Recepção: 24 Abril 2019
Aprovação: 09 Agosto 2019
DOI: https://doi.org/10.19132/1808-5245262.58-82
Resumo: A fragilidade de uma identidade científica autônoma e o reconhecimento pelos órgãos brasileiros de fomento à pesquisa são desafios para a área de Secretariado Executivo na contemporaneidade. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar características na produção científica atual dos seus pesquisadores que apontem áreas de enquadramento e avaliação pelo CNPq e pela CAPES e um delineamento autônomo na sua identidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória, tomando-se como objeto de análise os artigos publicados em periódicos no último quadriênio de avaliação (2013-2016) pelos docentes mestres e doutores vinculados aos cursos de Bacharelado em Secretariado Executivo das instituições públicas do Brasil. Nos resultados, apresentam-se a distribuição de mestres e doutores por Instituição, os periódicos de publicação, as áreas de abrangências e temáticas de produção abordadas, e como essas informações apontam o enquadramento do Secretariado Executivo às Ciências Sociais Aplicadas, como Grande Área; à Administração, Ciências Contábeis e Turismo, como Área de avaliação; e à Administração como possíveis Subárea. Conclui-se que a produção do conhecimento atual da área é reflexo de uma identidade pautada em sua práxis. Considera-se discutir tais resultados como um ponto de partida para tratar da institucionalização da área sob um ponto de vista conceitual/cognitivo e levantar questões sobre os aspectos paradigmáticos da área.
Palavras-chave: Secretariado Executivo, Produção científica, Reconhecimento Científico, Identidade.
Abstract: The fragility of an autonomous scientific identity and the recognition by the Brazilian agencies to promote research are challenges for the area of Executive Secretariat in contemporaneity. Thus, the objective of this work is to identify characteristics in the current scientific production of its researchers who aim at areas of framing and evaluation by CNPq and by CAPES and an autonomous design in their identity. This is an exploratory research, taking as an object of analysis the articles published in journals in the last four-year evaluation (2013-2016) by master professors and Ph.D. professors linked to the Bachelor's Degree courses in Executive Secretariat of public institutions in Brazil. In the results, we present the distribution of masters and PhDs by the Institution, the publication journals, the areas of coverage and production themes addressed and how this information points to the structuring of the Executive Secretariat's field as Applied Social Sciences, such as the large area; Administration, Accounting Sciences and Tourism as an area of evaluation; and Administration as subarea. Thus, it was possible to conclude that a knowledge production of the current area reflects an identity based on its práxis. The use of results is considered as a starting point for addressing the institutionalization of the area from a conceptual/cognitive view and raising issues about the paradigmatic aspects of the area.
Keywords: Executive Secretariat, Scientific production, Scientific Recognition, Identity.
1 Introdução
1 Introdução
As características da produção científica de um campo são reflexos das suas bases, objetos, práxis, métodos, objetivos e relações. Analisá-las é um mecanismo que possibilita compreender como o seu conhecimento é construído.
Tal análise pode ser realizada por meio dos estudos métricos da informação científica, utilizando-se instrumentos como a bibliometria e cientometria (SILVEIRA et al., 2013; MEDEIROS; VITORIANO, 2015; MORAES; CARELLI, 2016). Eles utilizam a análise de objetos como livros, documentos, artigos, revistas, autores, disciplinas, assuntos, áreas, campos e veículos de comunicação científica para identificar os domínios de interesse, as relações internas e externas entre esses domínios, como funcionam as redes de relacionamento para estes assuntos e como estes cientistas se comunicam (MACIAS-CHAPULA, 1998).
Esses objetos podem ser estrategicamente quantificados, resultando na construção de indicadores, definidos como “[...] parâmetros utilizados no processo de avaliação de qualquer atividade científica.” (HAYASHI; HAYASHI; MARTINEZ, 2008, p.131). Eles são responsáveis por explicar o comportamento e a dinâmica de um campo científico, com fins de aferir o seu desenvolvimento, estruturação, necessidades de estudos, tendências, bem como para auxiliar no processo decisório em uma determinada área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
Consequentemente, são úteis “[...] também para que a comunidade científica conheça o sistema no qual está inserida.” (SANTOS; KOBASHI, 2005, p. 3). Ou seja, conforme Bachelard[1] (1972 apud RABELLO, 2001) são as especializações dos seus domínios, seu objeto de estudo, descrições, leis, teorias, modelos, limites, relações, tendências, entre outros elementos que, em conjunto, compõem o sistema conceitual de um campo (BUNGE, 1980) e definem a sua identidade. É a partir deste sistema que o campo é cientificamente constituído e institucionalizado.
O campo do Secretariado Executivo no Brasil busca estabelecer essa identidade por meio da delimitação dos elementos que constituem a área sob o ponto de vista conceitual, visando a sua institucionalização pelos órgãos brasileiros de fomento à pesquisa. Atualmente, ele não está enquadrado nas áreas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo inseridos na categoria Outros em sua Tabela de Áreas do Conhecimento. Além disso, por não possuir programas de Pós-Graduação (PPG), não está inserido nas áreas de conhecimento e avaliação instituídas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Seus aspectos científicos tornaram-se temas centrais a partir do ano de 2009, no qual a área passou por uma consulta pública realizada pela Secretaria de Ensino Superior (SESU)[2] do Ministério da Educação (MEC). Na ocasião, foi proposta a extinção dos seus cursos de Graduação na modalidade Bacharelado, devido à insuficiência de pesquisa e produção científica que indicassem demarcações de abrangências e limites dos seus domínios de conhecimento. Desta forma, deveria ser mantida apenas a modalidade tecnológica.
Em contrapartida, os docentes e coordenadores desses cursos comprometeram-se em articular esforços e estratégias para o fortalecimento das pesquisas, produção de conhecimento e divulgação de seus resultados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISA EM SECRETARIADO, 2013). Em resposta, houve a criação de novos veículos de comunicação científica e promoção dos veículos já existentes, além da instauração de novos Grupos de Pesquisa na área, reconhecidos pelo CNPq.
Contudo, atualmente, ainda há fatores que são obstativos para que o campo alcance o reconhecimento científico. Entre eles, dois foram considerados os pressupostos principais para a realização deste trabalho.
O primeiro é a diversidade de formação stricto sensu dos seus pesquisadores, causada pela ausência de programas de pós-graduação em Secretariado Executivo. O resultado disso é a elevada dispersão da produção e da comunicação científica dos seus pesquisadores (MAÇANEIRO; KUHL, 2013; IZUKA; ALMEIDA, 2014; CRUZ; CORREIA, 2017, 2018). Tal fator reflete na dificuldade de se construir/identificar uma identidade científica clara e própria.
O segundo é a não identificação consensual e definitiva das bases ontológicas e epistemológicas que alicerçam o seu conhecimento (HOLLER, 2006; NONATO JÚNIOR, 2008; SABINO; MARCHELLI, 2009; MAÇANEIRO, 2012; CRUZ; CORREIA, 2017, 2018).
Face ao exposto, este trabalho tem o objetivo de identificar características na produção científica atual dos seus pesquisadores que apontem áreas de enquadramento e avaliação pelo CNPq e pela CAPES e um delineamento autônomo na sua identidade. Estes indicativos são o ponto de partida para uma discussão em torno da identificação dos elementos que constituem e institucionalizam a área sob o ponto de vista conceitual.
A próxima seção descreve o percurso metodológico realizado para o alcance do objetivo descrito.
2 Percurso metodológico
O estudo foi realizado a partir da análise da produção científica dos docentes dos Cursos de Bacharelado em Secretariado Executivo das Universidades Públicas do Brasil. O corpus de análise foi constituído pelos artigos publicados em Periódicos durante o último quadriênio de avaliação (2013-1016), pelos docentes mestres e doutores e com graduação em Secretariado, vinculados aos cursos das instituições públicas do Brasil. A pesquisa foi realizada por meio de duas etapas básicas, cujos procedimentos e fases estão pormenorizados a seguir.
Continua...
...conclusão.
3 Resultados e análises
A coleta de dados foi realizada no período de maio a julho de 2018. Neste período, foram identificadas 16 instituições públicas que contam com o Curso de Bacharelado em Secretariado Executivo em atividade e autorizados pelo MEC. Foram identificados 51 docentes que atenderam aos critérios, sendo 27 Mestres e 24 Doutores. Eles estão distribuídos em 13 Instituições, conforme apresentado na Tabela 1.
É interessante analisar a quantidade de Profissionais de Secretariado com o título de mestrado e doutorado, sobretudo exercendo a atividade docente, pois seus resultados são bases para a estruturação de dois pilares importantes para o contexto acadêmico-científico da área.
O primeiro, que pode ser considerado como técnico/normativo, diz respeito ao cumprimento das exigências dos sistemas de avaliação instituídos pelo MEC, em um cenário atual, e pela CAPES, em um cenário futuro. Isto porque a formação docente é um dos componentes de avaliação estabelecidos para o processo de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos Cursos Superiores.
O segundo, considerado, aqui, como o pilar identitário, refere-se à necessidade de haver a construção de um conhecimento melhor direcionado e estruturado, o que só é possível com profissionais de Secretariado formando-se como pesquisadores e sendo inseridos nas Instituições de Ensino para ministrar disciplinas básicas do Curso, gerando um processo de reflexão que delimite os domínios da área.
Levando-se em consideração a ausência de PPGs em Secretariado Executivo, fez-se necessário verificar em que medida este fato resulta na diversidade de formação Stricto Sensu destes docentes e quais as suas áreas de formação predominantes. Esta análise é o ponto de partida para entender os seus interesses científicos e perceber como interesses têm conduzido as pesquisas da área.
Assim foram identificadas as áreas de formação, analisando-se a distribuição de docentes por área. Realizou-se, inicialmente, a partir das nomenclaturas do PPGs de origem, de acordo com o preenchimento dos currículos cadastrados na Plataforma Lattes. Foram identificadas 38 áreas de formação, sendo 26 de mestrado e 12 de doutorado. A Tabela 2 apresenta a distribuição dos docentes entre as dez áreas de formação de maior ocorrência.
Tal distribuição, além de ser utilizada para categorizar a produção científica, é importante para a compreensão de como essas formações impactam na caracterização da produção científica desses pesquisadores.
A categoria Outros representa as áreas que possuem 1 docente com tal formação. Ela abrange 16 formações de mestrado (Economia Rural; Letras Neolatinas; Políticas Públicas; Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior; Extensão Rural; Gestão Pública; Educação, Administração e Comunicação; Comunicação e Semiótica; Estudos de Educação; Estudos Linguísticos; Languages and European Marketing; Ciências Ambientais; Linguística Aplicada; Gestão da Informação; Estudos da Linguagem; Letras, Linguagem e Sociedade e 6 de doutorado (Administração Pública e Governo; Ciências Sociais; Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem; Sociedade e Cultura na Amazônia; Programa em Integração da América Latina; Economia e Direção de Empresas).
Sabendo-se que as áreas de formação cadastradas no Currículo Lattes dos pesquisadores são representadas pelas nomenclaturas dos PPGs e que estas não indicam, de maneira explícita, as áreas de conhecimento às quais elas são enquadradas e avaliadas, foi realizada uma adequação[7] destas áreas de acordo com a tabela de Área do Conhecimento da CAPES, garantindo-se a precisão da identificação destas áreas de formação nos três primeiros níveis.
A adequação resultou nas categorias apresentadas no Quadro 2, que foram utilizadas para classificar as áreas de abrangência dos artigos cujas temáticas não eram específicas da área, de acordo com os critérios deste trabalho.
Entre os 51 docentes selecionados, 37 publicaram artigos em periódicos entre os anos de 2013 e 2016, sendo responsáveis pela publicação de 209 artigos, distribuídos em 104 periódicos. Atribui-se esta elevada dispersão ao baixo índice de periódicos que a área possui como foco de publicação, e que, por sua vez, possuem baixa classificação no sistema Qualis da Capes. Atualmente, a área conta com três periódicos específicos – Secretariado Executivo em Revista; Revista de Gestão e Secretariado e Revista Expectativa – e dois com propostas interdisciplinares – Fazu em Revista e Revista Capital Científico – editada pelo setor de Ciências Sociais Aplicadas e que aceitam trabalhos cujos debates sejam direcionados ao Secretariado Executivo. A classificação B2 é a mais elevada entre as respectivas áreas de avaliação desses periódicos.
Buscando compreender o impacto destes fatores na dispersão das publicações, apresenta-se a distribuição da produção por periódicos, indicando o ranking dos mais recorrentes. Para esta construção, foram considerados os periódicos que receberam a partir de 2% das publicações. Quase metade das publicações (45,4%) está concentrada em sete periódicos, conforme mostra a Tabela 3.
Nota-se a presença de quatro periódicos da área de Secretariado: Revista de Gestão e Secretariado; Revista Capital Científico; Revista Expectativa; e Secretariado Executivo em Revista. Isso sugere que, apesar de possuírem baixas classificações no estrato Qualis, estes ainda são os periódicos de preferência destes docentes. Isto mostra que, devido às crescentes discussões acerca da cientificidade na área, pode estar havendo a priorização de produções sobre as temáticas específicas, publicadas, consequentemente, em periódicos específicos.
A Revista de Gestão e Secretariado é a mais recorrente, concentrando 14,8%. Este é o periódico de maior classificação no sistema Qualis entre os periódicos da área, levando-se em consideração a Área de Avaliação de Administração, Ciências Contábeis e Turismo.
Para finalizar a análise da produção científica, é importante perceber a influência destas publicações para o reconhecimento científico da área e para o delineamento de uma identidade própria.
Dos 209 artigos publicados, 196 foram recuperados, representando 93,7% do corpus pretendido. Esse número é suficiente para a realização de uma análise que produza resultados aceitáveis.
Analisar o conteúdo desses artigos objetivou identificar, em um primeiro momento, as áreas de abrangência daqueles que não abordam as temáticas consideradas, pela ABPSEC, como domínio do Secretariado. Assim, a pré-análise do material permitiu selecionar 107 (54,5%) artigos neste critério. Visando compreender a quais áreas do conhecimento as suas abordagens estão direcionadas, eles foram categorizados de acordo com os três primeiros níveis da Tabela de Áreas do Conhecimento da CAPES.
O Gráfico 1 apresenta a concentração das áreas de abrangência identificadas nos artigos, levando em consideração o primeiro nível (Grande Área), mostrando que as publicações atendem a cinco áreas de conhecimento estabelecidas pela CAPES: Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas e área Multidisciplinar; Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Agrárias; Ciências Sociais Aplicadas e Letras, Linguística e Artes. Foi acrescentada a categoria Estudos Interdisciplinares para classificar os trabalhos cujas abordagens apontam relações entre duas Grandes Áreas, evitando a priorização de uma área em detrimento da outra.
Há uma concentração na área de Ciências Sociais aplicadas (50,5%), Ciências Humanas (27,1%) e Estudos Interdisciplinares (12,1%). Nesta perspectiva, a reflexão deste resultado sugere que o cenário atual da produção de conhecimento do Secretariado Executivo aponta o seu enquadramento no Colégio das Humanidades, especificamente na Grande Área de Ciências Sociais Aplicadas. Ao passo que as disciplinas que envolvem as Ciências Humanas ofereçam bases para os seus aspectos teóricos e práticos, bem como sendo possível haver temas transversais a estas disciplinas.
Os desdobramentos para esta sugestão são encontrados na identificação das Áreas Básicas / de Avaliação e nas Subáreas presentes e dominantes. Assim, analisando-se separadamente, foram identificadas 14 abordagens em referências às áreas de avaliação. Dentre elas, quatro foram mais representadas, considerando as áreas que possuíram a partir de 5% de ocorrência: Administração, Ciências Contábeis e Turismo; Educação; Sociologia; e Economia. Sua distribuição está apresentada na Tabela 4.
Os trabalhos que possuíam abordagens que relacionavam mais de uma área de Avaliação foram incluídos na terceira categoria de maior ocorrência, denominada Estudos Interdisciplinares. Eles relacionam as áreas de Administração, Ciências Contábeis e Turismo com as áreas de Ciências Ambientais, Biotecnologia, Sociologia e Educação. Além de relações entre a Sociologia e a Educação.
A categoria outros engloba os 21 trabalhos cujas abordagens representaram menos de 5% das áreas de avaliação. Eles representaram as áreas de Planejamento Urbano/Demografia (3,7%); Ciência Política e Relações Internacionais (4,7%); Ciências Ambientais (3,7%); Letras/Linguística (3,7%); Arte/Música (0,9%); Biotecnologia (0,9%); Ciências Agrárias (0,9%); e Comunicação e Informação (0,9%).
Partindo para uma análise mais especializada, estes trabalhos foram categorizados dentro do terceiro nível das Áreas do Conhecimento, as Subáreas. O Gráfico 2 apresenta a distribuição nas seis áreas com maior concentração de abordagens, levando em consideração o percentual mínimo de 5%.
É importante perceber que, apesar de estas publicações não abordarem temáticas consideradas, atualmente, como domínio do Secretariado, não significa que elas não tragam contribuição à área, mas demonstra que relações de transversalidade são mantidas com áreas que possam influenciar a construção do conhecimento do Secretariado.
A partir da análise do Gráfico 2, entende-se que, nos últimos anos, a produção intelectual dos pesquisadores da área de Secretariado Executivo fora da sua área específica possui um núcleo na Subárea de Administração, representada por 35% das abordagens encontradas nos trabalhos. Vale ressaltar que a Administração também representa o núcleo de áreas de formação Stricto Sensu dos pesquisadores que compuseram o corpus desta pesquisa (35%).
Sabendo-se que as atividades de pesquisa são um reflexo da práxis, entende-se este núcleo como uma marca da atuação deste profissional em ambientes organizacionais, pautada, principalmente nas funções de assessoria, gestão, empreendedorismo e consultoria, como defendido por Sabino e Rocha (2010) e, apresentado pelos GTs da ABPSEC.
Essa especialidade da atuação técnica/profissional é, antes de tudo, encontrada nas Diretrizes curriculares do curso (BRASIL, 2005), que prevê que este profissional deva ser formado com as seguintes habilidades:
Capacidade de articulação de acordo com os níveis de competências fixadas pelas organizações; visão generalista da organização e das peculiares relações hierárquicas e intersetoriais; exercícios de funções gerenciais com sólido domínio sobre planejamento, organização controle e direção; utilização do raciocínio lógico, crítico e analítico, operando com valores e estabelecendo relações formais e causais entre fenômenos e situações organizacionais; habilidade de lidar com modelos inovadores de gestão; domínio de recursos e expressão e de comunicação compatíveis com o exercício da profissão, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais e intergrupais; receptividade e liderança para o trabalho em equipe na busca de sinergia; adoção de meios alternativos relacionados com a melhoria da qualidade e da produtividade dos serviços, identificando necessidades e equacionando soluções; gerenciamento de informações assegurando a uniformidade e referencial para diferentes usuários; gestão e assessoria administrativa; com base em objetivos e metas departamentais e empresariais; capacidade e maximização e otimização dos recursos tecnológicos; eficaz utilização das técnicas secretariais, com renovadas tecnologias, imprimindo segurança, credibilidade e fidelidade no fluxo das informações e iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência das implicações e responsabilidades éticas do seu exercício profissional. (BRASIL, 2005, p. 2, grifos nossos).
As pesquisas relacionadas à Educação são marcadas pela presença de pesquisadores de Secretariado com esta formação Stricto Sensu (9% das formações), além de ser uma discussão necessária neste momento em que se discute a formação, competência e atuação docente destes profissionais nas Instituições de Ensino, como um suporte para a construção/estabelecimento da cientificidade da área.
Os Estudos Interdisciplinares, como uma categoria criada a posteriori, representam 12% dos trabalhos. Dela fazem parte trabalhos que relacionam Administração e Ciências Ambientais; Administração e Biotecnologia; Administração e Sociologia; Administração e Ciências Agrárias; Administração e Comunicação e Turismo e Ciências Agrárias; Sociologia e Educação.
Em seguida, as áreas de Sociologia, Economia e Ciência Política são abordadas por 8%, 7% e 5% da produção, respectivamente. Por fim, 19% dos trabalhos é composto por abordagens de menor concentração. Delas fazem parte publicações na área de Planejamento Urbano e Regional (4%); Turismo (4%); Ciências Ambientais (4%); Linguística (4%); Ciência da Informação (1%); Biotecnologia (1%); Arte (1%) e Agronomia (1%).
A identificação do interesse dos docentes por estudar objetos científicos situados em outras áreas pode reforçar a hipótese levantada por Hoeller (2006) e Durante, Pontes e Barros (2017). Para eles, devido à diversificação das disciplinas ofertadas nos cursos de Secretariado, o seu objeto de pesquisa pode se constituir como interdisciplinar. O primeiro afirma que essa interdisciplinaridade alicerça o conhecimento do Secretariado predominantemente nas Áreas de Administração, Contabilidade, Economia, Direito, Filosofia, Letras, Linguística, Psicologia e Sociologia; ao passo que os segundos consideraram este alicerce predominantemente nas áreas de Administração, Economia, Letras, Linguística e Educação.
O resultado desta pesquisa difere dos autores mencionados, apresentando apontamentos baseados na investigação da produção científica, e sugere que este alicerce está atualmente presente nas áreas de Administração, Educação, Sociologia, e Ciência Política. Basta saber como estas relações estão efetivamente sendo realizadas e não desprezar o fato da influência que a formação Stricto Sensu destes pesquisadores exerce nestas áreas de produção.
Entretanto, apesar destas propostas de interdisciplinaridade, é preciso entender a área a partir de uma construção autônoma de conhecimento, pois, embora não se possa rejeitar a contribuição estrutural que uma ciência proporciona a outra (MORIN, 2000), é necessário que a área delimite seus domínios de maneira a diferenciá-la das áreas em que eles dialogam (DURANTE; PONTES; BARROS; 2017).
Por esta razão, a investigação desta produção é finalizada com a análise dos 89 (45,6%) trabalhos que abordam temáticas consideradas atualmente pela comunidade como domínios do Secretariado, visando à identificação das temáticas específicas que estão sendo mais debatidas atualmente.
Para tanto, buscando uma melhor visualização e para melhor apoiar o alcance dos objetivos finais deste trabalho, após a análise dentro das categorias propostas a priori, sentiu-se a necessidade de realizar uma classificação inicial em quatro categorias básicas, definidas a posteriori, que representassem as abordagens de maneira geral. Isto porque foram observadas tendências maiores nas temáticas de publicação que apontam a constituição de frentes de pesquisas atuais: Aspectos Profissionais; Aspectos Teórico-Acadêmicos; e Pesquisa em Secretariado. Por fim, foi criada uma quarta categoria, denominada de Outras Abordagens para agrupar os trabalhos que não se enquadravam nas categorias principais e possuíam um menor número de abordagens.
O Gráfico 3 apresenta a distribuição destes trabalhos específicos nestas quatro categorias maiores, mostrando como vêm se comportando, nos últimos anos, os interesses dos docentes de Secretariado em torno das suas investigações.
A análise aponta que este campo se mantém apoiado nos aspectos que envolvem as suas práticas profissionais, conferindo-o uma identidade mais tecnicista e aplicada, e este direcionamento representou 65,1% da produção científica dos pesquisadores da área nos últimos anos. Sobre isso, Hoeller (2006) afirmou que a construção disciplinar e interdisciplinar do conhecimento em Secretariado Executivo pode levá-la a assumir um posicionamento mais técnico e menos teórico, mais profissional e menos acadêmico, uma vez que a sua construção curricular faz com que o curso ofereça
[...] oportunidades para que o acadêmico obtenha a teoria e a prática e amplie a extensão dos seus conhecimentos, mas sua especificidade, quase sempre, movida pela necessidade de contribuir para fins práticos, de ordem mais ou menos imediata. (HOELLER, 2006, p.144)
Entretanto, também nos últimos anos, nota-se o interesse pela relação da área com a pesquisa, com o intuito de compreendê-la sob uma perspectiva mais científica, visando estabelecer os seus elementos institucionalizadores no ponto de vista cognitivo, como ponto de partida para a abertura de programas de Pós-Graduação. Tal interesse é refletido nos trabalhos que se enquadram na segunda e na terceira categorias, que juntas, somam 28,2% da produção.
Alguns marcos institucionalizadores foram fundamentais neste sentido. Pode-se reconhecer que a Consulta Pública feita pelo SESU/MEC, no ano de 2009 foi um dos primeiros que fizeram com que a área reconhecesse a necessidade de se investir nesta abordagem e com ela assumisse um compromisso.
A criação da Revista de Gestão em Secretariado, no ano de 2010, o periódico específico com melhor avaliação no Qualis/CAPES e do ENASEC, no ano de 2011, proporcionou espaços para estes debates e estimulou a produção e disseminação de conhecimento nos aspectos científicos, teóricos/conceituais e acadêmico. Por fim, a criação da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Secretariado (SBPSEC), estabelecida como Associação de Pesquisa em 2013 (ABPSEC) complementa estes marcos incentivadores.
A estas quatro categorias foram enquadradas 12 subcategorias, tomando por base os temas dos GTs do ENASEC. Ressalta-se que houve adequações de algumas categorias e a criação de outras. Como resultado, os enquadramentos das subcategorias nas categorias maiores estão apresentados no Tabela 5, em forma de distribuição.
A partir desta análise mais específica, percebe-se que as temáticas sobre Contexto da atuação profissional e do mercado de trabalho são as mais pesquisadas, com 37% das ocorrências. Estes fazem referência aos diferentes ambientes em que o profissional de Secretariado exerce as suas atividades nos três setores da economia. Também há uma tentativa de contextualizar essas ações profissionais em diferentes Estados e Regiões do Brasil, verificando questões como nível de participação deste profissional de acordo com as particularidades locais, os diferentes níveis de oportunidade para a profissão, o estereótipo do profissional nestas diferentes localidades e áreas de atuação, as funções exercidas, sobretudo em ambientes organizacionais públicos e privados, além de trabalhos envolvendo relatos e estudos de caso.
Em seguida, a temática Pesquisa em Secretariado esteve presente em 17% dos trabalhos, com ênfase em trabalhos sobre as publicações realizadas nos quatro periódicos científicos da área, bem como em seu principal evento científico, o ENASEC. Estas investigações têm sido feitas com o intuito de compreender quais os objetos de estudo da área e como estes têm sido abordados e se estabelecido, na tentativa de perceber a identidade da área em um contexto independente e autônomo.
As Questões de gênero e identidade daqueles que exercem a profissão foram representadas por 8% dos trabalhos, enquanto as relações de interdisciplinaridade aparecem em 6,7%. Este percentual é representado por estudos que relacionam o Secretariado com as áreas de Administração, Ciência da Informação, Sociologia, Comunicação, Letras/Linguística.
Há ainda a ocorrência de trabalhos que abordam as Línguas materna e estrangeiras (5,6%) como parte da formação e atuação do profissional de Secretariado. Isto reflete a dinâmica que o Curso tem de formar profissionais com o domínio e articulação adequados da Língua Portuguesa e de um segundo idioma, conforme estabelecido pelas suas Diretrizes Curriculares. Neste sentido, observa-se a existência de Cursos denominados Secretariado Executivo Bilíngue, como o curso da UFPB e de Secretariado Executivo Trilíngue, a exemplo dos cursos da UFV, UEPA e da UEM.
Os demais trabalhos representam temáticas que foram menos abordadas, de acordo com a porcentagem escolhida para o critério desta análise. São temáticas que envolvem as competências profissionais sugeridas por Sabino e Rocha (2010): Assessoria Secretarial (4,5%); Gestão Secretarial (4,5%); Consultoria (2,2%); e Empreendedorismo (2,2%). Além de trabalhos envolvendo Ensino e Aprendizagem (1,1%) e Gestão da Informação (1,1%) A próxima seção apresenta as considerações finais acerca desta pesquisa.
Considerações finais
Analisou-se a produção científica dos pesquisadores da área de Secretariado Executivo, com base nos artigos publicados em periódicos no ultimo quadriênio (2013-2016). Tal investigação objetivou identificar características na produção científica atual dos seus pesquisadores que apontem áreas de enquadramento e avaliação pelo CNPq e pela CAPES e um delineamento autônomo na sua identidade.
Tomam-se seus resultados como um ponto de partida para discussões sobre a constituição dos elementos que institucionalizem a área do ponto de vista conceitual/cognitivo, bem como para o estabelecimento da sua pós-graduação stricto-sensu.
Esta não é uma discussão nova. Os fatores obstativos para a delimitação de uma identidade autônoma e para o reconhecimento da área já são tema de alguns estudos. Como anteriormente mencionado, são considerados entraves principais: a descaracterização da produção científica e da formação dos seus pesquisadores, causada pela ausência de PPG na área; e a não identificação das bases ontológicas e epistemológicas que alicerçam o seu conhecimento. Entretanto, buscar delimitar as características e verificar caminhos para este reconhecimento atribui a esta pesquisa o caráter inovador que o diferencia dos demais trabalhos.
Contudo, outras limitações para a sedimentação da área foram encontradas ao longo da discussão dos resultados desta pesquisa e merecem menção. Uma delas é a necessidade de fortalecimento do seu sistema de comunicação científica, sobretudo no que se refere aos periódicos específicos. Possuir periódicos específicos de qualidade para que as temáticas da área sejam discutidas e difundidas abre espaço para que este conhecimento seja legitimado pela comunidade científica, conferindo visibilidade às comunicações, aos pesquisadores e colaborando com o processo de institucionalização da área perante os pares.
A segunda limitação aqui encontrada também possui relação com a comunicação científica. Refere-se à cultura de publicação dos seus pesquisadores, visto que é ínfimo o número de publicações em periódicos melhores avaliados pelo Qualis/CAPES. Durante a investigação, foram identificadas apenas duas publicações em periódicos de classificação A no Estrato Qualis/CAPES nos quatro anos investigados. Entende-se que a comunicação feita por meio de periódicos de qualidade atestada resulta em um conjunto de privilégios que indicam visibilidade, reconhecimento e legitimação de pesquisas científicas, bem como maiores condições para participar do sistema de recompensa da Ciência, estabelecido, no Brasil, pelo CNPq e pela CAPES.
São conhecidos e foram apresentados, ao longo desse trabalho, os componentes sociais deste campo: Instituições; cursos de graduação; entidades profissionais e acadêmicas; periódicos especializados; eventos científicos; docentes; e pesquisadores. Contudo, as fragilidades dos alicerces conceituais/cognitivos são, consensualmente, reconhecidas pela sua comunidade.
Nonato Júnior (2009) afirma que isto não significa que estes elementos não existam, mas que eles ainda não foram sistematicamente investigados, ou seja, não se encontram escritos e publicados. Entretanto, com a ausência de PPGs específicos, encontrar um ambiente propício para o desenvolvimento de estudos nesse nível de profundidade é outro nó neste processo.
Isto porque os ambientes da Pós-Graduação, sendo os mais propícios para o desenvolvimento deste tipo de pesquisa, possuem o compromisso de fortalecer a própria área, tornando os temas relacionados ao Secretariado Executivos pouco abordados e interessantes.
Deixa-se claro que o trabalho não visa investigar os elementos cognitivos e sociais de sua constituição e institucionalização, embora, obrigatoriamente, perpasse estas questões. Mas trata-se de uma investigação pontual, em que indicar uma área para o seu enquadramento e avaliação se torna uma discussão antecedente. E, por estar inserida a problemática da ausência de PPGs, foram escolhidas as áreas da CAPES como categorias para classificação das suas áreas de pesquisa.
Como possibilidade, foi possível vislumbrar uma tendência de aproximação do Secretariado Executivo das Ciências Sociais Aplicadas, como possível Grande área de enquadramento e da Administração Ciências Contábeis e Turismo como área de avaliação, tendo a Administração como Subárea. Isto porque a investigação permitiu perceber que o núcleo da atividade de pesquisa analisada, bem como da formação dos docentes recaem sobre estas áreas.
A identificação de abordagens mais técnicas e direcionadas ao mercado de trabalho, em detrimento das teóricas e epistemológicas encontradas nos trabalhos relacionados com a área, pode ser um indicativo de que ela, atualmente, esteja voltada para uma identidade mais técnico-profissional e menos teórico-acadêmica.
Entretanto, devido aos marcos históricos citados ao longo deste trabalho e as suas influências nas atividades de pesquisa e no reconhecimento das suas necessidades em um viés científico, é interessante discutir e vislumbrar a possibilidade do surgimento de um novo paradigma que coexistirá com o paradigma vigente, à medida que os incentivos continuem e sejam retroalimentados: um paradigma teórico-científico que, mesmo fruto da sua práxis, fomente os estudos em busca da origem e do estado atual do seu conhecimento, bem como na construção/identificação de um objeto autônomo. Este é o desafio: atender, de um lado, às demandas profissionais, e, do outro, às demandas epistêmicas.
As primeiras estão situadas no paradigma vigente, aquele que desde o início tem estabelecido a identidade da área e, consequentemente, é refletido nas características das atividades de pesquisa da área. Isto é importante para que a área continue se afirmando e firmando as suas bases de atuação e práticas profissionais.
Por outro lado, vive-se um momento de crise pré-paradigmática, na qual os seus elementos sociais discutem o desenvolvimento da área em seus aspectos científicos, incentivando os seus pesquisadores a atuarem no paradigma previsto, de acordo com o cenário atual de incentivo.
Atender às duas perspectivas oferecerá flexibilidade para dois tipos de atores: os profissionais tecnicistas e aqueles que pretendam assumir os estudos da pesquisa na área. Ambos são importantes para a institucionalização definitiva deste campo. Essa integração é que permitirá o campo alcançar outros patamares de reconhecimento e visibilidade.
Por fim, é importante mencionar que esta investigação não encerra o estudo, pois seus resultados são apontamentos iniciais baseados em apenas um eixo de uma estrutura complexa. Esta discussão deve inserir outros eixos estruturais (como grupos de pesquisa), além de uma investigação mais exaustiva (incluindo outros meios de comunicação científica) e sistemática. O que faz deste trabalho um estudo embrionário, que traz à luz questões cujas raízes são mais profundas e indica caminhos para uma investigação mais conclusiva.
Gratidão
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.
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Notas
Autor notes
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