Análise de cocitação e identidade do periódico Em Questão

Analysis of cocitation and identity of the journal Em Questão

Fernanda Bochi 1
Universidade Estadual Paulista, Brasil
Rene Faustino Gabriel Junior 2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
Ana Maria Mielniczuk de Moura 1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Análise de cocitação e identidade do periódico Em Questão

Em Questão, vol. 27, núm. 4, pp. 469-487, 2021

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Recepción: 30 Julio 2021

Aprobación: 02 Agosto 2021

Resumo: A identidade de citação é o conjunto de autores que um pesquisador recita em suas pesquisas. O mesmo conceito é aplicado no contexto do periódico científico, buscando identificar o repositório teórico destacado pela revista. Portanto, nossa pesquisa tem como objetivo identificar a identidade de citação da revista Em Questão, a partir da análise de citação. Neste estudo, utilizou-se um recorte temporal de 18 anos, separado em três períodos de seis anos, que compreendem: 2003-2008; 2009-2014; 2015-2020. Os dados foram coletados na base de dados Brapci e transportados para o Excel, com a identificação dos campos de autores, do ano de publicação, do título do periódico e do tipo de publicação. Os resultados mostram que a tipologia documental predominante foram os livros, correspondendo a mais de 45% das citações, 35% de artigos científicos, 10% de capítulo de livro, e os demais documentos abaixo de 5%. Contudo, em 2014, o uso dos artigos científicos sobrepôs-se aos livros, concentrando-se em torno de 40%. Dos 20 periódicos científicos mais citados, 12 (60%) são nacionais e oito são estrangeiros (40%). Sugere-se pesquisas comparando com outros periódicos nacionais voltados à Ciência da Informação, bem como um estudo com o mesmo recorte temporal para identificar a elite de pesquisa ao longo dos 18 anos de existência da Em Questão.

Palavras-chave: Identidade de Citação, Periódico Científico, Análise de Citação, Em Questão.

Abstract: Citation identity comprises a group of authors that researchers recite in their research. The very same concept is applied in the context of scientific journals, as it seeks to identify the theoretical repository highlighted by the journals. This research aims to identify the citation identity of the journal entitled Em Questão based on citation analysis. In this study, an 18-year time frame has been used, separating it into three periods of six (6) years that comprise: (2003-2008); (2009-2014); (2015-2020). Data were collected in the Brapci database and transported to Excel, with the identification of author fields, years of publication, journal titles, and types of publication. The results show that the predominant document typology was books, which corresponded to more than 45% of citations, scientific articles to 35%, book chapters to 10%, and other documents to below 5%. However, in 2014 the use of scientific articles overlapped books, concentrating a total of around 40%. Out of the 20 most cited scientific journals, 12 (60%) are national and 8 are foreign (40%), hereby suggesting that researches can be compared to other national journals focused on Information Science, as well as to studies within the same time frame to identify the research elite throughout 18 years of existence of Em Questão.

Keywords: Citation Identity, Scientific journal, Quote Analysis, Em Questão.

1 Introdução

No processo de comunicação científica, o pesquisador se respalda de um corpo teórico que fundamenta suas pesquisas e utiliza critérios de visibilidade e escopo para publicar seus resultados. Essa seleção natural faz com que as revistas consolidadas sejam consideradas relevantes para certos domínios, ou subdomínios do conhecimento. Nesse processo de notoriedade e valorização de algumas revistas, observa-se a necessidade de analisar qualitativamente e quantitativamente as características que elas vão adquirindo ao longo da sua existência.

O uso de análise de citação como método contribui para compreender e investigar o comportamento e aferir as peculiaridades dos periódicos, assim como o impacto das publicações. A partir dos trabalhos publicados nessas revistas, é possível delinear sua imagem e identidade de citação, conceitos descritos por White (2001) e apresentados ao longo do trabalho.

Partindo dessa problemática, este trabalho busca investigar a identidade de citação do periódico Em Questão, a partir da análise de citação. Tendo como delimitação temporal somente as publicações da revista Em Questão, compreendidas entre 2003 e 2020 (18 anos), este estudo tem como objetivo avaliar diacronicamente os índices de citação do periódico e caracterizar a sua identidade de citação a partir das referências presentes nos trabalhos publicados.

Portanto, apresentaremos a inscrição teórica, a metodologia, para por fim, demonstrar os resultados referentes à análise de citação em três períodos distintos da Em Questão.

2 Arcabouço teórico

A ideia de uma revista científica da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) como um projeto experimental dos alunos na disciplina de Jornalismo II tinha como objetivo iniciar o debate sobre as tendências teóricas e práticas na Comunicação, bem como divulgar os estudos realizados por professores e alunos da Fabico (PEDROSO; WEYNE, 1986). Surge, então, em 1986, a Revista de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apresentando as tendências teóricas e práticas na Comunicação e divulgação de estudos por meio de publicações na forma de reportagens, entrevistas, artigos, ensaios, comentários e resenhas.

A revista editada de forma impressa teve edições anuais de 1986 até 1990, sendo interrompida e retomando outros fascículos irregulares, em 1994, 1996 e 2000, publicando nas subáreas de Documentação, Jornalismo e Editoração, Teorias da Comunicação, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, Rádio e Televisão, Cinema, Fotografia e Vídeo, Semiótica, Design e Comunicação Visual (PEDROSO, 2000).

Em 2003, a revista alterou seu título para Em Questão, mantendo o volume e o ISSN 0103-0361 de sua antecessora, aproximando-se do Programa de Pós-Graduação em Comunicação com a aprovação do programa de Doutorado, em 2001. Além de sofrer correções no seu escopo, passou a receber artigos originais da Ciência da Informação e de demais áreas correspondentes. Sob o comando da Prof.ª Jussara Pereira Santos (2003-2004), do curso de Biblioteconomia, publicou quatro fascículos, sendo eles semestrais, intercalando as temáticas da Ciência da Informação e da Comunicação.

A partir de 2005, a Prof.ª Cassilda Golin Costa, com formação na área de Comunicação Social e mestrado e doutorado em Linguística e Letras, assume como editora e insere a revista no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), alterando o ISSN da revista para 1807-8893, em sua versão impressa, e 1808-5245, para a versão eletrônica. Entre 2009 e 2011, o comando da revista passa para o Prof. Valdir Jose Morigi, da área de Biblioteconomia, e, entre 2012 e 2013, para o Prof. Alexandre Rocha da Silva, da área da Comunicação. Essa variância nas áreas dos editores fez com que a revista publicasse sempre na área de Comunicação e Informação, tendo alternâncias das áreas, conforme formação e influência dos editores na captação de artigos. Em 2014, a revista passou a fazer parte do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação (PPGCOM), publicando apenas artigos da área de Ciência da Informação (VANZ, 2021).

A partir de 2014, a Prof.ª Samile Andréa de Souza Vanz assumiu a função de editora, a qual permanece até a presente data. Sob a coordenação de Vanz, pesquisadora da área de Produção Científica, Bibliometria e Cientometria, a revista amplia sua visibilidade, melhorando sua estratificação de B1 no Qualis 2010-2012, para A2, no Qualis 2013-2016 (VANZ, 2021).

Em dezembro de 2020, a revista passa a ser coordenada pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCIN), criado em 2018, com foco na área de Ciência da Informação, Biblioteconomia e Arquivologia. Em sua existência, a revista Em Questão apresenta algumas particularidades, principalmente na relação interdisciplinar das publicações entre a Comunicação e a Ciência da Informação.

Considerando a sua trajetória, torna-se pertinente analisá-la com base nos indicadores bibliométricos, a fim de fornecer subsídios importantes que contribuam para a compreensão da identidade da revista Em Questão, principalmente referente às citações.

Considerando a sua trajetória, torna-se pertinente analisá-la com base nos indicadores bibliométricos, a fim de fornecer subsídios importantes que contribuam para a compreensão da identidade da revista Em Questão, principalmente referente às citações. Os periódicos científicos são a principal fonte de comunicação do ambiente acadêmico. Suas publicações contribuem para o progresso da ciência e para a atualização das comunidades epistêmicas, uma vez que é neles que pesquisadores publicam seus estudos, a fim de apresentar à comunidade científica os resultados das pesquisas. Como disseminadores da informação científica, os periódicos são alvos de análises e discussões entre editores, pesquisadores e coordenadores de programas de pós-graduação. Isso porque a qualidade das revistas científicas é um dos itens considerados relevantes no processo de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e das agências de fomento.

Avaliar a qualidade dos periódicos é uma das práticas adotadas pelos pesquisadores da área da Ciência da Informação. Eles utilizam como metodologia as diferentes tipologias dos Estudos Métricos da Informação, sendo a análise de citação a mais comumente aplicada, uma vez que permite, como afirmam Prado e Nogueira (2020), identificar as relações documentais e os mais diversos comportamentos da comunidade científica.

Ziman (1979) destaca que a citação bibliográfica se apresenta como evidência do comportamento derivativo e cumulativo da literatura de uma área, de forma a constituir em fundamento para trabalhos posteriores, explicitando as relações e os cruzamentos de informações, a partir de trabalhos anteriores.

Garfield (1955) desenvolveu os índices de citações, principalmente, para identificar os periódicos mais relevantes em áreas específicas do conhecimento, com a intenção de racionalizar a escolha das assinaturas de periódicos. Com base nas referências citadas por determinado(s) autor(es), Garfield percebeu que esse princípio era a forma mais simples e precisa de identificar os relacionamentos entre documentos de um mesmo assunto.

Desse modo, os índices de citação possibilitam a análise de quem, ou qual periódico, está sendo citado. Dessa forma, na visão de Garfield (1979), pode-se considerar os índices de citação como uma medida de qualidade dos periódicos. Para Spinak (1996), a análise de citação é um procedimento bibliométrico que analisa os padrões e a frequência das citações feitas e recebidas pelos autores em periódicos, revistas e disciplinas; também estuda a relação entre os documentos citados e os citantes (SPINAK, 1996).

Os indicadores bibliométricos, como menciona Gabriel Junior (2014), apoiados em produção, citação e ligação, são a maneira mais eficiente de mensurar a produção e o uso da ciência, pois têm como função compreender o contexto da pesquisa e do pesquisador, bem como as mudanças da comunidade científica. Além disso, os indicadores contribuem com o desenvolvimento de políticas científicas. Sendo o periódico o principal meio de comunicação da comunidade científica, compreende-se que a melhor forma de avaliá-lo é a partir dos indicadores de produção e citação.

Os indicadores de produção espelham a evolução da área por meio dos produtos por ela gerados. Medidos pela contagem de trabalhos e tipologia documental citadas, são os mais preconizados para avaliar o desenvolvimento científico (GABRIEL JUNIOR, 2014). Por sua vez, os indicadores de citação mensuram as citações recebidas ou concedidas, refletindo a influência e a visibilidade de um periódico, artigo e pesquisador. Por meio da análise de citação, podemos inferir a identidade e imagem de citação de um pesquisador ou periódico.

White (2001) define a identidade de citação como o conjunto de autores que um pesquisador recita (cita mais de uma vez) em suas obras, e a imagem como sendo o conjunto de autores com os quais o pesquisador é citado na literatura científica, por quem ele é reconhecido.

A identidade de citação de um pesquisador ou periódico revela-se pelas recidivas de referências de determinados autores ou periódicos nas publicações, divulgando os norteadores de tais pensamentos científicos. Nesse cenário, as referências podem ser divididas em dois grupos: aquelas citadas uma única vez e as mencionadas com maior constância. Por sua vez, a imagem de citação é construída a partir de quem cita e está relacionada ao conjunto de autores com quem foi citado simultaneamente (GRÁCIO, 2020). Nesse sentido, avaliar a produção científica por meio do periódico é uma atividade que colabora para o desenvolvimento da ciência e para compreender o comportamento de determinada área do conhecimento.

A identidade de citação de um autor ou pesquisador é construída no momento que ele escolhe os autores que farão parte das discussões das suas ideias. Grácio (2020) elucida a identidade de citação de um pesquisador ao mencionar que essa se consolida à medida que o autor aumenta a sua produtividade e, consequentemente, recita alguns autores anteriormente referenciados. Isso manifesta os autores que iluminam suas concepções científicas.

White (2000; 2001) procurou apresentar como os estudos bibliométricos eram promissores para identificar a identidade e a imagem intelectual de um pesquisador. O autor considera que a imagem de citação é desenvolvida por quem cita outros autores conjuntamente. Tal prática não se dá de maneira planejada, mas surge à medida que o autor constrói sua identidade e aproxima autores, apropriando-se, legalmente, das ideias por eles desenvolvidas. Esses insights sobre o universo em análise oferecidos pela literatura e a posse do intelecto da comunidade científica é que dão ao pesquisador o que White (2001) chama de identidade. Dessa forma, entende-se que tal prática se desenvolve na medida em que o pesquisador progride em suas atividades acadêmicas e científicas.

Cronin e Shaw (2002), a fim de explorar melhor o método proposto por White, aplicam a mesma metodologia com a intenção de analisar a produção dos pesquisadores Blaise Cronin, Stephen Harter e Rob Kling, todos da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. O estudo indicou que as abordagens bibliométricas para caracterização da identidade e imagem de citação dos autores constituem o que os autores chamaram de “marca d’água” da produção acadêmica.

Por sua vez, Swarna, Kalyane e Kumar (2017) realizaram um estudo egocêntrico sobre o renomado físico indiano, Homi Jehangir Bhabha. Os autores caracterizaram o perfil de publicação do cientista, seus coautores, seus trabalhos mais citados, sua identidade e sua imagem de citação. A partir dos resultados, Swarna, Kalyane e Kumar (2017) identificaram que a identidade de citação do físico consistia em 212 autores diferentes, dos quais seis foram ganhadores do Nobel, e sua taxa de autocitação de 20,9% indicava uma autoconsistência do pesquisador no seu campo de atuação. Tais resultados indicam a relevância dos estudos sincrônico e diacrônico sob a ótica das elites de pesquisa das diferentes áreas.

Bonnevie-Nebelong (2006) estudou a identidade e a imagem de citação do Journal of Documentation. Segundo a autora, analisar os periódicos sob a perspectiva das referências dos artigos neles publicados proporciona identificar, também, as taxas de autocitação. Segundo ela, níveis elevados de autocitação podem inferir um isolamento do periódico dentro do domínio científico, enquanto baixas taxas de autocitação indicam alto nível de influência do periódico científico dentro da comunidade. Da mesma forma, Bochi, Gabriel Júnior e Grácio (2020) aplicaram tal metodologia no Scientometrics, a fim de elucidar a identidade de citação de um dos mais renomados periódicos no campo da informetria. O estudo apresentou a autocitação como uma característica da revista, embora apresentando um decréscimo, o que indica a jovialidade dela. Os resultados também mostraram que a Scientometrics vem se consolidando a partir de periódicos de alto reconhecimento.

Um estudo realizado por Martínez-Ávila, Ibekwe e Bochi (2020) identificou o papel crucial do editor-chefe para o desenvolvimento e a consolidação da identidade científica da revista analisada. Observou-se, a partir de uma análise por quinquênios, que as relações de colaboração também sofreram modificações ao longo dos mais de 30 anos de existência do periódico, apresentando uma comunidade epistêmica mais heterogênea e de caráter internacional. Sendo assim, considerando que cada autor, ou cada periódico, tem sua identidade científica, optou-se, neste estudo, por fazer recortes diacrônicos em blocos de três em três anos, desde sua primeira edição, em 2003, até 2020, sendo ao total seis períodos a serem analisados, conforme detalhado na metodologia a seguir.

3 Procedimentos metodológicos

A revista Em Questão tem todos seus fascículos indexados na Brapci, totalizando 843 documentos, até 2020, com seus respectivos documentos. Para formação do corpus de análise, foram retirados os documentos das seções de editorial, expediente e apresentação, resultando em um total de 772 trabalhos publicados. Esses trabalhos foram convertidos de sua versão original em PDF para o formato texto (.TXT) com o software “pdf2text” nativo no Linux Ubuntu.

Dentro dos arquivos, foram recuperadas todas as referências e realizado um algoritmo em Natural Language Process (NLP) para identificar as estruturas das referências e, por consequência, classificar em uma das 22 tipologias de fontes predefinidas, como: artigos, livros, capítulos de livros, teses, dissertações, legislação, páginas web, entre outros. Também foram registrados os anos de publicação do trabalho e da fonte citada e o identificador persistente da Brapci, para localização. Os resultados foram gravados em um banco de dados em MySQL e, depois, exportados para uma planilha CSV aberta, para análise no R e Excel®.

Com base nesses dados, que compreendem 18 anos, foram divididas em três partes iguais, sendo seis anos cada uma das etapas, a saber: primeira etapa (2003-2008); segunda etapa (2009-2014); e terceira etapa (2015-2020). Os dados foram coletados na base de dados Brapci, no dia 15 de fevereiro de 2021, e transportados para o Excel, com a identificação dos campos de autores, ano de publicação, título do periódico e tipo de publicação. Para a análise dos dados, foram selecionadas as referências que citavam os periódicos com, pelo menos, 60 das citações.

4 Resultados e discussão

Nos 18 anos de publicações analisadas da revista Em Questão, de 2003 a 2020, foram identificados 772 trabalhos, o que representa uma média de 43 trabalhos por ano. Desse total, 17.838 referências foram coletadas, registrando uma média de 23,1 citações por trabalho publicado. Essas referências, aqui chamadas também de citações, em uma primeira análise, foram separadas por tipologias de fontes.

4.1 Tipologias das fontes

O início dos anos 2000 foi um marco muito importante para o desenvolvimento e a divulgação da ciência no Brasil. Nesse período, surgia a Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste (BOAI – Budapest Open Access Initiative) e o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), que foi um importante instrumento para o tratamento e a disseminação da produção científica brasileira. O Gráfico 1 demonstra a evolução das fontes utilizadas nos artigos publicados na revista Em Questão, desde seu primeiro fascículo, em 2003, com representatividade de mais de 1%. Observa-se que, até 2014, havia a preferência em citar a fonte livro, mas, a partir desse ano, os artigos e as revistas passaram a representar mais de 35% das fontes citadas. Nesse mesmo período, como elucidaram Rios, Lucas e Amorim (2019), dentre as muitas declarações já existentes, surge a Declaração de Haia, tratando sobre Big Data e Mineração de dados, apresentando diretrizes e reflexões sobre o uso dos dados, a fim de dirimir as barreiras de acesso e exploração pelos cientistas.

A criação de todas as declarações (Santa Fé, Budapeste, Bethesda, Berlim, Haia) permite compreender o processo evolutivo do uso de artigos científicos pela comunidade científica. Além disso, tem-se outras duas hipóteses para o aumento do uso de artigos, uma associada à incorporação da revista ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, ocorrida em 2014, quando passou a publicar somente artigos e resenhas da área da Ciência da Informação, e a outra com a estratificação da revista como B1 no Qualis (2013-2016), motivando pesquisadores e estudantes de pós-graduação da área de Ciência da Informação a publicar na revista.

Tipologia das fontes citadas na revista Em Questão, conforme data de publicações dos artigos
Gráfico 1
Tipologia das fontes citadas na revista Em Questão, conforme data de publicações dos artigos
Fonte: Dados da pesquisa.

Não se observou um crescimento significativo na tipologia “Anais de eventos”, sendo que, nessa tipologia, o Enancib aparece como o evento mais citado, com 87 ao total de todos os períodos. O Enancib é um evento promovido anualmente pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ancib). Outro evento citado na área foi o Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria (EBBC), com 41 referências, que ocorre a cada dois anos. Influenciado pelo vínculo anterior da revista ao PPGCOM, aparecem citações para o evento Intercom, anual da área de Comunicação, com 34 referências.

A utilização de literatura cinzenta, como as teses e dissertações, também está estável desde 2003, mantendo-se 1,6% para tese e 1,9% para as dissertações na média de todo o período analisado. Esses dados demonstram que, mesmo com a disponibilização on-line dessa fonte, ainda é pouco utilizada como fonte de informação para as pesquisas.

Considerando a vida média das fontes citadas, o livro e os capítulos de livros foram os que apresentaram maiores valores; e, considerando a facilidade de acesso on-line, a fonte a cada período analisado vem aumentando sua vida média, passando do período (2003-2008) de 10,39 anos para 12,43 (2009-2014) e 14,42 anos (2015-2020), o que pode demonstrar grandes obras produzidas no início do século XX, ou a falta de renovação da literatura na área. O mesmo efeito ocorre com os artigos, tendo uma vida média de 7,8; 10,95 e 12 anos nos mesmos períodos, aumentando a vida média em três anos a cada período. Esse efeito precisaria ser estudado, com a análise de citação das fontes específicas, que não faz parte deste estudo. Entretanto, teses e dissertações estão diminuindo o tempo de seu consumo, passando de 10,87 anos no primeiro período, para 8,56 anos no último, motivado, principalmente, pelo projeto de Lei 1.120/2007, que obriga as instituições públicas de ensino superior a construírem os repositórios institucionais para depósito do inteiro teor da produção técnico-científica do corpo discente e docente, contribuindo para a visibilidade desse tipo de publicação.

4.2 Identidade de citação de periódicos

Com o objetivo de identificar as publicações que os artigos da revista Em Questão citou, temos a Tabela 1. Foram analisadas 4.797 citações a periódicos, dos quais os 20 mais citados concentram 31,1% de todas as citações realizadas, com predomínio de periódicos nacionais com incidência de 12 desses (60.0%) contra oito estrangeiros (40,0%), em língua inglesa.

Tabela 1
Periódicos mais citados na Em Questão, no período de 2003 a 2020
Citações%Citações%Citações%
#Periódico2003-20082009-20142015-2020
1Ciência da Informação5614,4%768,3%2146,2%
2Scientometrics71,8%566,1%1424,1%
3Perspectivas em Ciência da Informação51,3%262,8%1273,7%
4JASIST102,6%202,2%922,7%
5Informação & Sociedade: Estudos61,5%182,0%842,4%
6Data Grama Zero00,0%182,0%601,7%
7Informação & Informação00,0%00,0%581,7%
8Encontros Bibli00,0%151,6%581,7%
9Em Questão61,5%192,1%561,6%
10Transinformação41,0%101,1%461,3%
11Journal of Documentation92,3%91,0%391,1%
12Rev. Brasileira de Bibliot. e Documentação10,3%00,0%300,9%
13Liinc em Revista00,0%00,0%280,8%
14Rev.Digital de Bibliot. e Ciên. da Inform.10,3%10,1%250,7%
15Journal of Informetrics00,0%20,2%240,7%
16Research Policy00,0%50,5%220,6%
17Annual Review of Inform. Science and Technology41,0%50,5%210,6%
18Information Processing & Management82,1%30,3%200,6%
19Science & Education00,0%60,7%200,6%
20Tendências da Pesq. Brasil. em Ciênc. da Inf.00,0%60,7%200,6%
Outras27269,9%62367,9%2.24665,4%
Total389100,0%918100,0%3.432100,0%
Fonte: Dados da pesquisa.

Observa-se, ainda, que o periódico mais citado pelos artigos publicados na revista Em Questão, entre os três períodos analisados, foi a Revista Ciência da Informação (CI). Mesmo que tenha havido um aumento no número de citação a esses periódicos em cada período, observa-se uma diminuição na representatividade de citação, pois, no primeiro sexênio, apresentou 56 citações (14,4%), no segundo sexênio, 76 citações (8,3%) e, no terceiro, apresentou 214 citações (6,2%), indicando a inserção de novos títulos às citações.

Como segunda revista mais citada, a Scientometrics, publicada na Holanda, na área de Estudos Métricos da Informação (EMI), teve um crescimento significativo no número de citações recebidas, passando de sete, no primeiro período, para 142, no último período (2015-2020).

a Perspectivas em Ciência da Informação, editada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresenta um crescimento na sua representatividade percentual nos três períodos analisados, iniciando com 1,3% (2003-2008) e chegando a 3,7% (2015-2020). De uma forma menos célere, a Informação & Sociedade: Estudos também vem crescendo, tendo 2,4% das citações para revistas no último período analisado.

Com base no ano de 2020, observa-se que as três revistas mais citadas, junto à Transinformação, são as que se encontram indexadas na Web of Science e Scopus, principais bases de dados para pesquisa na área.

Chama a atenção que, no primeiro período analisado (2003-2008), o predomínio das revistas mais citadas era das estrangeiras, excluindo-se a revista Ciência da Informação. Torna-se notável que essa representatividade veio diminuindo com a melhoria da qualidade e do acesso das revistas brasileiras da área, bem como o surgimento de novos títulos.

Como uma revista tradicional na área, a Journal of the American Society for Information Science and Technology (JASIST) manteve sua representatividade de citações entre 2,2% e 2,7% nos três períodos, com pico de 92 citações. A JASIST publica pesquisas em assuntos como teoria da ciência da informação, comunicações, gestão, economia e marketing, ciência da informação aplicada, aspectos sociais e legais da informação à tecnologia da informação.

A Data Grama Zero (DGZ), descontinuada desde 2016, ainda é uma revista influente na área, com 1,7% (60 citações), porém tende a ter uma redução significativa em avaliações futuras, por não estar mais acessível para consulta e não ter mais novos artigos publicados. Os artigos DGZ estão disponíveis para consulta apenas na Base de Dados de Ciência da Informação (Brapci) (BUFREM, et al., 2010).

Os resultados apresentados na Tabela 1 nos permitem aferir a consistência do capital científico da revista Em Questão, visto que, mesmo nos primeiros anos de sua existência, sua identidade de citação estava sustentada por periódicos consolidados, como: Ciência da Informação, Scientometrics, JASIST, Informação & Sociedade: Estudos, Journal of Documentation, Information Processing & Management. Bourdieu (1983) afirmou que o capital científico está diretamente relacionado ao prestígio científico e à trajetória do pesquisador, fato também observado nos periódicos científicos. Esse resultado mostra que, embora exista, o indicador de autocitação da revista Em Questão, para a própria revista, manteve-se estável percentualmente, entre 1,5% e 2,1%, porém não elevado. Isso indica que a revista faz pouco uso de si mesma, mas também indica que ela não está crescendo sua representatividade para as temáticas abordadas. Por outro lado, o estudo de Bochi, Gabriel Junior e Grácio (2020) demonstrou que a Scientometrics tem um indicador de autocitação de 20,5%, no período de 2009 a 2018. Conforme observou Rousseau (1999), o indicador de autocitação pode estar relacionado ao tipo de periódico e ao seu tempo de vida, em que, quanto mais jovem o periódico, maior o índice de autocitação e, quanto mais tempo de vida, menor são as autocitações. Costa, Leeuwen e Bordons (2010) ratificaram esses resultados, indicando que as taxas de autocitação são maiores nos primeiros anos de vida da revista, diminuindo com sua consolidação.

À exceção da revista Scientometrics, que está direcionada para estudos métricos, os demais periódicos amplamente citados no primeiro sexênio (2003-2008) têm como escopo disseminar trabalhos da Ciência da Informação voltados à produção, difusão, organização e preservação da informação e do conhecimento. Tal observação permite inferir que, ainda que a revista Em Questão apresente estudos voltados às metrias, mantém os objetivos estabelecidos em seu escopo.

Para realizar uma análise de cocitação das citações dos artigos publicados na revista Em Questão, foi utilizado o software VOSviewer (CWTS, 2021), tendo como critério as revistas com mais de 60 nós (ligações), e o método de clusterização foi o fracionado, cujos parâmetros são a aproximação de 10 e repulsão de 0. Com o resultado, pode-se observar 5 principais grupos.

O primeiro, de cor azul, é composto, principalmente, por revistas brasileiras, com destaque para os periódicos Ciência da Informação, Informação e Sociedade, Perspectivas em Ciência da Informação e DataGramaZero.

No segundo grupo, em vermelho, concentram-se as revistas internacionais, com destaque para a Scientometrics e JASIST, como nucleares.

Interligando esses dois grupos existe, outro, com um reduzido número de publicações, composto pela American Documentation, DLib Magazaine e pelo Journal of the Association for Information Science and Tecnology. Chama a atenção a revista Informação em Pauta nesse grupo.

De forma mais isolada, observa-se dois grupos: um caracterizado pela área da educação, em laranja; e outro, em verde, caracterizado pela área da comunicação.

Nesse contexto, pode-se observar que os autores da revista Em Questão, nas suas produções, citam em seus trabalhos ou revistas prioritariamente brasileiras (grupo azul), ou, preferencialmente, revistas internacionais (grupo vermelho), havendo pouca integração entre esses dois grupos pelos autores (grupo amarelo). Essas assimetrias podem sinalizar algum tipo de barreira linguística (inglês) por parte dos autores da revista, mas também o reconhecimento desses para os pesquisadores brasileiros, o que pode ser considerado como uma hipótese para outros estudos em outras revistas da área.

Rede de cocitações de revistas citadas nos artigos publicados na revista Em Questão, no período de 2003 a 2020
Gráfico 2
Rede de cocitações de revistas citadas nos artigos publicados na revista Em Questão, no período de 2003 a 2020
Fonte: Dados da pesquisa

Na análise de cocitação, pode-se observar uma tríade forte com as revistas Ciência da Informação, Perspectivas em Ciência da Informação e Scientometrics — está representada, principalmente, pelos Estudos Métricos da Informação. Também se pode destacar a cocitação das revistas Scientometrics e a JASIST. Já as revistas nacionais (grupo azul) mostram uma dispersão maior, mas tendo como revistas centrais as que apresentam as estratificações mais altas do Qualis.

5 Considerações finais

Este estudo procurou avaliar e identificar diacronicamente os índices de citação do periódico Em Questão ao longo dos seus 18 anos de existência, bem como caracterizar a sua identidade de citação a partir das referências dos artigos ali publicados.

Observou-se que, quanto à tipologia documental citada nos artigos publicados, os livros correspondiam a mais de 45% de citações, artigos científicos 35%, capítulo de livro com 10% e os demais documentos abaixo de 5%. No entanto, os resultados mostraram que, em 2014, o uso dos artigos científicos sobrepôs-se aos livros, concentrando-se em torno de 40%, enquanto os livros estiveram abaixo disso. As hipóteses para tais resultados são que houve um aumento no número de declarações de incentivo ao acesso aberto, tanto no Brasil como no mundo, a incorporação da revista ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e o seu direcionamento a publicar trabalhos na área da Informação, em 2014, e a estratificação da revista como B1 no Qualis (2013-2016).

Em relação à identidade de citação da revista, observou-se que ela apresenta um capital científico profícuo, no qual os 20 periódicos científicos mais citados 12 (60.0%) são nacionais, e oito são estrangeiros (40,0%), em língua inglesa. Além disso, observou-se que, entre os três períodos analisados, a revista mais citada foi a Ciência da Informação (CI), com 56, 76 e 214 citações, respectivamente. Porém, a representatividade vem diminuindo, com 14,4%, 8,3% e 6,2%. Tal fato se deve ao aumento no número de periódicos citados nos artigos publicados e ao aumento do número de novos periódicos de acesso aberto. Dentre as revistas internacionais mais citadas que consolidam a identidade da Em Questão, encontra-se a Scientometrics, que apresentou um crescimento significativo no número de citações recebidas, passando de sete, no primeiro período, para 142, no último período (2015-2020), consolidando a abertura de espaço para os estudos métricos na revista.

Os resultados mostraram que no primeiro sexênio (2003-2008), à exceção da Scientometrics, todas as demais revistas mencionadas têm como escopo disseminar trabalhos da Ciência da Informação voltados à produção, difusão, organização e preservação da informação e do conhecimento, indicando que a revista Em Questão apresenta um escopo bem consolidado.

Quanto aos resultados da análise de cocitação, pode-se observar uma tríade forte com as revistas Ciência da Informação, Perspectivas em Ciência da Informação e a Scientometrics, como também pode-se destacar a cocitação das revistas Scientometrics e a JASIST. Já as revistas nacionais formam uma dispersão maior, mas tendo como revistas centrais as que apresentam as estratificações mais altas do Qualis.

Em continuidade a este estudo, sugere-se pesquisas comparando com outros periódicos nacionais voltados à comunidade epistêmica, bem como um estudo com o mesmo recorte temporal para identificar a elite de pesquisa ao longo dos 18 anos de existência da Em Questão.

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Notas de autor

1 Mestre; Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, Brasil;

nanda.bochi@gmail.com

2 Doutor; Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil;

rene.gabriel@ufrgs.br

1 Doutora; Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil;

ana.moura@ufrgs.br;

Información adicional

Declaração de autoria: Concepção e elaboração do estudo: Fernanda Bochi, Rene Faustino Gabriel Junior e Ana Maria Mielniczuk de Moura Coleta de dados: Rene Faustino Gabriel Junior Análise e interpretação de dados: Fernanda Bochi, Rene Faustino Gabriel Junior e Ana Maria Mielniczuk de Moura Redação: Fernanda Bochi, Rene Faustino Gabriel Junior e Ana Maria Mielniczuk de Moura Revisão crítica do manuscrito: Ana Maria Mielniczuk de Moura

Como citar: BOCHI, Fernanda; GABRIEL JUNIOR, Rene Faustino; MOURA, Ana Maria Mielniczuk. Análise de cocitação e identidade do periódico Em Questão. Em Questão, Porto Alere, v. 27, n. 4, p. 469-487 2021.

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