Panorama da Produção Científica em Empreendedorismo Rural: Um Estudo Bibliométrico
Overview of Scientific Production in Rural Entrepreneurship: A Bibliometric Study
Panorama da Produção Científica em Empreendedorismo Rural: Um Estudo Bibliométrico
Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, vol. 8, núm. 1, pp. 102-125, 2019
Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas

Recepción: 20 Mayo 2018
Aprobación: 27 Septiembre 2018
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar o panorama das publicações sobre empreendedorismo rural por meio de um estudo bibliométrico. Para tanto, foram analisados 417 artigos publicados na plataforma Web of Science ligados ao tópico “empreendedorismo rural” na língua inglesa. Foi traçada a evolução das publicações por meio de análises de citações e de cocitações em todos os artigos publicados na plataforma. O método possibilitou a identificação das obras mais influentes, com a finalidade de entendimento dos laços intelectuais e a evolução, ao longo do tempo, das pesquisas sobre o tema proposto. Os resultados obtidos possibilitaram a identificação dos autores mais citados e a formação de quatro grupos de autores que trabalham com o tema empreendedorismo rural. Também foi possível verificar que o campo de pesquisa voltado para esse tema está em ascensão e que o uso do termo “empreendedorismo rural” vem crescendo e se consolidando no meio acadêmico.
Palavras-chave: Empreendedorismo Rural, Agricultura Familiar, Agricultor Rural.
Abstract: This article aims to analyze the panorama of publications on the theme of rural entrepreneurship through a bibliometric study. For this, 417 articles published on the Web of Science platform linked to the topic "rural entrepreneurship" in the English language were analyzed. It was traced the evolution of the publications through analysis of citations in all the articles published in the platform. The method allowed the identification of the most influential works, with the purpose of understanding the intellectual ties and the evolution, over the time, of the research on the proposed theme. The results obtained allowed the identification of the most cited authors and the formation of four groups of authors working on the topic of rural entrepreneurship. It was also possible to verify that the field of research focused on this theme is on the rise and that the use of the term "rural entrepreneurship" has been growing and consolidating in the academic world.
Keywords: Rural Entrepreneurship, Family Agriculture, Rural Farmer.
1 Introdução
O empreendedorismo é considerado um dos principais motivadores do crescimento econômico, por meio da criação de empregos e renda para uma população. A relação entre desenvolvimento e empreendedorismo foi inicialmente proposta por Schumpeter, em 1934 . O Empreendedorismo também é investigado como um fenômeno que cresce em diversas esferas e campos de estudos que buscam compreender oportunidades que visam gerar novos produtos e serviços ( Venkataraman, 1997).
O Empreendedorismo Rural não é um termo propriamente novo, mas seu uso é recente e com larga concentração nas políticas de governo, nos movimentos sociais e acadêmicos. No Brasil, um dos marcos importantes para o desenvolvimento do setor agrícola foi a implantação do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o PRONAF (Brasil, 1996). E a implantação da Lei 11.326/2006, que considera Agricultor Familiar e Empreendedor Familiar Rural como aquele que pratica atividades no meio rural (Brasil, 2006).
Nos movimentos sociais, Venkataraman, Vermeulen, Raaijmakers e Mair (2016) analisaram as atividades da Assistência Profissional para a Ação de Desenvolvimento (PRADAN), uma ONG que trabalha em áreas rurais na Índia para promover o desenvolvimento social utilizando lógicas de mercado.
Nos meios acadêmicos, o empreendedor rural é definido como aquele que pratica atividades agrícolas de cultivo ou de criação de animais, que tenha capacidade de gerar fonte de renda em uma perspectiva de gestão e desenvolvimento do setor agrícola (Henry, & McElwee, 2014; McElwee, 2006).
O desenvolvimento no meio rural por meio do empreendedorismo vem acontecendo nas três esferas: em ações voltadas para políticas de governo, nos movimentos sociais e no meio acadêmico, por meio de estudos de empreendedorismo rural. Para entender a evolução em pesquisas no meio acadêmico, este estudo tem como objetivo analisar o panorama das publicações sobre empreendedorismo rural por meio de um estudo bibliométrico. Para tanto, foram analisados 417 artigos publicados na plataforma Web of Science ligados ao tópico empreendedorismo rural na língua inglesa, traçando a evolução das publicações por meio de análises de citações e de cocitações.
2 Referencial Teórico
A diretriz teórica da pesquisa fundamentou-se na contextualização da “Agricultura Familiar” e na diversidade de estudos que enfocam esse conceito no Brasil, sua evolução e os principais conceitos do empreendedor no meio rural. Neste sentido, o mapeamento da produção científica auxilia no reconhecimento dos principais autores e obras que compõem o campo teórico.
2.1 O Meio Rural e a Agricultura de Origem Familiar
A agricultura no meio rural é predominantemente formada por agricultores familiares. Um agricultor familiar, ao mesmo tempo que é dono da terra, produz o seu próprio alimento e comercializa o excedente, ou seja, o trabalho está intimamente ligado à família (Lamarche, 1993; Wanderley, 1998). O agricultor familiar também é visto como um ator social com capacidade de adaptação aos novos contextos econômicos e sociais (Wanderley, 2003).
Na tentativa de promover respostas e soluções aos desafios do mundo moderno, começam a surgir mudanças nos novos modelos de organizações. Essas mudanças dizem respeito principalmente às reformas políticas, como a criação da Lei nº. 11.326, que coloca o Agricultor Familiar em uma classificação de Empreendedor Familiar Rural, ou seja, como aquele que realiza atividades no meio rural (Brasil, 2006).
No Rio Grande do Sul, programas do governo capacitam agricultores familiares utilizando redes de conhecimento, isto é, práticas locais já testadas e aprovadas são disseminadas em um sistema local de conhecimento e inovação (Matei, Swagemakers, Garcia, Da Silva, Ventura, & Milone 2017) . Na China, mais especificamente na província de Guangxi, o empreendedorismo entre os agricultores surgiu por meio de polícias públicas que promoviam o direcionamento estratégico dos seus negócios, como forma de alívio à pobreza rural (Naminse, & Zhuang, 2018). Já em Madri, ao norte da Espanha, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) têm sido eficazes para o desenvolvimento da região (De Los Ríos-Carmenado, Ortuño, & Rivera, 2016).
Também é possível observar as mudanças no entendimento do termo Agricultor Familiar, que nasce com origem no núcleo familiar, mas que ao longo do tempo começa a buscar por desenvolvimento e habilidades, estimulando assim a criação de redes e organizações de pequenas empresas comerciais ou cooperativas agrícolas. Esse processo é chamado de fortalecimento da Agricultura Familiar (Abramovay, Magalhães, & Schroder, 2010; Veiga, 2001) . A Agricultura Familiar favoreceu o desenvolvimento econômico dos agricultores e esse processo também foi debatido por muitos pesquisadores (Alemu, & Adesina, 2017; Fortunato, & Alter, 2016; Mayer, Habersetzer, & Meili, 2016; Van der Ploeg, Renting, Brunori, Knickel, Mannion, Marsden, & Ventura, 2000) .
Nesse processo de mudança, o empreendedorismo no meio rural é visto como uma forma de desenvolvimento que transforma a realidade econômica rural ao mesmo tempo em que melhora a criação de valor, oportunidade e emprego (Fortunato, & Alter, 2016; Ladd, 2017; McKague, Wong, & Siddiquee, 2017).
2.2 Empreendedorismo e o Empreendedorismo Rural
Joseph Schumpeter contribuiu de forma significativa para a Teoria do Empreendedorismo por meio da Teoria do Desenvolvimento Econômico de 1934, com a definição do empresário como inovador, isto é, aquele que realiza novas combinações, como: 1) introdução de um novo bem; 2) introdução de um novo método de produção; 3) abrir um novo mercado; 4) utilização de uma nova fonte de abastecimento; e 5) criação de novas formas organizacionais em uma indústria (Schumpeter, 1982).
No meio rural, a criação de um novo produto, mercado ou tecnologia também pode ser analisada por aspectos de inovação, como: o agroturismo, inovações tecnológicas, de processos, organizacional (por exemplo, estruturas de cooperação entre atores, como é o caso da iniciativa de redes de negócios empreendedores) e inovações em comportamentos, por meio de uma cultura de cooperação (Esparcia, Escribano, & Serrano, 2015; Pato, & Teixeira, 2016).
Um empreendedor bem-sucedido está envolvido em esforços econômicos ativos, dinâmicos e competitivos, em uma busca contínua das oportunidades. Nesse sentido, os espaços rurais oferecem uma série de possibilidades para os empreendedores em potencial. Na literatura de desenvolvimento rural, o conceito de empreendedorismo tem sido utilizado como perspectiva de crescimento, seja enfatizando a industrialização da produção agrícola ou por meio de sua produção em grande escala, maximização de lucros e tomada de risco (Niska, Vesala, & Vesala, 2012).
Na concepção inicial do empreendedorismo de Wortman (1990), o empreendedorismo rural é definido como "a criação de uma nova organização que introduz um novo produto, desenvolvimento ou criação de um novo mercado, ou utilização de uma nova tecnologia em um ambiente rural" (Wortman, 1990, p. 330).
3 Metodologia
O presente estudo tem caráter teórico-descritivo e foi desenvolvido com a finalidade de promover um debate conceitual dos principais termos utilizados para caracterizar as iniciativas de estudo no campo do empreendedorismo, assim como descrever as características de uma determinada população de empreendedores, que estão presentes no meio rural ou agrícola.
Para tanto, foi desenvolvido um estudo bibliométrico. Essa técnica quantitativa tem como propósito a medição dos índices de produção e a disseminação do conhecimento científico, que envolve padrões e modelos matemáticos para medir processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar a tomada de decisão (Tague-Sutcliffe, 1992).
No decorrer da revisão da literatura, alguns estudos bibliográficos foram localizados e considerados nesta pesquisa, são eles: o de McElwee (2006) , que forneceu uma descrição do empreendedorismo agrícola, indicando como pesquisas futuras, estudos que analisem habilidades empresariais dos agricultores. Também foi considerado o trabalho de Pato e Teixeira (2016), que analisou 181 artigos em empreendedorismo rural em periódicos publicados na base Scopus, concentrando apenas em países desenvolvidos e excluindo a produção científica publicada em outras fontes.
3.1 Procedimentos de Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada por meio da plataforma Web of Science da Thompson Reuters (WOS), plataforma também utilizada por diversas pesquisas anteriores com a mesma finalidade (Ferreira, Reis, & Miranda, 2015; Zanin, & Silva, 2015).
Foram utilizados os seguintes termos para a seleção de artigos voltados para o tema de empreendedorismo no meio rural: “rural entrepreneur***”, "agricultural business entrepreneur***", "agricultural family entrepreneur***", "new agricultural enterprises", "agricultural business" e "rural entrepreneurs". Na opção de filtros da plataforma WOS, foram excluídos livros e resumos, considerando somente os artigos nesta primeira seleção e posteriormente somente os mais relevantes foram selecionados, totalizando 417 artigos para leitura prévia dos títulos, resumos e palavras-chave.
3.2 Análise dos Dados
A análise dos 417 estudos publicados em periódicos acadêmicos foi realizada utilizando softwares para tratamento das informações para a análise fatorial. A análise fatorial exploratória (AFE) é uma técnica de redução de dados que pode ser utilizada para determinar subcampos ou temas (Lin, & Cheng, 2010;Quevedo-Silva, Santos, Brandão, & Vils, 2016).
Os dados foram tratados no software Bibexcel para geração de uma matriz de cocitações, base para a Análise Fatorial Exploratória (AFE). A AFE é uma técnica de análise realizada por meio do Método de Componentes Principais (MCP) com rotação Varimax, que visa à redução de um grupo de variáveis em um conjunto menor de acordo com suas semelhanças (Hair, Black, Babin, Anderson, & Tatham, 2009; Pinto, Guerrazzi, Serra, & Kniess, 2016; Quevedo-Silva et al., 2016).
Foram seguidos os procedimentos sugeridos por Hair et al. (2009) , que recomendam a avaliação do KMO (acima de 0,5) como indicador para selecionar qual artigo pertence a qual fator. Vale lembrar que esses fatores representam subcampos ou temas de pesquisa (Lin, & Cheng, 2010; Quevedo-Silva et al., 2016).
4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Nesta seção, serão apresentados os principais resultados encontrados na busca de artigos do ISI Web of Science, por meio da análise da produção científica em empreendedorismo no meio rural.
4.1 Contextualização da Produção Científica
A contextualização da produção científica ocorreu inicialmente por meio da coleta e compreensão do processo de construção do tema de estudos publicados no período de 1972 a 2017, conforme apresentado na Figura 1

No período analisado, é possível observar que os estudos de empreendedores no contexto rural apresentaram um crescimento em 1990 após a definição do conceito “Empreendedorismo Rural” por Max S. Wortman. Esse conceito passou a ser unificado e disseminado entre outros autores (Wortman, 1990, p. 330). Em 2002, com a publicação de Jack e Anderson (2002), houve um novo aumento no número de produções. O artigo atingiu um número de 346 citações e na época buscou identificar possíveis cenários de oportunidade e desempenho de empreendedores. Em 2007, possivelmente, depois da criação de leis e incentivos no setor agrícola (Lei 11.326/2006), as publicações tiveram um considerável aumento e é possível identificar estudos que avaliam a aplicação da legislação (Altafin, 2007). Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) elegeu a “agricultura familiar” como tema do ano para 193 países membros. Essa eleição aconteceu em dezembro de 2014 na Assembleia Geral da ONU (FAO, 2014) e provavelmente foi o motivo do aumento considerável nas publicações de 2014 para 2015.
A Tabela 1 a seguir apresenta o ranking por periódicos que apareceram com maiores publicações no tema de pesquisa em “Empreendedorismo Rural” (ER).
| Classificação | Título do periódico | No. Artigos em E.R | Citações | Fator de impacto do periódico | Pontuação Eigenfactor |
| 1 | Journal Of Rural Studies | 25 | 3,398 | 2.380 | 0.001640 |
| 2 | Entrepreneurship And Regional Development | 19 | 1,893 | 1.776 | 0.001790 |
| 3 | American Journal of Agricultural Economics | 15 | 5,939 | 1.829 | 0.006560 |
| 4 | Sociologia Ruralis | 11 | 1,466 | 1.698 | 0.001040 |
| 5 | World Development | 11 | 12,778 | 2.848 | 0.019910 |
| 6 | Sociologia Ruralis | 10 | 1,466 | 1.698 | 0.001040 |
| 7 | European Planning Studies | 10 | 2,296 | 1.332 | 0.003270 |
| 8 | Rural Sociology | 10 | 1,318 | 1.718 | 0.000980 |
| 9 | Agriculture and Human Values | 10 | 1,742 | 2.337 | 0.002470 |
| 10 | Regional Studies | 8 | 5,174 | 2.780 | 0.008060 |
| 11 | Sustainability | 8 | 4,488 | 1.789 | 0.009090 |
| 12 | Agricultural Systems | 8 | 4,495 | 2.571 | 0.005550 |
| 13 | Agricultural Economics | 7 | 2,411 | 1.758 | 0.003300 |
| 14 | International Journal of Agricultural Sustainability | 7 | 614 | 1.780 | 0.001110 |
| 15 | Environmental Management | 7 | 8,436 | 1.878 | 0.008410 |
| Total | 166 |
Nesta análise foram consideradas as informações obtidas do Journal Citation Reports (JCR), em 2016, indexado em 2017 nas publicações do Institute for Scientific Information (ISI), editada pela Thomson Reuters e indexada na Web of Science. No JCR, é possível identificar quadros qualitativos que cobrem as áreas distintas do conhecimento científico.
A base apresenta dados qualitativos dos periódicos e realiza a avalição e comparação de periódicos por meio da acumulação e tabulação de contagens de citações e artigos de grande parte das especialidades e campos da ciência. O Fator de Impacto é o número médio de citações de artigos científicos publicados em determinado periódico. Por fim, o Eigenfactor é um índice que calcula a importância total de um periódico para a comunidade científica, não apenas a quantidade de citações, mas a qualidade delas.
Foi possível identificar dentro da amostra, os periódicos que mais publicam sobre o tema “Empreendedorismo Rural”. Em primeiro lugar, destaca-se o Journal Of Rural Studies, periódico que publica avanços na compreensão e análise das sociedades rurais com cobertura de alcance global. Na sequência, a revista Entrepreneurship and Regional Development, que aborda o desenvolvimento econômico como fenômeno local e regional. Em terceira posição, encontra-se a revista American Journal of Agricultural Economics, considerada um dos principais periódicos no campo da economia agrícola.
4.2 Análise das Citações
Na tabela 2 abaixo, pode ser observado o crescimento no número de citações que aparecem nos períodos de 1980 a 2000 e 2001 a 2017. No primeiro período (1980 a 2000), poucas publicações foram realizadas. Tais publicações correspondem aos 30 autores que mais publicam sobre o tema.
| No | Documentos Citados | 1980- 2000 | 2001-2017 | Total de citações | Média por ano |
| 1 | Jack, S. L., & Anderson, A. R. (2002). The effects of embeddedness on the entrepreneurial process. | 0 | 346 | 346 | 20,35 |
| 2 | Martinot et al. (2002). Renewable energy markets in developing countries. | 0 | 152 | 152 | 8,94 |
| 3 | Gasson et al. (1988). The Farm as a Family Business - A Review. | 44 | 86 | 130 | 4,19 |
| 4 | Barbieri et al. (2009). Why is diversification an attractive farm adjustment strategy? Insights from Texas farmers and ranchers | 0 | 93 | 93 | 9,30 |
| 5 | Marsden et al. (2002). The social management of rural nature: understanding agrarian-based rural development. | 0 | 93 | 93 | 5,47 |
| 6 | Kajanus et al. (2004). The use of value focused thinking and the A'Wot hybrid method in tourism management. | 0 | 92 | 92 | 6,13 |
| 7 | Vaillant et al. (2007). Do different institutional frameworks condition the influence of local fear of failure and entrepreneurial examples over entrepreneurial activity? | 0 | 87 | 87 | 7,25 |
| 8 | Bergevoet et al. (2004). Entrepreneurial behaviour of Dutch dairy farmers under a milk quota system: goals, objectives and attitudes. | 0 | 85 | 85 | 5,67 |
| 9 | North & Smallbone (2006). Developing entrepreneurship and enterprise in Europe's peripheral rural areas: Some issues facing policy-makers. | 0 | 69 | 69 | 5,31 |
| 10 | Lordkipanidze et al. (2005). The entrepreneurship factor in sustainable tourism development. | 0 | 66 | 66 | 4,71 |
| 11 | Meccheri et al (2006). Rural entrepreneurs and institutional assistance: an empirical study from mountainous Italy. | 0 | 58 | 58 | 4,46 |
| 12 | Kalantaridis & Bika (2006a). In-migrant entrepreneurship in rural England: beyond local embeddedness. | 0 | 57 | 57 | 4,38 |
| 13 | Cajaiba-Santana, Giovany (2014). Social innovation: Moving the field forward. A conceptual framework. | 0 | 56 | 56 | 11,2 |
| 14 | Lafuente et al. 2007. Regional differences in the influence of role models: Comparing the entrepreneurial process of rural Catalonia. | 0 | 56 | 56 | 4,67 |
| 15 | Vanderploeg, JD (1993). Rural Sociology and The New Agrarian Question - A Perspective from the Netherlands. | 15 | 41 | 56 | 2,15 |
| 16 | Barbieri & Mshenga (2008). The role of the firm and owner characteristics on the performance of agritourism farms | 0 | 55 | 55 | 5,00 |
| 17 | Kalantaridis & Bika (2006b). Local embeddedness and rural entrepreneurship: case-study evidence from Cumbria, England. | 0 | 54 | 54 | 4,15 |
| 18 | Bock, BB (2004). Fitting in and multi-tasking: Dutch farm women's strategies in rural entrepreneurship. | 0 | 52 | 52 | 3,47 |
| 19 | Stone & Stubbs (2007). Enterprising expatriates: Lifestyle migration and entrepreneurship in rural southern Europe. | 0 | 45 | 45 | 3,75 |
| 20 | Vik & McElwee (2011). Diversification and the Entrepreneurial Motivations of Farmers in Norway. | 0 | 43 | 43 | 5,38 |
| 21 | Sturgeon, Janet C. (2010). Governing minorities and development in Xishuangbanna, China: Akha and Dai rubber farmers as entrepreneurs. | 0 | 39 | 39 | 4,33 |
| 22 | Henderson & Weiler (2010). Entrepreneurs and Job Growth: Probing the Boundaries of Time and Space. | 0 | 37 | 37 | 4,11 |
| 23 | Demurger & Xu (2011). Return Migrants: The Rise of New Entrepreneurs in Rural China. | 0 | 33 | 33 | 4,13 |
| 24 | Driga et al. (2009). Reasons for the Relatively Lower Entrepreneurial Activity Levels of Rural Women in Spain. | 0 | 33 | 33 | 3,30 |
| 25 | Chang & Macmillan (1991). A Review of Entrepreneurial Development in the Peoples-Republic-Of-China. | 8 | 25 | 33 | 1,18 |
| 26 | Anthopoulou, Theodosia (2010). Rural women in local agrofood production: Between entrepreneurial initiatives and family strategies. A case study in Greece. | 0 | 31 | 31 | 3,44 |
| 27 | Satya et al. (2010). Bamboo shoot processing: food quality and safety aspect. | 0 | 31 | 31 | 3,44 |
| 28 | Clark, Julian (2009). Entrepreneurship and diversification on English farms: Identifying business enterprise characteristics and change processes. | 0 | 31 | 31 | 3,10 |
| 29 | Ma, ZD (2002). Social-capital mobilization and income returns to entrepreneurship: the case of return migration in rural China. | 0 | 31 | 31 | 1,82 |
| 30 | Herslund, Lise (2012). The Rural Creative Class: Counterurbanisation and Entrepreneurship in the Danish Countryside. | 0 | 30 | 30 | 4,29 |
Na Tabela 2, também é possível observar os autores mais citados dentro da amostra pesquisada. Os dois primeiros autores, com um número maior de citações, são de estudos publicados em 2002, mas que somente tiveram seus artigos citados no segundo período analisado (2001-2017).
Em primeiro lugar, com 346 citações, destaca-se o artigo de Jack e Anderson (2002), que realizou um exame qualitativo das ações dos empresários rurais por meio da teoria da estrutura de Giddens. Já o segundo estudo, com 152 citações, analisou o desenvolvimento sustentável de empreendedores rurais por meio de programas governamentais (Martinot, Chaurey, Lew, Moreira, & Wamukonya, 2002).
O terceiro estudo, com 130 citações, é um artigo seminal de 1998, que buscou analisar a organização familiar dos agricultores e realizou duras críticas às políticas agrícolas da época, que consideravam as grandes fazendas agrícolas também como agricultura familiar, beneficiando assim os mais ricos.
O referido estudo também reforça a necessidade de uma distinção entre “agricultura familiar” e “agronegócio”, que até então não havia uma distinção (Gasson, Crow, Errington, Hutson, Marsden, & Winter, 1988)
4.3 Análise Fatorial
Na análise dos fatores, foram identificadas quatro principais linhas de estudos (Tabela 3). A escolha do nome para cada fator ocorreu por meio da leitura dos títulos e resumos dos artigos.
O primeiro fator, com 24 artigos, considerou estudos que buscavam analisar o “Empreendedorismo Rural e o desenvolvimento no meio rural”. O segundo fator, com 14 artigos, englobou estudos voltados à busca de compreensão do “Comportamento Empreendedor”.
O terceiro fator, com 8 estudos, buscou analisar o “Empreendedorismo e o Crescimento Econômico” no contexto rural. Por fim, o quarto fator, com 7 estudos, analisou o “Foco Empresarial dos Empreendedores Rurais”.
| Matriz de componente | |||||||
| FATOR 1 | FATOR 2 | FATOR 3 | FATOR 4 | ||||
| Autor | Carga Fatorial | Autor | Carga Fatorial | Autor | Carga Fatorial | Autor | Carga Fatorial |
| AudretschD2004 | ,873 | AjzenI1991 | ,922 | WagnerJ2004 | ,900 | GallowayL2011 | ,772 |
| TerluinI2003 | ,850 | SouitarisV2007 | ,910 | KingG2001 | ,885 | BosworthG2012 | ,743 |
| NorthD2000_A | ,848 | BirdB1988 | ,907 | GibsonD2004 | ,851 | DrigaO2009 | ,682 |
| NijkampP2003 | ,848 | WilsonF2007 | ,900 | KruegerJrN1994 | ,840 | GetzD2000 | ,659 |
| NorthD2000 | ,846 | LinanF2009 | ,898 | WennekersS1999 | ,838 | AttertonJ2007 | ,643 |
| SkurasD2005 | ,842 | LinanF2007 | ,893 | SternbergR2005 | ,807 | PezziniM2001 | ,580 |
| KalantaridisC2006 | ,840 | FayolleA2006 | ,892 | SimonM2000 | ,639 | LafuenteE2007 | ,550 |
| LabrianidisL2006 | ,838 | ZhaoH2005 | ,883 | ReynoldsP2005 | ,558 | ||
| KalantaridisC2006_A | ,815 | DohseD2012 | ,873 | ||||
| DinisA2006 | ,812 | LangowitzN2007 | ,870 | ||||
| LordkipanidzeM2005 | ,808 | KruegerN2000 | ,868 | ||||
| AustinJ2006 | ,794 | LinanF2011 | ,843 | ||||
| FloraC1993 | ,789 | ChlostaS2012 | ,777 | ||||
| WestlundH2003 | ,783 | ColemanJ1988 | ,735 | ||||
| MeccheriN2006 | ,757 | ||||||
| JackS2002 | ,733 | ||||||
| StathopoulouS2004 | ,713 | ||||||
| GranovetterM1973 | ,676 | ||||||
| DavidssonP2003 | ,669 | ||||||
| PyysiainenJ2006 | ,665 | ||||||
| GranovetterM1985 | ,625 | ||||||
| ShaneS2000 | ,610 | ||||||
| NorthD2006 | ,597 | ||||||
| BockB2004 | ,533 | ||||||
| % Variância Total Explicada - 73,96% | 29,25 | 21,90 | 11,24 | 11,57 | |||
A Tabela 3 apresenta os quatro fatores e seus respectivos estudos. A matriz de componentes principais apresenta como os itens agrupam-se em um fator. Fatores são formados por itens, isto é, citações nesses estudos, com alta correlação entre si. Uma vez que artigos são citados e agrupam-se em um fator, pode-se inferir que tratam de algum tema em comum.
Os quatro fatores extraídos na análise correspondem a 73% do total da variância explicada e a um KMO superior a 0,5, índices considerados apropriados na literatura (Quevedo-Silva et al., 2016).
A seguir, cada fator será melhor relatado e detalhado
4.3.1 Fator 1 – Empreendedorismo Rural e o Desenvolvimento no Meio Rural
O grupo de autores do fator 1 é representado por 24 estudos que analisam o desenvolvimento no meio rural. O contexto rural atua como forma de estrutura no processo empreendedor e o empreender é agente dessa estrutura (Jack, & Anderson, 2002).
No contexto local, os pesquisadores analisaram o desenvolvimento endógeno dos empreendedores. Nele, o conhecimento é considerado como forma de valores que impulsionam o desenvolvimento local (Labrianidis, 2006; Nijkamp, 2003; Terluin, 2003) .
Já o desenvolvimento exógeno é diferente do endógeno, pois não leva em consideração os valores locais (Labrianidis, 2006).
A principal mensagem desse grupo de autores é o pertencimento ao local e o empreendedorismo endógeno, utilizado como estratégia para o desenvolvimento rural (Dinis, 2006).
Nijkamp (2003), em seu estudo, defende a teoria do crescimento endógeno como papel importante para o desenvolvimento rural, pois possibilita o acesso a investimentos econômicos de origem governamental, investimentos em pesquisas e desenvolvimento (P&D), educação, treinamento, infraestrutura, etc. Essas condições propiciam o desempenho de empreendedores favorecendo a incubação para o empreendedorismo inovador (Nijkamp, 2003).
Kalantaridis e Bika (2006a) analisaram redes de contatos e a força dos laços entre imigrantes, indivíduos que mesmo não nascendo localmente, nesse estudo em questão, conseguiram administrar seus negócios sem romper os limites da ruralidade, agindo como instrumentos fundamentais para melhorar a integração das economias rurais dos mercados nacionais e globais.
Outro aspecto importante das redes e que acaba ficando intrínseco são os da teoria do capital social, os elos entre os indivíduos e os grupos que facilitam a cooperação e o benefício mútuo (Davidsson, & Honig, 2003). Esses benefícios estão mais presentes em relações de indivíduos que nasceram na mesma região e que conseguem fortalecer esse laço (Westlund, & Bolton, 2003).
Entretanto, entender corretamente a ligação entre o capital social e o empreendedorismo rural representa uma habilidade importante para o empreendedor, pois empresas dependem fortemente da utilização dos recursos locais (sejam eles financeiros ou não), reduzindo os riscos e fortalecendo as relações sociais (Meccheri, & Pelloni, 2006; Skuras, Meccheri, Moreira, Rosell, & Stathopoulou, 2005).
A teoria social visa ao entendimento das relações sociais, buscando compreender como o comportamento e as instituições são afetadas pelas relações sociais. Quanto mais harmônicas forem as relações, maior o ganho social e o econômico (Granovetter, 1985).
Os autores Audretsch e Keilbach (2004), em suas pesquisas, procuram refletir sobre o desenvolvimento econômico por meio da análise do empreendedorismo como fator de impacto positivo sobre a produção de uma região, medida em termos do Produto Interno Bruto (PIB).
Outros fatores também podem ser encontrados para analisar tais empreendedores no contexto rural, como a capacidade de inovação com os novos negócios rurais, fazendas sustentáveis e turismo sustentável (Lordkipanidze, Brezet, & Backman, 2005). A infraestrutura social possibilita acesso à tecnologia, como a internet e as rede de contatos, facilitando acesso à captação de recurso, inovação e marketing (Dinis, 2006; Flora, & Flora, 1993; Granovetter, 1973).
4.3.2 Fator 2 – Comportamento Empreendedor
O segundo fator está representado por autores que analisam o comportamento de empreendedores rurais, como empresários no contexto rural, representados por 14 autores, conforme Tabela 3.
O artigo seminal de Ajzen (1991) analisou aspectos da teoria do comportamento planejado (TCP), fornecendo um quadro útil (modelo de intenções), que possibilita compreender as complexidades do comportamento humano. Seguindo essa direção, no estudo de Liñán e Santos (2007) , os autores utilizaram a TCP, incorporando um novo fator, o capital social, como possível influência que afeta o comportamento dos empreendedores. Em outras palavras, “um indivíduo percebe que outras pessoas em seu ambiente pessoal concordariam em realizar o comportamento, isso contribuirá para uma intenção mais favorável em relação ao desempenho desse comportamento” (Liñán, Urbano, & Guerrero, 2011).
Em um contexto de empreendedorismo rural, o comportamento empreender não diferente de outros contextos, pois também visa à criação de um novo negócio ou novos valores ao negócio existente (Bird, 1988). Na prática, essa criação depende da situação do empreendedor naquele momento, ou seja, atitudes dependem da situação (financeira e emocional) do empreendedor (Krueger, Reilly, & Carsrud, 2000).
Krueger et al. (2000) comparam dois modelos baseados na intenção em termos de capacidade em prever intenções: a Teoria do Comportamento Planejado de Ajzen (TPB) e o Modelo de Shapero do Evento Empreendedor (SEE). Ambos os modelos possuem efeitos similares, demostrando a importância da presença das famílias como motivação empreendedora importante para se tornarem autônomos.
No entanto, o impacto do modelo depende da personalidade individual e dos indivíduos menos abertos que experimentam um impacto mais forte. Essas descobertas demonstram a necessidade de considerar tanto a personalidade do indivíduo como seu ambiente (valores culturais) ao explicar o trabalho autônomo (Chlosta, Patzelt, Klein, & Dormann, 2012; Liñán, & Chen, 2009).
As relações de gênero também foram analisadas para identificar a eficácia empreendedora (Wilson, Kickul, & Marlino, 2007; Zhao, Seibert, & Hills, 2005) . O envolvimento feminino em atividades empreendedoras é analisado em uma perspectiva de identificar a propensão empreendedora de mulheres para iniciar um novo negócio. Como resultados, destaca-se que, independente do gênero, mulheres e homens podem iniciar um novo negócio, com incentivos adequados e avaliações positivas (Langowitz, & Minniti, 2007).
O artigo de Liñán e Chen (2009) estuda a TCP para construir um questionário e analisar as propriedades psicométricas de 519 indivíduos de diferentes ambientes culturais. Já o estudo de Dohse e Walter (2012) analisou a importância do ambiente regional na formação de intenções empreendedoras e de quais diferenças regionais surgem variações em atividades empreendedoras.
Os autores, Souitaris, Zerbinati e Al-Laham (2007) testaram a TCP, buscando identificar se realmente o argumento que diz que a educação empreendedora ou educação para o empreendedorismo aumenta ou não a intenção de iniciar um novo negócio se confirma. Os autores identificaram nos empreendedores um aumento da inspiração em empreender devido a maior motivação e por estarem em um grupo entusiasmado e por terem gerado seus planos de negócio.
Por fim, o estudo de Fayolle, Gailly e Lassas‐Clerc (2006) identificou resultados favoráveis para a educação empreendedora de estudantes em uma escola de engenharia francesa, constatando um aumento relacionado à confiança e sobre como tornar-se um empreendedor e criar o seu próprio negócio.
4.3.3 Fator 3 – Empreendedorismo e Crescimento Econômico
O grupo de autores do fator 3 é representado por 8 estudos que analisaram o crescimento econômico por meio do empreendedorismo.
O modelo do Evento Empreendedor de Shapero e Sokol (1982) e a TCP de Ajzen (1991), foram pesquisados no artigo de Krueger e Brazeal (1994) , que analisa o potencial empreendedor baseado em duas perspectivas diferentes: empreendedorismo corporativo e desenvolvimento empresarial.
Em um ambiente corporativo, os teóricos de carreiras argumentam que existem poucas pesquisas empíricas sobre modelos de desenvolvimento individual (Gibson, 2004) . Porém, a atividade empreendedora de um indivíduo depende de uma série de fatores, como: gênero (mulheres possuem menor frequência empreendedora), por contatos pessoais (redes), problemas ambientais, da região ou até mesmo condições financeiras e fatores políticos ( Wagner, & Sternberg, 2004).
O crescimento econômico é tema de extrema importância e por isso é estudado e analisado em diferentes contextos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fornece uma plataforma para comparar o desenvolvimento econômico em diferentes países (King, & Zeng, 2001).
Com a globalização, o comércio internacional impulsionou os empreendedores a adotarem diferentes métodos de produção para alcançarem novos mercados, diversificando seus produtos e demonstrando capacidade de respostas positivas e inovadoras a desafios e dificuldades (Wennekers, & Thurik, 1999) . Outros resultados também podem ser observados, como o efeito positivo da atividade empreendedora sobre o crescimento econômico em países altamente desenvolvidos, segundo dados disponibilizados pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) (Sternberg, & Wennekers, 2005).
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é um programa de pesquisa que se concentra no crescimento econômico por meio do empreendedorismo. Foi concebido como uma avaliação abrangente do papel do empreendedorismo no crescimento econômico nacional. Com o uso dos dados da pesquisa, foi possível identificar fatores associados a diversas atividades empresariais e, por consequência, suas principais características contextuais, como: distribuição geográfica dos empreendedores, renda familiar, escolaridade, origem étnica, entre outros fatores considerados apropriados, considerando as diversidades dos países ( Reynolds, Bosma, Autio, Hunt, De Bono, Servais, & Chin, (2005).
4.3.4 Fator 4 – Foco Empresarial dos Empreendedores Rurais
O fator 4, representado por 7 artigos, é caracterizado por um grupo de autores que analisam o comportamento empresarial dos empreendedores rurais. Os autores Driga, Lafuente e Vaillant (2009) avaliaram a criação de empresas e atividades empresariais no meio rural realizada por mulheres. Quando comparado aos homens, as mulheres foram mais influenciadas negativamente pelo medo do fracasso empresarial e, consequentemente, não utilizam plenamente o potencial de desenvolvimento econômico.
Lafuente, Vaillant e Rialp (2007) analisaram a influência de modelos empresariais em atividades no contexto rural. Famílias de empreendedores rurais procuram inovar no setor, para buscar novas formas de desenvolvimento, como negócios voltados para o turismo ou como as fazendas que oferecem conforto de hotel e convívio com o meio ambiente para seus hóspedes (Getz, & Carlsen, 2000).
Em um contexto rural, as empresas familiares necessitam do seu ambiente para promover seu negócio e utilizam os laços sociais para realizarem essa interação. Se o empreender é um empresário que nasceu naquela região, essa ligação acaba tornando-se mais forte (Gerard McElwee, & Bosworth, 2010). Tais redes possibilitam o acesso à Internet e contribuem para a comercialização pelos meios de comunicação disponíveis na região (Bosworth, 2012).
A importância de desenvolver laços comerciais também é analisada por Atterton (2007). Em seu estudo, o autor evidencia a importância das redes sociais no funcionamento das empresas, confirmando a importância da manutenção dos laços entre diferentes redes e suas características sociais. Outro fator importante para o desenvolvimento das comunidades são as políticas rurais que surgem como forma de desenvolvimento para as regiões (Pezzini, 2001).
5 Considerações Finais
O presente estudo teve como objetivo realizar uma análise do panorama das publicações sobre empreendedorismo rural por meio de um estudo bibliométrico. Na contextualização da produção científica, os resultados apresentaram uma crescente diversidade de publicações sobre esse conceito, possibilitando identificar os autores e periódicos que mais publicaram sobre o tema empreendedorismo rural.
Os quatro fatores identificados na análise podem direcionar pesquisas futuras em empreendedorismo, pois apresentam temas e grupos de autores consagrados no contexto rural. O primeiro fator, com 24 artigos, apresentou estudos que buscavam analisar o “Empreendedorismo Rural e o desenvolvimento no meio rural”, o segundo fator, com 14 artigos, representou estudos voltados para a busca da compreensão do “Comportamento Empreendedor”. Já o terceiro fator, com 8 estudos, analisou o “Empreendedorismo e o Crescimento Econômico” no contexto rural. Por fim, o fator 4, com 7 estudos, analisou o “Foco Empresarial dos Empreendedores Rurais”.
Também foi possível observar que dentro da mesma área de pesquisa, existem diferentes contextos nos quais o empreendedorismo rural é analisado, seja por meio do foco em desenvolvimento local, crescimento econômico ou estudos que analisaram comportamento empreendedor. Dentre os estudos analisados, vale reforçar o estudo de Alemu e Adesina (2017), que destaca a importância da transformação agrária como fator crucial para mudar as condições de vida dos moradores rurais nos países em desenvolvimento.
Outro direcionamento utilizado em grande parte dos estudos são as ligações entre os conceitos de empreendedorismo rural e desenvolvimentos econômicos, com embasamento na teoria econômica de Schumpeter (1934), que possibilita a associações ao uso das temáticas de inovação no meio rural, como o desenvolvimento do agricultor familiar, características do empreendedor no meio rural, habilidades empresariais dos agricultores, orientação empreendedora, influência do contexto, redes de relacionamentos, entre outras diversas linhas de pesquisa que relacionam o empreendedorismo com o desenvolvimento do meio rural.
As pesquisas apontam que o campo de pesquisa está em ascensão e o uso do termo “empreendedorismo rural” vem crescendo no meio acadêmico e consolidando-se, demonstrando uma possível evolução científica de estudos no meio rural e definição de novas agendas de pesquisas para a área. No entanto, quando comparado aos estudos em empreendedorismo em outras áreas, esse tema apresenta um crescimento mais tímido, evidenciando que ainda é preciso mais estudos nesse contexto.
Destaca-se como limitação do estudo, o fato da coleta ter sido realizada apenas em periódicos indexados na plataforma Web of Science (WOS), que disponibiliza somente artigos em inglês. Isso acaba excluindo possíveis pesquisadores nacionais. Por esse motivo, para estudos futuros, sugere-se realizar estudos em diferentes bases de dados.
6 Referências
Abramovay, R., Magalhães, R., & Schroder, M. (2010). Representatividade e inovação na governança dos processos participativos: o caso das organizações Brasileiras de agricultores familiares. Sociologias, v. 12(24), pp. 268-306. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1517-45222010000200010>. Acesso em: 25 out. 2017.
Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Orgnizational Behavior and Human Decision Processes, v. 50, pp. 179-211. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/0749-5978(91)90020-T>. Acesso em: 17 set. 2017.
Alemu, A. E., & Adesina, J. O. (2017). In Search of Rural Entrepreneurship: Non-farm Household Enterprises (NFEs) as Instruments of Rural Transformation in Ethiopia. African Development Review, v. 29(2). Disponivel em: <https://doi.org/10.1111/1467-8268.12255>. Acesso em: 27 out. 2017.
Altafin, I. (2007). Reflexões sobre o conceito de Agricultura Familiar. Brasília: CDS/UnB., pp. 1-23.
Atterton, J. (2007). The “Strength of Weak Ties”: Social Networking by Business Owners in the Highlands and Islands of Scotland - Atterton - 2007 - Sociologia Ruralis - Wiley Online Library. Sociologia Ruralis, v. 47(3), pp. 228-245. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1467-9523.2007.00435.x>. Acesso em: 27 out. 2017.
Audretsch, D. B., & Keilbach, M. (2004). Entrepreneurship capital and economic performance. Regional Studies, v. 38(8), pp. 949-959. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/0034340042000280956>. Acesso em: 22 jul. 2017.
Bird, B. (1988). Implementing Entrepreneurial Ideas: The Case for Intention. Academy of Management Review, v. 13(3), pp. 442-453. Disponível em: <https://doi.org/10.5465/AMR.1988.4306970>. Acesso em: 27 out. 2017
Bosworth, G. (2012). Characterising rural businesses - Tales from the paperman. Journal of Rural Studies, v. 28(4), pp. 499-506. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.jrurstud.2012.07.002>. Acesso em: 22 jul. 2017.
Brasil. (1996). Decreto no 1.946, de 28 de junho de 1996 - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, e dá outras providências. Congresso Nacional. Disponível em: Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1946.htm>. Acesso em: 22 jul. 2017.
Brasil. (2006). Casa Civil. Lei nº. 11.326 de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
Chlosta, S., Patzelt, H., Klein, S. B., & Dormann, C. (2012). Parental role models and the decision to become self-employed: The moderating effect of personality. Small Business Economics, v. 38(1), pp. 121-138. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s11187-010-9270-y> . Acesso em: 19 ago. 2017.
Davidsson, P., & Honig, B. (2003). The role of social and human capital among nascent entrepreneurs. Journal of Business Venturing, v. 18(3), pp. 301-331. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0883-9026(02)00097-6>. Acesso em: 19 ago. 2017.
De Los Ríos-Carmenado, I., Ortuño, M., & Rivera, M. (2016). Private-Public Partnership as a tool to promote entrepreneurship for sustainable development: WWP torrearte experience. Sustainability (Switzerland), v. 8. Disponível em: <https://doi.org/10.3390/su8030199>. Acesso em: 19 ago. 2017.
Dinis, A. (2006). Marketing and innovation: Useful tools for competitiveness in rural and peripheral areas. European Planning Studies, v. 14(1), pp. 9-22. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/09654310500339083>. Acesso em: 23 ago. 2017.
Dohse, D., & Walter, S. G. (2012). Knowledge context and entrepreneurial intentions among students. Small Business Economics, v. 39(4), pp. 877-895. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s11187-011-9324-9>. Acesso em: 19 ago. 2017. . Acesso em: 19 ago. 2017.
Driga, O., Lafuente, E., & Vaillant, Y. (2009). Reasons for the relatively lower entrepreneurial activity levels of rural women in Spain. Sociologia Ruralis, v. 49(1), pp. 70-96. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1467-9523.2008.00475.x>. Acesso em: 10 ago. 2017.
Esparcia, J., Escribano, J., & Serrano, J. J. (2015). From development to power relations and territorial governance: Increasing the leadership role of LEADER Local Action Groups in Spain. Journal of Rural Studies, v. 42, pp. 29-42. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.jrurstud.2015.09.005> . Acesso em: 19 ago. 2017.
FAO. (2014). Ano Internacional da Agricultura Familiar 2014. Disponível em:<http://www.fao.org/family-farming-2014/home/what-is-family-farming/pt/>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Fayolle, A., Gailly, B., & Lassas‐Clerc, N. (2006). Assessing the impact of entrepreneurship education programmes: a new methodology. Journal of European Industrial Training, v. 30(9), pp. 701-720. Disponível em: <https://doi.org/10.1108/03090590610715022>. Acesso em: 19 ago. 2017.
Ferreira, M. P., Reis, N. R., & Miranda, R. (2015). Thirty years of entrepreneurship research published in top journals : analysis of citations , co-citations and themes. Journal of Global Entrepreneurship Research, v. 3(3), pp. 205-209. Disponível em: <https://doi.org/10.1186/s40497-015-0035-6> . Acesso em: 21 nov. 2017.
Flora, C. B., & Flora, J. L. (1993). Entrepreneurial Social Infrastructure: A Necessary Ingredient. The ANNALS of the American Academy of Political and Social Science, v. 529(1), pp. 48-58. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/0002716293529001005>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Fortunato, M. W. P., & Alter, T. R. (2016). Culture and entrepreneurial opportunity in high- and low-entrepreneurship rural communities: Challenging the discovery/creation divide. Journal of Enterprising Communities, v. 10(4). Disponível em:<https://doi.org/10.1108/JEC-04-2015-0026>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Gasson, R., Crow, G., Errington, A., Hutson, J., Marsden, T., & Winter, D. M. (1988). The farm as a family business a review. The Farm as a Family Business: A Review - Journal of Agricultural Economics, v. 39(1), pp. 1-4.
Getz, D., & Carlsen, J. (2000). Characteristics and goals of family and owner-operated businesses in the rural tourism and hospitality sectors. Tourism Management, v. 21(6), pp. 547-560. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0261-5177(00)00004-2>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Gibson, D. E. (2004). Role models in career development: New directions for theory and research. Journal of Vocational Behavior, v. 65(1), pp. 134-156. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/S0001-8791(03)00051-4> . Acesso em: 21 nov. 2017.
Granovetter, M. (1985). Economic action and social structure: The problem of embeddedness. American Journal of Sociology, v. 91(3), pp. 481-510. Disponível em:<https://doi.org/10.1002/9780470755679.ch5> . Acesso em: 21 nov. 2017.
Granovetter, M. S. (1973). The strength of weak ties. In: Social Networks, pp. 347-367. Disponível em:<https://doi.org/10.1017/S0269889712000130>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman. 688p.
Henry, C., & McElwee, G. (2014). Defining and conceptualising rural enterprise. Contemporary Issues. In: Entrepreneurship Research, v. 4. Disponível em:<https://doi.org/10.1108/S2040-724620140000004001>. Acesso em: 21 jan. 2018.
Jack, S. L., & Anderson, A. R. (2002). The effects of embeddedness on the entrepreneurial process. Journal of Business Venturing, v. 17(5). Disponível em:<https://doi.org/10.1016/S0883-9026(01)00076-3>. Acesso em: 21 nov. 2017.
Kalantaridis, C., & Bika, Z. (2006a). In-migrant entrepreneurship in rural England: Beyond local embeddedness. Entrepreneurship and Regional Development, v. 18(2), pp. 109-131. Disponível em:<https://doi.org/10.1080/08985620500510174>. Acesso em: 23 fev. 2018.
King, G., & Zeng, L. (2001). Explaining Rare Events in International Relations. International Organization, v. 55(3), pp. 693-715. Disponível em:<https://doi.org/10.1162/00208180152507597>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Krueger, N. F., & Deborah Brazeal, J. V. (1994). Entrepreneurial Potential and Potential Entrepreneurs. Entrepreneurship Theory and Practice, pp. 91-104. Disponível em: <https://doi.org/10.2139/ssrn.1505244>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Krueger, N. F., Reilly, M. D., & Carsrud, A. L. (2000). Competing models of entrepreneurial intentions. Journal of Business Venturing, v. 15(5), pp. 411-432. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/S0883-9026(98)00033-0>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Labrianidis, L. (2006). Fostering entrepreneurship as a means to overcome barriers to development of rural peripheral areas in Europe. European Planning Studies, v. 14(1), pp. 3-8. Disponível em:<https://doi.org/10.1080/09654310500339067>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Ladd, T. (2017). Business models at the bottom of the pyramid: Leveraging context in undeveloped markets. International Journal of Entrepreneurship and Innovation, 18(1). Disponível: <https://doi.org/10.1177/1465750316686242>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Lafuente, E., Vaillant, Y., & Rialp, J. (2007). Regional differences in the influence of role models: Comparing the entrepreneurial process of rural Catalonia. Regional Studies, v. 41(6). Disponível em:<https://doi.org/10.1080/00343400601120247>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Lamarche, H. (1993). A agricultura familiar: comparaçao internacional: Uma realidade multiforme. Tradução de Ângela Maria Naoko Tijiwa. Campinas - SP, pp. 11-33.
Langowitz, N., & Minniti, M. (2007). The entrepreneurial propensity of women. Entrepreneurship: Theory and Practice, v. 31(3), pp. 341-364. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2007.00177.x> . Acesso em: 23 fev. 2018.
Lin, T.-Y., & Cheng, Y.-Y. (2010). Exploring the Knowledge Network of Strategic Alliance Research: a Co-Citation Analysis. International Journal of Electronic Business Management, v. 8(2), pp. 152-160. Disponível em:<http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=bth&AN=52551640&site=ehost-live>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Liñán, F., & Chen, Y. (2009). Development and Cross-Cultural Application of a Spedific Instrument to Measure Entrepreneurial Intentions. Entrepreneurship Theory an Practice, pp. 593-617.
Liñán, F., & Santos, F. J. (2007). Does social capital affect entrepreneurial intentions? International Advances in Economic Research, v. 13(4), pp. 443-453. Disponível em:<https://doi.org/10.1007/s11294-007-9109-8>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Liñán, F., Urbano, D., & Guerrero, M. (2011). Regional variations in entrepreneurial cognitions: Start-up intentions of university students in Spain. Entrepreneurship and Regional Development, v. 23. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/08985620903233929>. Acesso em: 23 fev. 2018.
Lordkipanidze, M., Brezet, H., & Backman, M. (2005). The entrepreneurship factor in sustainable tourism development. Journal of Cleaner Production, v. 13(8). Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2004.02.043>. Acesso em: 25 mar. 2018.
Martinot, E., Chaurey, A., Lew, D., Moreira, J. R., & Wamukonya, N. (2002). Renewable energy markets in developing countries. Annual Review of Energy and the Environment, v. 27. Disponível em: <https://doi.org/10.1146/annurev.energy.27.122001.083444>. Acesso em: 25 mar. 2018.
Matei, A. P., Swagemakers, P., Garcia, M. D. D., Da Silva, L. X., Ventura, F., & Milone, P. (2017). State support in Brazil for a local turn to food. Agriculture (Switzerland), v. 7(1). Disponível em: <https://doi.org/10.3390/agriculture7010005>. Acesso em: 25 mar. 2018.
Mayer, H., Habersetzer, A., & Meili, R. (2016). Rural-urban linkages and sustainable regional development: The role of entrepreneurs in linking peripheries and centers. Sustainability (Switzerland), v. 8(8). Disponível em:<https://doi.org/10.3390/su8080745>. Acesso em: 25 mar. 2018.
McElwee, G. (2006). The enterprising farmer: A review of entrepreneurship in agriculture. Journal of the Royal Agricultural Society of England, v. 167.
McElwee, G., & Bosworth, G. (2010). Exploring the Strategic Skills of Farmers Across a Typology of Farm Diversification Approaches. Journal of Farm Management, v. 13(12), pp. 819-838. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/1465750316686240>. Acesso em: 25 mar. 2018.
McKague, K., Wong, J., & Siddiquee, N. (2017). Social franchising as rural entrepreneurial ecosystem development: The case of Krishi Utsho in Bangladesh. International Journal of Entrepreneurship and Innovation, v. 18(1). Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2018.
Meccheri, N., & Pelloni, G. (2006). Rural entrepreneurs and institutional assistance: An empirical study from mountainous Italy. Entrepreneurship and Regional Development, v. 18(5). Disponível em: <https://doi.org/10.1080/08985620600842113>. Acesso em: 25 mar. 2018.
Naminse, E. Y., & Zhuang, J. (2018). Does farmer entrepreneurship alleviate rural poverty in China? Evidence from Guangxi Province. Plos One, v. 13(3), Disponível em:<https://doi.org/10.1371/journal.pone.0194912>. Acesso em: 25 mar. 2018.
Nijkamp, P. (2003). Entrepreneurship in a Modern network economy. Regional Studies, 37(4), pp. 395-405. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/0034340032000074424>. Acesso em: 15 jan. 2018.
Niska, M., Vesala, H. T., & Vesala, K. M. (2012). Peasantry and Entrepreneurship As Frames for Farming: Reflections on Farmers’ Values and Agricultural Policy Discourses. Sociologia Ruralis, v. 52(4), pp. 453-469. Disponível em:<https://doi.org/10.1111/j.1467-9523.2012.00572.x>. Acesso em: 13 set. 2017.
Pato, M. L., & Teixeira, A. A. C. (2016). Twenty Years of Rural Entrepreneurship: A Bibliometric Survey. Sociologia Ruralis, v. 56(1). Disponível em:<https://doi.org/10.1111/soru.12058> . Acesso em: 25 mar. 2018.
Pezzini, M. (2001). Rural policy lessons from OECD countries. International Regional Science Review, v. 24(1), pp. 134-145. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/016001701761013024>. Acesso em: 13 set. 2017.
Pinto, R. F., Guerrazzi, L. de C., Serra, B. de C., & Kniess, C. T. (2016). A Pesquisa em Administração Estratégica: Um Estudo Bibliométrico em Periódicos Internacionais de Estratégia no Período de 2008 A 2013. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 15(2), pp. 22-37. Disponível em:<https://doi.org/10.5585/riae.v15i2.2334> . Acesso em: 13 set. 2017.
Quevedo-Silva, F., Santos, E. B., Brandão, M. M., & Vils, L. (2016). Estudo Bibliométrico: Orientações sobre sua Aplicação. Revista Brasileira de Marketing, v. 15(2), pp. 246-262. Disponível em: <https://doi.org/10.5585/remark.v15i2.3274>. Acesso em: 13 set. 2017.
Reynolds, P., Bosma, N., Autio, E., Hunt, S., De Bono, N., Servais, I., & Chin, N. (2005). Global entrepreneurship monitor: Data collection design and implementation 1998-2003. Small Business Economics, v. 24(3), pp. 205-231. Disponível em:<https://doi.org/10.1007/s11187-005-1980-1>. Acesso em: 13 set. 2017.
Schumpeter, J. A. (1934). The theory of economic development (Cambridge.).
Schumpeter, J. A. (1982). The Theory of Economic Development: An Inquiry into Profits, Capital, Credit, Interest, and the Business Cycle (1912/1934).
Shapero, A., & Sokol, L. (1982). The social dimensions of entrepreneurship. Enciclopédia Do Empreendedorismo, Disponível Em SSRN, pp. 72-90. Disponível em:<https://ssrn.com/abstract=1497759>. Acesso em: 13 set. 2017.
Skuras, D., Meccheri, N., Moreira, M. B., Rosell, J., & Stathopoulou, S. (2005). Entrepreneurial human capital accumulation and the growth of rural businesses: A four-country survey in mountainous and lagging areas of the European union. Journal of Rural Studies, v. 21(1), pp. 67-79. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/j.jrurstud.2004.05.001>. Acesso em: 13 set. 2017.
Souitaris, V., Zerbinati, S., & Al-Laham, A. (2007). Do entrepreneurship programmes raise entrepreneurial intention of science and engineering students? The effect of learning, inspiration and resources. Journal of Business Venturing, v. 22(4), pp. 566-591. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2006.05.002>. Acesso em: 13 set. 2017.
Sternberg, R., & Wennekers, S. (2005). Determinants and effects of new business creation using global entrepreneurship monitor data. Small Business Economics, v. 24(3), pp. 193-203. Disponível em:<https://doi.org/10.1007/s11187-005-1974-z>. Acesso em: 13 set. 2017.
Tague-Sutcliffe, J. (1992). An introduction to informetrics. Information processing & management, 28(1), 1-3.
Terluin, I. J. (2003). Differences in economic development in rural regions of advanced countries: An overview and critical analysis of theories. Journal of Rural Studies, v. 19(3), pp. 327-344. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/S0743-0167(02)00071-2> . Acesso em: 30 ago. 2017.
Van der Ploeg, J. D., Renting, H., Brunori, G., Knickel, K., Mannion, J., Marsden, T. & Ventura, F. (2000). Rural Development: From Practices and Policies towards Theory. Sociologia Ruralis, v. 40(4), pp. 391-408. Disponível em:<https://doi.org/10.1111/1467-9523.00156> . Acesso em: 30 ago. 2017.
Veiga, J. E. Da. (2001). O Brasil rural ainda não encontrou seu eixo de desenvolvimento. Estudos Avançados, v. 15(43), pp. 101-119. Disponível em:<https://doi.org/10.1590/S0103-40142001000300010>. Acesso em: 13 set. 2017.
Venkataraman, H., Vermeulen, P., Raaijmakers, A., & Mair, J. (2016). Market Meets Community: Institutional Logics as Strategic Resources for Development Work. Organization Studies, v. 37(5), pp. 709-733. Disponível em:<https://doi.org/10.1177/0170840615613370>. Acesso em: 13 set. 2017.
Venkataraman, S. (1997). The Distinctive Domain of Entrepreneurship Research. Advances in Entrepreneurship, Firm Emergence and Growth, 3(October), pp. 119-138. Disponível em:<https://doi.org/10.2139/ssrn.1444184>. Acesso em: 13 set. 2017.
Wagner, J., & Sternberg, R. (2004). Start-up activities, individual characteristics, and the regional milieu: Lessons for entrepreneurship support policies from German micro data. Annals of Regional Science, v. 38(2), pp. 219-240. Disponível em:<https://doi.org/10.1007/s00168-004-0193-x>. Acesso em: 13 set. 2017.
Wanderley, M. D. (1998). O Brasil: agricultura familiar ou latifúndio. Lamarche, H. A. Agricultura Familiar. 2. ed. Campinas: Unicamp, 27-31.
Wanderley, M. D. N. B. (2003). Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade. Estudos Sociedade E Agricultura, outubro(21), v. 20.
Wennekers, S., & Thurik, R. (1999). Linking Enterpreneurship and Economic Growth. Small Business Economics, v. 13, pp. 27-55. Disponível em:<https://doi.org/10.1023/A:1008063200484>. Acesso em: 13 set. 2017.
Westlund, H., & Bolton, R. (2003). Local Social Capital and Entrepreneurship. Small Business Economics, v. 21(2), pp. 77-113. Disponível em:<https://doi.org/10.1023/A:1025024009072>. Acesso em: 13 set. 2017.
Wilson, F., Kickul, J., & Marlino, D. (2007). Gender, Entrepreneurial Self-Efficacy, and Entrepreneurial Career Intentions: Implications for Entrepreneurship Education. Entrepreneurship Theory an Practice, (617), pp. 387-407.
Wortman Jr, M. S. (1990 p.330). Rural entrepreneurship research: An integration into the entrepreneurship field. Agribusiness, 6(4), 329-344.
Zanin, L. M., & Silva, F. R. (2015). Evolução das Teorias que Suportam os Artigos Publicados em Empreendedorismo entre 1960 e 2013: Análise da rede de citação e co-citação. XXXIX Encontro Do ANPAD, (September 2015), pp. 1-20.
Zhao, H., Seibert, S. E., & Hills, G. E. (2005). The Mediating Role of Self-Efficacy in the Development of Entrepreneurial Intentions. Journal of Applied Psychology, v. 90(6), pp. 1.265-1.272. Disponível em:<https://doi.org/10.1037/0021-9010.90.6.1265>. Acesso em: 13 set. 2017.
Getz, D., & Carlsen, J. (2000). Characteristics and goals of family and owner-operated businesses in the rural tourism and hospitality sectors. Tourism Management, v. 21(6), pp. 547-560. Disponível em:<https://doi.org/10.1016/S0261-5177(00)00004-2>. Acesso em: 21 nov. 2017.