A avaliação formativa e a Zona d e Desenvolvimento Proximal

The assessment formative and the Zone of Proximal Development

La evaluación formativa y la Zona de Desarrollo Proximal

Osmar Pedrochi Junior
Universidade Pitágoras Unopar, Brasil
Wellen Eder Pedrochi
Secretaria de Educação - SEED – PR, Brasil
Hallynnee Héllenn Pires Rossetto
Universidade Pitágoras Unopar, Brasil

A avaliação formativa e a Zona d e Desenvolvimento Proximal

Research, Society and Development, vol. 8, núm. 10, pp. 01-10, 2019

Universidade Federal de Itajubá

Recepção: 01 Julho 2019

Revised: 27 Julho 2019

Aprovação: 11 Agosto 2019

Publicado: 23 Agosto 2019

Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar as possíveis relações entre a avaliação formativa e a Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky. Como método de pesquisa, optou-se por utilizar a pesquisa especulativa, pois a intenção é produzir um texto teórico com base em outros textos teóricos. A Zona de Desenvolvimento Proximal pode ser considerada como o espaço entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. A avaliação formativa pode ser entendida como um processo escolar que visa identificar e modificar a lacuna de aprendizagem dos estudantes, sendo uma forma de identificar a zona de desenvolvimento real e intervir para que o aluno alcance todo seu desenvolvimento potencial. Conclui-se que a avaliação formativa pode ser vista como complementar ao conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal quando se trata da aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Avaliação escolar, Avaliação formativa, Zona de Desenvolvimento Proximal.

Abstract: This article aims to present the possible relationships between formative assessment and the Zone of Proximal Development of Vygotsky. As a research method, we have chosen to use speculative research, since the intention is to produce a theoretical text based on other theoretical texts. The Zone of Proximal Development can be considered as the space between the level of real development and the level of potential development. The formative evaluation can be understood as a school process that aims to identify and modify the learning gap of the students, being a way to identify the real development zone and intervene so that the student reaches all its potential development. It is concluded that the formative assessment can be seen as complementary to the concept of Zone of Proximal Development when it comes to student learning.

Keywords: School assessment, Formative assessment, Zone of Proximal Development.

Resumen: Este artículo tiene por objetivo presentar las posibles relaciones entre la evaluación formativa y la Zona de Desarrollo Proximal de Vygotsky. Como método de investigación, se optó por utilizar la investigación especulativa, pues la intención es producir un texto teórico con base en otros textos teóricos. La Zona de Desarrollo Proximal puede considerarse como el espacio entre el nivel de desarrollo real y el nivel de desarrollo potencial. La evaluación formativa puede ser entendida como un proceso escolar que busca identificar y modificar la brecha de aprendizaje de los estudiantes, siendo una forma de identificar la zona de desarrollo real e intervenir para que el alumno alcance todo su desarrollo potencial. Se concluye que la evaluación formativa puede ser vista como complementaria al concepto de Zona de Desarrollo Proximal cuando se trata del aprendizaje de los alumnos.

Palabras clave: Evaluación escolar, Evaluación formativa, Zona de Desarrollo Proximal.

1. Introdução

Mesmo com toda teorização dos últimos cinquenta anos a respeito do tema, a avaliação formativa ainda requer estudos e exortações para seu desenvolvimento e implementação.

Diferentes teorias da aprendizagem podem embasar a avaliação realizada em sala de aula. A avaliação formativa em especial, encontra similaridades com a teoria sócio construtivista, que tem Vygotsky como principal autor.

Neste estudo pretende-se destacar as similaridades da avaliação formativa com um aspecto específico da teoria sócio construtivista, a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Para isso, discute-se alguns aspectos da avaliação formativa e da ZDP, e, por fim, as possíveis relações entre ambas, demonstrando que as duas se complementam no cenário educacional.

Neste trabalho, tem-se a perspectiva de avaliação que pode ter diferentes intenções em diferentes momentos e dessa forma, colabore para que o aluno aprenda e se desenvolva, ou seja, entende-se a avaliação como um agente colaborador para que o estudante se movimente dentro da sua Zona de Desenvolvimento Proximal.

A avaliação deve fornecer informações e dar oportunidade para o aprendizado do estudante, o que por sua vez “[...] é um aspecto necessário do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas” (Martins, 2005, p.54-55).

Ao considerar o planejamento, desenvolvimento e procedimentos técnicos de coleta e análise de dados, este artigo realizou uma pesquisa especulativa. Pois, se deu por meio de estudos e análises de textos relacionados sobre os temas avaliação formativa e Zona de Desenvolvimento Proximal e se caracteriza pela análise conceitual, na qual os autores analisam conceitos, argumentam e recontam da sua perspectiva.

Desde o início, a intenção foi de conhecer, discutir e estabelecer relações entre a avaliação formativa e a Zona de Desenvolvimento Proximal. Para isso, foram consultadas obras como livros e artigos relacionados com os temas.

2. Método

Para a realização deste artigo, optou-se por utilizar orientações da pesquisa especulativa, pois a intenção é produzir declarações teóricas a respeito de outras declarações teóricas (Van Der Maren, 1996), ou seja, produzir um texto, a partir de textos existentes, apresentando as possíveis relações entre a avaliação formativa e a Zona de Desenvolvimento Proximal. Para a produção desse texto, o primeiro passo foi selecionar textos sobre os dois temas: avaliação formativa e Zona de Desenvolvimento Proximal. A seleção foi feita com base em textos que traziam, na visão dos autores, conceitos que substanciariam a discussão a respeito da relação entre ZDP e avaliação formativa. Depois de selecionados, os textos constituem o que é chamado de corpus.

Segundo Van Der Maren (1996), o corpus pode ser único, intertextual ou contraditório. Neste artigo, o corpus é considerado intertextual, pois, por meio da leitura dos textos selecionados, será identificado o que é comum ou diferente sobre os temas, e assim construir a relação entre eles.

Para a elaboração deste artigo realizou-se leituras em alguns materiais de autores que abordam os temas Zona de Desenvolvimento Proximal e avaliação formativa, tais como: Zanella (1994), Fino (2001), Hadji (2001) Martins (2005), Barlow (2006), Heritage (2007) e Vigotsky (2007).

Com o corpus do artigo determinado, o próximo passo foi apresentar a análise e discussão entre os temas. Na pesquisa especulativa, tem-se três tipos de análises: a conceitual, a crítica e a inferencial. Para este artigo, optou-se por uma análise conceitual, pois, por meio de comparações, buscar-se-á identificar o que se entende, ou qual a compreensão desses temas e a relação entre eles.

Dessa forma, após a constituição do corpus e decidido o tipo de análise, os autores redigiram as suas “declarações teóricas” que são apresentadas a seguir.

3. Zona de Desenvolvimento Proximal

O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal de Vigotsky sugere que há níveis de desenvolvimento, o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial da criança.

O nível de desenvolvimento real é entendido como todo o conjunto conhecimentos prévios que a criança utiliza para resolver problemas sozinha, resultado de aprendizagens anteriores, ou seja, funções psicológicas que a criança já desenvolveu até aquele determinado momento (Vigotsky, 2007).

O nível de desenvolvimento potencial, por sua vez, é entendido como o conjunto de conhecimentos que a criança pode desenvolver para resolver problemas sob orientação de um adulto, outro indivíduo mais experiente ou em grupo, ou seja, a criança sozinha não conseguiria desenvolver essas atividades (Vigotsky, 2007).

Embora, as mesmas orientações possam ser dadas a várias crianças, devemos pensar na Zona de Desenvolvimento Proximal, como algo individual e diferente para cada criança. Para refletirmos sobre isso, precisamos levar em consideração que cada criança é um ser único e passou por um conjunto único de experiências, e mesmo diante de experiências compartilhadas sua percepção dos fatos é pessoal e provavelmente diferente de todos os outros. Também devemos levar em consideração que, como as interações com o meio social são diferentes, mesmo com orientações iguais a atividade que cada um realizará será diferente para cada indivíduo, ou seja, o desenvolvimento potencial de cada um é diferente em cada situação. Portanto, espera-se que a Zona de Desenvolvimento Proximal de cada indivíduo seja diferente.

Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (Vigotsky, 2007, p. 97).

Portanto, nesse espaço, estão às funções que ainda não foram desenvolvidas, mas que são potencialmente possíveis de serem desenvolvidas. Segundo Vigotsky (2007, p.98), a “Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão, presentemente, em estado embrionário”.

Nesse sentido, Zanella (1994) diz que a

[...] Zona de Desenvolvimento Proximal consiste no campo interpsicológico, constituído na e pelas interações sociais em que os sujeitos se encontram envolvidos com problemas ou situações que remetam a confrontação de pontos de vista diferenciados. E que interações são essas? Podem ser tanto interações adulto/criança, interações de pares ou mesmo interações com um interlocutor ausente: o que caracteriza a Zona de Desenvolvimento Proximal é a confrontação ativa e cooperativa de diferentes compreensões a respeito de uma dada situação. (Zanella, 1994, p. 108).

Na perspectiva da Zona de Desenvolvimento Proximal o ato de ensinar é visto como

[...] um ato complexo que visa proporcionar aos aprendizes a apropriação de conhecimentos, a construção de funções psicológicas superiores e autonomia no pensar e no agir. Nesse sentido, implica o educador desenvolver sua própria prática pedagógica fundamentando-se em uma concepção de aluno que o considere como sujeito interativo, agente de sua própria história que, como tal, desempenha importante papel no seu próprio desenvolvimento (Zanella, 1994, p. 107).

A zona de desenvolvimento proximal nas interações entre adulto e criança, segundo Rogoff et al. (1984), pode ser considerada como um “[...] espaço de comunicação onde o adulto ajusta o suporte dado à criança e esta, em contrapartida, ajusta o ritmo da instrução do adulto, conforme suas necessidades” (apud Zanella, 1994, p. 108). O que converge para a perspectiva da avaliação formativa, em que para proporcionar apoio e recursos aos alunos, em sala de aula, pode ser utilizada a avaliação.

4. A Avaliação Formativa

A avaliação em sala de aula não deve servir apenas à certificação, mas à formação do aluno. Para isso, a avaliação deve ser vista como um importante, meio de coleta de informações sobre a aprendizagem dos estudantes e não pode se omitir em relação a dar um retorno sobre a sua aprendizagem, apontando o que foi ou não aprendido de forma satisfatória.

Nesse sentido, a avaliação serve também para reorientar a prática do aluno em relação aos seus estudos, dando condições de saber em que parte do conteúdo sua aprendizagem foi satisfatória ou não, e se seu método de estudo está dando o resultado por ele esperado.

A avaliação deve levar em consideração o que já foi feito, mas também deve dar importância às aprendizagens futuras, ou seja, deve levar em consideração mais do que já foi aprendido, deve avaliar também as potencialidades futuras. Visão esta que Barlow (2006) compartilha com Hadji (2001, p. 42), para quem “[...] a avaliação é uma leitura influenciada por expectativas específicas referentes à produção de um produtor particular, em função do que se sabe, ou do que se descobre, progressivamente, sobre ele”.

A avaliação pode ser considerada como uma relação de comparação entre o que foi apresentado e o que se esperava, no caso, a aprendizagem do aluno. Desta forma, a avaliação fica definida como uma comparação entre o real e as expectativas que se tinha. Mais especificamente a avaliação pode ser considerada como

[...] o acto pelo qual se formula um juízo de ‘valor’ incidindo num objecto determinado (indivíduo, situação, acção, projecto, etc.) por meio de um confronto entre duas séries de dados que são postos em relação:

- dados que são da ordem do facto em si e que dizem respeito ao objecto real a avaliar;

- dados que são da ordem do ideal e que dizem respeito a expectativas, intenções ou a projectos que se aplicam ao mesmo objeto (Hadji, 1994, p. 31).

Em relação ao professor, as informações obtidas por meio da avaliação, permitem que ele analise a sua didática em sala de aula e quais partes do conteúdo precisa ser retomada ou reforçada, em relação aos seus objetivos iniciais. Isso dá à avaliação seu caráter formativo.

Heritage (2007) define,

A avaliação formativa é um processo sistemático para reunir continuamente evidencias sobre o aprendizado. Os dados são usados para identificar o nível atual de aprendizado de um aluno e adaptar as aulas para ajudar o aluno a atingir o objetivo de aprendizagem desejado (Heritage, 2007, p. 2, tradução nossa).

A autora identifica também, quatro elementos essenciais da avaliação formativa, a saber, “1) identificar a "lacuna", 2) feedback, 3) envolvimento do aluno e 4) progressões de aprendizagem” (Heritage, 2007, p. 2, tradução nossa). A lacuna a que se refere Heritage (2007) diz respeito, exatamente, ao que o professor identifica que o aluno já sabe e aquilo que ele pode aprender, consequentemente, reflete o objetivo de aprendizagem que se tem com o aluno. Deve-se tomar cuidado para que o objetivo não seja tão difícil de alcançar que acabe desmotivando o estudante por parecer inalcançável e não seja tão fácil de alcançar que pareça não merecer algum esforço (Heritage, 2007). O objetivo não deve apenas refletir a “lacuna” de aprendizagem do estudante e o que se espera dele, mas ser desafiador e alcançável se despendido um esforço realizável.

O feedback e o envolvimento do aluno, apontados nos “elementos” 2 e 3, dizem respeito, respectivamente, ao envolvimento do professor e do aluno durante a avaliação formativa. Uma característica da avaliação formativa é a consciência do aluno a respeito de todos os processos envolvidos na avaliação. O papel do professor é, então, informar os alunos com todas as informações que puder a respeito de suas aprendizagens pessoais e o que podem fazer para atingir as progressões esperadas. Para o aluno, cabe envolver-se em todo o processo e assumir seu papel de participante ativo, corresponsável e comprometido com sua própria aprendizagem.

O quarto “elemento” diz respeito à articulação dos três anteriores, estabelecendo as metas e planejando como alcançá-las. As progressões de aprendizagem são o objetivo maior de toda atividade educativa.

Barlow (2006), define avaliar como

[...] demarcar o grau de êxito e, ao mesmo tempo, as possibilidades ainda abertas de um “ser melhor”, de uma realização. É igualmente dar vazão a um sentido, revelar em uma conduta a parcela de inteligibilidade já adquirida e a que falta adquirir (Barlow, 2006, p.13).

5. Relação entre Zona de Desenvolvimento Proximal e Avaliação Formativa

O conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal responde bem ao processo de desenvolvimento intelectual dos estudantes que deve ser proporcionado pela avaliação. Segundo Martins (2005), o processo de desenvolvimento dos alunos “está diretamente relacionado com as formas com que o professor aborda os conteúdos de sua disciplina, assim como com as oportunidades que ele oferece para que os alunos deles se apropriem” (Martins, 2005, p.55-56).

Portanto, na perspectiva de Vygotsky, exercer a função de professor (considerando uma ZDP) implica assistir o aluno proporcionando-lhe apoio e recursos, de modo que ele seja capaz de aplicar um nível de conhecimento mais elevado do que lhe seria possível sem ajuda (Fino, 2001, p. 279).

Heritage (2007) considera que um dos principais elementos da avaliação formativa é a identificação da lacuna entre o status atual da aprendizagem do aluno e a meta educacional desejada. “A tarefa do professor é identificar a construção de estruturas imaturas, porém maturáveis e, por meio de colaboração e orientação, facilitar o crescimento cognitivo” (Heritage, 2007, p. 3, tradução nossa).

Assim como na avaliação formativa, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, também discute a importância de se utilizar constantemente diagnósticos para que o professor ajuste suas próximas ações. Em relação ao conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, Martins (2005, p.56) pontua que:

[...] ao operacionalizarmos tal conceito em nossa prática pedagógica, estaremos estabelecendo um diagnóstico e um prognóstico das crianças, o que nos permitirá planejarmos estratégias educacionais para que elas consigam superar seu nível de desenvolvimento real.

Assim, tanto na Zona de Desenvolvimento Proximal quanto na avaliação formativa é importante para o professor estar ciente do que o aluno sabe para planejar as próximas ações, objetivando a aprendizagem e o desenvolvimento individual de cada um dos seus alunos.

Outro ponto comum entre as duas teorias, é o aspecto social, pois, uma característica indissociável da avaliação escolar reside na sua subjetividade, isto é, depende diretamente das relações sociais estabelecidas dentro e fora da sala de aula, pois, respeita as individualidades dos alunos, levando em consideração suas aprendizagens anteriores, resultantes de suas experiencias dentro e fora da escola.

Pode-se pensar na avaliação formativa como uma forma de identificar a zona de desenvolvimento real e intervir para que o aluno alcance todo seu desenvolvimento potencial. O que coloca a Zona de Desenvolvimento Proximal e a avaliação formativa em relação direta, e até mesmo complementares, quando se trata da aprendizagem dos alunos.

6. Conclusão

Esse estudo caracterizou a Zona de Desenvolvimento Proximal, discutindo a diferença entre desenvolvimento real e desenvolvimento potencial. No chamado desenvolvimento real, o nível de suas funções psicológicas em que a criança consegue realizar suas atividades utilizando os conhecimentos por ela já elaborados, enquanto que o desenvolvimento potencial é o nível de suas funções psicológicas em que ela precisa da orientação de um adulto ou uma criança mais experiente para realizar suas atividades.

Nesse trabalho discutiu-se também a avaliação formativa como avaliação ideal para a avaliação escolar, por sua característica reguladora e utilizou-se a definição de avaliação como uma comparação entre o que o aluno apresenta de real e as expectativas que havia a respeito da sua aprendizagem.

Conclui-se que a Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky e a avaliação formativa, podem ser consideradas convergentes ou até mesmo complementares quando vistas sob a perspectiva educacional. Ambos os conceitos trazem a relevância da utilização de diagnósticos para que o professor regule suas ações futuras, pois o objetivo é que o aluno aprenda e se desenvolva.

Outra relação entre elas, é que a zona de desenvolvimento real pode ser identificada pelo professor, por meio da avaliação formativa, com a intenção de intervir para que o aluno consiga o seu desenvolvimento potencial.

O aspecto social é um ponto comum entre esses conceitos, uma vez que ambos se preocupam com as relações sociais realizadas, bem como, com as individualidades dos alunos, suas aprendizagens e experiencias vivenciadas.

Se o principal objetivo da escola é promover a aprendizagem dos alunos, nada mais justo, de que as ações que ocorram dentro da escola sirvam também a este objetivo. Assim deve ocorrer também com a avaliação, que deve ter como principal função, oportunizar a aprendizagem.

Referências

Barlow, M. (2006). Avaliação Escolar: mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed.

Fino, C. N. (2001). Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, 14, pp. 273-291.

Hadji, C. (1994). A Avaliação, Regras do Jogo: Das Intenções aos Instrumentos (4ª edição ed.). (P. Editora, Ed.) Porto: Porto Editora.

Hadji, C. (2001). A Avaliação Desmistificada. Porto Alegre: ARTMED Editora.

Heritage, M. (outubro de 2007). Formative Assessment: What Do Teachers Need to Know and Do? Phi Delta Kappan, 89, 140-145.

Martins, J. B. (2005). Vygotsky e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica.

Van Der Maren, J.-M. (1996). Méthodes de recherche pour l'éducation. Bruxelles: De Boeck and Larcier.

Vygotsky, L. (2007). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores (7ª ed.). São Paulo: Martins Fontes.

Zanella, A. V. (1994). Zona de Desenvolvimento Proximal: análise teórica de um conceito em algumas situações variadas. Acesso em 2019, disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v2n2/v2n2a11.pdf.

Porcentagem de contribuição de cada autor no manuscrito

Osmar Pedrochi Junior – 40%

Wellen Eder Pedrochi – 30%

Hallynnee Héllenn Pires Rossetto – 30%

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