cibercordel encontra amparo acadêmico nos postulados de Rafael Capurro, especialmente com base nos seus paradigmas, que trazem à tona os aspectos físicos, cognitivos e sociais.
Para Capurro (2003, p. 8), o paradigma físico “[...] em essência [...] postula que há algo, um objeto físico, que um emissor transmite a um receptor.” Esse objeto que é emitido nesse contexto é o cibercordel. O mesmo não só transita de forma dinâmica na relação emissor e receptor, mas também vai além. Na maioria das vezes essa informação transmitida é realimentada, proporciona de forma quase que imediata um feedback. Tem-se, assim, uma informação que é exclusivamente virtual, e enquanto objeto físico promove uma prática cíclica entre o processo de recepção e mediação poética.
No que diz respeito ao paradigma cognitivo, Brookes (apud CAPURRO 2003, p. 10) observa que este modelo acontece por meio dos “[...] conteúdos intelectuais que formam uma espécie de rede”. Para o mesmo autor, é necessário também, “[...] ver de que forma os processos informativos transformam ou não o usuário [...]”, o sujeito cognoscente. Percebe-se, em virtude deste posicionamento, que o cibercordel não pode ser visto apenas como um “objeto insignificante”. É preciso que seja percebido como uma linguagem informacional de densidade de conteúdos singulares, fruto do processo de idealização, pensamento e construção intelectual que geram não apenas poesias, mas em especial informações configuradas através de cenários, casos, vivências ou relações sociais. Podem ter sido concebidas, por certa medida, de forma individual ou influenciada por agentes ou ambientes de sua área de domínio ou até externas a elas. Essas idealizações intelectuais particulares por influências avessas proporcionam novos cenários e conjunturas das mais díspares e inesperadas fazendo com que a realimentação literária transforme as relações entre o autor (cordelista) e o leitor (usuário e receptor). Deste modo, a partir do momento que a informação poética é disseminada, aquele que poderia ser apenas um leitor, também poderá assumir o papel de escritor, autor, comunicador ou blogueiro. A informação poética circula através do blogueiro primário, contudo, possibilita a terceiros também terem crédito sob a obra, pois a mesma, ao ser comentada e muito provavelmente até reescrita, produzirá uma poesia popular híbrida fazendo com que o texto seja ressignificado a todo o momento e tornando o processo cognitivo único, algo vibrante e de fato poético, sem limites ou barreiras para trabalhar os conteúdos intelectuais na web.
Para o paradigma social, Capurro (2003, p. 14) comenta que esta dimensão deve ir “[...] para além do conhecimento humano, relacionando-o a todo tipo de processo seletivo [...]”. Percebe-se então que este último paradigma também dialoga com a poética criada em torno das relações culturais e sociais e pode estar diretamente inserido no contexto dos cibercordéis, não apenas pela sua configuração, mas em especial pela forma como estes textos informacionais são produzidos, por quem são idealizados, assim como, como são escritos e interpretados. O habitat no qual os cibercordéis transitam, favorecem relações além da sua própria área de domínio, possibilitando o diálogo, criando e promovendo relações sociais com outros. São produções horizontais que se dão de dentro para fora e de fora para dentro (input e output), numa relação contínua e adaptável. O conhecimento humano produzido pela via do cibercordel se entrelaça naturalmente em teias complexas. Isso fica nítido na relação emissor e receptor. Capurro (2003, doc. não paginado), por sua vez, chama isso de informação que deve “[...] entrecruzar ou, por assim dizer, enredar ou tramar [...] mostrando a tessitura complexa da linguagem comum [...] em torno [...] de sua relação com a realidade social e natural.”
Diante disso, o cibercordel sob a perspectiva da Ciência da Informação é todo e qualquer objeto informacional amparado pelas regras poéticas construídas através do clássico cordel e produzido exclusivamente na internet. Sua construção, independente do momento, será materializada sob um esteio físico, cognitivo e social.
Sua exclusividade virtual permitirá produções poéticas através de postagens ou publicações que possibilitem comentários, imagens, áudios, vídeos ou qualquer outro tipo de manifestação pública, anônima ou identificada sob a estrutura do ciberespaço e aproveitando toda dinâmica e hibridação da forma como a sociedade em rede se organiza. São percebidos que os ciberespaços que melhor acolhem os cibercordéis são os blogs; ambientes adaptáveis, personalizados, de fácil acesso, utilização e comunicação.
Dois outros fatos que estão por trás desta nova forma de escrever a poesia popular é a elevação do nível de formação acadêmica dos poetas e o alto grau de rapidez no processo de mediação informacional e formação potencial de um novo público leitor.
Esta conjuntura poética faz do folheto um artefato de ressignificação informacional e memorialista que viabiliza uma percepção multifacetada, tanto para o produtor quanto para o consumidor ou leitor de poesia popular. Entretanto, o processo de ressignificação do cordel não se deu exclusivamente através dos cibercordéis, tampouco iniciou com eles. Pelo contrário, desde o século XX, em especial a poesia popular, tem passado por diversas transformações literárias, sejam por incorporar novos elementos às suas concepções, como tipologias de capas, criptografias por meio de acrósticos, ou surgimento de poetas das mais diversas classes sociais. Isso proporcionou à literatura de cordel influenciar e transitar por diversos “mundos” poéticos e literários, fazendo com que se tenha atualmente consolidado esta nova forma de fazer cordel a partir da internet, ou seja, o cibercordel, sem ser necessariamente um “neocordel” como tem sido propagado por um pequeno grupo da poesia popular. O fato é que se consolida apenas o surgimento de uma nova forma de escrever e registrar a poesia popular, o cibercordel. Mesmo assim, apesar dos cibercordéis serem produzidos na internet, todas as características básicas do cordel impresso são preservadas (técnica, concepção, poética, temática, etc.).
As ressignificações que buscaram e buscam apoio ou inspiração na literatura de cordel se dão, muitas vezes, com base nos motes que “iluminam” a escrita dos folhetos pelos poetas de bancada ou cordelistas.
Percebe-se que, ao longo de mais de um século, o cordel tem se inspirado em vários motes e que, dependendo das temáticas abordadas, os cordelistas eram até conhecidos como poetas-repórter. Um dos mais famosos é o José Soares, que ficou conhecido pelo cordel sobre a morte de Getúlio Vargas, em 1954, com tiragem de 100 mil exemplares. Isso para dizer que nenhum assunto escapa para ser tema de um cordel (O CORDEL..., 2003, doc. não paginado).
Todos os assuntos são de interesse do cordelista, poeta de bancada ou poeta-repórter. Os temas que inspiram os poetas foram reclassificados recentemente em pesquisa doutoral, num total de 27 (vinte e sete) classes temáticas, quais sejam: (1) Agricultura; (2) Biografias e Personalidades; (3) Bravura e Valentia; (4) Cidade e Vida Urbana; (5) Ciência; (6) Contos; (7) Crime; (8) Cultura; (9) Educação; (10) Esporte; (11) Erotismo; (12) Feitiçaria; (13) Fenômeno Sobrenatural; (14) História; (15) Homossexualismo; (16) Humor; (17) Intempéries; (18) Justiça; (19) Meio Ambiente; (20) Moralidade; (21) Morte; (22) Peleja; (23) Poder; (24) Político e Social; (25) Religião; (26) Romance; (27) Saúde e Doença. (ALBUQUERQUE, 2011).
A partir disso, percebe-se o quão imensas são as possibilidades de escrever textos sob as mais variadas temáticas. Os textos produzidos nos folhetos conseguem descrever realidades, fatos históricos, retratar personalidades, motivar o ativismo ambiental, entre outros.
Portanto, o cenário demonstrado nesta cessão leva a poesia popular a uma “Virada Cordelista”, ou seja, a uma mudança na forma de conduzir a literatura de cordel, retomando o seu curso normal a partir do declínio pós 1950, abrindo novas possibilidades de produção, divulgação, acesso, pensamento, reorganização, postura, espaços, enfim, de um realinhamento que se aproveita da inserção do cordel no ambiente escolar, das novas descobertas científicas e da adoção da internet como forma comunicar o cordel, descobrir novos poetas e de preservar a sua memória coletiva.
3 Representação da informação
Ao passo que se delineia o percurso histórico, percebe-se que a Representação da Informação tanto recebe contribuições como influencia a forma de apresentar documentos, objetos e cenários. Dessa forma, a
Representação é um conceito da filosofia clássica que, utilizado em semiótica, insinua – de maneira mais ou menos explícita – que a linguagem teria por função estar no lugar de outra coisa, de representar uma “realidade” diferente. Está aí, como se vê, a origem da concepção das línguas enquanto denotação: as palavras não são então nada mais do que signos, representações das coisas do mundo. (GREIMAS; COURTÉS, 2008, p. 419).
Esta definição orienta o profissional da informação desde a sua natureza clássica até os dias atuais. Esta relação que dá ideia de representação como algo que está no lugar de outro “objeto”, é, na verdade, o elemento central que faz o analista informacional perceber o porquê de indexar sob a necessidade de proceder com as práticas de análise e síntese. Dessa forma, ao fazer uso dos recursos semânticos e cognitivos, possibilita-se uma prática mais condizente com a realidade com a qual o texto é tratado. Em função disso é possível
[...] afirmar que a representação da informação é o calcanhar de Aquiles das Unidades de Informação em sua interação com seus usuários. Questões terminológicas e cognitivas perpassam o dia a dia do profissional da indexação em suas atividades nas Unidades de Informação. (NEVES, 2012, p. 40).
Por isso, a representação informacional faz parte da vida do profissional da informação que lida diariamente com as questões documentais e que busca recuperar com mais eficácia determinados conteúdos. É comum estes profissionais precisarem entender terminologicamente o jogo semântico e sintático que se constrói em torno das traduções artificiais das linguagens pré ou pós-coordenadas.
Dessa forma, têm-se ampliado o quantitativo de estudiosos que querem entender como se comporta e se manifesta a informação a partir de sua representação, especialmente pelo fato de que, quando um determinado documento é bem trabalhado, o mesmo tornará mais ágil o processo de reconhecimento e, consequentemente, agregará mais valor ao procedimento de busca, análise e satisfação do usuário. É em virtude disso que a representação da informação e do conhecimento está sendo abordada por estudiosos de diversas áreas, como mostra a literatura recente por Campos (1995):
Ela extrapola o domínio da documentação, o que não significa que ela abandone suas próprias teorias relacionadas com a representação, pois elas são parte integrante deste novo movimento, que tem em comum a organização do conhecimento. (CAMPOS, 1995, p. 4).
É importante ressaltar que a Representação da Informação é cada vez mais imprescindível no processo da Organização do Conhecimento registrado. Da Representação da Informação, se faz necessário entender que
A representação da informação envolve dois processos: a análise do assunto do documento, cujo resultado deve ser colocado numa expressão linguística, semanticamente relacionada e a atribuição de conceitos na utilização de um instrumento de padronização, aqui denominada de linguagem documentária, que garanta aos indexadores o uso dos mesmos conceitos para representar documentos semelhantes, possibilitando assim a comunicação entre usuários e os sistemas de informação. (ALBUQUERQUE, 2011, p. 41).
Ao compreender a significativa relação entre esses dois processos, especialmente do diálogo entre identificação do levantamento do “Assunto” e dos “Conceitos”, é transpor esses dois aspectos à Representação Descritiva e Temática. Assim, vê-se que:
A representação da informação dá-se de dois tipos: descritiva e temática. A representação descritiva enfatiza as propriedades físicas do documento, como autor, data, local de publicação etc., enquanto a representação temática se propõe identificar os conceitos abordados no documento. Ambas geram registro em um índice para fins de recuperação, através de índices, catálogos, dados bibliográficos, ou seja, produzem meta-documentos. (NEVES, 2012, p. 41).
Somados os “Processos” (ALBUQUERQUE, 2011, p. 41) aos “tipos” (NEVES, 2012, p. 41), criam-se novas formas de representar e recuperar a informação mais precisa fundamentada numa perspectiva semântica e sintática.
Dessa maneira, é possível apresentar algumas características em favor da Representação da Informação que, por sua vez, “[...] residem na substituição do texto do documento por sua descrição abreviada, utilizada como um artifício para recuperar o que é essencial no documento, isto é, o tema.” (ALBUQUERQUE, 2011, p. 41).
Com isso, demonstra-se que há uma construção em cadeia, ou uma posição cíclica que contribui para que o documento, uma vez representado, proporcione a recuperação e satisfação do usuário. Presser, Silveira e Braz (2012, p. 21) observam que “[...] a representação da informação visa, sobretudo, minimizar possíveis ambiguidades no sistema informacional.”.
Estas reduções ambíguas expressam uma clara evolução de sensibilidade em perceber que tudo é feito, imaginando o retorno que deve ser dado à clientela envolvida. Dessa maneira, “[...] a representação é este meio entre o usuário e a informação. Portanto, a representação é a chave para a recuperação e a disseminação efetiva da informação.” (MIRANDA, 2007 apud REDIGOLO; ALMEIDA, 2012).
4 A semântica discursiva enquanto abordagem metodológica
A semântica discursiva, enquanto abordagem metodológica foi desenvolvida por Algirdas Julien Greimas e tem uma composição formal que se apresenta através do Percurso Gerativo da Significação (PGS) ou do Discurso (PGD). Contudo, para efeitos desta investigação, serão focadas exclusivamente as análises em torno da discursivização semântica que, por sua vez, trata de estabelecer uma relação “[...] entre as estruturas a quo e as estruturas ad quem [...] em percursos temático e figurativo” (GREIMAS; COURTÉS, 2008, p. 362).
Percebe-se que “É no nível discursivo que o texto ganha forma. São as escolhas das palavras, dos nomes dos personagens que se materializam e se individualizam os textos.” (FARIAS, [2000?], p. 11). Dessa forma, a semiótica greimasiana na perspectiva da semântica Discursiva
[...] vai bem além dos modelos de análise que, no máximo, consideram o enunciado como objeto a ser levado em conta ao lado das palavras e de outras unidades, ou que veem o texto ou o discurso exclusivamente como um agregado de enunciados (SOBRAL, 2009, p. 69).
A semântica discursiva quer ir além, quer considerar todas as peculiaridades do documento. Para viabilizar isso, é preciso considerar o percurso com o qual o texto é desencadeado, considerando todo o caminho trilhado face às etapas lógicas, passando de nível para outro, ou seja, do figurativo ao temático. Observando isso, Guedes e Moraes (2006, doc. não paginado) consideram que:
A Semântica Discursiva baseia-se na análise do percurso de encadeamento figurativo e temático recorrentes no texto, permite analisar de forma mais abrangente o conteúdo da obra, possibilitando maiores referenciais ao profissional quanto à proposição do tema final, englobando na análise, maiores referenciais quanto ao contexto da obra (GUEDES; MORAES, 2006).
Corroborando Barros (2005, p. 85) comenta que “[...] cabe-lhe examinar a disseminação dos temas no discurso, sob a forma de percursos, e o investimento figurativo dos percursos.”.
A partir das figuras, dos temas, e consequentemente, da sua forma organizacional de compreender e representar tematicamente o texto, viabiliza-se uma maneira bem peculiar de análise e síntese. Este esteio leva Fiorin (2008, p. 20) a definir este momento como “[...] uma sucessão de patamares, cada um dos quais suscetíveis de receber uma descrição adequada, que mostra como se produz e se interpreta o sentido, num processo que vai do mais simples ao mais complexo”. Da mesma forma, Antonio (2008, p. 61) ratifica o pensamento anterior, mostrando que essa é uma “[...] sucessão de patamares, com suas descrições adequadas, que demonstram a produção e interpretação do sentido.”.
Seguindo este pensamento, Fiorin (2008, p. 20) mostra que o texto pode ser analisado em três níveis: o profundo (ou fundamental), o narrativo e o discursivo.
Contudo, esta investigação teve como foco central os procedimentos de figurativização e tematização do nível discursivo, aspectos que melhor se adequam às características do processo de representação informacional. Dessa forma foi possível relacionar a abordagem metodológica que viabilizará a análise e interpretação dos dados desta investigação científica.
Esta opção ocorreu porque é a que mais se adequa à Ciência da Informação para entender como se identificam os temas e as figuras do cibercordel. Isso, evidentemente, ocorreu por meio do processo de discursivização. Este, por sua vez, se utilizou dos versos dos cibercordéis para melhor representar informacionalmente à obra, especialmente, por formatar a análise em função dos procedimentos de tematização e figurativização.
5 Análise dos dados
A semântica discursiva possibilita um processo de análise e síntese a partir das mais diversas relações construídas no documento. A possibilidade de indexação se amplia a partir do momento que “aquilo que de fato foi dito” é observado a partir de sua estrutura textual. Suprime-se toda e qualquer condição, marca cultural ou social que influencia o profissional indexador.
Assim, a ideia é demonstrar as relações entre as classes temáticas, as autorias, fontes, os temas e as figuras dos cibercordéis, contudo, antevê a necessidade de situar o pesquisador ao cenário investigativo.
Foi feita uma representação informacional por meio de 12 (doze) classes temáticas, inspiradas na pesquisa de Albuquerque (2011). Esta investigação, por sua vez, possibilita as bases necessárias para analisar 42 (quarenta e dois) cibercordéis levantados na pesquisa que, por sua vez, estão contidos em 6 (seis) blogs atualizados de cibercordelistas, conforme foi investigado por Gaudêncio (2014).
Dessa maneira, constata-se:
a) Blog de Cordel;
b) Cantinho da Dalinha;
c) Cordel de Saia;
d) Mundo Cordel;
e) Rosário Cordel;
f) Só Cordel.
Esta descoberta está representada informacionalmente por meio de classes temáticas, conforme demonstra o infográfico (figura 1). Este expressa a diversidade de construções temáticas que já estão presentes nas produções poéticas dos poetas populares brasileiros por meio do ciberespaço. Então temos:
Esta cobertura dada pelas classes pôde gerar frutos significantes quanto ao levantamento de temas e figuras, frutos do processo de discursivização. Desta maneira, mostram-se as seguintes figuras (elementos concretos), extraídos dos hipertextos:
Apesar de perceber certa pulverização ou diversidade poética, percebeu-se que em função desta gama de informação, um amplo nível de interesse se consolida para inspirar a produção poética. Assim, as 71 (setenta e uma) figuras, enquanto elementos concretos retirados do texto em função do processo de representação informacional, permitem fomentar inúmeras perspectivas temáticas. A maior presença figurativa se dá, respectivamente, em torno dos vocábulos: Computador, Cordel, Homenagem e Natureza, onde cada um destes é responsável por 3% de presença entre os textos analisados. Em virtude disso, mostra-se abaixo a frequência temática:
Ao apresentar este último gráfico, foram identificados 28 (vinte e oito) diferentes temas contidos em 12 (doze) classes temáticas das 27 (vinte e sete) presentes na pesquisa de Albuquerque (2011).
A predominância para os temas de cibercordéis mais citados são, respectivamente: Homenagem (17%), Cultura (10%), Tecnologia (7%), Vício (7%) e Religiosidade (5%). Juntos, são responsáveis por 46% do tal de temas indexados através dos procedimentos de discursivização da semântica discursiva, conforme será detalhada adiante.
Com esta disposição, é notório perceber a grande contribuição que os cibercordelistas têm dado ao crescimento da literatura popular em ambiente virtual.
Esta nova prática permite que a comunidade poética e acadêmica possa ter a poucos “clicks”, a possibilidade real de interação e acessibilidade à produção intelectual de grande parte do conhecimento que é socializado em tempo real e que permite uma recuperação rápida.
O levantamento destas frequências (temas e figuras) se deu por meio de uma temporalidade de 6 (seis) anos, mesmo assim, apresentou uma razoável gama de títulos produzidos. Deste modo, os cordéis levantados e analisados tinham uma temporalidade de publicação que variou entre 2008 (descoberta mais antiga) e 2013.
Para efeito deste texto, será apresentada uma das classes temáticas (conforme quadro 1), que, quantitativamente, poderá dispor de uma série de elementos para ilustrar e iluminar a compreensão sobre os dados levantados e respectivamente interpretados.
Neste sentido, apresentam-se 7 (sete) cibercordéis onde emanam versos com as quais emergem figuras e temas que melhor representam informacionalmente a “Classe Temática Cultura”.
A discursivização da “Classe Temática Cultura” realiza-se a partir de 4 (quatro) temas e 7 (sete) textos em verso.
Os vocábulos “Cordel”, “Poeta” e “Folheteiro” e a expressão “Cordel velho”, figurativizam o tema “Cultura” que, na perspectiva da literatura de cordel, emerge o entendimento sobre as construções do conhecimento poético e popular que remete ao entendimento de um cenário que torna possível o surgimento e a perpetuação de ramificações culturais que produzem poesia, seja impressa ou virtual. Trata ainda das personalidades da cultura popular que idealizam, divulgam e comercializam suas criações por meio de textos em versos rimados e metrificados, seja qual for espaço, o ator cultural (homem/mulher) ou formato.
O vocábulo “Festa” figurativiza o tema “Manifestação Cultural”, retratando uma das facetas da cultura, como os rituais, celebrações, brincadeiras de roda, festejos religiosos, dentre outros.
O vocábulo “Bolo” figurativiza o tema “Culinária”, demonstrando a relação dos sabores populares na idealização e produção de comidas tipicamente caseiras.
O vocábulo “Barro” figurativiza o tema “Artesanato”, demonstrando a capacidade de produzir arte por meio da idealização de objetos, utensílios ou outros que sirvam para decoração ou para utilização das tarefas domésticas.
Em virtude disso, apresenta-se a discursivização numa perspectiva gráfica, através do mapa conceitual:
Observam-se, neste mapa, 7 (sete) textos em verso que emanam de 4 (quatro) blogs, respectivamente: “Mundo Cordel”, “Cordel de Saia”, “Blog de Cordel” e “Cantinho da Dalinha”.
Para esta análise, alguns aspectos são peculiares. Na linha das autorias, Dalinha Catunda escreve em 2 (dois) blogs e apresenta 3 (três) títulos, figuras e temas na “Classe Temática Cultura”. O vocábulo “Cordel” está presente em dois títulos. Os vocábulos “Cordel”, “Poeta” e “Folheteiro” e a expressão “Cordel velho”, figurativizam o tema “Cultura”.
Esta classe não se apresenta simplesmente por um único tema. Neste caso, emergem 4 (quatro) temas para esta classe, respectivamente; “Cultura”, “Manifestação cultural”, “Culinária” e “Artesanato”, onde o primeiro, em especial, se comunica em maior proporção com as figuras em detrimento das outras.
6 Considerações finais
Efetivamente doa-se e batiza-se um novo objeto de estudo para Ciência da Informação, ou seja, o Cibercordel, observado e analisado sob a ótica da semântica discursiva e utilizado como arcabouço à organização da informação.
A natureza informacional dos conteúdos acontece de diversas formas, dentre elas, através da web que se mostra por meio de cibercordéis. Perceber os cibercordéis como insumos da ciência da informação é perceber que esta nova forma de fazer cordel é todo e qualquer objeto informacional amparado pelas regras poéticas construídas através do clássico cordel, mas que tenha sido criado exclusivamente na internet. Sua construção, independente do momento, será materializada sob o esteio físico, cognitivo e social (CAPURRO, 2003). A exclusividade virtual permitirá produções poéticas através de postagens ou publicações que viabilizarão comentários, imagens, áudios, vídeos ou qualquer outro tipo de manifestação pública, anônima ou identificada com a estrutura do ciberespaço e aproveitando toda dinâmica e hibridação da forma como a sociedade em rede se organiza. Neste sentido, são percebidos que os ciberespaços que melhor acolhem os cibercordéis são os blogs; ambientes mutáveis, adaptáveis, personalizados de fácil acesso, dinâmicos instrumentos de utilização e agradáveis maneiras de comunicação. Outros fatos que estão por trás desta nova forma de escrever a poesia popular é a elevação do nível de formação acadêmica dos poetas, o alto grau de rapidez no processo de mediação informacional, formação potencial de um novo público leitor e a alta capacidade viabilizadora de representar informação.
A representação da informação de cibercordéis em blogs sob o esteio da semântica discursiva se apresenta como um tema possível que, enquadrado no âmbito da ciência da informação, se mostra no geral como uma abordagem investigativa inédita, tanto numa perspectiva física, cognitiva e social. Separadas ou em conjunto, possibilitam ricas contribuições e novas análises, sejam elas de caráter quanti ou qualitativa, assim como, permite uma indexação que reduz o nível de subjetividade no processo de análise e síntese.
Inegavelmente, esta pesquisa também gerou elementos capazes de ampliar o debate sobre a necessidade de promover iniciativas na perspectiva da Curadoria Digital, uma vez que ao tratar um objeto eminentemente digital, é possível gerir e recuperar este conteúdo informacional, outrora silenciado pela massa de dados presente no ciberespaço. Ao dar voz aos conteúdos digitais não perceptíveis ao grande público, automaticamente o profissional da informação contribuirá para o aprofundamento democrático da sociedade em rede e de uma cibercultura mais pluralista.
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