Editorial

Editorial

Samile Andrea de Souza Vanz 1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Editorial

Em Questão, vol. 25, núm. 1, pp. 1-4, 2019

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A equipe editorial da revista Em Questão inicia o ano de 2019 repleta de otimismo e disposta a fazer deste um ano melhor para a revista e seus leitores, autores, pareceristas e conselho editorial. O ano de 2018 encerrou com números que demonstram a relevância da revista entre a comunidade de Ciência da Informação: foram 225 submissões recebidas, que já foram ou estão em processo de avaliação em um prazo médio de 66 dias. O trabalho competente e ágil do conselho editorial e pareceristas ad hoc também é reafirmado pelos resultados da avaliação: atualmente são aceitos em média 38% dos manuscritos submetidos à revista. Devido ao grande volume de bons trabalhos que a Em Questão vem recebendo, decidimos ampliar o tamanho dos fascículos, que a partir de agora serão compostos por cerca de 18 artigos.

O primeiro fascículo de 2019 inicia com o artigo O Objeto de museu como documento: um panorama introdutório , de autoria de Maria Lucia de Niemeyer Matheus Loureiro, pesquisadora do Museu de Astronomia e Ciências Afins. O artigo apresenta um panorama das discussões sobre o objeto como documento na Ciência da Informação e na Museologia, identificando pontos convergentes e divergentes nas duas disciplinas.

A presença feminina na ciência foi avaliada com base na produção científica de mais de 40 mil doutoras e doutores brasileiros que atuam na área de Ciências Exatas e da Terra. Os resultados foram publicados em Análise da participação das mulheres na ciência: um estudo de caso da área de Ciências Exatas e da Terra no Brasil, de autoria dos pesquisadores da Universidade de São Paulo – Esteban Fernandez Tuesta, Luciano Antonio Digiampietri, Karina Valdivia Delgado e Nathália Ferraz Alonso Martins.

O fascículo traz duas contribuições para os estudos de colaboração científica. O primeiro deles, de autoria dos pesquisadores Thiago Magela Rodrigues Dias, Gray Farias Moita e Patricia Mascarenhas Dias do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, apresenta uma análise de pesquisadores de todas as áreas de conhecimento e intitula-se Um estudo sobre a rede de colaboração científica dos pesquisadores brasileiros com currículos cadastrados na Plataforma Lattes. O segundo artigo, Colaboração científica intraorganizacional: análise de redes por coocorrência de palavras-chave, de autoria de Nathalia Mendes Gerotti Franco e Leandro Innocentini Lopes de Faria, da Universidade Federal de São Carlos, abrange o aspecto da colaboração intraorganizacional em uma universidade brasileira.

Adriana Stefani Cativelli, William Barbosa Vianna e Adilson Luiz Pinto, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, são autores de Áreas do conhecimento em que as universidades do Sul do Brasil possuem patentes concedidas, estudo que abrangeu 68 patentes concedidas apresentadas por 11 universidades públicas.

A percepção dos discentes acerca das demandas da pós-graduação brasileira foi tema de O produtivismo acadêmico na vida dos discentes de pós-graduação, de autoria de Letícia Silvana dos Santos Estácio, Wemylinn Giovana Florêncio Andrade, Vinícius Medina Kern e Cristiano José Castro de Almeida Cunha, todos filiados à Universidade Federal de Santa Catarina.

Rememorando o perigo: os discursos da mídia nas sucessivas retomadas dos grandes acidentes de origem científico-tecnológica, escrito pelas pesquisadoras da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Maria da Conceição da Rocha Ferreira e Evelyn Goyannes Dill Orrico, discute a relação entre a informação apresentada em veículo de comunicação e sua repercussão no imaginário social.

Juliana Andrade Perdigão e Fabrício José Nascimento da Silveira, da Universidade Federal de Minas Gerais, apresentam Informação simbólica, representações sociais e identidade: aproximações conceituais , em que discutem, a partir de um enfoque multidisciplinar, as dimensões conceituais que aproximam o estudo das representações sociais e da identidade ao campo da informação simbólica.

O papel social do bibliotecário voltado às pessoas trans: aproximações teóricas, de autoria de Guilherme Goulart Righetto, Miriam Figueiredo Vieira da Cunha e Elizete Vieira Vitorino, da Universidade Federal de Santa Catarina, enfatiza a competência em informação como prática social do bibliotecário.

A Praça do Sebo, localizada no centro da cidade do Recife, é objeto de estudo de Hélio Márcio Pajeú e Ana Carolina Correia Sobral, da Universidade Federal de Pernambuco, no artigo A ressignificação da praça pública e do sebo como lugares de mediação cultural .

A área de organização da informação está contemplada com diversos artigos. Os modelos de colaboração de seis softwares editores de ontologia são apresentados em Análise dos modelos colaborativos de softwares para edição de ontologias por meio do Modelo 4C de Colaboração, de autoria de Marcel Ferrante Silva, Joyce Siqueira e Douglas Veronez Santana, da Universidade Federal de Goiás; e Dalton Lopes Martins da Universidade de Brasília.

Ontologias para organização da informação em processos de transformação digital, de Fabrício Martins Mendonça da Universidade Federal de Juiz de Fora e Fernando Hadad Zaidan do Instituto de Educação Tecnológica, discute os conceitos e processos da transformação digital a serem utilizados como estratégias nas organizações, dando um enfoque principal ao uso e aplicação de ontologias.

Método de normalização de sintagmas nominais na indexação automática, de Renato Fernandes Corrêa e Victor Galvão Celerino, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, propõe e avalia um método de normalização de sintagmas nominais em termos canônicos, que visa contribuir para a melhora qualitativa da indexação automática, evitando a dispersão terminológica e preservando as palavras-chave dos autores, presentes no interior dos sintagmas nominais.

A organização da informação voltada ao tratamento do documento arquivístico e suas especificidades foram o tema de Luciane Paula Vital e Marisa Bräscher Basilio Medeiros da Universidade Federal de Santa Catarina, em Representação temática de documento arquivístico: em busca de especificidades; e de Maíra Fernandes Alencar e Brígida Maria Nogueira Cervantes, da Universidade Estadual de Londrina, em Organização e representação do conhecimento arquivístico: em busca de um método para construção de tesauro funcional.

A arquivologia também foi pautada pelas autoras Marcella Mendes Gonçalves Braga e Cynthia Roncaglio da Universidade de Brasília, em Os usos do termo diagnóstico na literatura arquivística.

Produção, busca e compartilhamento de informação no contexto do comércio móvel, de autoria de Maria Aparecida Moura e André Fagundes Faria da Universidade Federal de Minas Gerais, aborda o conceito de consumo e discorre sobre as práticas de produção, busca e compartilhamento de informação no contexto do comércio móvel.

Everton Rodrigues Barbosa, Raquel Alexandre de Lira, Angel Freddy Godoy Viera e Gregório Varvakis, da Universidade Federal de Santa Catarina, discutem as variáveis ambientais que influenciam na gestão das bibliotecas acadêmicas brasileiras no artigo Uso de fontes de informação no monitoramento dos ambientes organizacionais: subsídios para o planejamento estratégico em bibliotecas universitárias brasileiras.

Memória Organizacional na Ciência da Informação: desvendando relações com o Conhecimento Organizacional , de autoria de Rayan Aramís de Brito Feitoza, Laiana Ferreira de Sousa, Ilka Maria Soares Campos e Emeide Nóbrega Duarte, pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, buscam entender as relações entre Memória e Conhecimento Organizacional.

Desejo a todos um ano profícuo e uma ótima leitura!

Autor notes

1 Doutora; Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil;

samile.vanz@ufrgs.br

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