1. Introdução

Ao pensarmos em boas práticas no trânsito, acabamos por discutir quem são os responsáveis por ensinar, capacitar e educar os motoristas, e em suma, os instrutores de trânsito são os profissionais capacitados para tais tarefas (Lisboa . Pinto, 2019). Para tal atividade, os profissionais estão em constante aperfeiçoamento e construção de práticas condizentes com a realidade dos indivíduos, ensinando as habilidades e competências necessárias aos condutores dos diferentes veículos que circulam em nosso meio (Souza, Moraes, Martins, Fróes, Salzano . Moura, 2018).

As atividades do instrutor de trânsito foram regulamentadas pela Lei nº 12.302/10, que após uma longa trajetória de lutas pelos direitos de exercer uma profissão em seus direitos trabalhistas plenos, tiveram a atuação reconhecida nacionalmente (Lisboa . Pinto, 2019). A regulamentação da profissão veio de encontro com a necessidade de qualificar a mão de obra atuante nos Centros de Formação de Condutores, visto a necessidade de oferecer um serviço integral e efetivo à população (Fedeger, Nickel . Teive, 2018).

As funções do instrutor de trânsito tornam-se importantes ao avaliarmos o seu potencial de educador frente à construção de conhecimento de um condutor (Vergueiro, 2018). Na maioria das vezes, é o profissional que apresenta e ensina a conduzir o veículo pelas vias. Neste sentido, a formação de condutores depende integralmente do instrutor de trânsito, perpassando desde as informações iniciais teóricas e práticas, incluindo os momentos de reciclagem do conhecimento e atualização sobre o tema (Fedeger, Nickel . Teive, 2018).

Desta forma, percebe-se a importância deste profissional para estar atuando no Centro de Formação de Condutores, ou ainda de forma autônoma nas capacitações sobre condução veicular (Vergueiro, 2018). Para tal atividade, existem exigências legais que visam a qualificação do instrutor de trânsito. Para realizar o curso, o indivíduo precisa ser maior de 21 anos, comprovar escolaridade de ensino médio, ser habilitado no mínimo há dois anos e ser aprovado em avaliação psicológica por fins pedagógicos antes do inicio das aulas (Lisboa . Pinto, 2019).

Já para o profissional formado, também se solicitam algumas exigências. Algumas das exigências para a atuação são: o indivíduo ter no mínimo 21 anos de idade, ensino médio completo, um mínimo de um ano para a categoria denominada “D”, não ter sofrido penalidade ou cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), não ter cometido nenhuma infração de trânsito com natureza gravíssima no período de 60 dias e possuir o curso de capacitação específico com uma carga horária de 180 horas (Lisboa . Pinto, 2019).

As exigências cabíveis para a formação de instrutor de trânsito são necessárias, visto a importância de uma atuação eficaz e condizente com as necessidades dos condutores, tornando as vias, um local saudável e com boas práticas de condução necessárias no cotidiano da população (Lisboa . Pinto, 2019). Esta visão ampla do profissional é direcionada durante a sua formação, destacando as várias experiências e a construção do conhecimento necessário para que os condutores captem os ideais de um trânsito seguro e reflitam sobre suas responsabilidades enquanto multiplicadores de boas práticas (Vergueiro, 2018).

A formação de um instrutor de trânsito ocorre em formato modular, somando ao seu final uma carga horária total de 180 horas aula, contemplando atividades teóricas e práticas. Os módulos contemplam as diversas necessidades de atuação profissional, como língua portuguesa, didática, direção defensiva, legislação de trânsito, noções sobre o funcionamento de veículos e duas e quatro rodas, que inclui estágio supervisionado (Fedeger, Nickel . Teive, 2018). Ainda são ensinadas noções de proteção e respeito ao meio ambiente e de convívio social no trânsito, psicologia aplicada à segurança no trânsito e noções de primeiros socorros e medicina de tráfego (Lisboa . Pinto, 2019).

Este último módulo, de noções de primeiros socorros e medicina de tráfego, constitui-se de momentos de reflexão sobre atitudes seguras e de proteção de saúde que os instrutores de trânsito estarão repassando aos seus alunos (Vergueiro, 2018). Desta forma, o módulo apresenta a teoria e prática sobre a realização de primeiros socorros, modalidades de salvamento e proteção da vida humana nos diferentes cenários de necessidade (Fedeger, Nickel . Teive, 2018).

Para tanto, nesse contexto, o estudo objetiva refletir sobre a importância do módulo de noções de primeiros socorros e medicina de tráfego para a formação do instrutor de trânsito.

2. Metodologia

Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Os participantes da pesquisa foram 12 alunos regularmente matriculados no módulo de primeiros socorros e medicina de trafego de um curso de formação em instrutor de trânsito de uma instituição de ensino superior do Vale do Taquari, interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

A pesquisa foi realizada durante o primeiro semestre do ano de 2019, nas 12 horas de aula que compõe o referido módulo do curso de formação. Aos participantes foram explicados os objetivos da pesquisa, bem como os critérios éticos que envolvem todo o processo. Desta forma, aos que aceitaram participar, foram entregues os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foram lidos e assinados em duas vias de igual teor. Todos os participantes do referido módulo aceitaram participar da pesquisa e realizaram tal processo.

A coleta de dados ocorreu durante a realização do módulo, utilizando-se de um questionário criado pelos pesquisadores. O questionário continha questões abertas que buscaram conhecer as percepções dos estudantes sobre a participação no módulo, bem como a sua interação com o campo de atuação acadêmico e profissional.

A resolução do questionário teve uma duração de trinta minutos, sendo que todos foram entregues ao final. Em posse dos questionários, os pesquisadores os transcreveram e analisaram com aproximações da Análise de Conteúdo de Bardin (2016). A análise consistiu em aprofundar a compreensão dos achados e posterior agrupamento por pontos focais compatíveis, sendo que estes grupos originaram as subseções de análise e discussão dos achados neste estudo.

Em todo o processo de pesquisa foram respeitados os critérios éticos previstos pela Resolução 466/12, a qual determina a postura de realização de pesquisas com seres humanos. De acordo com estes critérios, a identidade dos participantes foi preservada, sendo que seus nomes foram substituídos por codinomes em situações de citações no estudo. O codinome utilizado foi a sigla IT, referindo-se ao instrutor de trânsito, seguido de número ordinais sorteados aleatoriamente, como exemplo: IT7, IT4, IT9, dentre outros.

3. Resultados e discussão

Nesta seção serão apresentados os resultados e discussões deste estudo. A estrutura a ser apresentada segue a delimitação em duas subseções, sendo a primeira intitulada “Conceitos e sentimentos”, cujo objetivo trouxe a tona os principais conteúdos lembrados pelos estudantes, bem como os sentimentos inerentes a sua formação acadêmica e profissional. Já a segunda subseção, intitulada “Percepções sobre o módulo de noções de primeiros socorros e medicina de tráfego”, buscou compreender os principais anseios dos participantes sobre a participação no módulo de primeiros socorros e medicina de tráfego, contextualizando com a sua atuação e o perfil profissional desejado.

3.1 Conceitos e sentimentos

Os participantes foram instigados a pensar sobre os principais temas que marcaram sua trajetória durante a realização do módulo. Desta forma, os temas demonstram a capacidade de oferecer conceitos precisos sobre o conteúdo trabalhado, demonstrando que os participantes compreenderam e possuem uma ideia vivaz sobre os destaques.

Inicialmente os participantes elencaram os principais conteúdos trabalhados em sala de aula, tendo como base o plano de ensino indicado na apresentação do módulo. Desta forma, os conteúdos mais lembrados estão elencados no gráfico 1, abaixo:

Tendo como base o gráfico 1, identifica-se que os participantes relataram a lembrança de cinco conteúdos. O primeiro deles, “Ter conhecimento sobre primeiros socorros” foi indicado pelos 12 participantes, representando 24% do total, seguido por 11 indicações do conteúdo de “Massagem cardíaca”, identificada no gráfico por 22%. As demais indicações ocorreram nos conteúdos de “Imobilização da coluna”, com 10 relatos 20% do total, “Sinalização do local do acidente”, com 9 menções representando 18% e por fim, “Verificação dos sinais vitais”, com representatividade de 16% ou 8 registros dos participantes.

Verifica-se que os conteúdos com maior representatividade foram os relacionados a ter conhecimento sobre primeiros socorros e a realização de massagem cardíaca, demonstrando a preocupação dos participantes sobre o assunto e engajamento para a tomada de decisão. Para Pissaia & Thomas (2019) a construção do conhecimento passível de aplicação no contexto de situações de urgências e emergências deve partir da reflexão dos próprios estudantes. Desta forma, Miranda & Mendes (2018) indicam a necessidade de estabelecer conexões entre os conteúdos para que os estudantes percebam os pontos de ligação entre ambos e estabeleçam o conhecimento teórico e prático.

Sob o mesmo limiar, os demais conteúdos, como imobilização da coluna, verificação dos sinais vitais e sinalização do local do acidente também apareceram nos relatos dos participantes. A interação dos participantes com os diferentes conteúdos e apresentação da preocupação sobre como agir e estar frente a determinada situação indica a ocorrência de reflexão e busca pelo conhecimento. Conforme comentado por Araújo & Ataíde (2018) a distinção entre situações de perigo ou não, acabam por nortear o primeiro atendimento, desta forma o profissional deve estar atento e capacitado para tal atividade, oferecendo segurança e apoio. Para Vergueiro (2018) o papel do instrutor de trânsito perpassa o ensino teórico e prático sobre os conteúdos, pois ele torna-se um agente de mudança e inspiração de comportamentos.

Após identificar os principais conteúdos lembrados pelos participantes, houve a necessidade de compreender o que eles esperam de sua atuação enquanto instrutor de trânsito. Desta forma, questionaram-se como eles percebem-se atuando frente aos seus alunos e a comunidade onde trabalham e residem. As informações obtidas serão apresentadas abaixo no gráfico 2.

Observando-se o gráfico 2, identifica-se que o sentimento mais prevalente é o “Oferecer um ensino de qualidade”, sendo mencionado pelos 12 participantes e representando 25% do total. Após indica-se o “Ser um exemplo na comunidade”, por 10 participantes ou 21% do total, seguido por “Conduzir a profissão com seriedade”, mencionado por 9 pessoas, no total de 19%. As demais foram, “Saber se posicionar frente às situações” e “Agente de mudança”, com representatividade de 9 e 8 indicações de participantes ou 19% e 16%, respectivamente.

Desta forma, compreende-se a preocupação dos participantes em levarem o conhecimento de qualidade aos seus alunos, de maneira que o ensino seja efetivo e condizente com a necessidade. Neste limiar, Vergueiro (2018) menciona que o instrutor de trânsito possui o papel de líder, professor e condutor do conhecimento aos seus alunos e à comunidade em geral. Colaborando, Dias, Silva & Santos (2018) inferem sobre a importância de conteúdos referentes a primeiros socorros e o seu contexto prático no cotidiano das pessoas, facilitado deste modo, os momentos de reflexão e percepção de sua função no contexto.

As demais indicações, como a de ser um exemplo na comunidade e exercer a profissão com seriedade são percebidas como um ideal representado a função do instrutor de trânsito, compondo a construção profissional desde o período de formação. Para Soares, Brasileiro & Souza (2018) a interação entre o período de formação acadêmica e a construção do “ser” profissional se misturam, por trazer a tona os ideais de atuação em consonância com a criticidade que se torna inerente a prática. Para Pissaia & Thomas (2019) a identidade do profissional é construída durante a sua formação, e quando se discute o seu papel perante determinado assunto ou conteúdo, o estudante é capaz de imaginar e compor um cenário fictício de atuação, frente ao seu futuro.

Assim, a construção do “ser” profissional perpassa diversos medos e construções de conhecimento que são adquiridas no decorrer do curso. Os conteúdos que envolvem a realização de primeiros socorros incentivam a reflexão do estudante por coloca-lo como agente indispensável e de apoio à vida de outras pessoas, sensibilizando-o. Para Decker, Hamann & Schons (2018) as situações de suporte a vida instigam os profissionais a exercerem sua profunda humanidade por meio do amparo e cuidado de outros seres humanos.

3.2 Percepções sobre o módulo de noções de primeiros socorros e medicina de tráfego

A realização do módulo de noções de primeiros socorros e medicina de tráfego é um item obrigatório para a formação do instrutor de trânsito, estando dentro das diretrizes necessárias para a atuação plena e reflexiva desta função. Neste sentido, buscou-se verificar quais as percepções dos participantes sobre a importância do referido módulo no contexto de formação e atuação profissional.

Atentando para os registros dos participantes, verificou-se que os mesmos percebem uma modificação de seu conhecimento após a realização do módulo, trazendo a tona questões de capacitação para momentos de necessidade e interação com seus alunos. Nos mesmos trechos é reavivada ainda a necessidade de capacitação integral dos profissionais para estarem atuando na área. Os relatos podem ser verificados a seguir:

O conteúdo que trata sobre primeiros socorros tem uma importância da o norte para os leigos que aqui chegaram no primeiro encontro. Identificar e saber avaliar o local do acidente junto com os danos causados pelo mesmo também tem muita valia, pois, sabemos no que é onde podemos auxiliar num primeiro momento, dado que, o atendimento deve ser feito por pessoas com competência para o mesmo. (IT2)

O conteúdo excelente, pois como vamos estar expostos ao trânsito podemos nos encontrar em uma dessas situações e já tendo noção, para nós, facilita bastante, até para reconhecer na hora de um acidente aquela pessoa que ira atrapalhar, prejudicar o paciente, pedir para se afastar. Não só para o curso, mas para a vida. (IT6)

O conteúdo é muito importante para o instrutor de trânsito pois precisamos ter todo o conhecimento necessário para instruirmos nossos alunos em como se comportar em acidentes no trânsito e na vida, lhes ensinando principalmente o que pode fazer nesse caso. É fazer com que os mesmos se interessem e pesquisem mais sobre o assunto para que possamos salvar mais vidas ou ao menos amenizar as consequências e traumas de um acidente. (IT9)

A importância da formação integral do instrutor de trânsito sempre se faz presente e está inserida no grande de construção profissional que os participantes demonstram em seus relatos. Para Pissaia & Thomas (2019) a formação profissional está em constante evolução, aprendizado e ensino, e por tratar-se da temática de primeiros socorros, os futuros profissionais sentem-se sensibilizados a partilhar do conhecimento com qualidade visto a sua atuação.

Outro ponto importante a ser mencionado, é a preocupação dos participantes com a própria atuação perante os alunos, de modo que o conteúdo discutido no módulo está interagindo com a sua prática e introduz novos campos de ensino ao instrutor de trânsito. No contexto de Miranda & Mendes (2018) a construção de determinado conhecimento e prática sobre urgências e emergências se faz perante a vivência do estudante sobre o assunto, estruturando a teoria e a prática com o contexto de atuação futuro.

Para tanto, a integração dos conteúdos e a verificação de que a aprendizagem e compreensão do módulo são importantes para a prática futura se estrutura nos relatos observados, indagando sobre sua importância na formação do instrutor de trânsito. Assim, Lisboa & Pinto (2019) inferem sobre o futuro esperado com a construção de modelos educacionais que atinjam os condutores de maneira eficaz e resolutiva perante a necessidade social de vias seguras.

Complementando os registros anteriores, os participantes também mencionaram a sua importância no ensino dos futuros condutores, contextualizando a realização do módulo e a possibilidade de instrumentalizar conhecimentos diferenciados aos alunos. Tais informações podem ser verificadas nos relatos abaixo:

Acredito que este conteúdo deu uma boa base de como devemos agir em caso de acidente, mostrou que manter a calma e segurança vem em primeiro lugar. O curso também mostrou que cada caso de acidente é único, onde cada pessoa também vai agir de forma diferente, então entra ai a questão de acima de tudo procurar fazer o melhor com muito cuidado e saber que ao analisarmos ou julgarmos os outros, devemos fazer como se fosse com nós mesmos.

Devido ao grande número de acidentes de trânsito, quanto mais informações conseguimos passar aos nossos alunos mais chance de termos para evitar um acidente e se acaso ocorrer, como será a maneira correta de proceder.

É possível contribuir em aulas práticas e teóricas a fim do condutor manter a calma para agir de forma correta numa eventual emergência. O primeiro socorro serve para analisar a gravidade do ocorrido, sinalizando o trânsito de forma segura e auxiliando os profissionais de emergência e pronto socorro.

As contribuições foram as seguintes, na maioria das vezes, não vamos simplesmente ensinar o aluno a dirigir. E sim passar confiança e tranquilidade para ele, explicando o que fazer e como agir em determinadas situações.

O conteúdo passado de primeiros socorros as vítimas de acidentes agrega muito conhecimento para um futuro instrutor, pois ele estará passando as instruções ao seu aluno de auto escola a noção básica de como proceder em caso de um acidente de trânsito. Ensinar o básico, manter a calma, sinalizar o local e chamar o resgate, auxilia o aluno de como proceder em caso de acidente.

Conforme verificado nos relatos, o conhecimento sobre medicina de tráfego e primeiros socorros torna-se importante para os instrutores de trânsito possam ensinar os próprios alunos, com o intuito de tornar mais qualificada a formação dos condutores. Sob este limiar, Soares, Brasileiro & Souza (2018) incentivam a construção do conhecimento baseado na troca mútua de experiência com o intuito de qualificar as práticas dos profissionais em formação.

As reflexões sobre o papel do instrutor de trânsito também estão presentes, demonstrando a necessidade de compor um diferencial perante o ensino dos alunos, principalmente na forma como estes podem estar atuando em situações de perigo à vida. Para Vergueiro (2018) o instrutor de trânsito oferece um conhecimento amplo e necessário na formação de condutores de veículos, de forma que sua responsabilidade perpassa o momento e perdura pela trajetória vital do indivíduo.

E por fim, observa-se a contextualização do conteúdo do módulo com a realidade em que os futuros profissionais atuam, principalmente sobre a ocorrência de acidentes e maneiras de atuar frente ao auxilio nestas situações. Araújo & Ataíde (2018) contextualizam a prevalência cada vez maior de acidentes de trânsito, principalmente gravíssimos, os quais levam à ocorrência de um ou mais óbitos, além da perda material. Sendo que neste cenário, os condutores atuarão com o conhecimento construído por meio de interações teóricas e práticas com seus instrutores de trânsito.

4. Considerações finais

Este estudo possibilitou realizar uma reflexão sobre a realização do módulo de primeiros socorros e medicina de tráfego para o curso de formação em instrutor de trânsito, compreendendo alguns de seus anseios e contribuições do conteúdo. Desta forma, os participantes demonstraram compreender a importância do módulo para a sua atuação profissional e capacitação dos futuros alunos.

Em suma, os participantes relataram alguns dos conteúdos que consideram de maior relevância para a sua atuação, demonstrando um nível de reflexão e pensamento crítico sobre a própria formação e necessidade do conteúdo. Outro ponto de destaque é a visão do próprio participante enquanto agente de mudança e perfil profissional desejado no contexto de atuação, demonstrando as construções de ideais individuais e culturais sobre a atividade de instrutor de trânsito.

As contribuições do módulo também foram relatadas pelos participantes da pesquisa. As contribuições trazem a tona o papel de ensinar os futuros condutores de veículos, inferindo sobre a qualidade do conhecimento repassado e a responsabilidade social na formação destes indivíduos. Sob o mesmo limiar, os relatos inferem sobre uma mudança de comportamento, do ensino efetivo e transformador partindo-se da realização do referido módulo, de maneira que tal experiência agrega qualidade para a formação em instrutor de trânsito.

A realização desta pesquisa limita-se por construir um apanhado reflexivo de um módulo do curso de formação em instrutor de trânsito, não contemplando as demais visões disciplinares presentes no currículo de formação do profissional. Contudo, tal apanhado torna-se relevante por instigar a busca por reflexões em uma área pouco estudada e relativamente nova no campo de formação profissional e fomentar a realização de futuras pesquisas na área.

Referências

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Fedeger, A. M., Nickel, R., . Teive, H. A. (2018). Estratégias de avaliação de condutores de automóveis com mobilidade reduzida. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 29(1), 50-55.

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