Artigos

Recepción: 01 Mayo 2017
Aprobación: 31 Enero 2018
Resumo: Inserida na Educação para a Sustentabilidade, a pesquisa apresentou natureza qualitativa e caráter descritivo, tendo por objetivo investigar como se configuram os valores pessoais, a motivação e conhecimentos específicos sobre a sustentabilidade, segundo a percepção de cinco docentes de um Curso de Administração de uma universidade pública brasileira. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semiestruturadas, sendo definidas as categorias a priori para as entrevistas por meio da adaptação do Questionário de Perfis de Valores de Tamayo e Porto (2009), da Escala de Motivação no Trabalho proposta por Gagné, Forest, Gilbert, Aubé e Morin (2010) e questionamentos acerca dos conhecimentos específicos sobre sustentabilidade. Evidenciou-se que de modo geral os docentes: buscam utilizar técnicas inovadoras em suas disciplinas, acreditam que são bem vistos pela sociedade, preocupam-se com os indivíduos que convivem e com a instabilidade da sociedade, sentem-se realizados e identificam-se com sua profissão, acham importante e procuram trazer a sustentabilidade em suas disciplinas e já realizaram pesquisas com a temática sustentabilidade. Como limitações da pesquisa citam-se a realização de entrevistas com apenas cinco docentes de um Curso de Administração, assim sugere-se a ampliação do estudo, com ampliação da amostra e em outros cursos e áreas do conhecimento.
Palavras-chave: Educação para a Sustentabilidade, Valores Pessoais, Motivação.
Abstract: Inserted in Education for Sustainability, the research showed qualitative and descriptive, aiming to investigate how to configure personal values, motivation and knowledge of sustainability of according perception of five teachers of an Administration course of a public university Brazilian. The data collection was through semi-structured interviews, and set the a priori categories for interviews by adapting the Profile Questionnaire of Values of Tamayo and Porto (2009), the Motivation Scale at Work proposed by Gagné et al. (2010) and questions about the specific knowledge about sustainability. It was evidenced that, in general, teachers seek to use innovative techniques in their disciplines, believe that they are well viewed by society, care about individuals who live with and about the instability of society, feel fulfilled and identify with their profession, find it important and seek to bring sustainability in their disciplines and have already carried out research on the sustainability theme. As limitations of the research, interviews with only five professors of an Administration Course are mentioned, so it is suggested to extend the study, with a larger sample and in other courses and areas of knowledge.
Keywords: Education for Sustainability, Personal Values, Motivation.
Resumen: La investigación se mostró cualitativa y descriptiva, con el objetivo de investigar cómo configurar valores personales, motivación y conocimiento de sostenibilidad de acuerdo con la percepción de cinco profesores de un curso de Administración de una universidad pública brasileña. La recolección de datos se dio por medio de entrevistas semiestructuradas, y definió las categorías a priori para entrevistas, adaptando el Cuestionario de Perfil de Valores de Tamayo y Porto (2009), la Escala de Motivación en el Trabajo, propuesta por Gagné et al. (2010) y cuestiones sobre el conocimiento específico sobre la sostenibilidad. Se evidenció que, en general, los profesores buscan utilizar técnicas innovadoras en sus disciplinas, creen que son bien vistos por la sociedad, se preocupan con los individuos que conviven y con la inestabilidad de la sociedad, se sienten realizados y se identifican con su profesión, creen importante y buscan traer sustentabilidad a sus disciplinas y ya realizaron investigaciones sobre el tema sustentabilidad. Como limitaciones de la investigación se menciona la realización de entrevistas con apenas cinco profesores de un curso de Administración, por lo que se sugiere la ampliación del estudio, con una muestra mayor y en otros cursos y áreas de conocimiento.
Palabras clave: Educación para la Sostenibilidad, Los Valores Personales, Motivación.
1 Introdução
A participação dos sistemas educacionais na geração de conhecimento, no apoio de ações e na formulação de estratégias que visem à sustentabilidade tornou-se uma das grandes discussões da atualidade, onde a Educação para a Sustentabilidade deve ser vista como um dos meios para alcançar um futuro mais sustentável (Venzke & Nascimento, 2013). Dessa forma, segundo os mesmos autores, o plano de ação proposto pela Unesco, através da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS) de 2005 a 2014, é baseado em uma visão de mundo onde todos tenham a oportunidade de se beneficiar da educação e de aprender os valores, comportamentos e modos de vida fundamentais para um futuro sustentável e para a transformação positiva da sociedade.
No contexto específico dos Cursos brasileiros de Administração, Venzke e Nascimento (2013) afirmam haver a necessidade de implantar marcos conceituais para orientar a inserção da sustentabilidade nas instituições de ensino superior que formam administradores. As dificuldades de incorporar no ensino da Administração as questões ambientais podem estar associadas às necessidades de mudança de cultura e comportamentos, pois o despertar de uma mentalidade provocadora de mudanças dentro dos ambientes educacionais demanda uma consciência plena do papel que cada um assume, inicialmente como cidadão e, depois, como gestor (Sousa Filho, Coimbra, Mesquita, & Luna, 2015). Para Gonçalves-Dias, Teodósio, Carvalho e Silva (2009) houve um crescimento da preocupação com a incorporação da Educação para a Sustentabilidade nos Cursos de Administração, no entanto, tal preocupação ainda não se consolidou em mudanças representativas, pois o aumento da quantidade de cursos superiores não solucionou os desafios presentes para a inserção da temática da sustentabilidade.
Diante destas perspectivas, partilha-se do entendimento de que os elementos teóricos – valores pessoais e motivação – podem contribuir na tentativa de ampliar a compreensão sobre a Educação para a Sustentabilidade. Assim sendo, atual pesquisa apresenta sua relevância científica ao integrar esses elementos teóricos (valores pessoais e motivação) e verificar sua contribuição na Educação para a Sustentabilidade sob a perspectiva de docentes.
Dessa maneira, a atual pesquisa tem por objetivo investigar como se configuram os valores pessoais, a motivação e o conhecimento específico sobre a Educação para a Sustentabilidade, segundo a percepção de docentes de um Curso de Administração de uma universidade pública brasileira.
2 Referencial Teórico
Com o intuito de atender ao objetivo proposto, a presente pesquisa encontra-se ancorada nos tópicos apresentados na Figura 1, sendo eles: valores pessoais, motivação e conhecimentos específicos sobre sustentabilidade.

2.1 Valores pessoais
Os valores pessoais são aqueles capazes de transmitir o que há de mais importante a nível individual, sendo caracterizados como construtos motivacionais relativamente estáveis, que representam objetivos gerais aplicados a vários contextos e em diferentes momentos no tempo (Bardi & Schwartz, 2003). Inserido na temática de valores, a Teoria de Valores de Schwartz (2005) tem sido sendo amplamente divulgada e reconhecida. Em seus estudos o autor apresenta as bases estruturadas do Inventário de Valores de Schwartz (SVS) que aborda, conforme exposto na Figura 2, de forma relativamente completa, valores universais, culturais e o sistema estruturado sob os quais estes valores se inter-relacionam.

De acordo com a Figura 2, a estrutura desenvolvida por Schwartz (2005) permite compreender dez tipos motivacionais e quatro motivações mais gerais (pólos). Assim, de acordo com Tinoco, Assêncio, João e Claro (2011), a abertura a mudança está em oposição à conservação, expressando a motivação para seguir os interesses intelectuais e afetivos, desafiando a preservação de um estado de segurança dos relacionamentos, e dentro dessa dimensão estão os tipos motivacionais estimulação e autodeterminação, com valores ligados a inovação, criação, autonomia e abertura a desafios. No outro extremo desta dimensão, os mesmos autores afirmam que se encontra o pólo conservação, formado pela segurança, conformidade e tradição, em que os indivíduos buscam estabilidade, segurança, ordem social, autocontrole e respeito à tradição. A dimensão autotranscendência está em oposição à autopromoção que, conforme os autores, determina extremos entre a busca dos interesses próprios e os interesses dos outros, sendo que em um dos extremos, estão os tipos motivacionais universalismo e benevolência, determinados por valores voltados aos resultados coletivos e no outro pólo a ênfase é com os seus próprios resultados, sem preocupação com os resultados coletivos, em que os valores evidenciados são poder e influência.
Com base na escala SVS, Schwartz, Melech, Lehmann, Burgess e Harris (2001) desenvolveram o Perfil de Valores Pessoais (PVQ) ou Questionário de Perfis de Valores Pessoais (QVP), que consiste em um instrumento de medição que engloba os dez tipos motivacionais universais e as quatro motivações mais amplas. Posteriormente, Tamayo e Porto (2009) realizaram uma pesquisa para validar o QVP no contexto brasileiro e realizar uma comparação com o instrumento original. Portanto, como os valores evidenciam entre os indivíduos os comportamentos aceitos, é plausível considerar que tendem a influenciar de forma significativa as atitudes, posturas e decisões tomadas pelos docentes no que se refere à Educação para a Sustentabilidade. Dessa maneira, no presente estudo é realizada uma adaptação por meio de entrevistas do Questionário de Perfis de Valores (QVP) de Tamayo e Porto (2009), no intuito de mensurar os valores e tipos motivacionais que os docentes consideram mais importantes.
2.2 Motivação
Conforme Kim (2006), a motivação está relacionada às causas ou razões do comportamento humano. Desse modo, o estudo da motivação tem apontado que não seria possível falar de uma motivação geral que se encaixa em todas as áreas, mas que se deve levar em consideração o contexto analisado (Martinelli, & Bartholomeu, 2007). Assim, o presente estudo tem como foco a motivação no trabalho, que conforme Fonseca (2009), esta motivação é inerente à própria pessoa, seja qual for o seu ambiente de trabalho, mas também inerente aos atributos do meio em que exerce esse trabalho.
A motivação muitas vezes mostra-se pela satisfação que o indivíduo tem em sua realização profissional, sendo um sentimento em relação ao trabalho, o quanto gosta de realizá-lo, o quanto se sente valorizado e recompensando por sua profissão (Barreiros, 2008). Segundo Cernev (2011), professores motivados são mais suscetíveis a implementar novas práticas de ensino de forma eficaz, sentindo-se recompensados e valorizados. Dessa forma, quanto melhor for à experiência de motivação obtida pelo professor, maior será a sua dedicação, interação, realização e sentimento de satisfação e bem-estar social (Reeve, Deci, & Ryan, 2004; Tollefson, 2000).
Na presente pesquisa escolheu-se a Motivation at Work Scale (MAWS), ou seja, a Escala de Motivação no Trabalho proposta por Gagné et al. (2010), formada por quatro dimensões: motivação intrínseca, regulamentação identificada, regulamentação introjetada e regulamentação externa. A variável regulamentação externa que abordava questões referentes a recompensas, foi retirada pelas pesquisadoras, para evitar uma possível distorção dos objetivos da atual pesquisa. Na Figura 3 são apresentadas as dimensões e definições das variáveis da Escala de Motivação no Trabalho.

2.3 Educação para a sustentabilidade
Durante as últimas décadas, nas suas diversas áreas de aplicação, a Educação para a Sustentabilidade tem originado uma gama de conceitos, desde o mais amplo até os mais pontuais (Sauvé, 1999). A Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, no “Relatório de Brundtland” (1987), redigiu o primeiro conceito referindo-se ao termo sustentabilidade: “aquela que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade futura de gerações atenderem as suas próprias necessidades” (Fontoura, 2012).
Nesse contexto, Elkington (2011) definiu sustentabilidade como “princípio que assegura que nossas ações de hoje não limitarão a gama de opções econômicas, sociais e ambientais disponíveis para futuras gerações”. Esta discussão ganhou destaque a partir da década de 90, e vem se expandido no meio acadêmico devido à relevância do tema para o mundo contemporâneo, como também pelo desafio que se impõe as empresas, governo e sociedade (Elkington, 2011).
Diante disso, Oliveira, Veloso, Nascimento e Oaigen (2011) consideram que a Educação para a Sustentabilidade há pouco tempo vem sendo incorporada na agenda das reflexões acadêmicas e políticas. Para o mesmo autor, a Educação para a Sustentabilidade está sendo inserida nas escolas em todas as disciplinas do currículo, sugerindo discussões de natureza ética, ecológica, política, econômica, social e cultural e regulamentada nas propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Dentro desse contexto, Barreiros (2008) afirma que é por meio da figura do professor que a aprendizagem se dá na escola, e que ele precisa estar consciente de seu trabalho, pois exerce grande influência sobre o aluno. Para o mesmo autor, em geral, as pesquisas que envolvem educação são direcionadas aos alunos, à aprendizagem, às condições de ensino, à valorização da educação e, no meio do caminho, a figura do professor é tratada apenas como o que ensina.
Inserido no contexto da Educação para a Sustentabilidade, Sousa Filho et al. (2011) afirmam que em 1999 foi criada a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), sendo uma das suas dimensões a sustentabilidade, que obrigou mudanças nos diversos cursos de graduação no Brasil, já que tal política determinou que a Educação para a Sustentabilidade passasse a ser tema obrigatório e transversal em todos os níveis educacionais. Dessa forma, os mesmos autores também mencionam que todos os cursos de graduação, em diferentes áreas, necessitaram se adequar a PNEA, e assim tal atividade também foi aplicada ao Curso de Bacharelado em Administração.
Assim, a Educação para a Sustentabilidade no Ensino Superior representa um novo desafio para o sistema acadêmico uma vez que muitas Universidades têm realizado atividades para a sua implementação, e vários estudos de caso, bem como estudos sobre as barreiras dos processos, documentos, diretrizes, com objetivo da busca de novos desafios e novas metodologias para a inserção da sustentabilidade nos currículos (Barth & Rieckmann, 2012).
Nos Cursos brasileiros de Administração, Barbieri e Silva (2011) apontam a predominância excessiva de uma abordagem antropocêntrica, abordagem segundo a qual o ser humano é o destinatário por excelência da administração, o que conduz a uma postura convencional dos praticantes da administração. Corroborando com essa afirmação, Jacobi, Raufflet e Arruda (2011) afirmam que a forma de incorporação das questões ambientais nas organizações reflete a maneira como a sustentabilidade é trabalhada nas escolas de administração, onde apenas considera-se marginalmente o fato dos seres humanos estarem vivendo em um planeta com recursos finitos.
A pesquisa de Becker, Àvila, Nascimento e Madruga (2015) buscou verificar o papel do docente na formação do administrador, investigando se os professores do curso de administração de uma IES do Rio Grande do Sul encontram-se preparados frente as exigências da educação para a sustentabilidade. Os autores verificaram que nem todos os docentes entrevistados consideram preparados para atuar com a temática e maior parte deles desconhece as diretrizes e regulamentos do ministério da educação que trata do assunto.
Santos, Carli, Santos, Correa e Antonovz (2013), na realização de uma pesquisa, junto a um Curso de Administração de uma Universidade Particular, constataram que o impacto da educação ambiental tem sido pouco satisfatório na formação dos futuros administradores, apontando a importância do aprofundamento dos conceitos de sustentabilidades que devem ser trabalhados junto aos alunos na sua formação profissional.
3 Metodologia
A presente pesquisa apresenta natureza qualitativa e caráter descritivo, tendo por objetivo investigar como se configuram os valores pessoais, a motivação e os conhecimentos específicos sobre sustentabilidade, segundo a percepção de docentes de um Curso de Administração de uma universidade pública brasileira. Ressalta-se que o Curso de Bacharelado em Administração ocupa posição privilegiada, sendo o segundo maior curso com relação ao número de alunos matriculados em cursos de graduação no Brasil (INEP, 2015), justificando o destaque neste estudo. Para Minayo (1994), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações.
Dessa maneira, a coleta de dados deu-se por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com cinco docentes de um Curso de Administração de uma universidade pública brasileira, sendo que cada docente entrevistado possuía atuação em uma das cinco áreas específicas da administração, ou seja, foi entrevistado um docente voltado para a área de gestão de pessoas, um de marketing, outro de produção, um voltado para a área de finanças e por fim, um docente da área de administração geral. Para Minayo (1994), a entrevista semiestruturada permite que o entrevistado aborde o tema em pauta sem a necessidade de obedecer a condições ou elementos pré-fixados pelo pesquisador. Dessa forma, foram definidas as categorias a priori para as entrevistas que foram estruturadas por meio da adaptação do Questionário de Perfis de Valores de Tamayo e Porto (2009) para mensurar os valores dos docentes, Escala de Motivação no Trabalho proposta por Gagné et al. (2010) para averiguar a motivação dos professores. Além disso, com base no referencial teórico e com os objetivos de pesquisa, foram elaborados os questionamentos acerca dos conhecimentos específicos dos docentes sobre Educação para a Sustentabilidade. Bardin (2014) indica a possibilidade de uma categorização com categorias a priori, sugeridas pelo referencial teórico e com categorias a posteriori, elaboradas após a análise do material. Além disso, para a mesma autora, as categorias a posteriori devem ser construídas, levando em consideração a orientação teórica e os objetivos da pesquisa. Para facilitar a compreensão, apresentam-se, na Figura 4, as categorias analíticas utilizadas, as variáveis envolvidas no presente estudo e as perguntas elaboradas para a coleta dos dados.

Após a realização das entrevistas com os docentes, as mesmas foram transcritas e analisadas pela técnica de análise de conteúdo, e realizou-se a compilação para verificar as palavras mais citadas pelos docentes em cada categoria por meio do software N-Vivo.
4 Resultados
Os resultados do presente estudo estão divididos em três etapas. Em um primeiro momento são apresentados os resultados da categoria valores pessoais, na sequência a categoria motivação e por fim os resultados encontrados acerca da categoria conhecimento sobre sustentabilidade. Além disso, ao final de cada categoria apresentada realizou-se a compilação das entrevistas para verificar as palavras mais citadas pelos docentes, através do software N-Vivo, assim, foram selecionadas as 20 palavras mais citadas com o mínimo de 7 letras, sendo que algumas palavras foram retiradas por critérios de relevância.
4.1 Valores pessoais
Para mensurar os valores pessoais dos docentes, as perguntas realizadas foram baseadas no Questionário de Perfis de Valores proposto por Tamayo e Porto (2009), sendo definidas as categorias a priori conforme exposto na Figura 5.

Com relação a categoria abertura a mudança, para averiguar a autodeterminação e estimulação dos docentes, bem como para identificar aspectos da categoria conservação (conformidade e tradição), eles foram questionados se se consideravam inovadores ou se buscavam se adaptar ao seu grupo de convívio. Assim, dois entrevistados afirmaram que são inovadores, um considera-se como uma pessoa e profissional mais clássica, em virtude da tecnicidade das suas disciplinas, e os outros dois docentes afirmaram que se consideram inovadores, mas também buscam adaptarem-se as situações. Além disso, todos os docentes afirmaram que procurar trazer aspectos relacionados à inovação nas suas disciplinas, com novas técnicas (Moodle, vídeos do Youtube, dinâmicas ou conteúdos). Esses aspectos são expostos a seguir pelos trechos das falas dos entrevistados:
Mas normalmente eu tenho conhecimento das inovações que estão surgindo e tento depois aquelas que eu julgo legais eu adapto pra dentro da minha disciplina, pra forma de dar aula [...] [Entrevistado A].
Eu acho que é uma mescla das duas coisas, eu acho que em alguns momentos quando eu posso eu tento ser inovadora, isto não é uma coisa muito fácil no meio acadêmico e em outros momentos quando eu não vejo que tem uma grande possibilidade de inovação eu tenho me adaptar, principalmente porque eu tô no início de carreira [...] [Entrevistado D].
Referente à categoria autopromoção, para verificar os tipos motivacionais de hedonismo e realização, bem como a motivação intrínseca dos entrevistados, constatou-se que todos sentem-se realizados com seu trabalho e com a sua vida em geral. Além disso, alguns docentes citaram aspectos relacionados a identificação com a carreira e os desafios que motivam a profissão. Os trechos das falas que ilustram essa percepção são apresentados a seguir:
No sentido que é sempre um grande desafio sempre poder fazer mais, sim me sinto realizado, mas poderia fazer mais me sinto realizado em estar em uma sala de aula, pois geralmente são pessoas jovens e a gente aprende muito e também porque são jovens cada vez fico mais distante da faixa etária deles o que é um aspecto preocupante na questão do inovar [...] [Entrevistado E].
Eu acho que grande parte da realização pessoal vem de tu estar bem profissionalmente, de tu ta fazendo o que gosta, enfim, eu acho que não tem como desassociar, e pessoalmente eu também me considero [...] [Entrevistado B].
Com relação à sua opinião sobre a categoria autopromoção, no que tange ao poder, os docentes foram questionados acerca da sua opinião sobre prestígio, respeito e status da profissão docente. Dois docentes acreditam que é uma profissão bem vista pela comunidade em geral, entretanto, um entrevistado já acredita que é uma profissão muito desvalorizada, e os outros dois docentes acreditam que é algo que essa questão varia muito conforme a sociedade. Alguns entrevistados também afirmaram que o professor da educação básica muitas vezes é desvalorizado. Destaca-se algumas dessas constatações na seguinte fala:
Eu acho que varia muito, não é uma opinião consensual de toda a sociedade. Eu acho que tem muitas pessoas que estimam muito os docentes e os professores de forma em geral. E outras pessoas que não dão o devido valor [...] [Entrevistado D].
Já no aspecto que procurou mensurar a categoria conformidade, para verificar o tipo motivacional segurança, perguntou-se aos entrevistados sobre a sua preocupação em relação à situação da sociedade atual. Assim, apenas um docente acredita que a sociedade está estável. Contudo, os outros entrevistados mencionaram sua preocupação com a instabilidade e a falta de segurança da sociedade, conforme exposto nos trechos a seguir:
Não vejo melhorias e não vejo piorias, a sociedade no meu entender caminha como sempre caminhou a um tempo atrás, pois ela está estável [...] [Entrevistado C].
A gente ta vendo que a coisa ta pior ainda né, as coisas, a violência ta aumentando, então é uma coisa bem preocupante assim, a questão da segurança e a maneira com que os caminhos que o Brasil ta tomando é algo que me preocupa bastante [...] [Entrevistado A].
Para investigar a última categoria dos valores pessoais, autotranscedência, constituída pela benevolência e universalismo ou filantropia, os docentes foram questionados referente a sua preocupação com os indivíduos com os quais convivem. Portanto, todos os docentes mencionaram a sua preocupação com familiares, além de amigos e alunos, sendo que dois docentes citaram essa questão como uma preocupação que está muito presente desde sua infância devido a sua família ter isso como um valor muito importante. Um dos docentes citou ações que realizou para proporcionar reforço escolar de crianças carentes além de ações que proporcionavam almoço para crianças, e outro docente também mencionou o seu envolvimento com ações de extensão em uma disciplina que leciona atualmente. Alguns desses aspectos são revelados nos seguintes trechos:
Um exemplo que da pra colocar é em relação aos próprios alunos, a preocupação que a gente tem com eles, o aluno entra aqui achando que tem um grande problema para fazer a dissertação, mas na realidade o problema é do professor, conseguir encaminhar, orientar [...] [Entrevistado C].
Falando assim, eu acho que, por valor pessoal mesmo, vindo de herança de família assim, minha mãe sempre teve uma preocupação muito grande com o outro, a gente, tanto em relação ao aluno [...] [Entrevistado B].
Para evidenciar quais foram as 20 palavras (com o mínimo de 7 letras) mais citadas pelos entrevistados foi realizada a compilação das entrevistas conforme pode-se visualizar na Figura 6. Pode-se constatar que ao abordar o construto valores pessoais os docentes entrevistados deram ênfase as seguintes palavras: pessoas, relação, trabalho, considero, exemplo, profissão e sociedade.

4.2 Motivação
Com o intuito de revelar a motivação no trabalho dos docentes, as perguntas realizadas foram baseadas na Escala de Motivação no
Trabalho de Gagné et al. (2010). Assim, a Figura 7 apresenta as categorias a priori investigadas nas entrevistas e na sequência é discutido acerca dos resultados alcançados em cada categoria de motivação.

Para identificar a motivação intrínseca dos entrevistados o questionamento foi efetivado na etapa de valores pessoais, conforme exposto no tópico anterior, verificando-se que todos os docentes se encontram realizados com sua profissão.
No que se refere à categoria de motivação identificada, os entrevistados mencionaram diversos aspectos, mas em geral falaram que se identificam com seu trabalho, pois gostam de realizá-lo, além de citarem aspectos relacionados aos desafios, a relação de troca de aprendizado e convívio com os alunos. Os trechos de algumas entrevistas são expostos a seguir:
Então assim, a docência em si é uma coisa que eu gosto, que sempre me motivou, e ta sempre me motivando (...). Eu tento continuar me esforçando como professora, gosto de dar aula na graduação [...] [Entrevistado A].
Eu me identifico intrinsicamente, eu acho que acaba, eu não sei se é a natureza do trabalho ou se é algo meu, como eu vejo o trabalho, mas eu acho que faz parte da minha conceituação assim como ser humano [...] [Entrevistado D].
Já para averiguar a motivação introjetada dos docentes, eles foram questionados se consideram o seu trabalho como uma obrigação. Dessa maneira, afirmaram que não consideram as atividades docentes como obrigação, mas alguns afirmaram que depende da atividade, e citaram como exemplo algumas reuniões, conforme exposto nas seguintes falas:
Não, como professor em nenhum momento, sair da cama é legal pra vir para a sala de aula, eu estou aqui porque quis estar aqui, foi uma opção pessoal que briguei muito para estar aqui [...] [Entrevistado E].
Em geral não, eu tenho prazer em vir pra cá, acontece que às vezes existe muita demanda, então em geral eu não sinto assim, mas quando há muita demanda, às vezes a gente fica cansado demais (...) Então eu acho é muito, depende assim, não é que eu vejo como obrigação, mas existem algumas questões que são obrigação [...][Entrevistado D].
Por fim, para verificar quais foram as 20 palavras (mínimo de 7 letras) mais citadas nas entrevistas dos docentes sobre motivação, foi realizada a compilação das entrevistas conforme apresentado na Figura 8. Pode-se constatar que em relação a este construto as palavras trabalho, obrigação, consigo, enfoque, identifica, motivação e professora foram as mais citadas pelos entrevistados.

4.3 Conhecimento sobre sustentabilidade
Com o intuído de mensurar os conhecimentos específicos sobre o tema sustentabilidade segundo a percepção dos docentes, foram elaboradas algumas perguntas com base no objetivo da pesquisa, ou seja, revelar a opinião dos docentes sobre seu conceito de sustentabilidade, importância e desafios da Educação para a Sustentabilidade nas disciplinas lecionadas no Curso de Administração, bem como verificar se os professores já realizaram pesquisas abordando a sustentabilidade. Assim, as categorias a priori investigadas são expostas na Figura 9, e logo após são apresentados os resultados obtidos em cada categoria de conhecimento especifico sobre sustentabilidade

Dessa maneira, na categoria que abordou sobre o significado de sustentabilidade para os docentes, verificou-se que eles possuem opiniões relevantes e conhecimentos sobre este tema, sendo que quatro docentes citaram as três dimensões ou pilares da sustentabilidade
(ambiental, social e econômico), conforme revelado nas seguintes falas:
Sem dúvidas a sustentabilidade é algo muito amplo não é só a questão de cuidar dos recursos naturais a questão dos custos do salário e de venda, e a questão social é relevante a gente está ainda invertido né, onde o mais importante hoje é o econômico, mas o mais importante é o ambiente pois precisamos dele e também a questão social de qualidade de vida saúde harmonia de convivência e do ponto espiritual e respeito a diversidade [...] [Entrevistado E].
Acho que algumas pessoas acabam enxergando o viés econômico como pejorativo, mas se você conseguisse mostrar pra algumas pessoas que o cuidado ambiental pode-se trazer benefício econômico, talvez o ambiente agradeceria né, pelo menos essa é minha concepção. [...] [Entrevistado D].
Então eu acho que é bem aquela questão dos pilares da sustentabilidade, e eu vejo isso de uma forma bem mais ampla agora, acho que quando tu começa a se interessar pelo tema, começa a perceber que não são apenas aquelas grandes campanhas ambientais em relação a água ou lixo ou de uma empresa específica, mas são todas as questões que envolvem esses três aspectos [...] [Entrevistado B]
Na categoria que envolveu sobre a importância e desafios de englobar a Educação para a Sustentabilidade, verificou-se que os docentes consideram importante a Educação para a Sustentabilidade, e afirmaram que podem existir desafios em relacionar a sustentabilidade em suas disciplinas, sendo que dois docentes não abordam sobre esta temática em suas disciplinas por lecionarem em disciplinas mais técnicas. Além disso, mencionaram a importância de dar ênfase também a sustentabilidade social e econômica, conforme apresentado nas falas a seguir:
Sendo muito sincera, depende da disciplina, eu acho que tem algumas disciplinas que tem uma abertura maior, e tem outras disciplinas que não, fica meio complicado, a informação é tangenciada ou não é trabalhada, eu acho que depende. Mas assim, o importante é que no curso tenha isso [...] [Entrevistado D].
Eu acho que deveriam ser trabalhados os três pilares e nesse nível de importância, se a gente for pensa, nas nossas empresas [...] [Entrevistado A].
Já na categoria que objetivou averiguar sobre a realização de pesquisas, pôde-se concluir que todos os professores pesquisados já realizaram pesquisas que englobaram a temática sustentabilidade. Além disso, um dos entrevistados afirmou que a sustentabilidade estava presente em sua tese de doutorado, e outro mencionou que irá englobar está temática em sua tese, sendo que é um tema que está sendo discutido no grupo de pesquisa do qual participa.
Na compilação das entrevistas na etapa da sustentabilidade, para revelar quais foram as 20 palavras (com o mínimo de 7 letras) mais citadas pelos docentes, foi obtido a nuvem de palavras conforme a Figura 10. Portanto, pôde-se constatar que as palavras que mais tiveram destaque foram: sustentabilidade, ambiental, importante, empresas, pesquisa, pessoas e trabalho.

5 Considerações finais
O presente estudo teve como objetivo investigar como se configuram os valores pessoais, a motivação e o conhecimento específico sobre a Educação para a Sustentabilidade, segundo a percepção de docentes de um Curso de Administração de uma universidade pública brasileira.
Com relação à categoria de valores pessoais para averiguar a abertura a mudança, abrangendo os tipos autodeterminação e estimulação, bem como a tradição da categoria conformidade, constatou-se que todos os docentes buscam trazer inovações as disciplinas lecionadas. Referente à categoria autopromoção, no que tange ao hedonismo e realização, evidenciou-se que todos sentem-se realizados com seu trabalho e com a sua vida em geral. Na categoria autopromoção sobre poder, em geral os docentes afirmaram que os professores universitários são bem vistos pela sociedade, mas alguns docentes mencionaram que muitas vezes o professor não é valorizado. A categoria conformidade englobou sobre a segurança, onde apenas um docente mencionou que acredita que a sociedade está estável, e os outros relataram sobre sua preocupação com a falta de estabilidade e de segurança da sociedade atual. Por fim, na categoria autotranscedência, que abrangeu os tipos motivacionais de benevolência e universalismo ou filantropia, todos os docentes falaram que se preocupam com os indivíduos com os quais convivem, citando sobre sua preocupação com amigos, familiares e alunos. Verificou-se que os docentes deram ênfase principalmente as seguintes palavras nessa etapa das entrevistas: pessoas, relação e trabalho. Os principais resultados e palavras mais citadas são expostos na Figura 11.

No que tange a categoria de motivação, pôde-se constatar que todos os entrevistados estão realizados com sua profissão; em geral se identificam com a carreira docente, pois gostam de realizar as atividades e desafios da profissão; e alguns docentes mencionaram que sentem algumas atividades como obrigações da profissão, mas em geral não consideram o seu trabalho como uma obrigação. Portanto, verificou-se que os docentes revelaram maior ênfase as seguintes palavras nas suas falas: trabalho e obrigação. A Figura 12 revela os principais resultados e as palavras mais citadas pelos docentes.

Para verificar os conhecimentos sobre sustentabilidade dos docentes, constatou-se que todos possuíam opiniões relevantes e conhecimentos sobre este tema, sendo que quatro docentes citaram as três dimensões ou pilares da sustentabilidade (ambiental, social e econômica). Na categoria que abordou a importância e desafios de englobar a Educação para a Sustentabilidade, verificou-se que os docentes consideram importante a Educação para a Sustentabilidade, e afirmaram que podem existir desafios em relacionar a sustentabilidade em suas disciplinas, sendo que dois docentes não abordam sobre esta temática em suas disciplinas, e os docentes também mencionaram a importância de dar ênfase também a sustentabilidade social e econômica. E na categoria que objetivou averiguar sobre a realização de pesquisas, pôde-se concluir que todos os professores entrevistados já realizaram pesquisas que englobaram a temática sustentabilidade. Dentre as palavras mais citadas pelos docentes, destacam-se sustentabilidade, importante e ambiental. Na Figura 13 a seguir são vistos os principais resultados e as palavras mais citadas.

Diante dos resultados obtidos, percebe-se a importância do papel dos docentes na incorporação da Educação para a Sustentabilidade nos Cursos de Administração. Dessa maneira, pôde-se constatar que os docentes que se consideram mais inovadores englobam a temática sustentabilidade em suas disciplinas, e os docentes que não englobam essa temática afirmam que lecionam em disciplinas mais técnicas, mas sabem da importância da Educação para a Sustentabilidade. Além disso, os docentes ressaltaram a importância de englobar as três dimensões da sustentabilidade no ensino da administração, para a formação de gestores conscientes e já realizaram pesquisas envolvendo a temática de sustentabilidade. Assim como em toda a pesquisa deve-se levar em consideração as limitações, dentre elas a realização de entrevistas com apenas cinco docentes de um Curso de Administração através de abordagem qualitativa, assim sugere-se a ampliação do presente estudo, com ampliação da amostra, bem como em outros cursos e áreas do conhecimento, bem como o aprofundamento da realização da atual pesquisa, utilizando também a abordagem quantitativa.
Referências
Barbieri, J. C., & Silva, D. (2011) Educação ambiental na formação do administrador. São Paulo: Cengage Learning.
Bardi, A., & Schwartz, S. H. (2003) Values and behavior: strength and structure of relations. Pers Soc Psychol Bull, 29(10), 1207- 1220.
Bardin, L. (2014) Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Barreiros, J. L. (2008), Fatores que influenciam na motivação de professores. Monografia (Curso de Psicologia), Centro Universitário de Brasília, Brasília.
Barth, M.; Rieckmann, M. (2012) Developing teaching staff as a catalyst for change curriculum for education for sustainable development: a perspective of output. Journal of Cleaner Production, 26, 28-36, May.
Cernev, F. K. (2011) A motivação de professores de música sob a perspectiva da teoria da autodeterminação. Dissertação (Mestrado em Música), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Elkington, J. (2011). Canibais com garfo e faca. São Paulo: M. Books do Brasil Ltda.
Fonseca, A. M. (2009) Contribuição dos Factores Motivacionais para a Satisfação no Trabalho. Dissertação (Mestrado em Gestão Global) – Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa.
Fontoura, A. F. (2012) Discurso teórico da sustentabilidade e sua aplicação prática. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), 2(2), 142-147.
Gagné, M., Forest, J., Gilbert, M-H., Aubé, C., & Morin, E. (2010) The Motivation at Work Scale: Validation Evidence in Two Languages. Educational and Psychological Measurement, 70(4), 628-646.
Gonçalves-Dias, S. L. F., Teodósio, A. dos S. de S., Carvalho, S., & Silva H. M. R. da (2009) Consciência ambiental: um estudo exploratório sobre suas implicações para o ensino da administração. RAE-eletrônica, 8(1).
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira [INEP]. (2015). Dados apontam aumento do número de matrículas. Recuperado em 26 maio, 2016, de http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/dados-apontam-aumento-do-numero-de-matriculas?redirect=http://portal.inep.gov.br/.
Jacobi, P. R., Raufflet, E., & Arruda, M. P. (2011) A educação para a sustentabilidade nos cursos de Administração: reflexão sobre paradigmas e práticas. Revista de Administração Mackenzie, 12(3), 21-50.
Kim, D. (2006) Employee Motivation: “Just Ask Your Employees”. Seoul Journal of Business, 12(1), 19-36
Koestner, R.; Losier, G. F. (2002) Distinguishing three ways of being highly motivated: A closer look at introjection, identification, and intrinsic motivation. In: Deci, E. L.; Ryan, R. M. (Eds.), Handbook of self-determination research (p. 101-121). Rochester, NY: University of Rochester Press.
Martinelli, S. C., & Bartholomeu, D. (2007) Escola de Motivação Acadêmica: uma medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliação Psicológica, 6(1), 21-31
Minayo, M. C. S. (org). (1994) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes.
Oliveira, D. V., Veloso, M. S. S. de O., Nascimento, M. S. do, & Oaigen, E. R. (2011) Educação para o Desenvolvimento Sustentável - EDS: aspectos epistemológicos, metodológicos e socioambientais nos projetos desenvolvidos em Boa Vista/RR. Universidade Aberta do Brasil – UAB / Universidade Federal de Roraima (UFRR): Boa Vista.
Reeve, J., Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2004) Self-determination theory: A dialectical framework for understanding socio-cultural influences on student motivation. In: Etten, S. V.; Pressley, M. (Eds.), Big theories revisited (p. 31–60). Greenwich, CT: Information Age Press
Ryan, R. H. (1995) Psychological needs and facilitation of intrinsic motivation, social development and wellbeing. American Psychologist, 63, 397-427.
Santos, D. F. dos, Carli, V. R. de; Santos, A. do F. dos, Antonovz, T. (2013) Educação ambiental no curso de administração. Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, 4(2), jul/dez.
Sauvé, L. (1999) La educación ambiental entre la modernidad y la posmodernidad: En busca de un marco de referencia educativo integrador. Tópicos, 1(2), 7-27.
Schwartz, S. H., Melech, G., Lehmann, A., Burgess, S., & Harris, M. (2001) Extending the cross-cultural validity oh the theory of basic human values with a different method of measurement. Journal of Cross Cultural Psychology, 32(5), 519-542.
Sousa Filho, J. M. de, Coimbra, D. B, Mesquita, R. F. de, & Luna, R. A. (2015) Análise do comportamento ecológico de estudantes de administração. Revista Eletrônica de Administração, 81(2), 300-319.
Tamayo, A., & Porto, J. B. (2009) Validação do questionário de perfis de valores (QVP) no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(3), 369-376.
Tinoco, J. E. P., Assêncio, E. W., João, B. do N., & Claro, J. A. C. dos S. (2011) Influência dos Valores Individuais no Desempenho Empresarial: Um Estudo Usando o Inventário de Valores de Schwartz. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 6(2), 139-155.
Tollefson, N. (2000) Classroom Applications of Cognitive Theories of Motivation. Educational Psychology Review, 12(1), 63-83.
Venzke, C. S., & Nascimento, L. F. M. do. (2013) Caminhos e desafios para a inserção da sustentabilidade socioambiental na formação do administrador brasileiro. Revista Adm. Mackenzie, 14(3), Ed. Especial.
Notas
Notas de autor
Enlace alternativo