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Framework Teórico da Influência dos Pop-Up Ads Sobre as Respostas Cognitivas e Comportamentais dos Consumidores
Daniel Max de Sousa Oliveira; Martin de La Martinière Petroll
Daniel Max de Sousa Oliveira; Martin de La Martinière Petroll
Framework Teórico da Influência dos Pop-Up Ads Sobre as Respostas Cognitivas e Comportamentais dos Consumidores
Theoretical Framework for the Influence of Pop-Up Ads on the Cognitive and Behavioral Responses of Consumers
Revista Administração em Diálogo, vol. 21, núm. 1, pp. 63-80, 2019
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
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Resumo: O pop-up ad é um anúncio no formato de banner que se sobrepõe à tela em posições periféricas durante um programa de televisão. Neste estudo foi elaborado um conjunto de proposições teóricas que indicam como a dinâmica - animado ou estático - e a posição ocupada pelo pop-up ad na tela durante um programa de televisão - canto inferior esquerdo ou direito da tela - influenciam na atitude e na escolha dos consumidores em relação à marca anunciada no banner. Esse conjunto de proposições teóricas visa estimular o desenvolvimento de pesquisas futuras quanto a utilização dos pop-up ads e seus efeitos sobre as respostas cognitivas e comportamentais do consumidor.

Palavras-chave: Pop-Up AdsPop-Up Ads,Product PlacementProduct Placement,Comportamento do ConsumidorComportamento do Consumidor.

Abstract: Pop-up ad is a banner ad which overlaps the screen in peripheral positions during a television program. In this study, a set of theoretical propositions were elaborated that indicate how the dynamic - animate or static - and the position occupied by the pop-up ad on the screen during a television program - lower left or right of the screen - influence the consumers attitude and choice in relation to the brand advertised in the banner. This set of theoretical propositions aims to stimulate the development of future researches regarding the use of pop-up ads and their effects on the consumer’s cognitive and behavioral responses.

Keywords: Pop-Up Ads, Product Placement, Consumer Behavior.

Carátula del artículo

Artigo

Framework Teórico da Influência dos Pop-Up Ads Sobre as Respostas Cognitivas e Comportamentais dos Consumidores

Theoretical Framework for the Influence of Pop-Up Ads on the Cognitive and Behavioral Responses of Consumers

Daniel Max de Sousa Oliveira
Universidade Federal de Santa Catarina, Brazil
Martin de La Martinière Petroll
Universidade Federal de Santa Catarina, Brazil
Revista Administração em Diálogo, vol. 21, núm. 1, pp. 63-80, 2019
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Recepção: 19 Julho 2018

Aprovação: 05 Novembro 2018

Introdução

A efetividade dos comerciais televisivos tem diminuído nos últimos anos, especialmente em decorrência de tecnologias, como os Digital Video Recorders (DVR’s), que oferecem ao espectador maior controle sobre o conteúdo ao qual ele está exposto na televisão (Teixeira, Wedel & Pieters, 2010). Além disso, mudanças nos padrões de consumo de mídia permitem que as pessoas utilizem dispositivos de comunicação móvel, como os smartphones, enquanto assistem à televisão (Duff, Yoon, Wang & Anghelcev, 2014), o que dificulta o processamento das informações anunciadas nos comerciais (Angell, Gorton, Sauer, Bottomley &White, 2016).

Nesse contexto, caracterizado pela diminuição da efetividade do tradicional modelo de publicidade televisiva, formas alternativas de comunicação de marketing, como o product placement, passaram a ser utilizadas para promover as marcas na televisão. Russell e Belch (2005) definiram product placement como a incorporação intencional de uma marca em uma mídia de entretenimento. Essa estratégia é uma alternativa à tradicional publicidade televisiva, pois permite que as marcas sejam integradas no conteúdo dos programas, o que torna sua intenção persuasiva menos evidente (Begy & Talwar, 2015; Boerman, Van Reijmersdal & Neijens, 2015).

Em uma análise da literatura sobre product placement, podem ser encontrados estudos que analisam placements congruentes ou incongruentes, proeminentes ou sutis (Gillespie, Joireman & Muehling, 2012; Homer, 2009), visuais e/ou sonoros (Russell, 2002). No entanto, conforme afirmaram Petroll e Prado (2014; 2015), há um tipo de placement, denominado pop-up ad, que, apesar de sua crescente utilização (Ny Daily News, 2007), ainda tem sido pouco analisado em estudos acadêmicos.

Os pop-up ads são um tipo específico de placement no formato de banner que se sobrepõe à tela em posições periféricas durante um programa de televisão (Petroll & Prado, 2014). Em seu estudo, Petroll e Prado (2015) investigaram o efeito da congruência e proeminência dos pop-up ads sobre a atenção visual, memória, atitude e intenção de compra da marca anunciada. Embora esse estudo tenha oferecido um entendimento inicial quanto aos efeitos dos pop-up ads sobre o comportamento do consumidor, pesquisas adicionais são necessárias para que o conhecimento sobre esse tipo de placement seja ampliado.

Além disso, os resultados obtidos no estudo de Petroll e Prado (2015) indicam que a resposta dos consumidores aos pop-up ads, em relação a atitude e memória, podem ser distintas daquelas observadas quando se analisa placements mais tradicionais. Isso sugere que, embora sejam considerados um tipo de placement, os pop-up ads possuem características próprias que podem estimular respostas distintas nos consumidores, o que justifica um esforço de pesquisa adicional em relação a esse estímulo publicitário.

Dessa forma, foi formulado um conjunto de proposições teóricas que descreve os efeitos de duas características dos pop-up ads - animação (banner animado vs. banner estático) e posição do banner na tela (canto inferior esquerdo versus canto inferior direito) - sobre: (1) a atitude em relação à marca anunciada e; (2) o comportamento de escolha dos consumidores em relação à marca anunciada.

Cabe ressaltar que a variável animação foi escolhida, pois, por um lado, um grupo de estudiosos defende que a utilização dessa variável representa um requisito fundamental para a efetividade dos banners de publicidade em mídias de entretenimento (Hamborg, Bruns, Ollermann & Kaspar, 2012; Kim, Yoo & Stout, 2003; Yoo & Kim, 2005). No entanto, no estudo de Petroll e Prado (2015), a presença da animação não contribuiu para que os participantes avaliassem a marca, anunciada no pop-up ad, mais positivamente. Além disso, a presença da animação também não influenciou nas intenções de compra dos participantes.

Por sua vez, a variável posição na tela foi escolhida, pois os estudos que analisam os efeitos dos banners de publicidade, em mídias de entretenimento, sobre o comportamento do consumidor (Hamborg et al., 2012; Kuisma, Simola, Uusitalo & Öörni, 2010; Lee, Ahn; & Park, 2015; Yoo & Kim, 2005) não tem se atentado para esse aspecto. Isso ocorre apesar de Janiszewski (1988; 1990) ter demonstrado que o lado onde o anúncio está inserido na mídia (esquerda ou direita) pode influenciar nas avaliações dos consumidores.

Por fim, cabe ressaltar que a elaboração de um ensaio teórico se justifica pela necessidade de: (1) condensar em um único documento os achados teóricos e empíricos, até então dispersos em diversas áreas do conhecimento, que possam contribuir para uma melhor compreensão sobre os pop-up ads e seus efeitos sobre o consumidor; (2) por meio de proposições teóricas apontar prováveis caminhos que os pesquisadores podem adotar na análise desse tópico e; (3) estimular o interesse da comunidade acadêmica de marketing para o estudo dos pop-up ads, já que poucos estudos foram publicados, até então, sobre o tema.

Pop-up Ads: Placements no Formato de Banner

À medida que a estratégia de product placement se desenvolve, surgem diferentes formas de apresentar os elementos identificadores de marcas no conteúdo dos programas de televisão (Ferguson & Burkhalter, 2015). Dentre essas novas configurações que a estratégia de placement pode assumir, destaca-se os pop-up ads que, desde 2007, têm sido considerados os “novos invasores” da televisão (ver Figura 1) (Ny Daily News, 2007).


Figura 1 -
Exemplos de pop-up ads televisivos
Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: de cima para baixo e da esquerda para a direita: a) marca de cerveja BudLight anunciada em evento do Ultimate Fighting Championship (UFC) no canal Combate; b) marca Sony anunciada em transmissão de uma partida de futebol na Bandeirantes; c) marca Jequiti anunciada no SBT manhã no SBT; e d) marca Budweiser anunciada em evento do UFC no canal Combate

Apesar da crescente utilização dos pop-up ads televisivos, ainda são poucos os estudos acadêmicos que analisam esse tipo de placement (Petroll & Prado, 2015). O limitado conhecimento que se tem sobre os pop-up ads pode ser encontrado nos estudos de Petroll e Prado (2014; 2015). Esses autores analisaram os efeitos da congruência e da proeminência dos pop-up ads inseridos em programas de televisão e demonstraram o potencial desse tipo de placement no que se refere à capacidade de atrair a atenção dos consumidores.

De maneira complementar aos estudos de Petroll e Prado (2014; 2015), alguns autores da área de publicidade têm analisado a utilização de banners em outras mídias de entretenimento, como a internet (Kuisma et al., 2010; Lee, Ahn & Park, 2015; Machanda, Dubé, Goh & Chintaguta, 2006; Yoo, 2009). Esses estudos oferecem contribuições que podem auxiliar na compreensão dos pop-up ads, já que, apesar de serem utilizados em mídias distintas, pop-up ads e banners na internet possuem similaridades quanto: ao design e as dimensões que possuem; a quantidade de informação que apresentam aos consumidores; a posição que ocupam na tela e; a forma como são visualizados pelos espectadores (Yoo, 2009).

Machanda et al., (2006), por exemplo, destacaram que anúncios na forma de banner são um tipo de publicidade que utiliza uma combinação de conteúdo gráfico e textual na sua elaboração no intuito de apresentar informações sobre uma marca ou produto aos consumidores. Geralmente com design retangular e horizontal, os banners estão localizados em posições periféricas na tela sem a obstrução do conteúdo principal da mídia onde são inseridos, seja a internet ou televisão (Kuisma et al., 2010).

A posição periférica ocupada pelos banners contribui para que eles sejam mais facilmente ignorados já que, geralmente, não representam o ponto focal da atenção dos espectadores (Resnick & Albert, 2014). Além disso, em decorrência da posição que ocupam na tela, e do fato de disputarem a atenção do espectador com o conteúdo editorial da mídia onde estão inseridos, os banners são visualizados apenas de forma incidental pelos espectadores (Yoo, 2009). Dessa forma, a informação neles contida tende a ser processada, predominantemente, de maneira não consciente (Nordhielm, 2002; Yoo, 2009).

Kuisma et al., (2010) ainda acrescentaram que os banners são elaborados de modo a apresentar uma mensagem simples e objetiva. Portanto, possuem conteúdo informacional limitado e de fácil compreensão. De fato, existem banners que oferecem uma quantidade maior de informações aos consumidores, como a imagem do produto, o preço e outras descrições comerciais (Lee, Ahn & Park, 2015). No entanto, mesmo em suas versões mais elaboradas, os banners ainda são um tipo de publicidade de conteúdo restrito (Hamborg et al., 2012).

Apesar dessa limitação em termos de informação, desde a década de 1990, estudos têm destacado o potencial dos banners como um veículo para a efetiva comunicação comercial (Briggs & Hollis, 1997; Li & Bukovac, 1999). De acordo com Briggs e Hollis (1997), os banners relembram os consumidores quanto à existência das marcas, estimulam associações positivas entre a marca e a mídia onde elas estão inseridas e podem contribuir para a formação e mudança de atitude em direção às marcas anunciadas.

Em estudos mais recentes, Hamborg et al., (2012), Lee, Ahn e Park (2015) e Li, Huang e Bente (2016), o papel dos banners tem sido reafirmado como uma importante ferramenta de comunicação de marketing. Esses estudos destacam a capacidade dos banners em atrair a atenção dos consumidores, tornar as marcas mais recordáveis, contribuir para a formação de atitudes positivas e estimular comportamento de compra (Hamborg et al., 2012; Lee, Ahn & Park, 2015; Li, Huang & Bente, 2016).

Proposições Teóricas

Em decorrência do pouco conhecimento que se tem sobre os pop-up ads (Petroll & Prado, 2015), foi necessário recorrer às contribuições teóricas formuladas em relação aos banners de publicidade utilizados em outras mídias de entretenimento, como a internet, de modo a oferecer suporte às proposições aqui elaboradas. Todavia, como os banners na internet são similares aos pop-up ads em diversos aspectos, como: (a) o design e dimensões em que são elaborados; (b) a posição que ocupam na tela; (c) o tipo de informação que apresentam e; (d) a forma como são visualizados pelos espectadores, destaca-se que as inferências formuladas a partir do conhecimento sobre os banners da internet também podem ser aplicadas aos pop-up ads.

Animação

A animação é o processo de simular movimento por meio da manipulação sucessiva de diferentes elementos (Reiber, 1991). Essa característica tem sido utilizada de maneira recorrente em banners de publicidade inseridos em mídias de entretenimento, como a internet (Kuisma et al., 2010). Não obstante, um crescente corpo de pesquisa experimental tem se dedicado à análise da efetividade dos banners em movimento, em relação àqueles estáticos, no que diz respeito à capacidade de atrair atenção (Hamborg et al., 2012; Kim, Yoo & Stout, 2003; Yoo & Kim, 2005), estimular a memória (Li & Bukovac, 1999) e contribuir para a formação de atitudes positivas em relação às marcas anunciadas (Yoo & Kim, 2005).

Reiber (1991) destacou que o principal componente da animação é o movimento. Dentre as teorias que podem ser utilizadas para explicar os efeitos do movimento sobre as respostas cognitivas e comportamentais dos indivíduos, aquela que mais tem recebido atenção é a teoria do efeito do movimento (Goldstein, 1989).

A premissa básica dessa teoria é que os seres humanos exibem uma preferência inerente por objetos animados quando estes forem comparados a objetos estáticos (Reiber, 1991). Goldstein (1989), por exemplo, destacou que há no cérebro humano células nervosas especializadas somente em detectar e processar estímulos em movimento.

Os primeiros estudos da área de publicidade a analisar os efeitos da animação, aplicada aos banners na internet, sobre o comportamento do consumidor apresentaram resultados que reafirmavam essa teoria (Briggs & Hollis, 1997; Li & Bukovac, 1999). Especificamente, os autores verificaram que os banners em movimento, comparados àqueles estáticos, de fato, atraiam mais a atenção visual dos consumidores (Briggs & Hollis, 1997; Li & Bukovac, 1999).

A Influência da Animação na Formação de Atitudes

Estudos da área de comportamento do consumidor indicam a existência de dois caminhos distintos pelos quais as atitudes, em relação a estímulos de publicidade, podem ser formadas (Cacciopo & Petty, 1979; Janiszewski, 1988). O primeiro caminho é baseado no modelo de hierarquia dos efeitos. De acordo com esse modelo, a resposta para a publicidade ocorre por meio de uma cadeia sequencial causal: primeiramente, atenção visual é destinada ao anúncio. Como resultado, formam-se traços de memória. Baseado no conteúdo da memória, atitudes se desenvolvem. Por fim, a orientação das atitudes, positivas ou negativas, indica como o indivíduo irá se comportar (Thorson, Chi & Leavit, 1992).

Cabe destacar que as atitudes formadas em relação aos banners de publicidade animados e às informações neles anunciadas seguem esse caminho (Yoo, Kim & Stout, 2004; Yoo & Kim, 2005). Em decorrência de sua maior atratividade visual, os banners animados recebem mais atenção (Hamborg et al., 2012). Consequentemente, a informação anunciada por eles é armazenada na memória do observador e pode ser recuperada para auxiliar na avaliação (atitude) desse mesmo estímulo posteriormente (Kuisma et al., 2010).

Essa concepção, baseada no modelo de hierarquia dos efeitos, decorre da premissa de que a formação de atitudes depende estritamente de mecanismos conscientes (Thorson, Chi & Leavit, 1992). Dessa forma, para que um indivíduo demonstre atitudes positivas ou negativas em relação a um estímulo, é necessário que haja na memória informações suficientes que permitam fazer tal julgamento (Greenwald & Leavitt, 1984).

No entanto, estudos que analisam situações de exposição incidental indicam outro caminho pelo qual as atitudes podem se originar. Janiszewski (1988), por exemplo, demonstrou que as atitudes podem ser formadas independentemente da consciência. Especificamente, após ler um artigo de revista (informação primária que recebeu a atenção), com anúncios inseridos perifericamente (informação secundária que não recebeu atenção considerável), os participantes do estudo foram requisitados a avaliar um anúncio em específico e, em seguida, oferecer uma indicação se eles recordavam de ter visualizado aquele anúncio na revista. O autor verificou que os grupos experimentais diferiam na sua avaliação do anúncio (atitudes diferentes), mas demonstravam níveis de reconhecimento constantes, o que indicava que o pensamento consciente não havia sido responsável pela elaboração das atitudes.

Similarmente, Yoo (2009) verificou que banners de publicidade estáticos, mesmo sem receber atenção visual considerável e estimular o armazenamento das informações anunciadas na memória, influenciavam na formação de atitudes dos consumidores. Esse resultado indica que a formação de atitudes em relação aos banners estáticos, diferentemente do que ocorre com aqueles animados, não se desenvolve de forma não consciente.

Assim, embora existam esses dois caminhos pelos quais as atitudes podem ser formadas, indicando que tanto os banners animados, quanto àqueles estáticos podem influenciar na formação de atitudes, propõe-se que os banners animados, e as marcas neles anunciadas, são avaliados mais positivamente do que os banners estáticos. O que justifica essa superioridade dos banners animados? Aparentemente, as atitudes em relação a eles, por se formarem dentro do domínio da consciência, são mais fortes e significativas (Rucker, Petty & Priester, 2007).

De acordo com essa análise da literatura, espera-se que, embora os pop-up ads estáticos sejam capazes de influenciar na formação de atitudes positivas dos consumidores em relação à marca anunciada, a influência exercida pelos pop-up ads animados será significativamente mais forte. Destaca-se, assim, a seguinte proposição:

P1a: Consumidores demonstrarão atitudes mais positivas em relação às marcas anunciadas em pop-up ads animados do que em relação àquelas anunciadas em pop-up ads estáticos.

A Influência da Animação no Comportamento de Escolha

Desde a década de 1990, estudos tem demonstrado que os banners de publicidade podem influenciar em determinadas respostas comportamentais dos consumidores (Briggs & Hollis, 1997; Li & Bukovac, 1999). Associado a essa concepção também estava a crença de que os banners animados levam vantagem, em relação àqueles estáticos, no que se refere à capacidade de influenciar o comportamento dos indivíduos (Li & Bukovac, 1999).

Isso ocorre, pois, os banners animados, por serem mais atrativos visualmente (Hamborg et al., 2012; Kim, Yoo & Stout, 2003; Yoo & Kim, 2005), e facilitarem o armazenamento da informação anunciada na memória (Kuisma et al., 2010), estimulam avaliações cognitivas (atitudes) mais fortes e significativas. Consequentemente, atitudes positivas mais fortes contribuem de maneira mais decisiva para o comportamento dos consumidores (Krosnick, Boninger, Chuang, Berent & Carnot, 1993), como a escolha de uma marca em detrimento de outra (Rucker, Petty & Priester, 2007).

Por outro lado, os banners estáticos, pelo fato de serem mais sutis, exercem pouca influência sobre o comportamento dos consumidores (Lohtia, Donthu & Hershberger, 2003). Ferrarro, Bettman e Chartrand (2009), por exemplo, afirmavam que estímulos processados de forma não consciente, como é o caso dos banners estáticos, somente são capazes de estimular respostas comportamentais significativas após várias visualizações. Essa concepção teórica permite inferir que:

P2a: Pop-up ads animados influenciarão de maneira mais significativa o comportamento de escolha da marca anunciada do que os pop-up ads estáticos.

Posição do Pop-Up Ad na Tela

A posição que os anúncios publicitários ocupam dentro da mídia onde estão inseridos é um aspecto que há tempos atrai a atenção de estudiosos da área de comportamento do consumidor (Janiszewski, 1990; Lohtia, Donthu & Hershberger, 2003; Kuisma et al., 2010). Na década de 1980, motivados pelas exigências de empresas que investiam quantias consideráveis por um espaço que era mais provável de receber atenção e influenciar os leitores, estudos já buscavam analisar em quais posições os anúncios, inseridos em revistas e jornais, poderiam ser percebidos e avaliados mais positivamente (Janiszewski, 1988; 1990). Esse interesse logo se ampliou para outros tipos de mídia, como a internet e a televisão (Kuisma et al., 2010).

Quando se observa a disposição dos vários elementos no contexto das mídias impressas ou daquelas mais interativas, como a internet, percebe-se que os anúncios, geralmente, estão localizados em posições periféricas; por exemplo, nas extremidades esquerda e direita ou na parte superior da página. Por outro lado, a parte central, geralmente, é destinada ao conteúdo editorial da mídia (Janiszewski, 1990; Lohtia, Donthu & Hershberger, 2003; Kuisma et al., 2010). Essa tendência também se aplica aos pop-up ads, uma vez que eles ocupam posições periféricas na tela durante o programa de televisão (Petroll & Prado, 2015).

Pelo fato de ocuparem uma posição periférica, banners em mídias de entretenimento, como é o caso dos pop-up ads, são mais facilmente ignorados já que, geralmente, eles não representam o ponto focal da atenção dos espectadores (Resnick & Albert, 2014). Como consequência, esses banners tendem a ser visualizados apenas de forma incidental, o que contribui para que a informação neles contida seja processada de maneira não consciente (Nordhielm, 2002; Yoo, 2009).

A Influência da Posição do Pop-Up Ad na Tela sobre a Formação de Atitudes

Para analisar a relação entre a posição ocupada pelo pop-up ad na tela (esquerda ou direita) e a atitude dos consumidores em relação à marca anunciada, foi necessário recorrer ao modelo de processamento hemisférico. De acordo com esse modelo, a influência da posição ocupada por um estímulo publicitário sobre as avaliações do consumidor depende de uma conexão neurológica entre os receptores sensoriais do sistema visual e o hemisfério do cérebro em que a informação é processada (Berluccchi, 1972).

Dessa forma, um estímulo colocado à esquerda do campo visual focal do observador é inicialmente processado pelo hemisfério direito do cérebro. Contrariamente, um estímulo colocado do lado direito desse campo visual é inicialmente processado pelo hemisfério esquerdo do cérebro (Curtis, 1968). Mas, como o modelo de processamento hemisférico pode auxiliar no entendimento sobre a formação de atitudes?

Allen (1983) afirma que os hemisférios do cérebro utilizam procedimentos diferentes no desempenho de determinadas tarefas. O hemisfério direito, por exemplo, possui um tipo de processamento holístico que integra simultaneamente vários pedaços de informação, permitindo uma compreensão geral da tarefa executada (Alwitt, 1981). Ele é o hemisfério responsável por desempenhar tarefas que exigem habilidades conotativas, associativas e inferenciais, como a formação de atitudes e preferências (Allen, 1983).

O hemisfério esquerdo, por sua vez, possui um estilo de processamento integrativo, pois enfatiza unidades individuais integrando-as sequencialmente. Tarefas que exijam habilidades denotativas e precisas, como a contagem, são mais bem desempenhadas pelo hemisfério esquerdo (Allen, 1983; Berlucchi, 1972).

Baseado no modelo de processamento hemisférico, estudiosos tem demonstrado que anúncios localizados do lado esquerdo são avaliados mais positivamente do que aqueles inseridos à direita (Janiszewski, 1988, 1990). A justificativa para esse efeito decorre da concepção de que os anúncios à esquerda do campo visual focal do observador são processados inicialmente pelo hemisfério direito. Como mencionado, o hemisfério direito é especializado na formação de atitudes. Além disso, pelo fato de desempenhar um estilo de processamento holístico que integra simultaneamente vários pedaços de informação, o hemisfério direito é capaz de oferecer ao indivíduo uma maior quantidade de subsídios permitindo, assim, a formação de avaliações mais coerentes.

No contexto do presente estudo, essa concepção, que decorre do modelo de processamento hemisférico, permite inferir que os consumidores demonstrarão atitudes mais favoráveis em relação às marcas anunciadas em pop-up ads inseridos à esquerda do campo focal visual dos espectadores. Dessa forma, pode-se propor que:

P1b: Consumidores demonstrarão atitudes mais positivas em relação às marcas anunciadas em pop-up ads localizados à esquerda do seu campo de visão do que em relação àqueles localizados à direita.

A Influência da Posição do Pop-Up Ad na Tela Sobre o Comportamento de Escolha

Na literatura das áreas de comportamento do consumidor, psicologia e publicidade, não há estudos que estabelecem uma relação direta entre a posição do anúncio dentro da mídia e o comportamento de escolha dos consumidores. Ao contrário disso, os estudos têm buscado, essencialmente, compreender se a posição ocupada pelo anúncio pode estimular avaliações (respostas cognitivas) positivas (Allen, 1983; Berlucchi, 1972; Janiszewski, 1988, 1990).

Dessa forma, para propor uma relação entre a posição do pop-up ad na tela e o comportamento de escolha do indivíduo, foram utilizadas concepções teóricas existentes sobre a intensidade da avaliação cognitiva destinada ao anúncio em decorrência de sua posição na mídia. Como destacado anteriormente, os autores têm demonstrado que estímulos publicitários localizados à esquerda do campo visual focal do observador tendem a ser avaliados mais positivamente do que aqueles inseridos à direita desse campo visual (Janiszewski, 1988, 1990). Portanto, pode-se afirmar que a força da atitude positiva em relação à marca quando ela está localizada à esquerda do observador é maior do que quando ela está localizada à direita.

Krosnick e Petty (1994) destacaram que a força da atitude pode ser definida de acordo com quatro características que ela possui. Assim, atitudes fortes: (1) são mais persistentes ao longo do tempo; (2) são resistentes à contra argumentação; (3) tem forte impacto sobre o processamento de informação e; (4) tem forte impacto sobre o comportamento do indivíduo. Rucker, Petty e Priester (2007) já haviam demonstrado que atitudes mais fortes são mais preditivas do comportamento. Em um contexto de consumo, isso quer dizer que quanto mais forte for a atitude positiva do indivíduo em relação a uma marca maior é a possibilidade de escolha daquela marca em detrimento de outras.

Assim, como mencionado anteriormente, é esperado que a atitude positiva dos consumidores em relação aos pop-up ads localizados no lado esquerdo da tela seja mais forte do que aquela destinada aos pop-up ads localizados à direita. Consequentemente, também é de se esperar que os consumidores expostos ao pop-up ad localizado à esquerda escolherão a marca anunciada, em uma tarefa de escolha, em maior quantidade do que aqueles expostos aos pop-up ads à direita. Isso permite inferir que:

P2b: Pop-up ads localizados à esquerda influenciarão de maneira mais significativa o comportamento de escolha da marca anunciada do que os pop-up ads localizados à direita.

Considerações Finais

É curioso observar que, mesmo com a crescente utilização dos pop-up ads em programas de televisão, os pesquisadores das áreas de comportamento do consumidor e publicidade ainda não têm dedicado atenção para os efeitos desse recurso sobre o consumidor. Assim, o presente estudo buscou estimular pesquisas futuras sobre os pop-up ads televisivos e ampliar o conhecimento em relação a esse tipo de placement na forma de banner por meio da elaboração de um conjunto de proposições teóricas.

Esse conjunto de proposições deve ser entendido como um guia de orientação aos estudiosos interessados nesse tema. Dessa forma, para auxiliar os pesquisadores a testar as proposições destacadas acima, são oferecidas aqui algumas sugestões:

(a) No que se refere às etapas preliminares do estudo:

É importante que os pesquisadores realizem pré-testes para escolher a categoria de produto e a marca a ser anunciada no pop-up ad. Li e Bukovac (1999) sugeriram que é adequado utilizar categorias de produto e marcas de interesse moderado para a amostra de participantes, uma vez que marcas e categorias de produto de baixo ou extremo interesse poderiam comprometer os resultados da pesquisa. Os pesquisadores também devem realizar um pré-teste para escolher o programa de televisão no qual o pop-up ad será inserido. Em relação a esse aspecto, os pesquisadores deveriam priorizar a escolha de um programa que não seja popular entre a amostra de participantes. A utilização de um programa popular poderia reduzir a veracidade do experimento, uma vez que os participantes, por conhecerem bem o programa, poderiam perceber que aquele pop-up ad não costuma ser inserido ali; e

Os pesquisadores devem formular histórias fictícias no intuito de evitar que os participantes se atentem diretamente para os pop-up ads. Cabe ressaltar que os pop-up ads são anúncios visualizados, predominantemente, de forma incidental (Petroll & Prado, 2015), ou seja, não recebem níveis significativos de atenção do observador. Dessa forma, os pesquisadores devem garantir, por meio da história fictícia e da subsequente checagem de manipulação, que os pop-up ads não serão o foco da atenção dos participantes no experimento.

(b) No que se refere à manipulação das variáveis independentes:

É sugerido aos pesquisadores se atentar para a manipulação da variável animação. O pop-up ad não pode ser muito animado, de tal forma que essa manipulação seja incompatível com a realidade. Por outro lado, essa manipulação também não pode ser sutil, o que está associado ao risco de os participantes não conseguirem diferenciar o banner animado daquele estático, como ocorreu no estudo de Petroll e Prado (2015). Portanto, níveis moderados de animação devem ser privilegiados.

(c) No que se refere à mensuração das variáveis dependentes:

Para mensurar o comportamento de escolha dos participantes (P2a e P2b), os pesquisadores podem utilizar uma tarefa de escolha onde os dados serão coletados por meio de observação direta. Assim, após serem expostos ao programa de televisão, onde o pop-up ad estará inserido, os participantes podem ser requisitados a fazer uma escolha dentre algumas marcas, sendo que uma delas foi anunciada no pop-up ad, ou seja, é a marca de interesse. Para verificar em qual das condições a influência do pop-up ad sobre o comportamento de escolha é mais significativa, compara-se quantos participantes em cada uma das condições escolheu a marca de interesse.

Em suma, neste estudo foi apresentado um conjunto de proposições teóricas que oferecem um direcionamento inicial para pesquisadores interessados no estudo dos pop-up ads. Primeiramente, a ampla revisão da literatura descrita oferece aos pesquisadores da área de marketing, ainda pouco familiarizados com o tema, uma visão holística sobre esse tópico. Em seguida, as proposições teóricas apontam possíveis caminhos a serem analisados. Por fim, foi apresentado ainda um conjunto de orientações metodológicas que podem auxiliar os estudiosos no teste das proposições listadas. Espera-se que essa pesquisa possa estimular o interesse pelo estudo dos pop-up ads e o consequente desenvolvimento desse tópico.

Material suplementar
Referências
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Notas

Figura 1 -
Exemplos de pop-up ads televisivos
Fonte: Elaborado pelos autores. Nota: de cima para baixo e da esquerda para a direita: a) marca de cerveja BudLight anunciada em evento do Ultimate Fighting Championship (UFC) no canal Combate; b) marca Sony anunciada em transmissão de uma partida de futebol na Bandeirantes; c) marca Jequiti anunciada no SBT manhã no SBT; e d) marca Budweiser anunciada em evento do UFC no canal Combate
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