Servicios
Servicios
Buscar
Idiomas
P. Completa
ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DE ESTUDOS COMPARATIVOS ENTRE A CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL E A PRÉ-FABRICADA POR MEIO DA ACV
Valéria Mayumi Kushima Ramos; Adriana de Paula Lacerda Santos; Marcell Mariano Corrêa Maceno
Valéria Mayumi Kushima Ramos; Adriana de Paula Lacerda Santos; Marcell Mariano Corrêa Maceno
ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DE ESTUDOS COMPARATIVOS ENTRE A CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL E A PRÉ-FABRICADA POR MEIO DA ACV
BIBLIOMETRIC ANALYSIS OF COMPARATIVE STUDIES BETWEEN A CONVENTIONAL AND A PREFABRICATED CONSTRUCTION USING LCA
ANÁLISIS BIBLIOMÉTRICO DE ESTUDIOS COMPARATIVOS ENTRE LA CONSTRUCCIÓN CONVENCIONAL Y LA PREFABRICADA POR MEDIO DE LA ACV
Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, vol. 8, núm. 1, pp. 81-99, 2019
Universidade Nove de Julho
resúmenes
secciones
referencias
imágenes

Resumo: Objetivo: O artigo tem como objetivo identificar e caracterizar estudos comparativos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) entre sistemas construtivos convencionais e pré-fabricados.

Metodologia: Foi realizada uma análise bibliométrica com as etapas de formulação da pergunta, definição de estratégia, seleção de estudos, coleta e análise de dados, resultados e conclusões.

Relevância: A indústria da construção civil é responsável por consideráveis impactos ambientais desde a extração das matérias-primas até a demolição. Com o uso da ACV, é possível identificar os principais causadores e mitigar suas consequências ambientais.

Resultados: Os estudos concentram-se na Europa e na Ásia, predominando avaliações de aquecimento global (emissões de CO2) e de consumo energético pré-operacionais da construção. Quanto aos maiores usos no desenvolvimento da ACV se destacaram: o software SimaPro, a base de dados Ecoinvent e os métodos IPCC, IMPACT 2002+ e TRACI. Verificou- se a vantagem da pré-fabricação, no entanto, não é possível generalizar devido à grande variabilidade entre os valores encontrados.

Contribuições: Este artigo permitiu identificar lacunas de estudo a serem exploradas, o panorama atual de pesquisa na área e as principais definições relacionadas a estudos de ACV para construção civil (ex. software, base de dados, método).

Conclusão: O termo “construção convencional” possui um significado diferente para cada país, portanto, cabe descrever detalhadamente a composição dos processos construtivos. Ainda, ressalta-se a importância de um escopo estruturado para estudos comparativos de ACV, com a declaração dos critérios adotados, a descrição do cenário em que está inserido e o uso de parâmetros consistentes para resultados confiáveis.

Palavras-chave:ComparativoComparativo,Construção convencionalConstrução convencional,Pré-fabricadaPré-fabricada,Avaliação do Ciclo de VidaAvaliação do Ciclo de Vida,Impacto ambientalImpacto ambiental.

Abstract: Aim: The article aims to identify and characterize comparative studies of Life Cycle Assessment (LCA) between conventional and prefabricated building systems.

Methodology: A bibliometric analysis was performed with the steps of formulating the question, defining strategy, selecting studies, collecting and analyzing data, results and conclusions.

Relevance: The construction industry is responsible for considerable environmental impacts from the extraction of raw materials to demolition. With the use of LCA, it is possible to identify the main causers and mitigate their environmental consequences.

Results: The studies are concentrated in Europe and Asia, with pre-operational assessments of global warming (CO2 emissions) and pre-operational energy consumption of construction. The most significant uses in the development of LCA were: SimaPro software, Ecoinvent database and IPCC, IMPACT 2002+ and TRACI methods. The advantage of prefabrication has been verified, however, it is not possible to generalize due to the great variability between the values found.

Contributions: This article allowed to identify the study gaps to be explored, the current research scenario in the area and the main definitions related to LCA studies for civil construction (e.g. software, database, method).

Conclusion: The term "conventional construction" has a different meaning for each country, so it is worth describing in detail the composition of the construction processes. Also, the importance of a structured scope for comparative studies of LCA, with the declaration of the adopted criteria, the description of the scenario in which it is inserted and the use of consistent parameters for reliable results is emphasized.

Keywords: Comparative, Conventional construction, Prefabricated, Life Cycle Assessment, Environmental impact.

Resumen: Objetivo: El artículo tiene como objetivo identificar y caracterizar estudios comparativos de Evaluación del Ciclo de Vida (ACV) entre sistemas constructivos convencionales y prefabricados.

Metodología: Se realizó un análisis bibliométrico con las etapas de formulación de la pregunta, definición de estrategia, selección de estudios, recolección y análisis de datos, resultados y conclusiones.

Pertinencia: La industria de la construcción civil es responsable de considerables impactos ambientales desde la extracción de las materias primas hasta la demolición. Con el uso de la ACV, es posible identificar los principales causantes y mitigar sus consecuencias ambientales.

Resultados: Los estudios se concentran en Europa y Asia, predominando evaluaciones de calentamiento global (emisiones de CO2) y de consumo energético preoperativo de la construcción. En cuanto a los mayores usos en el desarrollo de la ACV se destacaron: el software SimaPro, la base de datos Ecoinvent y los métodos IPCC, IMPACT 2002+ y TRACI. Se verificó la ventaja de la pre-fabricación, sin embargo, no es posible generalizar debido a la gran variabilidad entre los valores encontrados.

Contribución: Este artículo permitió identificar lagunas de estudio a ser exploradas, el panorama actual de investigación en el área y las principales definiciones relacionadas a estudios de ACV para la construcción civil (por ejemplo, software, base de datos, método).

Conclusión: El término "construcción convencional" tiene un significado diferente para cada país, por lo que cabe describir detalladamente la composición de los procesos constructivos. Además, se resalta la importancia de un ámbito estructurado para estudios comparativos de ACV, con la declaración de los criterios adoptados, la descripción del escenario en que está inserto y el uso de parámetros consistentes para resultados confiables.

Palabras clave: Comparativo, Construcción convencional, Prefabricada, Evaluación del ciclo de vida, Impacto ambiental.

Carátula del artículo

Artigos

ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DE ESTUDOS COMPARATIVOS ENTRE A CONSTRUÇÃO CONVENCIONAL E A PRÉ-FABRICADA POR MEIO DA ACV

BIBLIOMETRIC ANALYSIS OF COMPARATIVE STUDIES BETWEEN A CONVENTIONAL AND A PREFABRICATED CONSTRUCTION USING LCA

ANÁLISIS BIBLIOMÉTRICO DE ESTUDIOS COMPARATIVOS ENTRE LA CONSTRUCCIÓN CONVENCIONAL Y LA PREFABRICADA POR MEDIO DE LA ACV

Valéria Mayumi Kushima Ramosa
Universidad Federal de Paraná, Brasil
Adriana de Paula Lacerda Santosb
Universidad Federal de Paraná, Brasil
Marcell Mariano Corrêa Macenoc
Universidad Federal de Santa Catarina, Brasil
Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, vol. 8, núm. 1, pp. 81-99, 2019
Universidade Nove de Julho

Recepção: 17 Setembro 2017

Aprovação: 14 Fevereiro 2018

1. INTRODUÇÃO

É reconhecido que a indústria da construção civil possui relevância em seu local de atuação, seja em nível nacional, em que é responsável pela contribuição média de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil (Câmara Brasileira da Indústria da Construção [CBIC], 2017), seja em nível global, pelos impactos ambientais causados por suas atividades. O consumo mundial chega a 14% de água, 40% da energia gerada e 30% das emissões de dióxido de carbono, com estimativa de alcançar 50% em 2050 (Nações Unidas, 2009; New Zealand Green Building Council [NZGB], 2016). Quanto ao resíduo sólido urbano, a construção e demolição são responsáveis por até 61% do total gerado por município brasileiro (BRASIL, 2010).

Nesse contexto, entende-se que há a necessidade de avaliar a forma tradicional de construção e buscar meios para melhoria de seu desempenho. Verificou-se a existência de artigos que comparam, em termos de impacto ambiental, a construção convencional à pré- fabricada, levando em consideração critérios particulares definidos para cada estudo de caso.

A definição de construção convencional pode ser descrita como aquela realizada de acordo com as práticas comuns de um país em um determinado período, portanto, com variações das técnicas e materiais empregados (Sartori & Hestnes, 2007). Observou-se que cada país descreve a construção convencional de maneira distinta, levando em consideração aspectos e disponibilidade locais, com a característica em comum de ser realizada in loco ou in situ, ou seja, sua execução realizada no canteiro de obras. (Meseguer, 1991)

Características como a fabricação de produtos únicos, mão de obra desqualificada com alta rotatividade, estar sujeito à interferência das condições climáticas e a existência de um sistema construtivo já bem estabelecido e aceito (Calmon & Vieira, 2014; Meseguer, 1991; Ribeiro, 2002) levam o setor, e em particular o sistema convencional, a apresentar baixos índices de produtividade, de controle de materiais e dos processos construtivos, com consequentes desperdícios (Baldwin, Poon, Shen, Austin, & Wong, 2009; Nunes & Junges, 2008; Vasques & Pizzo, 2014).

Como forma de reverter os pontos negativos ligados à construção convencional, a industrialização apresenta o processo de pré-fabricação (Jaillon, Poon, & Chiang, 2009), em que elementos, componentes ou módulos são fabricados antecipadamente, com a transferência dessa atividade para uma instalação externa ao canteiro (Goodier & Gibb, 2007; Mao, Shen, Shen, & Tang, 2013).

Características como a padronização, sua aplicação na fase inicial do projeto e construção em massa (Goodier & Gibb, 2007; Shen, Tam, Chan, & Kong, 2002), tem o potencial de reduzir o tempo de construção e elevar a qualidade do produto final (Goodier & Gibb, 2007; Tam, Tam, & Ng, 2007) . Já a predefinição antecipada do sistema leva à inflexibilidade de alterações e custo inicial maior em comparação à técnica tradicional (Tam, Tam, Zeng, & Ng, 2007).

Nesse contexto, o presente estudo tem como problema a geração de impactos ambientais oriundos da construção civil. O objetivo é levantar estudos de caso comparativos dos impactos ambientais de uma construção realizada em sistema convencional e em pré-fabricado, coletar informações sobre os métodos construtivos e a ferramenta ACV, identificar os principais impactos avaliados e compará-los, em termos percentuais. Para avaliação dos sistemas construtivos, os estudos aplicaram a ferramenta de gestão ambiental Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), que qualifica e quantifica os impactos dos processos e materiais de interesse ao longo do seu ciclo de vida (ABNT ISO 14040, 2014).

Inicialmente, é apresentado o referencial teórico, composto pelo estado-da-arte de estudos de ACV na construção civil e pelos artigos objeto da pesquisa, seguido da descrição do método, resultados e discussão final.

2. ACV E IMPACTOS AMBIENTAIS

A ACV possui quatro fases: 1) Definição de objetivo e escopo, em que são apresentadas informações iniciais e básicas para o estudo; 2) Análise de inventário, para coleta e registro de dados que servirão de base para o cálculo dos impactos, atribuição pertinente à fase; 3) Avaliação de Impacto. A última e quarta fase, 4) Interpretação, que deve ser iterativa e contínua ao longo do processo, para assegurar que as informações sejam consistentes entre todas as fases e os resultados sejam de fato úteis para o estudo proposto (ABNT ISO 14040, 2014).

Cabe ao desenvolvedor da ACV definir as informações de entrada para inserção no Inventário do Ciclo de Vida (ICV) e posterior cálculo dos impactos, os quais também devem ser definidos conforme o propósito do estudo.

São utilizadas as categorias de impacto e níveis de avaliação do impacto, os indicadores de categorias e os modelos de caracterização como possíveis formas para apresentação dos resultados da ACV.

As categorias de impacto são descritas, segundo a ABNT ISO 14040 (2014), como aspectos ambientais relevantes baseados nos resultados encontrados na fase de Análise do Inventário do Ciclo de Vida. Elas podem ser classificadas conforme dois níveis de impacto: de ponto médio (midpoint), em que as saídas no ICV são agrupadas segundo características de causa e efeito no meio ambiente, como potenciais indicadores de impacto. E de ponto final (endpoint), em que são consideradas as consequências finais das categorias de impacto de ponto médio, chamadas então de danos, que são basicamente: saúde humana, ecossistema e recursos naturais (Cavalett, Chagas, Seabra, & Bonomi, 2013).

Além dessa classificação, também é possível avaliar se a categoria pode impactar global (como potencial de aquecimento global), local (ex. disposição de resíduos) ou internamente (ex. reação alérgica em humanos).

Já os indicadores de categoria estão atrelados ao mecanismo ambiental de causa, ou seja, como será medida a categoria de impacto, devendo também ser ambientalmente relevante. Por exemplo, a categoria de impacto Mudança Climática pode ter como indicador de categoria o Forçamento Radiativo Infravermelho (W/m²) (ABNT ISO 14040, 2014).

Dos modelos de caracterização derivam os fatores de caracterização, em que os impactos são agrupados de acordo com uma unidade comum e considerados na mesma categoria de impacto, que, no exemplo anterior, o forçamento radiativo infravermelho pode ser mensurado equivalentemente em termos de kg de CO2 (ABNT ISO 14040, 2014).

3. AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA NA CONSTRUÇÃO

Impactos de grande escala provenientes do setor da construção e a singularidade dos seus produtos levam à resultados de ACV distintos e úteis ao embasamento de tomada de decisões e à criação de um banco de dados.

Diferentes stakeholders têm interesses particulares sobre os resultados encontrados: Zabalza Bribián, Aranda Usón, & Scarpellini (2009) apresentam, por exemplo, que profissionais a serviço de um município podem se embasar na ACV para definir e incentivar o desenvolvimento de áreas residenciais e comerciais. Já arquitetos e engenheiros tem a possibilidade de comparar questões de ordem técnica como a definição de materiais e métodos.

Ao ser aplicada ainda no planejamento de uma obra, possibilita simular os impactos e fazer alterações no projeto a fim de mitigá-los (Li, Zhu, & Zhang, 2010). No entanto, os resultados devem ser interpretados com ressalva, uma vez que o autor possui autonomia para tomar uma série de decisões que influenciarão o resultado final. Isso possibilita a manipulação dos impactos, como a atenuação de efeitos nocivos provenientes de certos materiais e processos, o chamado greenwashing (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA], 2016)

A utilização da ACV no Brasil, principalmente na construção civil, é limitada à escassez de dados nacionais e ao acesso aos dados de entrada na ACV (Castro, Silva, Arduin, Oliveira, & Becere, 2015; Miyazato & Oliveira, 2009).

Já internacionalmente, foi verificada uma quantidade de estudos comparativos de sistemas construtivos para uma edificação. Foram localizados casos na China (Cao, Li, Zhu, & Zhang, 2015; Liu, Guo, Sun, & Chang, 2016; Mao et al., 2013), Malásia (Marsono & Balasbaneh, 2015; Omar, Doh, Panuwatwanich, & Miller, 2014; Wen, Siong, & Noor, 2015), Estados Unidos (Alshamrani, 2015; Memari, Solnosky, Tufano, & Dillen, 2014; Quale, Eckelman, Williams, Sloditskie, & Zimmerman, 2012), Austrália (Aye, Ngo, Crawford, Gammampila, & Mendis, 2012), Espanha (González & García Navarro, 2006; Pons & Wadel, 2011), Portugal (Konig et al., 2007; Monteiro & Freire, 2012), Países Baixos (Ottelé, Perini, Fraaij, Haas, & Raiteri, 2011), Hong Kong (Chau, Hui, Ng, & Powell, 2012; Dong, Jaillon, Chu, & Poon, 2015), Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Suécia (Eriksson, 2001), Itália e Alemanha (Takano & Pittau, 2013), Itália (Guardigli, 2014), Polônia (Pajchrowski, Noskowiak, Lewandowska, & Strykowski, 2014a, 2014b), Luxemburgo (Iribarren et al., 2015), Taiwan (Chou & Yeh, 2015), Lituânia (Motuzienė, Rogoža, Lapinskienė, & Vilutienė, 2016), Sérvia (Maodus, Agarski, Misulic, Budak, & Radeka, 2016) e um estudo brasileiro (Caldas, Lira, Melo, & Sposto, 2017).

Para analisar a grande quantidade de trabalho acerca da aplicação da ACV em construções, têm sido realizados trabalhos como os de Chastas, Theodosiou, & Bika (2016), que levantaram estudos de avaliação do ciclo energético de edificações residenciais. Kamali & Hewage (2016) analisaram publicações de estudos de ACV em construções modulares. Säynäjoki, Heinonen, Junnila, & Horvath (2017) analisaram a variação de resultados de 116 ACVs de edificações em sua fase pré-operacional. Geng et al. (2017) realizou uma revisão bibliométrica de artigos de ACV publicados entre os anos de 2000 e 2014. Anand & Amor (2017) revisaram estudos de ACV na construção em geral, apresentando desafios e oportunidades de pesquisa futuras.

Devido à ausência de estudos que reunissem as ACVs comparativas entre construção convencional e pré-fabricada, informações como as categorias de impacto mais utilizadas, assim como os softwares e bancos de dados e o sistema construtivo que apresentou os melhores resultados em termos de impacto ambiental, o presente trabalho analisou os estudos publicados nos últimos cinco anos e após tratamento dos dados extraídos chegou-se aos resultados descritos a seguir.

4. MÉTODO

Nesta análise bibliométrica de estudos comparativos de construção executada em sistema convencional e em pré-fabricado, foram realizadas as etapas descritas na Figura 1 como estratégia para a seleção dos artigos e posterior análise de conteúdo.


Figura 1
Etapas aplicadas à revisão
Fonte: A autora (2017).

Inicialmente, fez-se o questionamento quanto a uma possível tendência à construção pré-fabricada apresentar menores impactos ambientais comparativamente à convencional, de forma que essa comparação somente seria possível em estudos de caso iguais ou equivalentes. Dessa forma, optou-se pela seleção de estudos comparativos que utilizaram a ferramenta ACV, frequentemente encontrada em artigos voltados para questões ambientais. Também se questionou o perfil desses estudos comparativos, em termos de ferramenta aplicada e características dos estudos.

Tabela 1
Seleção de artigos para a revisão

Para a seleção dos artigos, a estratégia definida compreendeu o uso de quatro bases de dados: Google Acadêmico, Science Direct, Web of Science e Periódicos CAPES, utilizando as palavras-chave LCA building construction conventional prefabricated "life cycle assessment", a fim de selecionar artigos que tratassem de ACV aplicadas comparativamente a edificações ou elementos pré-fabricados e convencionais. Como critérios foram considerados apenas artigos publicados entre os anos de 2013 e 2017, em que as palavras-chave foram aplicadas em todos os campos.


Figura 2
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)

Fonte: A autora (2017).


Figura 2 (cont. 1)
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)

Fonte: A autora (2017).


Figura 2 (cont. 2)
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)

Com o total de 792 artigos, procedeu-se à primeira filtragem para refinar os resultados quanto ao assunto de interesse, por meio de avaliação do título, resumo e verificação superficial do conteúdo. Em seguida, foram excluídos artigos repetidos que apareceram em mais de uma base de dados e como terceira filtragem realizou-se a análise detalhada dos estudos.


Figura 3
Características dos estudos de caso por artigo
Fonte: A autora (2017).

Nessa etapa houve a necessidade de buscar em literatura especializada estrangeira o que é considerado como técnica convencional no país. Aqueles que não se encaixaram no comparativo entre sistema contrutivo convencional e pré-fabricado foram descartados.

Foram selecionados artigos que compararam, além de edificações como um todo, sistemas estruturais e áreas unitárias, como paredes de diferentes composições de materiais. Ainda, alguns estudos realizaram comparações entre mais de duas variáveis, foi também convencionado que a escolha se daria pelos materiais mais recorrentes entre os artigos analisados.

Com resultado final de 16 artigos a serem revisados, aplicou-se a técnica conhecida como bola de neve para buscar em suas referências outros possíveis estudos que se encaixassem na proposta da revisão. Por fim, foram avaliados 17 artigos (Tabela 1).

Na Figura 2 estão os artigos revisados, dispostos conforme o ano de publicação, com os respectivos autores, ano, país e descrição dos materiais (composição dos sistemas construtivos) utilizados no comparativo dos impactos ambientais. Na Figura 3, há a definição do objeto de estudo, o banco de dados utilizado no Inventário do Ciclo de Vida, o software usado e o método de avaliação de impacto escolhido.

Para análise comparativa entre os artigos, foram coletados todos os impactos ambientais calculados pelos autores, tanto para o sistema convencional como para o pré-fabricado, transformando a soma deles em 100%. Em seguida, foi calculada a percentagem relativa ao impacto de cada sistema para verificar qual deles foi predominante.

Na interpretação dos resultados, foi apresentada a percentagem relativa à construção convencional e à pré-fabricada para cada impacto considerado.

Por fim, são apresentadas as conclusões, com a verificação do atendimento ao objetivo inicial da revisão, discussões acerca dos resultados apresentados e sugestão de estudos futuros.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Verificou-se a concentração de estudos comparativos no continente asiático e europeu, com oito e sete artigos, respectivamente. Quanto aos limites do sistema nos ciclos de vida, na Tabela 2 estão divididos em três etapas gerais: pré-operacional, que corresponde às subetapas: extração de matérias-primas, fabricação de materiais de construção, transporte de materiais, equipamentos e uso de energia na obra, desperdício (resíduos) e transporte dos resíduos; operacional: manutenção, renovação e energia consumida durante o uso; pós-operacional: reciclagem, demolição (geração de resíduos) e transporte de resíduos.

Houve predominância de estudo de impactos referentes à etapa pré-operacional. Sobre a subetapa “extração da matéria-prima”, onze dos dezessete artigos analisaram os impactos ambientais advindos da atividade, ou seja, 65% dos artigos. Somente a subetapa “fabricação de materiais de construção” foi avaliada em todos os artigos.

Já os processos relacionados ao transporte de resíduos e reciclagem foram as menos avaliadas. Ao realizar o mesmo procedimento para as etapas, concluiu-se que 100% dos artigos analisaram impactos pré-operacionais, 53% operacionais e 41% operacionais.

Com relação às bases de dados utilizadas, o Ecoinvent foi o mais utilizado, com 23,5%, suportado por diferentes aplicativos. Quanto ao software mais recorrente, o SimaPro, um dos mais utilizados no mundo, esteve presente em 29,4% dos estudos. Em seguida está o Athena com 23,5%, específico para a indústria da construção. Os métodos IPCC (pegada de carbono), IMPACT 2002+ e TRACI (único método disponível no software Athena) foram aplicados em 58,8% dos artigos.

Foi também realizado o levantamento dos resultados apresentados por cada artigo (Quadro 1), em que foram identificadas 26 unidades diferentes de medida ligadas a impactos ambientais, das quais são: categorias de impacto midpoint (19), endpoint (4), indicador de categoria (1) ou fluxo de entrada na AICV (2).

Tabela 2
Limites do sistema no ciclo de vida por artigo

Fonte: A autora (2017).

Dessas, potencial de aquecimento global, emissão de CO2 equivalente e consumo energético tiveram a maior recorrência, seguidas da depleção da camada de ozônio, saúde humana, qualidade do ecossistema e recursos.

A Figura 4Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta os impactos calculados para cada sistema, convertidos em percentagem relativa ao impacto total gerado pela soma dos sistemas construtivos pré-fabricado e convencional, a fim de verificar as respectivas contribuições.

Por exemplo, o artigo de numeração 1, dos autores Mao et al. (2013), calculou que a construção pré-fabricada gerou menor quantidade de gases de efeito estufa, uma vez que do total produzido pelos sistemas, 49,2% foi proveniente da construção pré-fabricada, contra 50,8% da convencional.

Já o artigo 4, de Guardigli (2014), avaliou os impactos na saúde humana, na qualidade do ecossistema e nos recursos naturais, que são categorias de impacto endpoint. A construção pré-fabricada impactou em 32%, 52,6% e 28,6%, nesta mesma ordem, apresentando melhores resultados na primeira e última categorias.

Ao calcular a média geral das percentagens dos impactos para cada sistema, verificou- se que os impactos na edificação pré-fabricada foram de 47,2%, enquanto na convencional 52,8%, com desvio padrão de 9%.

Quanto à escolha dos impactos a serem calculados, o consumo energético, a emissão de CO2 equivalente e o potencial de aquecimento global tiveram as maiores incidências de avaliação nos estudos.

Quadro 1
Classificação das unidades apresentadas como resultados nos artigos

Fonte: A autora (2017).


Figura 5
Percentagens relativas por impacto para os sistemas pré-fabricado e convencional

Notas:

*Numeração dos artigos conforme Tabela 3 em: Autores do artigo

Fonte: A autora (2017).


Figura 5 (cont.)
Percentagens relativas por impacto para os sistemas pré-fabricado e convencional

Notas:

*Numeração dos artigos conforme Tabela 3 em: Autores do artigo

Fonte: A autora (2017).

6. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos sobre a geração de impactos ambientais na construção civil tiveram crescimento expressivo nesta última década, o que evidencia a necessidade de encontrar soluções ambientalmente mais sustentáveis.

Ao levantar os estudos comparativos de impactos ambientais em construções convencionais e pré-fabricadas realizados nos últimos cinco anos, foram encontrados artigos realizados em diferentes países. Isso evidenciou a variabilidade de materiais e técnicas empregados conforme as características regionais, que em sua maioria por não fornecerem maiores informações, exigiu a busca em literatura especializada sobre a execução para entendimento do método construtivo e aplicação dos materiais para posterior classificação em sistema convencional, pré-fabricado ou exclusão do artigo caso não se encaixasse no comparativo.

Dessa forma, recomenda-se a descrição do método construtivo e os materiais empregados em estudos futuros para auxiliar pesquisas internacionais no entendimento dos sistemas construtivos nacionais.

Sobre os impactos levantados para cada sistema, o pré-fabricado apresentou melhores resultados em relação ao convencional na maioria das categorias. No entanto, devido ao valor encontrado para o desvio padrão não é possível afirmar como uma conclusão generalizada, que demonstra a variabilidade no valor dos impactos.

Cada ACV possui características únicas que influenciam o cálculo do impacto, como o local da obra, a distância de transporte e os materiais e suas quantidades empregados. As bases de dados utilizadas na fase de inventário do ciclo de vida ainda são escassas no Brasil e se baseiam em valores internacionais para se adaptarem à realidade brasileira.

Além disso, no desenvolvimento de uma ACV são tomadas decisões que gerarão um resultado singular, por isso a importância de descrever todas as etapas em sua realização e as escolhas feitas, o que não foi verificado em diversos dos estudos revisados, impossibilitando a sua reprodução e avaliação da qualidade.

Por fim, a realização de uma ACV é uma atividade complexa, de forma que simplificá- la, considerando apenas as atividades e processos relevantes pode reduzir esforço e tempo dispendidos.

Somado a isso, ACVs comparativas devem ser realizadas de forma consistente para uma comparação correta e equivalente, uma vez que no atual cenário em que a sustentabilidade ambiental tem sido foco de discussão, a afirmação de um item ser mais sustentável que outro deve ser avaliada com critério, para evitar a prática do greenwashing e a manipulação de informações de forma a distorcê-las.

Como sugestão para pesquisas futuras, pode-se analisar a diferença entre os impactos dos sistemas construtivos, que apesar de pequena em percentagem, não é conclusiva sobre a sua relevância. Ainda, incentiva-se o desenvolvimento de estudos comparativos com a aplicação da ferramenta ACV na área da construção civil, dada a importância do setor para as questões ambientais em níveis local e global.

Material suplementar
REFERÊNCIAS
ABNT ISO 14040. (2014). Gestão Ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura. Rio de Janeiro.
Alshamrani, O. S. (2015). Life cycle assessment of low-rise office building with different structure–envelope configurations. Canadian Journal of Civil Engineering, 43(3), 193–200.
Anand, C., & Amor, B. (2017). Recent developments, future challenges and new research directions in LCA of buildings: A critical review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 67, 408–416.
Aye, L., Ngo, T., Crawford, R. H., Gammampila, R., & Mendis, P. (2012). Life cycle greenhouse gas emissions and energy analysis of prefabricated reusable building modules. Energy and Buildings, 47, 159–168. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2011.11.049
Baldwin, A., Poon, C. S., Shen, L. Y., Austin, S., & Wong, I. (2009). Designing out waste in high-rise residential buildings: Analysis of precasting methods and traditional construction. Renewable Energy, 34(9), 2067–2073. https://doi.org/10.1016/j.renene.2009.02.008
BRASIL. (2010). Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos. Recuperado em 15 julho, 2017, de http://www.mma.gov.br/estruturas/srhu_urbano/_arquivos/4_manual_implantao_sistema_gesto_resduos_construo_civil_cp_125.pdf
Caldas, L. R., Lira, J. S. de M. M., Melo, P. C. de, & Sposto, R. M. (2017). Life cycle carbon emissions inventory of brick masonry and light steel framing houses in Brasilia: proposal of design guidelines for low-carbon social housing. Ambiente Construído, 17(3), 71–85.
Calmon, J. L., & Vieira, D. R. (2014). Perceptions of sustainability in civil construction projects: analysis of brazilian construction sites. The Journal of Modern Project Management, 2(1), 70–81.
Câmara Brasileira da Indústria da Construção [CBIC]. (2017). Participação (%) no Valor Adicionado Bruto (a preços básicos) - Segundo as Classes e Atividades. Recuperado em 15 Julho 2017, de http://www.cbicdados.com.br/media/anexos/tabela_02.D.05_6.xlsx
Cao, X., Li, X., Zhu, Y., & Zhang, Z. (2015). A comparative study of environmental performance between prefabricated and traditional residential buildings in China. Journal of Cleaner Production, 109, 131–143.
Castro, A. L., Silva, F. B., Arduin, R. H., Oliveira, L. A., & Becere, O. H. (2015). Análise da viabilidade técnica da adaptação de dados internacionais de inventário de ciclo de vida para o contexto brasileiro : um estudo de caso do concreto para paredes moldadas no local. Anais Do 57. Congresso Brasileiro Do Concreto, 1–16.
Cavalett, O., Chagas, M. F., Seabra, J. E. A., & Bonomi, A. (2013). Comparative LCA of ethanol versus gasoline in Brazil using different LCIA methods. International Journal of Life Cycle Assessment, 18(3), 647–658. https://doi.org/10.1007/s11367-012-0465-0
Chastas, P., Theodosiou, T., & Bikas, D. (2016). Embodied energy in residential buildings- towards the nearly zero energy building: A literature review. Building and Environment, 105, 267–282. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2016.05.040
Chau, C. K., Hui, W. K., Ng, W. Y., & Powell, G. (2012). Assessment of CO 2 emissions reduction in high-rise concrete office buildings using different material use options. Resources, Conservation and Recycling, 61, 22–34. https://doi.org/10.1016/j.resconrec.2012.01.001
Chou, J.-S., & Yeh, K.-C. (2015). Life cycle carbon dioxide emissions simulation and environmental cost analysis for building construction. Journal of Cleaner Production, 101, 137–147. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2015.04.001
Dong, Y. H., Jaillon, L., Chu, P., & Poon, C. S. (2015). Comparing carbon emissions of precast and cast-in-situ construction methods - A case study of high-rise private building. Construction and Building Materials, 99, 39–53. https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2015.08.145
Eriksson, P. (2001). Comparative LCA’s for Wood and Other Construction Methods. In Proceedings of the World Conference on Timber Engineering. Lahti, Finlândia (Vol. 1417).
Geng, S., Wang, Y., Zuo, J., Zhou, Z., Du, H., & Mao, G. (2017). Building life cycle assessment research: A review by bibliometric analysis. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 76, 176–184. https://doi.org/10.1016/j.rser.2017.03.068
González, M. J., & García Navarro, J. (2006). Assessment of the decrease of CO2 emissions in the construction field through the selection of materials: Practical case study of three houses of low environmental impact. Building and Environment, 41(7), 902–909. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2005.04.006
Goodier, C., & Gibb, A. (2007). Future opportunities for offsite in the UK. Construction Management and Economics, 25(6), 585–595. https://doi.org/10.1080/01446190601071821
Guardigli, L. (2014). Comparing the environmental impact of reinforced concrete and wooden structures. In Eco-efficient Construction and Building Materials: Life Cycle Assessment (LCA), Eco-Labelling and Case Studies, 407.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA]. (2016). a Avaliação De Ciclo De Vida Como Ferramenta Para a Formulação De Políticas Públicas No Brasil. Recuperado em 15 julho, 2017, de https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi5hNK7gKXVAhVIlpAKHQeCocQFggoMAE&url=http%3A%2F%2Frepositorio.ipea.gov.br%2Fbitstream%2F11058%2F6685%2F1%2Ftd_2205.pdf&usg=AFQjCNGVlHyjH3E-nU0dR0VaXUL-6v8F5Q
Iribarren, D., Marvuglia, A., Hild, P., Guiton, M., Popovici, E., & Benetto, E. (2015). Life cycle assessment and data envelopment analysis approach for the selection of building components according to their environmental impact efficiency: a case study for external walls. Journal of Cleaner Production, 87, 707–716. Recuperado em 15 julho, 2017, de https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2014.10.073
Jaillon, L., Poon, C. S., & Chiang, Y. H. (2009). Quantifying the waste reduction potential of using prefabrication in building construction in Hong Kong. Waste Management, 29(1), 309– 320. https://doi.org/10.1016/j.wasman.2008.02.015
Kamali, M., & Hewage, K. (2016). Life cycle performance of modular buildings: A critical review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, 62, 1171–1183. https://doi.org/10.1016/j.rser.2016.05.031
Konig, H., Schmidberger, E., De Cristofaro, L., Braganca, L., Pinheiro, M., Jalali, S., … Guedes, M. C. (2007). Life Cycle Assessment of a tourism resort with renewable materials and traditional construction techniques. Portugal SB07, Sustainable Construction, Materials and Practices. IOS Press, Amsterdam, 1043–1050.
Li, X., Zhu, Y., & Zhang, Z. (2010). An LCA-based environmental impact assessment model for construction processes. Building and Environment, 45(3), 766–775. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2009.08.010
Liu, Y., Guo, H., Sun, C., & Chang, W.-S. (2016). Assessing Cross Laminated Timber (CLT) as an Alternative Material for Mid-Rise Residential Buildings in Cold Regions in China-A Life-Cycle Assessment Approach. Sustainability, 8(10). https://doi.org/10.3390/su8101047
Mao, C., Shen, Q., Shen, L., & Tang, L. (2013). Comparative study of greenhouse gas emissions between off-site prefabrication and conventional construction methods: Two case studies of residential projects. Energy and Buildings, 66, 165–176. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2013.07.033
Maodus, N., Agarski, B., Misulic, T. K., Budak, I., & Radeka, M. (2016). Life cycle and energy performance assessment of three wall types in south-eastern Europe region. Energy and Buildings, 133, 605–614. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2016.10.014
Marsono, A., & Balasbaneh, A. T. (2015). Combinations of building construction material for residential building for the global warming mitigation for Malaysia. Construction and Building Materials. Recuperado em 15 julho, 2017, de http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0950061815003414
Memari, A., Solnosky, R., Tufano, J., & Dillen, M. (2014). Comparative study on multi- hazard resistance and embodied energy of different residential building wall systems. J. Civil Eng. Architect., 1(6), 367–387. Recuperado em 15 julho, 2017, de http://www.ethanpublishing.com/uploadfile/2014/1225/20141225040553347.pdf
Meseguer, A. G. (1991). Controle e Garantia da Qualidade na Construção. São Paulo: Sinduscon – SP/Projeto/PW.
Miyazato, T., & Oliveira, C. T. A. (2009). Avaliação do Ciclo de Vida (ACV): aplicações e limitações no setor da construção civil. In V ENCONTRO NACIONAL E III ENCONTRO LATINO-AMERICANO SOBRE EDIFICAÇÕES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS, V, III. Recife.
Monteiro, H., & Freire, F. (2012). Life-cycle assessment of a house with alternative exterior walls: Comparison of three impact assessment methods. Energy and Buildings, 47, 572–583. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2011.12.032
Motuzienė, V., Rogoža, A., Lapinskienė, V., & Vilutienė, T. (2016). Construction solutions for energy efficient single-family house based on its life cycle multi-criteria analysis: a case study. Journal of Cleaner Production. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2015.08.103
Nações Unidas. (2009). Buildings and Climate Change: Summary for Decision Makers. Buildings and Climate Change: Summary for Decision-Makers, 1–62. https://doi.org/10.1127/0941-2948/2006/0130
New Zealand Green Building Council [NZGB]. (2016). Green Star, Manual v3.1. Recuperado em 15 julho, 2017, de https://www.nzgbc.org.nz/Attachment?Action=Download&Attachment_id=694
Nunes, C. C., & Junges, E. (2008). Comparação de custo entre estrutura convencional em concreto armado e alvenaria estrutural de blocos de concreto para edifício residencial em Cuiabá-MT. In XII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (p. 10). Fortaleza, Ceará.
Omar, W. M. S. W., Doh, J.-H., Panuwatwanich, K., & Miller, D. (2014). Assessment of the embodied carbon in precast concrete wall panels using a hybrid life cycle assessment approach in Malaysia. Sustainable Cities and Society, 10, 101–111. https://doi.org/10.1016/j.scs.2013.06.002
Ottelé, M., Perini, K., Fraaij, A. L. A., Haas, E. M., & Raiteri, R. (2011). Comparative life cycle analysis for green façades and living wall systems. Energy and Buildings, 43(12), 3419– 3429. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2011.09.010
Pajchrowski, G., Noskowiak, A., Lewandowska, A., & Strykowski, W. (2014a). Materials composition or energy characteristic–What is more important in environmental life cycle of buildings? Building and Environment, 72, 15–27. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2013.10.012
Pajchrowski, G., Noskowiak, A., Lewandowska, A., & Strykowski, W. (2014b). Wood as a building material in the light of environmental assessment of full life cycle of four buildings. Construction and, 52, 428–436. https://doi.org/10.1016/j.conbuildmat.2013.11.066
Pons, O., & Wadel, G. (2011). Environmental impacts of prefabricated school buildings in Catalonia. Habitat International, 35(4), 553–563. https://doi.org/10.1016/j.habitatint.2011.03.005
Quale, J., Eckelman, M. J., Williams, K. W., Sloditskie, G., & Zimmerman, J. B. (2012). Construction Matters: Comparing Environmental Impacts of Building Modular and Conventional Homes in the United States. Journal of Industrial Ecology, 16(2), 243–253. https://doi.org/10.1111/j.1530-9290.2011.00424.x
Ribeiro, M. S. (2002). A Industrialização como Requisito para a Racionalização da Construção. Rio de Janeiro: UFRJ/PROARQ/FAU.
Sartori, I., & Hestnes, A. G. (2007). Energy use in the life cycle of conventional and low-energy buildings: A review article. Energy and Buildings, 39(3), 249–257. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2006.07.001
Säynäjoki, A., Heinonen, J., Junnila, S., & Horvath, A. (2017). Can life-cycle assessment produce reliable policy guidelines in the building sector? Environmental Research Letters, 12(1). https://doi.org/10.1088/1748-9326/aa54ee
Shen, L., Tam, W., Chan, C., & Kong, S. (2002). An examination on the waste management practice in the local construction site. Hong Kong Surveyor. Recuperado em 21 julho, 2017, de https://scholar.google.com/scholar?cluster=5102146205066149633&hl=pt-BR&as_sdt=2005&sciodt=05
Takano, A., & Pittau, F. (2013). Greenhouse gas emission from construction process of multi- story wooden buildings. Proceedings of Sustainable Building Conference, 27. Recuperado em 15 julho, 2017, de http://www.academia.edu/download/39449006/Greenhouse_gas_emission_from_constructio20151027-24605-skaow8.pdf
Tam, V. W. Y., Tam, C. M., & Ng, W. C. Y. (2007). On prefabrication implementation for different project types and procurement methods in Hong Kong. Journal of Engineering, Design and Technology, 5, 68–80. https://doi.org/10.1108/17260530710746614
Tam, V. W. Y., Tam, C. M., Zeng, S. X., & Ng, W. C. Y. (2007). Towards adoption of prefabrication in construction. Building and Environment, 42(10), 3642–3654. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2006.10.003
Vasques, C. C. P. C. F., & Pizzo, L. M. B. F. (2014). Comparativo de sistemas construtivos, convencional e wood frame em residências unifamiliares 1. São Paulo: Unilins.
Wen, T. J., Siong, H. C., & Noor, Z. Z. (2015). Assessment of Embodied Energy and Global Warming Potential of Building Construction using Life Cycle Analysis Approach: Case Studies of Residential Buildings in Iskandar Malaysia. Energy and Buildings, 93, 295–302. https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2014.12.002
Zabalza Bribián, I., Aranda Usón, A., & Scarpellini, S. (2009). Life cycle assessment in buildings: State-of-the-art and simplified LCA methodology as a complement for building certification. Building and Environment, 44(12), 2510–2520. https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2009.05.001
Notas
Autor notes
a Discente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil, UFPR. Curitiba, PR (Brasil).
b Doutorado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental, UFPR, Curitiba, PR (Brasil).
c Doutorado em Engenharia Civil, UFSC, Florianópolis, SC (Brasil).

Figura 1
Etapas aplicadas à revisão
Fonte: A autora (2017).
Tabela 1
Seleção de artigos para a revisão


Figura 2
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)

Fonte: A autora (2017).

Figura 2 (cont. 1)
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)

Fonte: A autora (2017).

Figura 2 (cont. 2)
Características dos estudos de caso por artigo

Notas:

1 TYVEK: funciona como barreira contra água e ar

2 OSB: oriented strand board (painel de tiras de madeira orientadas)

3 MDF: medium-density fiberboard (placa de fibra de madeira de média densidade)

4 HDF: high density fiberboard (placa de fibra de madeira de alta densidade)

5 CLT: cross laminated timber (madeira laminada colada cruzada)


Figura 3
Características dos estudos de caso por artigo
Fonte: A autora (2017).
Tabela 2
Limites do sistema no ciclo de vida por artigo

Fonte: A autora (2017).
Quadro 1
Classificação das unidades apresentadas como resultados nos artigos

Fonte: A autora (2017).

Figura 5
Percentagens relativas por impacto para os sistemas pré-fabricado e convencional

Notas:

*Numeração dos artigos conforme Tabela 3 em: Autores do artigo

Fonte: A autora (2017).

Figura 5 (cont.)
Percentagens relativas por impacto para os sistemas pré-fabricado e convencional

Notas:

*Numeração dos artigos conforme Tabela 3 em: Autores do artigo

Fonte: A autora (2017).
Buscar:
Contexto
Descargar
Todas
Imágenes
Visualizador XML-JATS4R. Desarrollado por Redalyc