Editoria
Editando Ciência
Editing Science
Editando Ciência
Rosa dos Ventos, vol. 8, núm. 3, p. 255, 2016
Universidade de Caxias do Sul
Todo início de trimestre, pipocam nas redes anúncios de que novas edições de nossos periódicos científicos estão on line . Dezenas de artigos são disponibilizados, apresentando a produção recente de pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Artigos que, antes desse momento de visibilidade pública, percorreram um longo caminho: a pesquisa, a organização dos dados, a redação do texto final. Redação que nunca é simples, pois nós, pesquisadores, somos perfeccionistas. Cada palavra deve estar no seu lugar, cada referência, cada analogia, no desafio não só de apresentar o trabalho realizado, mas que essa apresentação alcance a sua compreensão pelos possíveis leitores.
Depois, vem a submissão a um periódico e o início de mais uma etapa, em geral também longa, pois os leitores começam a se suceder: o corpo editorial do periódico para primeira revisão administrativa, os avaliadores em leitura cega, o parecer com pedidos de ajustes, retorno aos autores para adequações, avaliação da nova versão pela revista, para que, finalmente, o artigo aceito para publicação, inicie-se o trabalho de edição, mais propriamente, ou seja, de revisão ortográfica e de formação no template .
Os autores costumam conhecer esse processo, pois o mesmo é levado a cabo por pares, em situações nas quais as posições são intercambiáveis: o hoje autor, amanhã será avaliador, mais adiante editor e assim sucessivamente. Mas, nem todos consideram o número de pessoas e de horas envolvidas, na maioria dos casos em dedicação voluntária e não remunerada dos partícipes do processo.
Quero dizer que quando um de nossos periódicos é disponibilizado on line, temos um pequeno milagre, fruto da dedicação de muitas pessoas. E não tem sido diferente com a Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade , a cada oportunidade em que entrega ao público novo bloco de artigos. Muitas pessoas, além dos autores, participaram de diferentes fases do processo, e sem o seu trabalho silencioso e dedicado, a Revista não aconteceria. Por isso, a todos: muito obrigada!
Nesta edição amarrada sob o número 8(3), mais uma vez seguimos nosso objetivo editorial de provocar a reflexão e o debate acadêmico sobre a pesquisa que vem sendo desenvolvida no campo do Turismo e da Hospitalidade, e de áreas associadas. Neste número, entre outros, destacamos dois artigos por seu olhar diferenciado de pesquisa: um deles, assinado por Senia Bastos e Mércia Maria Cruz Stefanelli , amplia a discussão sobre a Hospitalidade, ao associá-la com o acolhimento aos imigrantes em São Paulo. Luciene Jung de Campos, junto com Denise de Souza e Macuri Peteffi, por sua vez, tocam em uma questão ainda em aberto na área: o trabalho no Turismo.
Mas, há outros temas presentes, com tratamento de qualidade, como a gestão, o planejamento turístico, os eventos, a cultura. Destaco, ainda, a resenha assinada por Aguinaldo César Fratucci e Ana Paula Garcia Spolon, do livro Turismo, arquitetura e cidade , organizado por Heliana Comin Vargas e Ricardo Alexandre Paiva, já agora um dos lançamentos mais importantes em 2016.
Boa leitura!