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Novos periódicos científicos: o caso do Laboratório de Periódicos Científicos UFSC
Newly created scientific journals: the case of Laboratório de Periódicos Científicos UFSC
Novos periódicos científicos: o caso do Laboratório de Periódicos Científicos UFSC
Em Questão, vol. 24, núm. 3, pp. 177-197, 2018
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Recepção: 01 Setembro 2017
Aprovação: 19 Fevereiro 2018
Resumo: A criação de periódicos científicos é um desafio para instituições e editores. Este trabalho tem como objetivos: descrever os periódicos do Laboratório; detalhar o desempenho de cada título; e refletir sobre as condições de criação de novos títulos. A metodologia usada é a aplicação de um checklist elaborado com base nos critérios de avaliação de periódicos para analisar os problemas dos artigos e dos fascículos. Os resultados mostram que a Incubadora tem oito periódicos. Os principais problemas encontrados nos periódicos são: a manutenção da periodicidade; a identificação da formação e filiação dos autores nos artigos; a formatação das palavras-chave; e a divisão dos artigos em seções. A conclusão mostra a necessidade de cuidado na criação de novos títulos, pois a dificuldade com a manutenção é subestimada pelos editores e instituições.
Palavras-chave: Periódicos científicos, Editoração científica, Portal de periódicos, Avaliação de publicações científicas.
Abstract: The creation of new scientific journals is a challenge for institutions and editors. This paper aims to describe the periodicals of the Laboratory; detail the performance of each title; and reflect on the conditions for the creation of new titles. The methodology is the application of a checklist based on the periodic evaluation criteria to analyze the problems of the papers and the issues. The results show that the Incubator has 8 journals. The main problems identified are: the maintenance of periodicity; the authors’ formation and affiliation identification in the articles; the keywords formatting; and the division of articles into sections. The conclusion shows the need to be careful in creating new titles, because the difficulty with maintenance is underestimated by editors and publishers.
Keywords: Scientific journals, Scientific publishing, Scholar portal journals, Evaluation of scientific publications.
1 Introdução
A ciência evolui com base em processos que requerem a busca por respostas, como investigações e divulgação de resultados de pesquisas e a análise crítica das publicações pela comunidade científica. A característica de dúvida permanente gera um status temporário aos resultados considerados aceitáveis, que motiva a busca permanente por novas explicações, (MERTON, 1973; ZIMAN, 1979). A transitoriedade dos resultados implica na continuidade das discussões ad infinitum, o que demanda o registro e o acesso das várias fases das contribuições.
Na comunicação da ciência, os avanços acontecem em função da necessidade de atualização permanente e da publicação dos resultados de pesquisa. A publicação assegura o registro, o reconhecimento, a visibilidade e viabiliza a comunicação qualificada entre os cientistas. Somente a pesquisa publicada pode ser criticada e aperfeiçoada entre os pares, sendo esta troca de informações essencial para a validação e qualificação dos avanços em todas as áreas do conhecimento. (MUELLER, 1994; MEADOWS, 1999; GUÉDON, 2010).
No campo da comunicação científica, a publicação dos resultados de uma pesquisa é essencial tendo em vista que “[...] permite ao pesquisador divulgar suas descobertas científicas, proteger sua propriedade intelectual e buscar o reconhecimento de seus pares.” (SILVA; PINHEIRO; REINHEIMER, 2013, p. 145). Mueller (1994) analisa a comunicação como atividade central na ciência, tendo em vista que os resultados e conclusões precisam ser validados por colegas especialistas na área para serem considerados aptos para uso pela comunidade científica.
O periódico científico é o principal canal para registro dos resultados das pesquisas. Para ser aceito, o trabalho precisa passar pela apreciação anônima de outros pesquisadores da área, considerados aptos a avaliar o trabalho científico, mediante um sistema consolidado no campo da publicação científica e responsável pela certificação do conteúdo, o blind peer review. (GUéDON, 2001, 2010; HAMES, 2007).
Gruszynski e Golin (2007) afirmam que é estratégico, para o desenvolvimento de um periódico, construir uma reputação de qualidade e credibilidade em uma área do conhecimento e ser indexado em índices de prestígio nacional e internacional. A indexação em portais e bases de dados garante a disseminação e a visibilidade dos artigos publicados.
A expansão global do número de periódicos e a facilidade da criação de novos títulos com os recursos digitais são acompanhadas pelos desafios de manutenção nos anos iniciais em razão dos requisitos das bases indexadoras e do reconhecimento pelas instituições avaliadoras (ABADAL, 2017).
No Brasil, as universidades são responsáveis por aproximadamente 50% dos periódicos científicos em várias áreas do conhecimento (RODRIGUES; ABADAL, 2014), sendo que assumem papel fundamental no suporte aos editores para a manutenção dos títulos (RODRIGUES; FACHIN, 2010).
O Open Journal Systems (OJS) possibilitou que as universidades brasileiras se transformassem em metaeditoras (RODRIGUES; FACHIN, 2010), que hospedam títulos de várias áreas do conhecimento e garantem a estrutura tecnológica e o suporte aos editores, mas mesmo com questões extrínsecas e tecnológicas básicas resolvidas, o desafio da atração de conteúdos relevantes continua.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) criou em 2008 o Portal de Periódicos Científicos e, em 2009, a Incubadora de Periódicos, vinculada ao Laboratório de Periódicos Científicos. O Laboratório abriga novos títulos em implantação e/ou recuperação, e auxilia os editores na adequação dos periódicos aos critérios de qualidade de cada área do conhecimento. O objetivo é a inserção destes periódicos no Portal de Periódicos UFSC, sendo que um dos critérios para a migração é obter a classificação B2 ou superior na sua área de classificação no Qualis/CAPES.
A criação de um espaço especial para títulos novos ou com algum tipo de inconformidade mostrou- se importante em razão de duas questões principais: (1) o tipo de atendimento que periódicos novos necessitam é diferente dos já consolidados, e (2) preserva o Portal de Periódicos UFSC de atuar com títulos novos e com problemas de normalização, processo editorial, domínio da plataforma de editoração, pontualidade e endogenia.
A fim de estudar as especificidades do desempenho dos novos periódicos científicos, este trabalho objetiva:
a) descrever a trajetória dos periódicos incubados;
b) detalhar o desempenho de cada título;
c) e refletir sobre a metodologia de suporte aos editores.
2 Periódicos científicos
A troca de informação científica e tecnológica é entendida como ato intrínseco da ciência e responsável pela confiabilidade dos resultados de pesquisas. O periódico científico é o principal suporte para o registro e disseminação nesse processo, pois apresenta o relatório completo da pesquisa e possui credibilidade, devido ao processo de avaliação pelos pares. Para muitos pesquisadores, é a forma mais adequada e rápida para publicar os resultados de pesquisas, algo discutido por Mueller, que descreve os processos de certificação de conteúdo como a “[...] avaliação prévia dos originais pelo editor, o uso do conselho editorial científico e/ou de consultores ad hoc para avaliar os originais, o anonimato do avaliador, entre outras.” (MUELLER, 1997, p. 105).
Considerando que a avaliação de originais para a publicação é um processo de seleção entre os melhores artigos submetidos aos periódicos de uma determinada área do conhecimento, Packer (2011, p. 30) explica que os “periódicos de referência nas diferentes disciplinas operam normalmente com um índice de rejeição de mais de 50% dos manuscritos submetidos”. Assim, o processo de avaliação dos conteúdos que o periódico publica é coordenado por especialistas na área, com formação e experiência no campo científico, e os pareceres devem preocupar-se não só em identificar problemas, como também apontar melhorias nos trabalhos avaliados. Carelli e Giannasi-Kaimen (2009, p. 192) distinguem os aspectos intrínsecos e extrínsecos dos periódicos:
Aspectos intrínsecos (conteúdo, mérito científico, atualização, contribuição do conhecimento à área de estudo, impacto da publicação no meio científico e outros) bem como aspectos extrínsecos (formato, utilização de normas, análise de tipos de documentos citados, número de citações, entre outros) aparecem na literatura frequentemente.
A evolução tecnológica e as mudanças no cenário global geram mudanças importantes. Segundo López-Borrull (2017) as principais tendências no cenário editorial científico são:
a) os mega-journals - publicam grande número de artigos por ano. Mantém a revisão pelos pares, mas não avaliam a novidade ou a relevância para a área. O caso pioneiro é a PLOSOne, que publica em torno de 30.000 artigos por ano, mediante o pagamento de taxas pelos autores;
b) novas métricas - ocorrem em todas as seções do periódico e, especialmente, na unidade artigo, o que requer formatos que sejam identificáveis e e legíveis por máquina . Estes formatos requerem pessoal especializado e tem custos. Incluem métricas para mídias sociais acadêmicas e para o público leigo;
c) interação com dados da pesquisa - inclui os dados como parte do artigo, a publicação dos dados considerada um trabalho completo e periódicos que publicam apenas dados de pesquisa.
O autor conclui que, mesmo com as mudanças em vários aspectos dos periódicos, dois deles devem permanecer: a revisão por pares e o uso das publicações para avaliação institucional.
As discussões sobre qualidade dos periódicos e os registros da mudança dos países de origem dos autores dos artigos acrescentam mais elementos de complexidade à situação (MARCHITELLI et al., 2017; SOMOZA; RODRIGUEZ-GAIRIN; URBANO, 2016; CSOMÓS, 2017).
No Brasil, além dos propósitos da comunicação, a publicação em periódicos também é utilizada para a contabilização da produção científica que interfere na progressão profissional dos pesquisadores e na pontuação dos cursos de pós-graduação nos quais estão envolvidos. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação, é responsável por formular o sistema de avaliação dos programas de pós-graduação e da produção científica em todos os campos de conhecimento. Para a classificação dos periódicos científicos, são reunidos especialistas das áreas, que indicam e revisam a formulação dos critérios para cada estrato, com base na fórmula que requer que metade dos títulos de cada área sejam classificados nos estratos B2 ou menos, com menos (BRASIL, 2016), como observa-se no Quadro 1 a seguir.
Regras CTC | Pontuação por estrato |
A1 A1+A2 ≤ 25% A1+A2+B1 ≤ 50% B2+B3+B4+B5 ≥ 50% | A1 = 100 A2 = 85 B1 = 70 B2 = 55 B3 = 40 B4 = 25 B5 = 10 |
A classificação da CAPES limita o número de títulos em cada estrato e, como a pontuação da publicação dos pesquisadores interfere no conceito do curso de pós-graduação ao qual estão vinculados, é interesse dos autores publicar nos títulos de maior estrato.
A justificada pretensão dos periódicos em estar classificados nos estratos mais altos, esbarra na limitação do número total de títulos nos critérios estabelecidos por cada área, cuja grande variação pode ser encontrada no site da CAPES, e nas políticas dos indexadores, usados por todas as áreas como critério para a classificação nos estratos mais altos.
Atualmente, um pesquisador produtivo não é apenas um cientista que publica, mas um pesquisador que publica uma quantidade específica de artigos por ano em determinadas revistas; um periódico com credibilidade não é apenas aquele que é reconhecido pelos membros de uma disciplina científica, mas aquele que representa uma preferência ranqueada em sistemas de classificação. (MATTEDI; SPIESS, 2017, p. 637).
As revistas periféricas, e aqui cabe especificar que o termo periférico será usado para referir-se tanto a países que não estão no centro das decisões científicas quanto a periódicos que não estão no núcleo de cada área do conhecimento em qualquer país. De acordo com Abadal (2017), o Brasil tem 947 revistas registradas no DOAJ e 1.774 no Ulrich, o que não significa que todas as revistas possam ser chamadas de científicas e estejam ativas. O número de títulos e a situação vão depender da base consultada. O DOAJ recentemente aumentou as exigências para indexar periódicos, o que o torna os títulos mais confiáveis, logo com maior prestígio, Salager-Meyer afirma que as publicações periféricas tem “[...] problemas relacionados com o contexto no qual estão publicadas, como falta de recursos econômicos, de editores e avaliadores competentes, problemas de ética e endogenia.” (SALAGER-MEYER, 2015, p. 15, tradução nossa).
Segundo Angelo e Oliveira (2017) 37% dos títulos criados em Minas Gerais entre 2010 e 2014 estão inativos ou indisponíveis. De acordo com Rodrigues, Garcia e Fernandes (2014), no Estado de Santa Catarina em 2013, 13 universidades tinham um total de 103 revistas em portais institucionais. Deste total, 66% apresentavam registro nos estratos Qualis em vários níveis, 13% não apareciam nas listas Qualis mas tinham ISSN, 13% não apresentavam ISSN e 8% estavam vazios, constando apenas o título no portal, sem nenhum conteúdo.
3 Procedimentos metodológicos
Essa pesquisa se caracteriza como exploratória e descritiva, pois visou estudar as características do objeto em estudo (CRESWELL, 2010), nesse caso, os periódicos hospedados no Laboratório. Quanto à forma de abordagem do problema, caracteriza-se como documental, utilizando métodos mistos (quali-quantitativo).
Para identificar o histórico de cada título, foram resgatados os documentos com os quais os editores solicitaram ingresso no Portal de Periódicos UFSC. O Conselho pode decidir por três alternativas: (1) aprovados para o Portal, normalmente títulos que já tem vários fascículos publicados; (2) aprovados para Incubadora, acontece com títulos novos ou com poucos fascículos; ou (3) rejeitados, normalmente revistas de discentes, com alto grau de endogenia ou não científicas.
Foram utilizadas as fichas de avaliação dos fascículos publicados entre 2014 e 2016 e resgatadas as ações realizadas pela equipe do Laboratório para o atendimento aos periódicos. A ficha de avaliação (Apêndice A) foi desenvolvida pela equipe do Laboratório e vem sendo validada e refinada desde 2013.
4 Resultados e discussão
Desde a criação do Laboratório em maio de 2009, 20 periódicos se inscreveram. Destes, 13 foram aprovados pelo Conselho Consultivo e Deliberativo para ingresso na Incubadora. Mesmo com a aprovação, dois títulos desistiram de iniciar, apresentando como justificativas: (1) desconhecimento da complexidade do processo editorial, especialmente a seleção e avaliação de artigos; (2) editor foi chamado para cargo administrativo e adiou a iniciativa.
Os demais títulos que não iniciaram eram periódicos de estudantes, com alto fator de endogenia, e foram considerados inapropriados pelo Conselho.
A tabela 1 apresenta a área do conhecimento dos 20 periódicos que se inscreveram e os que permanecem hospedados no Laboratório em 2017.
Áreas do conhecimento | Inscritos | Aprovado pelo Conselho | Iniciaram | Incubados | Migraram para o Portal |
Arquitetura/Urbanismo/Design | 1 | 1 | 1 | - | - |
Economia | 1 | 1 | 1 | 1 | - |
Interdisciplinar | 3 | 2 | 2 | 2 | - |
Ensino | 1 | 1 | 1 | 1 | - |
Saúde Coletiva | 1 | 1 | 1 | 1 | - |
Administração | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 |
Ciência dos Alimentos | 1 | 1 | - | - | - |
Geografia | 1 | 1 | 1 | - | - |
Engenharia/física | 3* | 1 | 1 | 1 | - |
Letras/linguística/inglês | 2* | 1 | 1 | 1 | - |
Sociologia | 2 | 1 | 1 | 1 | 1 |
Antropologia | 2 | - | 1 | - | - |
Ciência política e relações internacionais | 1 | 1 | - | - | - |
Total | 20 | 13 | 11 | 9 | 2 |
Nas reuniões ou nas capacitações, os editores se surpreenderam com a complexidade exigida em termos de organização e gestão, especialmente em relação às normas que devem ser aplicadas para um periódico científico ser reconhecido como tal e, após conhecerem o processo, alguns optaram por desistir do projeto.
Os periódicos que ingressaram no Laboratório e migraram para o Portal de Periódicos UFSC pertenciam às áreas da Administração e da Sociologia, e alcançaram a qualificação no Qualis/Capes B2 em suas avaliações em 2010 e 2012. Estes dois periódicos conseguiram atingir o critério de migração, uma vez que tinham números publicados em plataforma própria antes de ingressarem no Laboratório de Periódicos Científicos. Destaca-se que, enquanto um segue mantendo a periodicidade e avaliação, o outro está com números atrasados desde o segundo semestre de 2014, sendo que ambos são semestrais. Tal fator é discutido na literatura sobre a sobrevivência de periódicos nos três primeiros anos e, mesmo em anos seguintes. (FERREIRA, 2010; GARRIDO; RODRIGUES, 2010; GUÉDON, 2010). Para Bolaño, Kobashi e Santos (2006, p.123) “A especialização do conhecimento e a profissionalização das atividades de pesquisa são, em larga medida, responsáveis pela multiplicação das revistas científicas”. A multiplicação desordenada gera dificuldade de sustentabilidade dos periódicos, pois a facilidade de criar periódicos nem sempre leva em conta a dificuldade e a exigência de ter grande número de trabalhos submetidos para publicar cada fascículo.
Em agosto de 2017, o Laboratório hospedava oito periódicos científicos, conforme Quadro 2.
Títulos | Área do conhecimento | Periodicidade | Início | Qualis |
Iberoamerican Journal of Industrial Engineering | Engenharia | Semestral | 07/2009 | B4 |
Saúde &Transformação Social | Interdisciplinar | Trimestral | 09/2010 | B1 |
EntreVer | Ensino | Semestral | 10/2011 | C |
International Journal of Knowledge Engineering and Management | Interdisciplinar | Quadrimestral | 10/2012 | B4 |
Cadernos Brasileiros de Saúde Mental | Saúde Coletiva | Trimestral | 11/2011 | B5 |
Revista NECAT | Economia | Semestral | 05/2013 | B5 |
e-Revista LOGO | Arq. Urb. e Design | Quadrimestral | 04/2014 | B5 |
Pesquisar | Geografia | Semestral | 10/2014 | B4 |
Além dos oito periódicos detalhados no Quadro 1, o Laboratório hospeda um periódico inativo da área de Letras/Linguística, a Revista In-Traduções, que foi um periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC (PGET/UFSC) editorado entre 2009 e 2015. Nesse período foram publicadas doze edições até 2016 e, por decisão de seus editores, o periódico foi descontinuado.
4.1 Desempenho dos periódicos
Para atender a demanda do Laboratório de Periódicos e a necessidade de informar aos editores e documentar a situação de cada periódico, é utilizado o formulário de avaliação por fascículo (Apêndice A). A utilização dessa ferramenta auxilia na identificação dos problemas de normalização, de padronização dos metadados e de endogenia de cada edição publicada. O resultado dessas avaliações e, portanto, do acompanhamento e controle, por parte da equipe do Laboratório, sobre cada edição pode ser observada na Tabela 2, a seguir.
Autores Área periódico | Ensino | Engenharia III | Saúde Coletiva | Interdisciplinar (1) | Economia | Arq. Design | Geografia | Interdisciplinar (2) | TOTAL | |||||||||||
Volume | - | 8 | 8 | 5 | 5 | 5 | 3 | 6 | 7 | |||||||||||
Nº | - | 15 | 17 | 18 | 19 | 20 | 11 | 12 | 13 | 9 | 10 | 1 | 2 | 4 | 2* | 3* | 1 | 2 | 3 | |
Total de Artigos | 0 | 12 | 9 | 15 | 9 | 15 | 9 | 7 | 8 | 6 | 5 | 6 | 8 | 5 | 12 | 13 | 11 | 12 | 15 | 177 |
Ao menos um autor doutor | 0 | 11 | 3 | 11 | 7 | 8 | 9 | 1 | 8 | 4 | 5 | 6 | 8 | 3 | - | - | - | - | - | 129 |
Outros países | 0 | 2 | 1 | 0 | 0 | 0 | 2 | 1 | 0 | 0 | 0 | 2 | 0 | 1 | 0 | 0 | - | - | 1 | 10 |
UFSC | 0 | 3 | 2 | 2 | 3 | 0 | 3 | 2 | 1 | 1 | 1 | 2 | 3 | 1 | 3 | - | - | - | - | 54 |
Sem vínculo informado | 0 | 0 | 1 | 5 | 2 | 3 | 1 | 4 | 5 | 0 | 2 | 0 | 0 | 0 | 5 | 7 | 6 | 7 | 6 | 54 |
Conforme a Tabela 2, a totalização de artigos dos oito títulos ativos publicados por fascículos no ano de 2016, corresponde a 177 artigos. Se comparados com os 146 artigos publicados em 2015 (FACHIN et al., 2016), houve um aumento no numero de fascículos dos periódicos, mesmo com o encerramento de um título. A Tabela 3 também aponta a existência de periódicos em atraso, que não publicaram nenhum número em 2016. O periódico semestral da área de Ensino não publicou nenhum fascículo durante o ano. Os periódicos semestrais da área Engenharia III e Geografia publicaram apenas um fascículo cada, portanto ficaram com uma edição em atraso. Já o periódico Interdisciplinar (2), apesar de ser quadrimestral, publicou cinco fascículos, porém dois deles eram referentes ao ano de 2015.
Ainda de acordo com a Tabela 2, observa-se que dos 177 artigos publicados, 129 têm ao menos um autor doutor, 10 são de autores de outros países, 54 são de autores da própria instituição e outros 54 não informaram seu vínculo institucional.
A falta de conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou equivalentes (dependendo da política adotada por cada periódico), que determinam que deve ser informado o vínculo institucional dos autores e a data de recebimento da submissão dos artigos, pode impactar negativamente na qualificação dos títulos, visto que a análise Qualis/CAPES de periódicos preza pela diversidade institucional do corpo editorial e dos autores. Além disso, indexadores como SciELO e Latindex exigem identificação de afiliação institucional dos autores.
Neste aspecto, é preciso atentar às recomendações das normas da ABNT ou equivalentes (Vancouver / ISO), no caso, as NBR 6021: Informação e documentação – Publicação periódica científica impressa – Apresentação (ASSOCIAÇÃO..., 2015) e NBR 6022: Informação e documentação – Artigos em publicação periódica impressa – apresentação, que tratam de normalização e da indicação de informações aos autores. Também, as demais normas aplicadas diretamente aos artigos, como as de referências, citações ou numeração progressiva, devem ser observadas.
A remessa dos formulários de avaliação (Apêndice A) apontando os problemas de normalização aos editores de cada periódico, anterior e/ou posterior à publicação do fascículo, está obtendo resultados lentos. Isso ocorre, principalmente, devido à rotatividade dos bolsistas e editores, pois exige que se inicie o processo de capacitação várias vezes ao ano, o que dificulta o domínio dos detalhes e o avanço à conformidade com as recomendações das normas da ABNT ou equivalentes, ou dos documentos de área da Capes.
Na seção de análise dos metadados, são verificadas as palavras-chave e links para os textos. Entretanto, somente as palavras-chave apresentaram problemas. A maioria dos problemas encontrados nesta primeira seção está relacionado à ausência de ponto final na última palavra-chave (37%); às separações que são feitas do mesmo modo que nos artigos, por vírgula ou ponto – quando o correto, na plataforma SEER/OJS, é que sejam separadas por ponto e vírgula (36%); e à ausência de letra maiúscula na primeira palavra (27%).
Na análise do sumário, os principais problemas identificados foram referentes ao rótulo do link em PDF/A e, em segundo lugar, à separação do título e subtítulo por dois pontos. O PDF/A é um formato que atende às questões da preservação e segurança dos documentos digitais propostas pela norma ISO 19005-1:2005. Já a separação de título e subtítulo por dois pontos está prevista na norma NBR 6022 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003).
Na análise da formatação dos artigos, os problemas mais frequentes foram relativos à identificação dos autores quanto à filiação institucional, totalizando 48% dos problemas desta seção. Em seguida, com 27%, estão os relacionados à divisão de seções, em alguns casos, a divisão não segue uma ordem lógica, em outros, a numeração não obedece à norma NBR ABNT 6024 e, em uma minoria, sequer há divisão. A data de recebimento e aceitação ficou em terceiro lugar, com 17% das inconformidades. Vale salientar que a data de recebimento e aceitação disponibilizadas no artigo é um critério essencial, pois reflete a velocidade do fluxo editorial.
Os itens relacionados a título, subtítulo e palavras-chave em dois idiomas estavam incorretos ou eram inexistentes em 7% dos casos. Considerando os documentos digitais de livre acesso, o inglês é o idioma mais recomendado, conforme destacam Gruszynski e Golin (2007) e Guédon (2010).
Problemas quanto à legenda bibliográfica ocorreram em 1% dos casos. Já a numeração de páginas e o resumo em dois idiomas não apresentaram ocorrências. Quando se avalia a coerência entre o que está efetivamente no artigo, no sumário do periódico, e o que está registrado diretamente na plataforma SEER/OJS, identifica-se que 44% das inconformidades são referentes à paginação, que aparece marcada diferente do que consta no sumário do periódico. Outros 42%, foram problemas relacionados a diferenças nos nomes de autores, registrados no sumário e no próprio artigo. E 14% eram diferenças nos títulos dos documentos.
Na seção autores, são analisados os números de artigos publicados por fascículos. Diferentemente de outras seções, considera-se apenas o número de artigos com pelo menos um autor doutor, autores de outros países, da própria instituição e sem a filiação institucional explicitada.
A linha a qual o periódico opta por seguir e que deixa explicitado em suas Políticas Editorais e Instruções aos Autores é essencial, conforme discorrem os autores como Meadows (1999); Targino (2000); Fachin e Hillesheim (2006) e as próprias orientações dadas pela Capes (2016) nos documentos de cada área de atuação em que listam seus critérios.
O mesmo ocorre com os artigos de autores da própria instituição. Em alguns casos, não é possível identificar a quantidade de autores doutores, uma vez que o periódico não informa em todos os artigos a formação dos autores. O número elevado de autores da própria instituição também é prejudicial ao periódico, já que evidencia endogenia, o que tem sido um elemento de preocupação em quase todos os títulos hospedados no Laboratório. Apesar das explícitas recomendações da coordenação e da equipe do Laboratório, a mesma continua ocorrendo em níveis inadequados para títulos que pretendam ser classificados como B2 nos Qualis/Capes e/ou ingressar na SciELO, em suas áreas de atuação.
A Figura 1 apresenta o total de problemas observados nas aplicações do formulário de avaliação em 2014, 2015 e 2016.
Observando a Figura 1 pode-se inferir que os problemas mais recorrentes nos periódicos do Laboratório são relativos à explicitação da filiação dos autores, com 34 ocorrências. Esse problema é comum, pois muitos editores confundem a titulação e o currículo do autor com sua filiação institucional, ou não mencionam a qual departamento / programa / núcleo estão vinculados.
Também foi significativa, a incidência de problemas relacionados à formatação de palavras-chave, tanto na plataforma SEER/OJS quanto nos próprios documentos. Somadas, as inconformidades em palavras-chave totalizam 56 e chegam a ultrapassar os de filiação.
4.2 Suporte aos editores
Os serviços prestados aos editores, pelo Laboratório de Periódicos Científicos, estão centrados na parte técnico-científica, com a finalidade de adequá-los aos critérios de qualidade de suas respectivas áreas do conhecimento, visando sua inserção no Portal de Periódicos UFSC. Os serviços são organizados em três partes principais: (1) planejamento e instalação do periódico; (2) suporte e capacitação aos editores e bolsistas; (3) revisão sistemática das edições, com ênfase na padronização, metadados e análise da diversidade institucional, e formação dos autores, de acordo com as recomendações dos documentos da cada área da CAPES. Cabe ao editor de cada título, a responsabilidade sobre as questões de conteúdo, diagramação dos textos, manutenção da periodicidade e a garantia da originalidade e confiabilidade dos artigos que publica.
O suporte aos editores e bolsistas acontece durante a semana, ministrado por profissional técnico administrativo da Universidade e bolsistas capacitados, sob a supervisão da Coordenação do Laboratório Cabe destacar, ainda, que a instalação e manutenção das plataformas do Laboratório e do Portal são viabilizadas pela Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SETIC), condição fundamental para a informação digital, pois além de garantir as questões de segurança e preservação do acervo e dos dados, também é responsável pelas atualizações das versões do OJS.
Os periódicos são percebidos, por alguns editores, como canal de disseminação de artigos de alunos e de professores vinculados a grupos de pesquisas, cursos de graduação ou programa de pós-graduação, ou ainda, ao próprio departamento do qual fazem parte. Para evitar a criação de periódicos com alto grau de endogenia, a partir de 2014, o Conselho Consultivo e Deliberativo do Portal de Periódicos UFSC, passou a exigir, no projeto de criação de novos periódicos, a inclusão dos seguintes anexos (UNIVERSIDADE..., 2014): (1) correspondência de coordenação de Programa de Pós-Graduação na área, declarando da necessidade de mais um título na área; (2) carta da chefia de Departamento do editor do periódico se comprometendo a apoiar o mesmo com a alocação de horas ao editor e condições para o funcionamento e (3) carta do Editor, se comprometendo com a manutenção e busca pela consolidação do periódico e aceitando fazer parte da Incubadora, buscando pelos índices que o levem ao Portal de Periódicos UFSC.
Além do suporte permanente, a cada ano, é apresentado o resultado do acompanhamento, em reunião com os editores, com sugestões de ações para a melhoria do título.
Mesmo com as condições básicas de funcionamento do periódico asseguradas, através da inclusão no site da Incubadora, e a permanente disponibilidade de suporte aos editores e bolsistas, os progressos tem sido lentos e houve pouca alteração nos indicadores Qualis na última avaliação quadrienal. Isto pode ser um indício da necessidade de rever as estratégias de criação de novas revistas, especialmente em cenários periféricos como a América Latina (VESSOURI; GUÉDON; CETTO, 2014).
5 Conclusão
A popularização dos periódicos científicos e o apoio das universidades brasileiras propiciaram a criação de um número significativo de professores e grupos de pesquisa interessados na criação de títulos para suas áreas do conhecimento.
Como dificuldades dos editores, identificadas pela equipe do Laboratório, estão:
a) o desconhecimento dos editores sobre as exigências e a complexidade dos procedimentos e atividades para manter periódicos;
b) a complexidade para o atendimento aos critérios B2 de algumas áreas de conhecimento do Qualis/Capes e/ou SciELO;
c) o volume de trabalho para normalizar os artigos e montar os fascículos do periódico;
d) a dificuldade dos editores em conseguir artigos com pelo menos um autor doutor e filiação diferente de sua instituição;
e) a correta identificação quanto à filiação dos autores;
f) o respeito às estruturas de normalização, tanto na plataforma quanto nos documentos publicados.
Dos nove periódicos que estão no Laboratório, um foi descontinuado e dois apresentaram problemas com a periodicidade, deixando de publicar algumas edições ou publicando as edições no ano posterior ao que deveriam.
Por outro lado, o Laboratório tem investido na capacitação dos editores e seus auxiliares, em critérios de qualidade e no uso da plataforma de editoração científica SEER/OJS. Além de realizar pesquisas na área e produzir material técnico visando à consolidação de portais de periódicos, enfatizando os de cunho científico.
A criação de periódicos não depende do Laboratório, vários editores criam seus títulos e depois solicitam a inclusão no Portal de Periódicos. Mesmo quando o conselho editorial do Portal recusa a inclusão, os títulos seguem em funcionamento, por conta do editor. A facilidade de criação de periódicos e a possibilidade de criar um canal de visibilidade aumenta o número de títulos em diversas categorias, os mais comuns são de estudantes, de áreas muito específicas de conhecimento e regionais, o que pulveriza esforços e dificulta a manutenção dos títulos dentro dos padrões de qualidade científicos.
Agradecimentos
A Luiza Helena Goulart da Silva, pelo suporte na coleta de dados na versão inicial deste trabalho.
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Notas
Autor notes
rosangela.rodrigues@ufsc.br
gleisy.fachin@ufsc.br
luiz.schifini@ufsc.br
enrique.muriel@ufsc.br