Imagens do Bibliotecários Desveladas por meio de Charges
Imágenes de los Bibliotecários Reveladas por medio de Dibujos
Images of Librarians Disclosed by means of Cartoons
Imagens do Bibliotecários Desveladas por meio de Charges
Research, Society and Development, vol. 8, núm. 7, pp. 01-22, 2019
Universidade Federal de Itajubá

Recepção: 06 Abril 2019
Revised: 25 Abril 2019
Aprovação: 04 Maio 2019
Publicado: 18 Maio 2019
Resumo: Atualmente, existem cerca de 30 mil bibliotecários no Brasil que trabalham em centros informação ou de documentação, bibliotecas universitárias, escolares e outros e, torna-se interessante saber qual a imagem que as pessoas na sociedade têm a respeito do profissional de biblioteconomia. O objetivo deste artigo é apresentar um trabalho de pesquisa no qual se busca revelar a imagem do senso comum em relação aos bibliotecários, por meio de cartoons. Estes ao mesmo tempo que divertem também estão carregados de representações sociais. Neste estudo faz-se uma pesquisa exploratória, que é uma pesquisa inicial, na qual busca-se informações em charges da web tentando entender através delas o senso comum em relação aos bibliotecários. Verifica-se que a imagem dos profissionais é boa, ela está associada ao sexo feminino, está ligada à informação e as pessoas sentem que o mundo estaria melhor com mais bibliotecas. Deste modo, considera-se que a imagem favorece a inserção dos profissionais no contexto das bibliotecas e por conseguinte, da educação formal e/ou informal.
Palavras-chave: Bibliotecas, Representações sociais, Biblioteconomia, Web.
Abstract: Currently there are about 30,000 librarians in Brazil who work in information or documentation centers, university libraries, school libraries and others, and it is interesting to know the image that people in society have about librarianship professionals. The objective of this article is to present a research work in which one tries to reveal the image of common sense towards librarians, through cartoons. These at the same time that amuse themselves are also loaded with social representations. This study is an exploratory research, which is an initial research, in which information is sought in web cartoons trying to understand through them the common sense in relation to librarians. It turns out that the image of the professionals is good, it is associated with the female sex, it is linked to the information and people feel that the world would be better with more libraries. Thus, it is considered that the image favors the insertion of professionals in the context of libraries and, therefore, of formal and / or informal education.
Keywords: Libraries, Social representations, Librarianship, Web.
Resumen: En la actualidad existen cerca de 30 mil bibliotecarios en Brasil que trabajan en centros de información o de documentación, bibliotecas universitarias, escolares y otros y, se vuelve interesante saber cuál es la imagen que las personas en la sociedad tienen respecto al profesional de biblioteconomía. El objetivo de este artículo es presentar un trabajo de investigación en el que se busca revelar la imagen del sentido común en relación a los bibliotecarios, por medio de historietas. Estos al mismo tiempo que divertirse también están cargados de representaciones sociales. En este estudio se realiza una investigación exploratoria, que es una investigación inicial, en la cual se busca información en caricaturas de la web tratando de entender a través de ellas el sentido común en relación a los bibliotecarios. Se observa que la imagen de los profesionales es buena, está asociada al sexo femenino, está ligada a la información y las personas sienten que el mundo estaría mejor con más bibliotecas. De este modo, se considera que la imagen favorece la inserción de los profesionales en el contexto de las bibliotecas y, por consiguiente, de la educación formal y/o informal.
Palabras clave: Bibliotecas, Representaciones sociales, Bibliotecología, Web.
1. Introdução
A aquisição, conservação, processamento, armazenamento, recuperação e disponibilização da informação é importante para qualquer sociedade. Como consideram Marchiori & Pacheco (1997) a área de informação é multidisciplinar e os bibliotecários fazem parte dos profissionais desta área do saber.
A Biblioteconomia é uma ciência social uma vez que trabalha com pessoas e organizações e as atende em suas necessidades de informação. No Brasil, considera-se como sendo o primeiro curso de Biblioteconomia, o da Biblioteca Nacional, fundado em 1915 e que possui mais de 100 anos.
O tempo passou e houve um aumento na quantidade de cursos e graduados. Kelli & Mota (2015) apontam que há 44 cursos de Biblioteconomia no Brasil, sendo 20 na região sudeste. Estima-se que tenhamos algo em torno de 30 mil ou mais bibliotecários de nível superior atuando em bibliotecas. Esse número pode variar uma vez que há cursos novos sendo abertos e outros fechando e, no caso das universidades e centros universitários brasileiros, há a autonomia para se criar ou fechar cursos.
Quando as escolas formadoras de mão-de-obra de nível superior são coerentes com o contexto e interagem bem por meio da pesquisa e extensão com o entorno, seus os egressos, em geral, podem contar com aceitação e oportunidades de emprego e a imagem destes fica de alguma forma, associada a instituição na qual se formaram. Desta forma, há alguma relação entre a qualidade das escolas e a imagem dos profissionais em qualquer área de saber humano.
Os milhares de profissionais formados ao atuar no mercado de trabalho acabam influenciando a sociedade e projetando sua imagem profissional nos usuários de biblioteca. O entendimento desta imagem pode se tornar interessante como parte do feedback necessário para melhorar os cursos e o perfil profissional. Na medida que os profissionais interagem com a sociedade, vão também formando representações sociais no imaginário dos usuários da biblioteca, das escolas e da sociedade.
Uma questão que surge é: qual a imagem do senso comum em relação aos bibliotecários? Estudar esse ponto pode ser interessante e várias são as opções de caminhos. Uma delas é por intermédio das charges, que são um tipo de mídia que retratam, por meio de imagens, o senso comum ou as representações sociais a respeito de um determinado tema. Deste modo, um problema que surge é verificar: qual a imagem que os bibliotecários possuem em charges publicadas na internet?
O objetivo do presente artigo é analisar a imagem dos bibliotecários, por meio de charges da Web. Nas linhas seguintes aborda-se a questão da profissão e a regulamentação do bibliotecário.
2. A evolução da formação do bibliotecário no Brasil
Os bibliotecários são formados em cursos superiores de bibliotecnomia. Apresenta-se a seguir, uma breve percurso trilhado por esta evolução.
O Decreto no 8.835/1911 no seu Artigo 34 definia o curso de biblioteconomia ministrado na Biblioteca Nacional na Cidade do Rio de Janeiro. Este curso de acordo com o Decreto contou com as seguintes matérias: bibliographia, paleographia e diplomática, iconographia e numismática. Em relação a este primeiro curso brasileiro, Caldin et al.(1999) afirmam que ele começou a funcionar em 1915 e, o programa do curso pioneiro se inspirava no modelo francês dando ênfase ao aspecto cultural e informativo.
O 2º curso no Brasil (Ibid) foi criado em 1929. Era no "Mackenzie College", que atualmente é a Universidade Mackenzie na Cidade de São Paulo. Este curso de Biblioteconomia era inspirado no modelo norte-americano que valorizava a prática. O 3º curso brasileiro foi criado pela Prefeitura do Município de São Paulo, em 1936 e que em 1940 foi incorporado à Faculdade de Sociologia e Política onde funciona atualmente. Estes cursos juntamente com os outros que vieram posteriormente, foram desenvolvendo as imagens iniciais dos bibliotecários brasileiros.
Em 1959 foi criada a Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários – FEBAB. Outro acontecimento importante para os bibliotecários foi a regulamentação da profissão por meio da legislação. Por meio da Lei no 4.084 de 30/06/1962, garante-se o exercício profissional, de modo legal, aos formados em cursos superiores de Biblioteconomia (Brasil, 1962). Observa-se que a lei já tem pouco mais de meio século e, por meio dela, define-se a denominação de bibliotecário e seu exercício profissional nesta área de saber. Verifica-se que o exercício legal da profissão é uma prerrogativa somente para profissional de nível superior graduado em Biblioteconomia. Esta profissão está classificada como sendo pertencente à área de Ciências Sociais Aplicadas.
Por meio da Lei no 1.244/2010 as instituições públicas e privadas de ensino de todos os níveis desde a educação básica à superior do país precisam ter bibliotecas e esta permite um prazo de 10 anos para que as instituições instalem as bibliotecas escolares. Nestas, segundo a Lei, devem existir as coleções de “livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura”. Estamos já na parte final deste período, que se encerra em 2020 em torna-se interessante saber se a Lei será cumprida ou se ao longo do tempo será modificada.
Recentemente, houve mais um importante avanço na legislação, desta vez, voltada para a definição em relação aos técnicos em Biblioteconomia. Brasil (2018) ordena que o técnico deve trabalhar sob a supervisão de um profissional bibliotecário (graduado em nível superior) e, sua função é auxiliar este bibliotecário. Verifica-se que a atuação em bibliotecas, de profissionais não graduados em biblioteconomia ou de técnicos em biblioteca sem a supervisão de bibliotecário é ilegal e está sujeita aos rigores da Lei. Em relação às bibliotecas escolares, há legislação específica sobre a matéria e que não foi abordada neste texto para não se fugir do foco do trabalho.
A profissão continua em avanço e muitas vezes, torna-se necessário o bibliotecário adquirir novas habilidades e competências para realizar os novos trabalhos. Um exemplo é trabalhado por Valls (1998) que apresenta o bibliotecário gerenciando documentação de sistemas de qualidade como é o caso da International Standard Oganization (ISO) com a documentação da série 9000. No caso a autora considera que o bibliotecário necessita buscar soluções para sua realidade de modo a tornar o Gerenciamento de Documentos e Registros o “cartão de visitas” do Centro de Informação e Documentação.
O desenvolvimento de novas habilidades e competências é importante para que a profissão continue em evolução com empregabilidade. Muller, Fernandes & Sanches (1998) consideram importante a educação continuada após a graduação e realizam um trabalho de levantamento de informações em egressos do curso de Biblioteconomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) para receber o importante feedback necessário a melhoria do curso. Observa-se que há a evolução da profissão nas instituições além daquela imposta pela legislação nacional.
Milanesi (2002) considera que o bibliotecário está entre os profissionais informadores. Com as mudanças dinâmicas da sociedade, é preciso que a sua formação seja no sentido de preparar profissionais competentes e críticos. Nestes tempos atuais de muitas mudanças, torna-se interessante que o profissional informador esteja preparado para aprender a aprender de modo crítico. Entre os profissionais informadores há também Arquivologistas, Documentalistas e Cientistas da informação.
Smith (2003) ao estudar as interfaces entre Bibliotecários, Arquivologistas e Cientistas da Informação, considera que a Biblioteconomia é uma interface da Ciência da Informação e que para que mantenham seus espaços, torna-se importante que os profissionais busquem formas de tornar seu trabalho útil encontrando modos de facilitar o acesso à informação para os usuários.
Para Moreiro & Artigas (2004), quando estudam as competências necessárias aos profissionais de informação para o Mercosul e União Europeia, consideram que são importantes as relacionadas com o conhecimento técnico, a gestão e direção, ter habilidades de comunicação e expressão linguística, possuir habilidades com as tecnologias de informação e comunicação e, possuir uma série de atitudes pessoais e habilidades relacionadas com a criatividade.
Guimarães & Pinho (2007) consideram importante a nova dimensão ética aos profissionais de informação e afirmam que os aspectos de “precisão, abrangência, garantia cultural, ética transcultural de mediação e multilingüismo confirmam-se como valores da área e concedem, ao conceito de competência profissional, uma nova dimensão”. Torna-se interessante que os profissionais trabalhem de modo a não prejudicar as minorias com julgamentos pré-concebidos e deste modo é importante a questão ética na formação profissional.
Nassif & Santos (2009) consideram que os bibliotecários embora tradicionalmente relacionados às bibliotecas, arquivos e material impresso, são profissionais de informação e, podem integrar equipes de estudo de inteligência competitiva de empresas. Um dos avanços que os bibliotecários têm que buscar competência é questão da acessibilidade.
Para Behr et al. (2011) os cursos de formação de bibliotecários, na área de bibliotecas escolares e acessibilidade, carecem de disciplinas que abordem as temáticas de inclusão, acessibilidade, leiaute, uso e acesso a materiais especiais para pessoas com deficiências. De modo semelhante, nos cursos da área de computação e sistemas de informação, estuda-se questões de acessibilidade em disciplinas como é o caso da interface homem-máquina de modo a facilitar o acesso à informação e seu conteúdo para os usuários.
Outro aspecto que está em evolução na sociedade é a Educação a Distância (EaD). Nesta modalidade educacional muitas vezes as instituições além da biblioteca física, disponibiliza também livros e periódicos digitais. Segundo Blank (2013) em relação ao trabalho do bibliotecário na EaD ainda necessita de debate e, para a modalidade há a necessidade da reinvenção do trabalho do bibliotecário no sentido de atender aos usuários. Seja na educação presencial ou na EaD verifica-se que existe uma necessidade da biblioteca e por conseguinte do profissional de informação que vai trabalhar na organização e disponibilização da informação específica para a área de estudos que for considerada.
Uchoa & Silva (2006) e Silva & Tabosa (2014) estudam a prática do marketing de relacionamento na Biblioteca na região Nordeste e consideram que os usuários apresentaram satisfação em relação às ações praticadas pelos bibliotecários. Além da região em estudo, todas regiões brasileiras podem ser estudadas e torna-se interessante para os Bibliotecários conhecer como a sociedade os “enxerga” até mesmo para poderem se posicionar melhor ou para os cursos complementarem o perfil nos cursos de modo a se “reinventarem na profissão”, melhorar sua imagem e para que estes continuem a ser cada vez mais úteis à sociedade também em evolução. Uma forma de se verificar a imagem dos bibliotecários pode ser por meio das representações sociais como se apresenta nas linhas seguintes.
3. As charges de Web e suas representações sociais
A comunicação e a obtenção de informação têm sido feitas, de forma crescente, por intermédio das mídias eletrônicas. Tais mídias também possuem um poder de sugestão e razoável relevância influenciado os usuários. Um exemplo, apresentado por Silva & Hohlfeldt (2008) vem na venda de livros nos quais os processos para formação do best seller podem ser influenciados pela mídia. Os dispositivos móveis como é o caso do telefone celular, têm alcançado grande sucesso possibilitando o acesso desde mensagens, passando pelas redes sociais e chegando até os aplicativos financeiros.
Um exemplo em das bibliotecas universitárias, como consideram Vieira, Varvakis & Foresti (2018) apontam o uso crescente dos dispositivos móveis com recursos Web. Este é um exemplo de convergência em smartphones, tablets e netbooks.
Para Jenkins (2004), a convergência dos meios de acesso à informação altera a relação entre tecnologias, indústrias, mercados, gêneros e tipos de audiências. Este autor (2008) em outro trabalho, corrobora com essas afirmações em seu estudo sobre convergência nos meios de comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva.
Por essas utilizações, tende-se juntar e ter acesso a ambientes de comunicação, utilizando a internet, com visualização de vídeos, TV, rádios, educação à distância, música, jornais etc. Estes trazem informação e nos jornais é comum se encontrar charges que se destacam, por apresentar imagens de modo “descontraído” e muitas vezes até divertido. Estas segundo Pinheiro (2014) são desenhos humorísticos acompanhados ou não de legendas, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma sintetizada algo que envolve o cotidiano de uma sociedade.
Shitsuka, Silva & Guimarães (2015) consideram que charge é um gênero textual discursivo que se compõe de imagem que pode vir acompanhada de texto e que têm a função de revelar, por meio do humor, críticas à sociedade. Esses objetos se constituem em modelos textuais compostos por multimodalidades e, disso resulta sua complexidade uma vez que um leitor ao interpretar uma charge tem que considerar o aspeto dos referenciais argumentativos para fazer o sentido lógicos e neste estudo são objetos da Web.
As charges estão carregadas de representações sociais que são construções de perspectiva coletiva muito embora os indivíduos façam parte desta construção. Moscovici (2009) foi o criador do termo representações sociais. Porém este não as define e cabe este papel a Jodalet (2009) que considera que as Representações Sociais são o conjunto de explicações, crenças e ideias que nos permitem evocar um dado acontecimento, pessoa ou objeto. Estas são formadas na interação social em um determinado grupo de pessoas. Estas são semelhantes às do senso comum que circula na sociedade e que permite que as pessoas se comuniquem com ideias em comum.
Silva, Shitsuka & Shitsuka (2014) mostram que as charges retratam o que ocorre no cotidiano da sociedade. Eles informam, criticam e trazem em si, crenças que estão presentes na sociedade, que são tanto na óptica social, como também do chargista e assim, revelam uma percepção do mundo e por conseguinte, trazem consigo as representações sociais.
Nem todos leitores conseguem interpretar o conteúdo de uma charge. Silva (2016) considera que isso ocorre se o leitor não conhecer, o contexto sócio histórico-discursivo ao qual a charge está atrelada. Este é o caso de pessoas de outros países ou regiões que não possuem o sentido comum prevalente em relação aos brasileiros. Também as representações sociais refletem o sentimento prevalente no grupo social e refratam ao serem absorvidas na individualidade, podendo ter alguma alteração de sentido conforme as crenças, valores e cultura da pessoa.
Neste artigo, considera-se de modo indistinto, as representações sociais e o senso comum, embora existam autores que as diferenciam. Consideramos que uma forma interessante de observá-las é por meio de charges de jornais, livros, blogs e/ou websites da Internet.
4. Metodologia e análise dos dados
Uma pesquisa é realizada com a finalidade de se alcançar novos saberes. Pesquisar sobre algum fenômeno. Gil (2017) conceitua a pesquisa como sendo um procedimento racional e sistemático necessário para obter respostas aos problemas. Severino (2016) complementa afirmando que ela é importante nos ambientes universitários e é realizada no tripé com a extensão e docência.
Nas pesquisas torna-se importante o emprego de metodologias que favoreçam a realização dos trabalhos de modo sistemático. Segundo Barros & Lehfeld (2014), na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, observação e a análise, ou seja, faz-se o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador.
Para Bakhtin (2011), uma esfera de comunicação possui gêneros textuais. Concordamos com o autor no presente estudo consideramos o sentido amplo de texto envolvendo o gênero textual discursivo das charges da Web. No presente estudo faz-se o levantamento de dados ou a coleta de charges que circulam na web.
Mattar (2017) leva em conta que as pesquisas são beneficiadas pelo emprego da rede mundial integrada à metodologia do trabalho científico. Concordamos com o autor e procuramos realizar coletas de dados do ciberespaço. Para coleta de dados, utilizou-se as imagens do Google. Fez-se busca e seleção dessas no período entre o segundo semestre de 2017 e o início de 2018. Os critérios de seleção das charges envolveram o emprego dos termos em língua portuguesa, coletando objetos brasileiros por meio das chaves de busca: “Bibliotecário”, “Biblioteca”, “Charge sobre bibliotecário” e, “Charge sobre biblioteca”.
Trabalhou-se com a ideia da óptica dos usuários de bibliotecas física interpretando o fenômeno do senso comum em relação aos profissionais bibliotecários na perspectiva desenhada pelos chargistas.
Inicialmente, houve centenas de resultados. Para corpus da pesquisa considerou-se cerca de 30 objetos as quais apresentavam regularidades e foram agrupadas em classes selecionando-se algumas representativas das classes, que são apresentadas neste trabalho como amostras para efeito de discussão.
O estudo do conteúdo é realizado conforme a análise de conteúdo francesa. Para Pechêux (2007) neste tipo de estudo é necessária a busca de informações em elementos externos relacionados à fenomenologia para possibilitar o entendimento. A seguir, apresentam-se resultados e discussões.
5. Resultados e discussões
Atualmente, a web é uma mídia de comunicação disseminada e utilizada no país. Nela fez-se a coleta e análise das charges apresentadas nas linhas seguintes.
A imagem inicial corresponde à tirinha da amostra, na Figura 1.
Amostra 1

Análise: Nesta amostra há um diálogo entre dois personagens na tirinha. Verifica-se pelas falas que há a ideia de biblioteca física, com prédio e cuja leitura e empréstimo de obras é gratuita. Existe uma ideia prevalente de que as bibliotecas no Brasil são gratuitas.
As primeiras bibliotecas no país eram públicas seja em nível federal, estadual ou municipal e posteriormente, mesmo as instituições de ensino particulares que instalaram bibliotecas, em geral, seguiram os modelos das públicas nas quais há gratuidade para a leitura e/ou empréstimos de obras. Este é um senso comum que o leitor observa na amostra anterior.
Nas bibliotecas os responsáveis pelo acervo, pela organização, controle e funcionamento são bibliotecários. Em tempos mais recentes, como consideram Madureira & Vilarinho (2010), muitos bibliotecários trabalham com acervos virtuais e em uma época na qual a informação é mais volátil. A Figura 2 ilustra a questão do bibliotecário na sociedade.
Amostra 2

Análise: Essas questões foram colocadas e desenvolvidas também em um trabalho realizado por Eggert & Martins (1996). Por meio da charge se verifica que há pessoas que não conhecem o bibliotecário, qual o seu trabalho e enfim como se tornaram bibliotecários. Estes são profissionais formados em nível superior em cursos de bacharelado em Biblioteconomia como considera Brasil (1962) por meio da Lei 4084/1962 que regulamenta a profissão. Não é qualquer pessoa que trabalha em biblioteca que é um Bibliotecário.
Os “não-bibliotecários”, em geral, são auxiliares que vão guardar os livros nas estantes, ou procurá-los, são digitadores e outros atendentes que trabalham sob orientação dos profissionais. Existem no Brasil cerca de 44 cursos como considera Kelli & Mota (2015). A variação pode ser devido à abertura ou fechamento de cursos. Muitas pessoas não têm ideia do que vem a ser o trabalho do bibliotecário e deste modo o senso comum é o do questionamento. Para Eggert e Martins (1996) o bibliotecário trabalha a informação por meio das técnicas de organização e da disseminação, tornando-se mediador da informação em diferentes sociedades. A charge disponível na Web traz uma luz por meio do infográfico que fala sobre a profissão. Observa-se que a primeira figura fala sobre a biblioteca que é o local de trabalho do bibliotecário, já a figura anterior questiona e, a imagem seguinte, Figura 3, vem ao encontro das questões, trazendo respostas sobre o que faz o profissional.
Amostra 3

Análise: Verifica-se por meio da imagem que no lado esquerdo do usuário há uma imagem representando uma bibliotecária carregando livros e esta é a imagem mais típica de uma biblioteca física na qual se trabalha com livros em papel. Para gerenciar uma quantidade grande de obras, algumas das quais valiosas, outras raras, e outras com muitos exemplares, torna-se necessário o trabalho de organização, catalogação, gerenciamento, uso de softwares etc.
A imagem vai ao encontro do que afirmam os vários autores como é o caso de Milanese (2002) que considera que o bibliotecário está entre os profissinais informadores como já se mencionou anteriormente, bem como as colocações de Moreiro & Artigas (2004) em relação às habilidades necessárias para os profissionais; Uchoa & Silva (2006) bem como Silva & Tabosa (2014) trabalham a questão do marketing do bibliotecários e como não é possível fornecer todas informações de uma vez, deixa de lado outras questões como é o caso daquelas relacionadas à EaD preconizada por Blank (2013), a acessibilidade estudada por Behr et al. (2011) e, a bibliometria considerada por Pisol (2015). Como o usuário em geral, não tem noção do trabalho interno de organização o infográfico fornece uma noção mesmo que superficial.
O trabalho dos bibliotecários depende dos locais nos quais atua. A amostra seguinte como mostra a Figura 4 mostra uma tirinha que apresenta um exemplo de apoio aos leitores fornecido pelos bibliotecários.
Amostra 4

Análise: Nesta tirinha observa-se a imagem de uma criança que argumenta que por meio dos livros pode-se descobrir outras culturas e pessoas e que o caminho para isso é consultar o bibliotecário. O pequenino busca informação e a bibliotecária o ajuda a encontrá-la. Este fato aponta para as questões éticas como considera Guimarães & Pinho (2007). Neste sentido, gera-se confiança entre os usuários em relação ao trabalho do profissional. Este sabe onde encontrar um determinado livro ou assunto presente em vários livros e deste modo facilita a vida do leitor. Atualmente, estamos num mundo da Web.
Na Figura 5 seguinte há a imagem e o texto que faz menção ao início da rede. Quando se fala em rede, está se referindo à Web que é a rede de informações, enquanto a Internet é a infraestrutura física.
Amostra 5

Análise: Apesar do mundo virtual ou ciberespaço estar presente em qualquer local no qual exista uma conexão, ocorre que o mundo virtual ainda precisa do mundo físico: as pessoas precisam de alimentação que não pode ser só virtual e tem que possuir o componente real. Pessoas precisam de vestuário real e muitas pessoas preferem os livros em papel físico que pode ser folheado.
Os livros e periódicos trazem informação e ela tende a migrar para a Web como considera Jenkins (2004) e Jenkins (2008). Em virtude dessa realidade, na charge a bibliotecária ou professora fala para a criança que a biblioteca é a versão inicial da Internet. Para corroborar com essa informação, Tanenbaum (2010) considera que a Internet só foi possível a partir de 1973 quando foi criado o protocolo TCP/IP que é um software que permite a comunicação entre computadores e redes e, entre computadores diferentes e também entre redes diferentes. Como já se mencionou, a Internet é a rede física e nela funciona rede de informações, propriamente dita que é a Web utilizando a infraestrutura de telecomunicação. Verifica-se como considera Vieira, Varvakis & Foresti (2018) que o emprego é crescente principalmente por meio de dispositivos móveis. A seguir, apresenta-se uma óptica de charge em relação à bibliotecária em seu ambiente de trabalho como é vista pelo usuário (Figura 6).
Amostra 6

Análise: A grande maioria dos bibliotecários é do sexo feminino, de modo semelhante ao que considera Uchôa & Silva (2006). Este fato também é semelhante ao que ocorre na Educação Infantil e do Ensino Fundamental I nos quais a grande maioria de profissionais é do sexo feminino. Tal fato justifica a grande maioria das imagens das charges ser de bibliotecárias.
O carrinho de livros é uma forma de facilitar o trabalho das bibliotecárias que evitam ter que carregar muitos livros simultaneamente e ter problemas com a coluna. Estes ocorrem em pessoas que manipulam uma grande quantidade de peso de modo incorreto.
Observa-se que a óptica apresentada é a do senso comum em relação às bibliotecárias e que isso pode não corresponder ao que ocorre de fato ou mesmo não se tratar da realidade para muitas profissionais uma vez que muitas trabalham somente com a informação classificando, catalogando e outras trabalham com ambientes virtuais.
A Figura 7 apresenta uma charge na qual se mostra uma situação que pode ocorrer com alguma frequencia em um ambiente de biblioteca física. Trata-se do usuário que fala alto, ou faz algum tipo de barulho que acaba atrapalhando outros leitores. No caso, a imagem apresenta um usuário tocando um instrumento musical o que seria um exagero para ocorrer em uma biblioteca.
Amostra 7

Análise: Nas bibliotecas há avisos pedindo silêncio para não atrapalhar os leitores que muitas vezes leem obras nas salas de leitura. Bibliotecas como consideram Machado & Suaiden (2015) são locais de leitura, silêncio e meditação. Na figura há a imagem de uma pessoa com instrumento musical que faz um som elevado: trata-se de um exagero, porém a imagem serve de alerta para a necessidade de respeito em relação à questão da necessidade de respeito ao proximo, que no caso, trata-se de leitores que necessitam de um ambiente adequado à leitura. As bibliotecárias ficam apreensivas uma vez que em geral, faz parte das normas das bibliotecas que os usuários respeitem os avisos de silêncio. Na Figura 8 há outra amostra em relação ao senso comum em relação ao trabalho em biblioteca.
Amostra 8

Análise: Na tirinha da “Mafalda” se observa uma reflexão em relação às bibliotecas e bancos comerciais. Sabe-se que estes visam lucro e neles sempre o que importa são as relações comerciais: pagamentos, recebimentos, empréstimos etc. Já nas bibliotecas há um ambiente mais tranquilo de leitura, reflexão, busca do saber e no qual pode ocorrer a educação informal com pessoas buscando o saber. Para muitas pessoas os momentos de biblioteca são importantes. Ocorre que o brasileiro lê pouco e aí fica a dúvida para estudos futuros: lê pouco porque há relativamente poucas bibliotecas ou vice-versa, há poucas bibliotecas por que o brasileiro em sua cultura não valoriza a leitura e as bibliotecas ficariam vazias? Os questionamentos ficam como sugestões para trabalhos futuros. Já no caso de escolas, há a obrigatoriedade da leitura e isso vai ao encontro do que Brasil (2010) exige por meio da Lei no 1.244/2010 e, obriga todas instituições públicas e privadas de ensino do país a ter uma biblioteca. Faltam poucos anos para que o prazo de dez anos estipulado pela Lei se cumpra, resta saber, se isso ocorrerá ou não e torna-se também objeto de estudos futuros.
Referências
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Barros, A.J.P. & Lehfeld, N.A.S.(2014). Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis. Vozes.
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Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito
Dorlivete Moreira Shitsuka – 30%
Ricardo Shitsuka – 30%
Adriana Soares Pereira – 20%
Max Leandro de Araújo Brito – 10%
Claudio Boghi – 10%