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Feiras de economia solidária como alternativa ao desenvolvimento socioeconômico local no município de Santa Maria, RS
Renata Gonçalves Rodrigues; Patrícia Dornelles de Aguiar
Renata Gonçalves Rodrigues; Patrícia Dornelles de Aguiar
Feiras de economia solidária como alternativa ao desenvolvimento socioeconômico local no município de Santa Maria, RS
Solidarity economy fairs as an alternative to local socioeconomic development in the municipality of Santa Maria, RS
Ferias de economía solidaria como alternativa al desarrollo socioeconómico local en el municipio de Santa Maria, RS
Redes. Revista do Desenvolvimento Regional, vol. 26, 2021
Universidade de Santa Cruz do Sul
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Resumo: Atualmente, as feiras de economia solidária surgem como uma alternativa das comunidades para o desenvolvimento socioeconômico local. Considera-se cada vez mais relevante a participação da sociedade em projetos empreendedores locais com intuito de valorizar a comunidade através do incentivo ao comércio, ao serviço, ao lazer e à cultura, estimulando assim, um ambiente favorável à solidariedade. A partir dessa perspectiva, percebe-se que é importante considerar os bairros periféricos que fazem parte do espaço urbano e as relações sociais e econômicas inseridas neste ambiente, a fim de articular uma dinâmica que promova o desenvolvimento local com a participação destas comunidades. A economia solidária, por meio das feiras, favorece a integração social, cultural e econômica sustentável no sentido de uma economia simples, em que a solidariedade e a comercialização de produtos artesanais caracterizam o projeto. O desenvolvimento desta pesquisa utilizou-se da metodologia qualitativa em que, partindo da análise de dados socioeconômicos e de fatos circunstanciais, buscou-se elaborar uma árvore de problemas que facilitasse a compreensão e a importância socioeconômica desta proposta. O resultado esperado parte do entendimento de que é possível a implementação de feiras de economia solidária nos bairros periféricos do município de Santa Maria, RS, se houver a colaboração ativa da Prefeitura Municipal, instituições e da comunidade local.

Palavras-chave:Desenvolvimento localDesenvolvimento local,Espaço urbanoEspaço urbano,Espaço públicoEspaço público,Espaços de negóciosEspaços de negócios,Relações sociaisRelações sociais.

Abstract: Currently, solidarity economy fairs emerge as an alternative for local socioeconomic development of the communities. Society's participation in local entrepreneurial projects is considered increasingly relevant to valorize the community by encouraging trade, service, leisure, and culture, thus stimulating a favorable environment to solidarity. From this perspective, it is important to consider the peripheral neighborhoods that are part of the urban space and social and economic relations inserted in this environment, to articulate a strategy that promotes local development with the participation of these communities. Solidarity economy favors sustainable social, cultural, and economic integration as a simple economy through the fairs, in which solidarity and the commercialization of handcrafted products characterize the project. This research was developed through the qualitative methodology to elaborate a problem tree from the analysis of socioeconomic data and circumstantial facts, to facilitate the understanding and the socioeconomic importance of this proposal. The expected outcome stems from the understanding that it is possible to implement solidarity economy fairs in the peripheral neighborhoods of the municipality of Santa Maria, RS, if there is an active collaboration of the City Hall, institutions, and the local community.

Keywords: Local development, Urban space, Public space, Business space, Social relationships.

Resumen: En la actualidad, las ferias de economía solidaria surgen como una alternativa a las comunidades para el desarrollo socioeconómico local. La participación de la sociedad en los proyectos empresariales locales se considera cada vez más relevante para valorar a la comunidad en el fomento al comercio, servicio, el ocio y la cultura, estimulando así un entorno favorable a la solidaridad. Desde esta perspectiva, se da cuenta de que es importante considerar los barrios periféricos que forman parte del espacio urbano, las relaciones sociales y económicas insertadas en este entorno, para articular una dinámica que promueva el desarrollo local con la participación de estas comunidades. La economía solidaria, por medio de ferias, promueve una integración social, cultural y económica sostenible en el sentido de una economía simple, de manera que la solidaridad y la comercialización de productos artesanales caracterizan el proyecto. La metodología llevada a cabo en esta investigación es cualitativa, a partir del análisis de datos socioeconómicos y hechos circunstanciales, de manera que se intentó desarrollar un árbol de problemas que facilita la comprensión y la importancia socioeconómica de esta propuesta. El resultado esperado proviene del entendimiento de que es posible implementar ferias de economía solidaria en los barrios periféricos de la ciudad de de Santa Maria, RS, si existe la colaboración activa del Ayuntamiento, las instituciones y la comunidad local.

Palabras clave: Desarrollo local, Espacio urbano, Espacios públicos, Espacios comerciales, Relaciones sociales.

Carátula del artículo

Artigos

Feiras de economia solidária como alternativa ao desenvolvimento socioeconômico local no município de Santa Maria, RS

Solidarity economy fairs as an alternative to local socioeconomic development in the municipality of Santa Maria, RS

Ferias de economía solidaria como alternativa al desarrollo socioeconómico local en el municipio de Santa Maria, RS

Renata Gonçalves Rodrigues
Instituto Federal de Tecnologia Ciência e Educação do Rio Grande do Sul, Brasil
Patrícia Dornelles de Aguiar
Universidade Regional de Blumenau, Brasil
Redes. Revista do Desenvolvimento Regional, vol. 26, 2021
Universidade de Santa Cruz do Sul

Recepción: 11 Diciembre 2020

Aprobación: 07 Abril 2021

1 Introdução

Os mercados e feiras urbanas atraem consumidores e empreendedores, gerando fluxo de pessoas na ocupação de espaços públicos e incentivando o desenvolvimento socioeconômico local. A construção desses cenários em lugares urbanos favorece a criação de sinergias entre agentes e a comunidade, constituindo experiências únicas de compras e sociabilização (FERREIRA, MARQUES E GUERRA, 2015). De acordo com o Sebrae (2019), os eventos estimulam a criação de um ambiente favorável para geração de oportunidades de negócio, além de difundir o empreendedorismo como um estilo de vida, estimulando o surgimento, a ampliação e a diversificação de negócios sustentáveis.

Nesse universo é que se desenvolve esta discussão, visto que, o tema da economia solidária é um assunto bastante tratado atualmente e emerge como uma possibilidade de geração de renda, inserção e mudança social (BARRETO, LOPES E PAULA, 2011). A economia solidária se faz presente em muitas partes do país por meio de feiras, caracterizadas por reuniões socioeconômicas ao ar livre, em ruas, praças ou terrenos baldios, com produtos expostos em mesas, bancadas ou até mesmo no chão (QUEIROZ E AZEVEDO, 2012) e “se tornaram importantes para a dinâmica socioeconômica local uma vez que podem oferecer produtos mais simples, essenciais ou supérfluos, criativos ou imitativos a uma população que não tem acesso aos produtos da economia superior” (SILVEIRA, 2009).

Neste contexto, a noção geográfica de periferia, segundo Soto (2008) “refere-se às áreas que circundam as áreas centrais dos aglomerados urbanos”1 e, onde a configuração territorial, ou configuração geográfica, tem, pois, uma existência material própria, mas sua existência social, isto é, sua existência real, somente lhe é dada pelo fato das relações sociais (CASTELLI, 2014) abrindo oportunidades para a utilização dos espaços públicos como a possibilidade de compartilhar os mesmos territórios com outras pessoas sem a compulsão de conhecê-las em profundidade (SOBARZO, 2006).

Cabe destacar que, a realização de feiras e eventos geram oportunidades de interação social e novos espaços de negócios, uma vez que empreendedores locais podem comercializar produtos de forma direta com os consumidores. Diante dessa realidade, percebe-se que regiões periféricas dos municípios podem se tornar um espaço fértil para essas oportunidades, pois tais vivências em espaços públicos conduzem a ganhos sociopolíticos, econômicos, organizacionais e ambientais (DIAS E SOUZA, 2014).

O Mapeamento da Economia Solidária no Brasil disponibilizado pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBE, 2006), considera o desenvolvimento da economia solidária em duas dimensões: a dimensão da produção solidária e as dimensões de comercialização e de consumo solidários. Desse modo, de acordo com o FBE (2006), a dimensão de produção cresce de forma superior a comercialização e consumo. É nesse âmbito que as feiras e eventos surgem como uma alternativa para uma ampliar os espaços e possibilidades de interação, bem como, uma forma de reverter esta situação.

Além do caráter econômico presente nessas experiências, também ocorre a valorização do aspecto social (SAUSEN et al., 2014). Assim, tais práticas podem ser ampliadas como projetos estratégicos para o desenvolvimento das comunidades locais (COUTINHO et al., 2006). Na medida em que ocorre engajamento dos atores responsáveis pelo desenvolvimento local, que de acordo com as ações praticadas em um determinado território, podem resultar na geração de renda e na qualidade de vida de seus moradores (GRIMM, SAMPAIO, PROCOPICK, 2018). Em complemento, Souza (2007) afirma que, o lucro monetário não é o objetivo procurado, mas a manutenção do consumo familiar, ou a obtenção de determinado nível de renda.

Nesse contexto, está o município de Santa Maria, localizado na região central do estado do Rio Grande do Sul que dispõe de uma parceria entre o Poder Público Municipal e o Instituto de Planejamento de Santa Maria (IPLAN), onde desenvolvem-se estudos a partir da Política de Desenvolvimento Urbano e do Plano Diretor de Planejamento Territorial, com o objetivo de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais do meio urbano e rural, para assim garantir o bem estar dos habitantes do município. Em Santa Maria, é comum a realização de feiras dos mais diversos tipos, que, geralmente acontecem na região central do município, limitando o acesso à comunidade que mora em bairros distantes. Considerando os fatos discutidos acima, questiona-se: como gerar oportunidades para ocupação de espaços públicos em bairros periféricos e incentivar o desenvolvimento socioeconômico nessas localidades?

Partindo dessa reflexão é que se delimita o objetivo desse artigo, que consiste em propor a realização de feiras de economia solidária em bairros periféricos do município de Santa Maria, RS. A proposta busca apresentar à comunidade dos bairros, que é possível a utilização dos espaços públicos nessas localidades, para a realização de feiras e eventos ao ar livre. Esses eventos devem incentivar a mostra e comercialização dos mais diversos produtos, a fim de colaborar na formação de um novo modo de desenvolvimento econômico local, sustentável e de inclusão social. Assim, este estudo se justifica por considerar os bairros da periferia do município de Santa Maria, RS, como localidades com potencial para realização de feiras e eventos, que habitualmente ocorrem em bairros localizados na área central. Buscando, dessa forma, oportunizar as comunidades da periferia, a realização de feiras de economia solidária como forma de lazer e integração entre a comunidade, bem como proporcionar o desenvolvimento e a valorização da economia local, utilizando seus espaços públicos para a troca de produtos e serviços de interesse comum.

2 Desenvolvimento local

O desenvolvimento no sentido econômico, regional ou local, é mais complexo do que a satisfação das necessidades da população e do mercado. Em meio à busca pelo progresso econômico e o desenvolvimento de uma região, deve-se compreender que esse processo pode estar diretamente relacionado com a sua realidade social, pois compreende o “processo de melhoria das condições de vida em geral” (THEIS, 2008).

Os estudos sobre o desenvolvimento revelam que ele não ocorre de maneira igual em todas as regiões. Algumas se desenvolvem mais e outras menos por diversas razões e envolvem processos de produção, distribuição, trocas, consumo, hábitos e valores culturais, condicionados pelas relações de poder amadurecidas neste processo. Desta forma, convém salientar, que os termos desenvolvimento e progresso se confundem no âmbito econômico. Historicamente o progresso é tido como uma consequência temporal da evolução de uma sociedade e o conceito de desenvolvimento atrelado à ideia de crescimento econômico (MATTEDI E THEIS, 2002).

Atualmente, o desenvolvimento de uma região evoca preocupações não só de caráter econômico, mas também de caráter social. As novas estratégias de desenvolvimento devem estar voltadas para ajustar os desequilíbrios sociais através da promoção do potencial local. Afinal, “empregar estratégia é criar uma posição exclusiva e valiosa que envolva um diferente conjunto de atividades” (DUARTE E SANTOS, 2011).

Os municípios geralmente estão subdivididos em centro e periferia, ou seja, uma região central em que se encontram estabelecidos a maior parte do comércio e serviços e uma outra denominada periferia, onde residem a maior parte dos trabalhadores e que conta com alguns pequenos estabelecimentos comerciais locais que visam atender às necessidades da comunidade. Ambas as regiões estão organizadas dentro de um espaço urbano. O espaço urbano é formado por transformações sócio espaciais decorrentes da “distribuição das atividades produtivas e da população, materializadas espacialmente enquanto formas de desenvolvimento urbano” (LIMONAD, 1999, p. 14).

A organização da sociedade local é fundamental na geração de oportunidades para a melhoria da qualidade de vida e promoção do desenvolvimento. Para Oliveira e Lima (2003), pensar em desenvolvimento é, antes de qualquer coisa, pensar na participação da sociedade local no planejamento contínuo da ocupação do espaço e na distribuição dos frutos do processo de crescimento (OLIVEIRA E LIMA, 2003).

2.1 As feiras como espaço de integração social, cultural e econômica

O espaço está essencialmente vinculado com a reprodução das relações sociais de produção (LEFEBVRE, 1976 apud SOBARZO, 2006). Nessa perspectiva, o espaço público é analisado como um produto e um possibilitador das relações sociais (SOBARZO, 2006). O espaço reproduz a totalidade social, na medida em que essas transformações (a casa, o lugar de trabalho, os pontos de encontro e os caminhos que unem esses pontos) são determinadas por necessidades sociais, econômicas e políticas (SANTOS, 1977). Essa articulação econômica, política e social, torna as organizações capazes de equilibrar os diferentes padrões de interação econômica, potencializando os elementos reciprocitários, mercantis e redistributivos, junto a uma inserção no espaço público com vistas a melhorias locais (GAIGER E CORRÊA, 2011).

Desde a antiguidade, as feiras são consideradas como “espaços de comercialização de produtos e circulação de cultura” (LEITE, 2015, p. 13). Atualmente, estes espaços, transcendem a função mais importante de sua origem, a de abastecer as cidades. Seja como forma de comercializar produtos da agricultura familiar, seja como possibilidade de emprego e renda, seja como forma de ocupação dos espaços públicos fato é que as feiras se fazem presentes nas grandes cidades até os dias de hoje.

Para Leite (2015), as feiras se caracterizam como um espaço de sociabilidade diferenciado, solidário, sem muros, com relação de vizinhança, contato e convivência. Diferenciado por estar em espaço público onde todos que desejarem podem ir para se alimentar, comprar, passear. O seu objetivo principal é a reorganização social, de modo a promover a realização humana de cada pessoa, enfatizando a participação coletiva, a cooperação, a autogestão, a democracia, a auto sustentação, a promoção do desenvolvimento humano e da responsabilidade social, sob forma de colaboração solidária (MANCE, 2005).

2.2 A economia solidária como alternativa ao desenvolvimento local

Segundo estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), ao longo da década de 1990, muitos grupos populares, tanto urbanos, quanto rurais, passaram a ganhar maior atenção no cenário político, regional e até mesmo nacional, em virtude de sua organização cooperativa e associativa. Um conjunto significativo de intelectuais e representantes de movimentos sociais passou a adotar o termo “economia solidária” como um conceito que aglutina uma miríade de iniciativas econômicas populares seja no campo, seja na cidade, que possuíam o trabalho coletivo e a ‘autogestão’ como elementos centrais de identidade comum (IPEA, 2016). Desta forma, verifica-se um reconhecimento na diversidade de estratégias populares para a geração de trabalho e renda como um passo importante na valorização do potencial econômico local.

Diante disto, a distribuição destes empreendimentos econômicos solidários no Brasil, destaca a importância das feiras de economia solidária para a comunidade local, uma vez que “[...] os empreendimentos de economia solidária se concentram em duas categorias sociais: agricultores familiares e artesãos” (DIEESE, 2017, p. 29).

As iniciativas de economia solidária, conforme Leite2, possuem como característica:

(...) combinar dinâmicas de iniciativas privadas com propósitos centrados não no lucro, mas no interesse coletivo. A razão econômica é acompanhada por uma finalidade social que consiste em produzir vínculos sociais e solidários, baseados numa solidariedade de proximidade; o auxílio mútuo e a reciprocidade estariam, assim, no âmago da ação econômica (LEITE, 2009, p. 34).

Historicamente, as feiras são descritas desde a Idade Média como um espaço de comercialização local que inicialmente se baseava em trocas e, ao longo do tempo, foram evoluindo em virtude da expansão comercial para a comercialização de produtos em locais cada vez mais distantes. Conforme Amorin (2011), “nos tempos modernos, as feiras têm se diversificado e se constituem como ponto de encontro entre compradores e vendedores para trocarem produtos e/ou serviços”. Neste contexto, as feiras de economia solidária surgem como um novo modelo de desenvolvimento, com foco na socialização, nas relações mercantis locais e na solidariedade.

As feiras de economia solidária possuem importância no sentido da valorização da economia local e no fortalecimento de uma nova cultura de consumo e comercialização, baseada na solidariedade. Além de possibilitar o desenvolvimento das relações personalizadas entre produtores e consumidores, no contato humanizado e de valorização das relações de confiança (AMORIN, 2011). Desta forma, a novidade, a força e o diferencial da economia solidária gravita em torno da ideia de “solidariedade” (LISBOA, 2005), favorecendo uma alternativa econômica e social em que, conforme Lisboa (2011), se reconfigura como um “modo de vida”, ajustando-se a uma nova perspectiva de mudança social na qual a dimensão dos valores tem um papel fundamental.

3 Metodologia

O desenvolvimento deste trabalho, parte da observação simples não participante, com o intuito de conhecer o problema, mapear as feiras e eventos no município de Santa Maria, RS, bem como os locais e bairros para delineamento da proposta. Sendo uma pesquisa de natureza exploratória, buscou-se observar as variáveis por meio do método qualitativo, em que os aspectos da realidade não podem ser quantificados e se valem de diferentes abordagens. Para Deslauiers (1991), o conhecimento parcial e limitado do pesquisador, faz com que o objetivo da amostra seja o de produzir informações aprofundadas e ilustrativas. O procedimento básico no relato dos resultados de um estudo qualitativo é desenvolver descrições detalhadas do local ou dos indivíduos (CRESWELL, 2010). Nesse contexto, a figura 1 apresenta a conjuntura para o desenvolvimento desta proposta:


Figura 1
Contextualização da proposta
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).

Buscando atingir o objetivo proposto, fez-se o levantamento de informações quanto aos bairros do município e seus locais públicos, bem como sobre os principais eventos realizados. À esta etapa, reuniu-se também informações por meio da elaboração do referencial teórico, partindo de uma pesquisa bibliográfica exploratória, com o objetivo de embasar a argumentação em torno do tema central proposto nessa discussão.

3.1 Caracterização do ambiente

O município de Santa Maria, fundado em 17 de maio de 1858, está localizado na região central do estado do Rio Grande do Sul, a 301 km da capital Porto Alegre. Possui uma área total de 1.796,60 km² e, aproximadamente, 261.031 habitantes conforme último Censo realizado pelo IBGE em 2010. A população está distribuída em meio urbano e meio rural, onde 95,14% dos habitantes vivem no meio urbano, e cuja densidade demográfica aproximada está em torno de 145,29 hab/km² (IPLAN, 2014). O meio urbano está distribuído em 10 (dez) Distritos, sendo o distrito sede a cidade de Santa Maria, que está dividida em 08 (oito) regiões administrativas e seus respectivos bairros.

O levantamento dessas informações foi primordial para verificar de forma precisa a distribuição da população nos bairros, bem como a condição socioeconômica dessa população. A análise também levou em consideração o conhecimento e a observação dos autores acerca da realidade do município, bem como a pesquisa por meio de redes sociais e sites de mídia local (rádio, TV e jornal) de que os eventos e feiras normalmente são realizados em bairros da região central do município de Santa Maria ou no bairro Camobi, onde está situada a UFSM, conforme demonstrado no quadro 1:

Quadro 1
Realização de Feiras em Santa Maria

Fonte: Adaptado pelos autores com base em Santa Maria em Dados (2019).

Partindo-se dessa observação, analisou-se todos os bairros do município, com a finalidade de determinar quais deles teriam potencial para a realização dessas feiras. Levou-se em consideração o número de habitantes e o percentual de rendimentos dos moradores destes bairros, conforme tabela abaixo:

Tabela 1
Regiões administrativas e Bairros de Santa Maria

Fonte: Elaborado pelos autores com base em IPLAN Santa Maria (2019) e Censo IBGE 2010.

As observações se detêm sobre alguns aspectos circunscritos a partir dos quais se apreende questões específicas e a totalidade onde acontece a análise observada. Diante desta análise, verificou-se que a escolha dos bairros para realização dessas feiras de economia solidária, deve se concentrar nos locais de maior número de habitantes e com menor percentual de rendimentos, por entender que são comunidades pouco favorecidas socioeconomicamente.

A partir da análise socioeconômica demonstrada na tabela 1, determinou-se para o projeto de intervenção os seguintes bairros: Salgado Filho, Itararé, Passo D’Areia, Juscelino Kubistchek e Tancredo Neves, conforme ilustrados na figura a seguir:


Figura 2
Bairros selecionados para a realização das Feiras
Fonte: Adaptado pelos autores com base em IPLAN (2019) e Google Earth (2020).

Desta forma, escolhidos os bairros, foram identificados os locais públicos em que o evento poderia realizar-se. A princípio verificou-se nesses bairros, praças que seriam o local mais apropriado para a realização das feiras, não só pelo espaço, mas também pela infraestrutura que oferecem, tornando-as mais adequadas ao propósito deste projeto. A escolha das praças como espaço público para a realização das feiras tem por finalidade facilitar o acesso da comunidade local, bem como garantir uma infraestrutura que comporte a integração socioeconômica proposta. O quadro 2 mostra a localização das praças em seus respectivos bairros:

Quadro 2
Localização das praças públicas nos bairros de Santa Maria

Fonte: Elaborado pelos autores com base no Google Maps (2019).

O envolvimento da comunidade é de fundamental importância, uma vez que a proposta visa promover uma alternativa de lazer e interação entre as pessoas, unindo a divulgação e a comercialização dos mais diversos produtos produzidos, ou não, pela própria comunidade, para que tenham maior visibilidade entre os moradores destes bairros, fortalecendo a economia local por meio de um evento solidário e sustentável.

Em virtude de eventos desta natureza já fazerem parte da agenda cultural do município, pressupõe-se a colaboração e o apoio da Prefeitura Municipal, assim como de instituições privadas no que tange à organização e publicidade destes eventos, reunindo a comunidade a participar tanto na organização, quanto na divulgação das feiras dentro de seus bairros. A ideia das feiras de economia solidária vem como uma proposta para fortalecer a integração social, cultural e econômica destes bairros, de maneira sustentável e solidária, uma vez que envolvem a participação da comunidade para o desenvolvimento da economia local.

4 Resultados e discussão

Com base na observação, levantamento de dados e análise de fatos circunstanciais, buscou-se determinar a relação de causa e efeito do problema de pesquisa em questão partindo de uma abordagem reducionista da realidade, por meio de uma análise de causalidade demonstrada pela árvore de problemas abaixo:


Figura 3
Árvore de problemas
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).

Diante da análise desta problemática com a relação de causa e efeito, bem como nos dados e informações levantadas, elaborou-se o denominado marco lógico para esta proposta, conforme demonstra o quadro 3. A construção do modelo lógico é uma proposta para organizar as ações componentes de um programa de forma articulada aos resultados esperados, apresentando também as hipóteses e as ideias que dão sentido à proposta (CASSIOLATO E GUERESI, 2010).

Quadro 3
Modelo lógico

Fonte: Elaborado pelos autores baseado em Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) da UFRGS (2019).

Para complementar e finalizar a construção do modelo lógico, se faz necessário refletir sobre as possíveis influências que podem interferir e até mesmo afetar a implementação da proposta. Desta forma, fez-se uma análise dos fatores relevantes do contexto que podem ser favoráveis ou desfavoráveis para o desenvolvimento desta proposta, conforme apresentados na figura 4:


Figura 4
Fatores relevantes relacionados à proposta
Fonte: Elaborado pelos autores baseado em CASSIOLATO E GUERESI (2010).

O marco lógico visa a compreensão da estratégia a ser utilizada para a implementação dessas feiras. Os fatores relevantes do contexto colaboram para a apuração dos possíveis entraves ao desenvolvimento e resultados esperados. Para Santos et al. (2008), seu principal objetivo é oferecer uma estrutura lógica comum e possibilitar uma síntese das informações sobre os projetos. Conforme Baldissera (2001), a forma de pesquisar a realidade implica a participação da população como agente ativo no conhecimento de sua própria realidade e possibilita a mesma adquirir conhecimentos necessários para resolver problemas e satisfazer necessidades.

Com a finalidade de facilitar o planejamento das feiras no município, propõe-se uma ação conjunta junto à Prefeitura Municipal, bem como uma parceria com bancos e empresas da iniciativa privada, de forma a conquistar o engajamento e os recursos financeiros necessários para a realização das feiras. O segundo passo é estabelecer parcerias junto às escolas, universidades e com a comunidade dos bairros beneficiados pela ação, incentivando sua participação e colaboração na execução da proposta.

Diante disso, a Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM), uma organização sem fins lucrativos e econômicos, tem papel importante nesta etapa, pois seu objetivo visa a promoção do desenvolvimento sustentável de Santa Maria e região pela ação integrada entre o Poder Público, Instituições de Ensino, Setor Empresarial, Associações afins e Voluntários da Sociedade (ADESM, 2020). Apesar da complexidade que envolve o planejamento e execução de projetos dessa magnitude, o estabelecimento de parcerias e a participação ativa da comunidade é parte fundamental para que o desenvolvimento local seja alcançado.

5 Considerações finais

O presente artigo, buscou apresentar uma alternativa de lazer e interação às comunidades dos bairros periféricos do município de Santa Maria, RS, por meio da realização de Feiras de Economia Solidária em bairros selecionados mediante análise de indicadores socioeconômicos e da observação, no que tange aos eventos oferecidos pela Prefeitura Municipal de forma geral.

A utilização dos espaços públicos pela comunidade, principalmente as praças, favorece o convívio e a conservação do local. Ao desfrutar do espaço público, a comunidade passa a ter uma outra visão deste espaço, passando a exigir melhor conservação dele. A realização de eventos periódicos nestes lugares também colabora para que a Prefeitura Municipal ressignifique os espaços e proporcione um novo modelo de desenvolvimento econômico e social para as comunidades menos favorecidas. Nesse contexto, as feiras de economia solidária, que estão surgindo de maneira notória por todo o país, trazem uma nova forma de desenvolvimento econômico e social para as comunidades, uma forma alternativa, colaborativa e solidária, de livre associação e de autogestão.

Diante disso, buscou-se mostrar que é possível a realização dessas feiras nos bairros periféricos de população menos favorecida economicamente do município, a partir de pesquisa e observação das variáveis discutidas no referido trabalho. As feiras de economia solidária nessas localidades devem emergir como uma alternativa de lazer e interação, proporcionando uma integração social e econômica sustentável e possibilitando a essas comunidades a participação e a colaboração na realização das feiras de forma itinerante e/ou periódica nos espaços públicos de seus bairros.

Espera-se oportunizar aos moradores dessas comunidades uma nova forma de integração social, solidária e sustentável, aliando bem-estar, cultura e desenvolvimento local a partir da interação comercial entre os mais diversos produtores artesanais locais, proporcionando a divulgação de seus produtos e fortalecendo as relações entre os moradores desses bairros, diversificando assim, a economia local e melhorando a renda dos pequenos empreendedores participantes.

Material suplementario
REFERÊNCIAS
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Notas
Notas
1 W.H.G. SOTO, Revista Estudos, Sociedade e Agricultura, v. 16, n.1, abril de 2008, p.2.
2 LEITE, M. P. A economia solidária e o trabalho associativo: teorias e práticas. Revista Brasileira de Ciências sociais, v. 24, n. 69, 2009 apud SILVA, Sandro Pereira; NAGEM, Fernanda Abreu, 2011, p. 8.

Figura 1
Contextualização da proposta
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Quadro 1
Realização de Feiras em Santa Maria

Fonte: Adaptado pelos autores com base em Santa Maria em Dados (2019).
Tabela 1
Regiões administrativas e Bairros de Santa Maria

Fonte: Elaborado pelos autores com base em IPLAN Santa Maria (2019) e Censo IBGE 2010.

Figura 2
Bairros selecionados para a realização das Feiras
Fonte: Adaptado pelos autores com base em IPLAN (2019) e Google Earth (2020).
Quadro 2
Localização das praças públicas nos bairros de Santa Maria

Fonte: Elaborado pelos autores com base no Google Maps (2019).

Figura 3
Árvore de problemas
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Quadro 3
Modelo lógico

Fonte: Elaborado pelos autores baseado em Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) da UFRGS (2019).

Figura 4
Fatores relevantes relacionados à proposta
Fonte: Elaborado pelos autores baseado em CASSIOLATO E GUERESI (2010).
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