Publicação Contínua

A interiorização da pós-graduação no sul do Amazonas: direitos, impactos e desafios

The interiorization of graduate studies in the south of the Amazonas: rights, impacts and challenges

Interiorización de estudios de graduado en el sur de la Amazonas: derechos, impactos y retos

Valmir Flores Pinto 1
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
Elizabeth Tavares Pimentel 1
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
Rosangela Carvalho da Costa 1
Universidade Federal do Amazonas, Brasil

A interiorização da pós-graduação no sul do Amazonas: direitos, impactos e desafios

Revista Tempos e Espaços em Educação, vol. 15, núm. 34, e16730, 2022

Universidade Federal de Sergipe

Revista Tempos e Espaços em Educação 2022

Recepción: 15 Noviembre 2021

Aprobación: 13 Febrero 2022

Publicación: 12 Abril 2022

Resumo: A implantação do ensino superior público no interior do Estado do Amazonas é recente ou, se quisermos, tardia. O resultado dessa política de Estado tem suas consequências culturais e sociais, assim como econômicas e políticas. A região Sul do Amazonas, lócus a partir de onde fazemos este estudo, compreende um vasto território com necessidades de atendimento qualificado em diversas áreas. O ensino superior, em nível de pós-graduação stricto senso, é mais uma ferramenta muito importante para oportunizar e qualificar os profissionais, principalmente os que atuam na educação de base. O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), objeto dessa reflexão, é o único PPG no interior do Estado do Amazonas direcionado para a qualificação de profissionais que atuam na educação desde 2017. Dessa forma, esta reflexão busca ressaltar os elementos que envolvem a história do PPGECH, a importância da interiorização, uma vez que todos os cursos se encontravam na capital Manaus, os impactos na área de ensino, na perspectiva cultural, econômica e social, assim como as relações internacionais, com a presença de estudantes de outros países.

Palavras-chave: Ensino, Formação, Internacionalização, Política educacional.

Abstract: The installation of public higher education in the interior of the State of Amazonas is recent or, if you like, late. The result of this state policy has its cultural and social as well as economic and political consequences. The southern region of Amazonas, the locus from which we do this study, comprises a vast territory with needs for qualified service in various areas. Higher education, at the stricto sensu postgraduate level, is yet another very important tool to provide opportunities and qualify professionals, especially those who work in basic education. The Postgraduate Program in Science and Humanities Teaching (PPGECH) at the Federal University of Amazonas (UFAM), object of this reflection, is the only PPG in the interior of the State of Amazonas directed towards the qualification of professionals working in education since 2017. Thus, this reflection seeks to highlight the elements that involve the history of PPGECH, the importance of interiorization, since all courses were located in the capital Manaus, the impacts on the teaching area, from a cultural, economic and social perspective, as well as international relations, with the presence of students from other countries.

Keywords: Educational politics, Formation, Internationalization, Teaching.

Resumen: La implementación de la educación superior pública en el interior del Estado de Amazonas es reciente o, si se quiere, tardía. El resultado de esta política de Estado tiene sus consecuencias culturales y sociales, así como económicas y políticas. La región sur de Amazonas, el locus desde el cual hacemos esta reflexión, comprende un vasto territorio con necesidades de atención calificada en varias áreas. La educación superior, en el nivel de posgrado stricto sensu, es otra herramienta muy importante para brindar oportunidades y calificar a los profesionales, especialmente a los que se desempeñan en la educación básica. El Programa de Posgrado en Enseñanza de Ciencias y Humanidades (PPGECH) de la Universidad Federal de Amazonas (UFAM), objeto de esta reflexión, es el único PPG en el interior del Estado de Amazonas dirigido a la calificación de profesionales que actúan en la educación desde 2017. De esta manera, esta reflexión busca resaltar los elementos que envuelven la historia del PPGECH, la importancia de la interiorización, ya que todos los cursos fueron en la capital Manaus, los impactos en el área de enseñanza, en la perspectiva cultural, económica y social, como así como las relaciones internacionales, con la presencia de estudiantes de otros países.

Palabras clave: Enseñando, Formación, Internacionalización, Políticas educativas.

INTRODUÇÃO

No mês de outubro de 2021 completou-se 15 (quinze) anos de funcionamento do ensino superior público da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) na região Sul do Estado do Amazonas, na cidade de Humaitá, através do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA) conforme a Resolução do Conselho Universitário (CONSUNI), nº. 023, na qual se criou cinco campi no interior do Estado do Amazonas, entre eles o IEAA. O Campus Vale do Rio Madeira, IEAA, foi criado pela Portaria do CONSUNI nº.028/2005, tendo sua implantação efetivada em 04 de outubro de 2006 no município de Humaitá. Atualmente, o IEAA possui 6 cursos de graduação e 2 de pós-graduação a nível de mestrado1.

A instalação ou implantação da pós-graduação stricto sensu, para uma instituição de ensino superior tem um papel relevante, pois o núcleo é a pesquisa, conforme ressalta o Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020 da CAPES, que envolve treinamento e exige dedicação ao estudo, sendo a tarefa das instituições acadêmicas e institutos de pesquisa, públicos ou privados, aliar este e aquela (BRASIL, 2010, p. 18).

O enfoque dessa reflexão será sobre a pós-graduação no IEAA/UFAM a partir do curso do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH), aprovado pela Capes na 165ª Reunião do Conselho Técnico Científico (CTC), realizada entre os dias 25 e 28 de julho de 2016. O curso de mestrado acadêmico tem como propósito qualificar a formação de professores da educação básica, ensino médio e superior com subsídios científicos, formação teórico-metodológica e epistemológica para melhorar sua atuação no ensino, na promoção de ações de criação, transferência e divulgação de conhecimentos, especialmente, nas áreas das ciências humanas, ciências naturais e matemática. Nossas reflexões partem dos dados coletados para a avaliação quadrienal da Capes 2017-2020 do PPGECH, com a colaboração do corpo docente, egressos e discentes. Ressaltamos que o enfoque está nas possibilidades que o PPGECH traz para a região como as transformações sociais e econômicas; a qualidade de vida das pessoas e a relevância tendo em vista a qualificação profissional dos educadores.

Nesse sentido, a fim de cumprir com a proposta deste trabalho, o presente texto foi organizado a partir de V (cinco) seções para além dessa introdução: na seção II apresenta-se um breve histórico da criação do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades e na sequência, seção III, uma análise dos impactos da interiorização da pós-graduação stricto sensu no Sul do Amazonas, abordando sobre a área de atuação, aspectos sociais, econômicos, culturais e internacionalização. Por fim, seção IV, nas considerações finais são feitas algumas reflexões sobre o tema e apontadas sugestões de futuros estudos. Na seção V, relacionamos as fontes de pesquisa para esta escrita.

PERCORRENDO OS CAMINHOS

A algumas décadas a “Amazônia” é um conteúdo que está quase cotidianamente nos noticiários, nas discussões internacionais e nas pesquisas acadêmicas. Em se tratando de formação em nível de pós-graduação a realidade do interior do Estado do Amazonas não é muito diferente do restante do Brasil, mas com algumas particularidades. Sinteticamente, para entendermos melhor a situação em que nos encontramos é preciso compreender o percurso histórico do ensino superior público brasileiro, que está vinculado ao processo de colonização europeu, conforme afirma Paulino José Orso (2001):

No Brasil a Universidade é um produto tardio. Todavia, a consciência de seu problema e de sua necessidade, já se faz sentir no século XVII, antes da independência. Mas, a questão só passa a ser formulada de modo mais consistente após a vinda da família real portuguesa para o Brasil, durante o período das conquistas napoleônicas e, principalmente, após a independência (ORSO, 2001, p. 3).

No Estado do Amazonas é comemorado em 17 de janeiro de 1909 o surgimento da primeira Instituição de Ensino Superior, a Escola Universitária Livre de Manáos. Em sessão de 12 de fevereiro de 1909, o Conselho Constituinte elegeu Eulálio Chaves para promover o reconhecimento oficial da Escola e cuidar da publicação de seus Estatutos. A Lei nº. 601, de 8 de outubro de 1909, considerou válidos os títulos expedidos pela Escola Universitária. Em 13 de julho de 1913, a Escola Universitária muda de nome, passando a chamar-se Universidade de Manaus.2 Ou seja, praticamente um século depois do ensino superior se instalar no “centro” imperial brasileiro ele chega no Estado do Amazonas, e a sua interiorização demorou outros 100 anos para chegar ao interior do Estado do Amazonas em nível de graduação com todas as limitações estruturais, econômicas e de pessoal.

Apesar da UFAM estar presente no interior do estado desde os anos de 1970, quando implantou o primeiro Pólo no município de Coari, somente no ano de 2005 teve a expansão para outras regiões com o Programa de Expansão do Ensino Superior, promovido pelo Governo Federal, que traz como denominação no Amazonas a sigla “Ufam Multicampi”. Atualmente a Universidade Federal do Amazonas está presente nos seguintes polos: Manaus (sede), Itacoatiara, Parintins, Humaitá, Coari e Benjamin Constant.

Atualmente a pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas possui 31 cursos de Mestrados Acadêmicos, 4 de Mestrados Profissionais e 14 Cursos de Doutorados. Participa de 7 Programas em Rede (regionais e nacionais) e 3 Programas em Associação com outras Instituições.3 O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades, no campus da UFAM em Humaitá, AM, como ressaltamos, foi aprovado na 165ª Reunião do Conselho Técnico Científico (CTC) da Capes em 2016. No quadriênio 2017-2020 o PPGECH, somou 64 ingressos. Desse total, 45 defenderam a dissertação de mestrado. Importante ressaltar que o PPGECH por ser um programa voltado para a qualificação de profissionais na área de ensino de ciências humanas, da natureza e matemática, e sendo o único nessa área no interior do Amazonas, há muita demanda. Nos últimos dois processos seletivos houve mais de 260 inscritos. Com entradas em 2021 foram 107 inscrições deferidas e 18 selecionados e para 2022, 167 inscrições deferidas e 28 selecionados.

Como ressalta o PNPG (BRASIL, 2010), a pós-graduação no Brasil tem como base formar recursos humanos aptos para atuação em diferentes setores da sociedade, assim como profissionais qualificados para o desenvolvimento de pesquisas nas diversas áreas científicas e tecnológicas do país. Por meio das Instituições de Ensino Superior (IES) as pesquisas científicas e tecnológicas vêm demonstrando a importância para o desenvolvimento e construção da sociedade, assim como a sua divulgação por meio das publicações, pois as pesquisas são reconhecidas após a análise de seus pares (REIS e GIANNASI-KAIMEN, 2007).

O objetivo estabelecido do PPGECH na região Sul do Amazonas conforme o Regimento Interno do programa é,

A formação de profissionais mestres qualificados com uma visão sistêmica e transdisciplinar do ensino com ênfase nos processos de ensino e aprendizagem das ciências naturais e humanidades, permitindo a produção de conhecimentos e soluções úteis para problemas em qualquer contexto educacional e socioambiental, com ênfase na Amazônia (PPGECH-REGIMENTO PPGECH Art. 3º).

Com enfoque na dimensão transdisciplinar do ensino e visando os desafios da região amazônica, principalmente a qualificação de profissionais que atuam na educação básica em nível fundamental e médio, muitos projetos de pesquisas foram desenvolvidos e artigos científicos publicados envolvendo mestrandos, docentes e egressos.

No quadriênio 2017-2020 foi possível constatar a forte ligação, entre a ciência produzida e a realidade social, econômica e cultural entre o PPGECH e a sociedade, não só local, pois, muitos projetos foram desenvolvidos com foco na origem de seus mestrandos. O compromisso também se fez entre o programa como um todo, pois envolveu, além dos projetos, também financiamento por parte do Estado Brasileiro, CAPES/CNPq e do Estado do Amazonas – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Isso é importante para uma análise em nível de pós-graduação e um programa no início de suas atividades, considerando a realidade de nosso país com sérias questões nos campos das desigualdades social e econômica.

Conforme relata Walter Teixeira Lima Junior, na Revista Observatório (2020), Apesar de ter melhorado muito, com o aumento da qualificação dos docentes/pesquisadores (capital social), as instituições universitárias na região Norte do Brasil enfrentam muitas dificuldades para terem as mesmas condições estruturais e de acesso ao fomento, cenário usufruído por outras instituições do país situadas no Sul e Sudeste, que possuem posição consolidada no cenário científico brasileiro (LIMA JÚNIOR, 2020, p.2).

Já na “Carta de Rio Branco” fruto do VI Fórum de Reitores da Região Norte, que ocorreu no dia 25 de agosto 2016, no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), se constatou alguns elementos considerados peculiares e próprios da região Norte do Brasil como: os altos custos derivados do modelo multicampi, devido às longas distâncias e dificuldades de deslocamentos, limitação e/ou ausência de acesso à conexão de internet de qualidade, o alto custo para participação em eventos e realização de parcerias nacionais e internacionais (KINPARA et al., 2016).

Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, os programas de Pós-graduação stricto sensu, na região norte eram 93, em 2006, passaram para 185 em 2014 (JR, 2015) e 287 em 2020 (PLATAFORMA SUCUPIRA, 2020). A região norte do Brasil tem um papel importante para o desenvolvimento de pesquisas em áreas que são de interesse global como: fronteiras, meio ambiente, sustentabilidade e energia renovável, entre outras. Mas todas elas fazem sentido se somadas com uma área considerada fundamental, para que existam: a valorização e qualificação dos educadores.

Neste sentido, no próximo item deste estudo passaremos a enfocar nos impactos da interiorização a partir das ações desenvolvidas pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades como uma ferramenta de formação e qualificação de profissionais que já atuam ou irão atuar como educadores e pesquisadores visando discutir e diminuir o distanciamento no que tange à infraestrutura, fomento à pesquisa e capital social a partir da região Sul do Amazonas. Mesmo com dificuldades de infraestrutura, alguma limitação de internet e energia elétrica, esse centro de produção científica que está instalado no Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal do Amazonas tem implantado políticas afirmativas através da formação, bolsas de pesquisa e qualificação em uma das áreas mais importantes de nosso país: o ensino.

IMPACTOS DA INTERIORIZAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU NO SUL DO AMAZONAS

A avaliação dos impactos decorrentes do processo de interiorização da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ocorrido a partir do ano de 2006, que incluiu a abertura de uma unidade no município de Humaitá, é um processo que merece ser estudado em função de sua dimensão territorial, custos e peculiaridades da região. Praticamente dez anos se passaram para criação dos dois primeiros cursos de Pós-Graduação, no IEAA. O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PGECH) deve ser analisado e avaliado levando em consideração os diversos aspectos socioeconômicos da região de atuação da Unidade.

Há poucos referenciais teóricos sobre este assunto, apenas dois (2) trabalhos foram recuperados ao se realizar uma busca, usando-se o tema: “impactos da Pós-graduação”, O trabalho apresentado por Silva & Porciúncula (2017) concluiu que o impacto do crescimento da Pós-graduação stricto sensu na formação de professores de português da educação básica que atuam na rede pública de ensino do DF foi positivo para o período de 10 anos analisados, possibilitando observar a evolução da formação continuada dos professores, constando também que o crescimento da Pós-graduação stricto sensu evoluiu juntamente com o nível de formação dos professores de português da educação básica que atuam na rede pública de ensino do DF. O trabalho apresentado por Araújo & Amaral, (2006) trata sobre os Impactos do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática da UNISUL sobre a atividade docente de seus estudantes. Tal situação mostra a falta de preocupação com a avaliação dos efeitos das ações que são realizadas, de um modo geral.

Não se tem informações sistematizadas sobre os impactos que o processo de interiorização da UFAM causou na melhoria da qualidade de vida dos moradores da região de sua jurisdição, sendo mais difícil ainda a análise dos impactos do mais novo PPG de sua unidade na cidade de Humaitá. Para preencher tal lacuna, fez-se, antes de tudo uma reflexão sobre como escolher e metrificar os indicadores desses impactos, tomando-se como base os dados apresentados pela comissão de Autoavaliação do último quadriênio 2017-2020.

Após uma reflexão sobre os indicadores de impacto apresentados nos documentos que serviram de base, optou-se por levar em conta apenas os indicadores sociais já tradicionalmente adotados pelo INEP e IBGE ao tratarem sobre os temas. No entanto, é oportuno chamar atenção para o fato de que os impactos ao longo de quatro anos de um PPG, o qual conseguiu formar 25 mestres em Ensino de Ciências e Humanidade, até o ano 2020, são muito mais no plano individual, ou pessoal, do que no plano social. Ou seja, ainda não se tem dados reais sobre a influência sobre os indicadores sociais e econômicos no município ou da região de atuação da Unidade.

A análise dos impactos do PPGECH feita a partir de dados levantados pela coordenação e pelos resultados do trabalho da Comissão de Autoavaliação, apresentados na forma de relatórios sobre uma pesquisa de opinião aplicada à três segmentos: Docentes, Discentes e Egressos, confirmam os efeitos positivos sobre a vida dos seus egressos, seja pela melhoria dos seus salários, por continuarem sua formação, ou por terem tido uma ascensão social. A avaliação dos impactos, as análises foram segmentadas, nas seguintes partes: impactos na área de atuação, impactos sociais/econômicos e impactos culturais e internacionalização.

Impactos na área de atuação

Para se avaliar os impactos dos quatro anos de implantação do PPGECH, no campus da UFAM em Humaitá, sobre os indicadores da educação, levou-se em conta os resultados apresentados pela comissão de Autoavaliação em combinação com as séries históricas de alguns dos indicadores disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEPE e pelo aplicativo QEdu da Fundação Lemann. Além disso, contou-se com as informações coletadas a partir do banco de dados da secretaria do PPGECH. Os primeiros indicadores levados em conta para análise dos impactos, de um modo geral, foi a série de inscritos no processo de seleção, os matriculados e número de conclusões, apresentados na tabela a seguir.

Tabela 1
Inscritos, matriculados e concluintes no quadriênio 2017 – 2020.
Quantidades por Categorias
Ano civilInscritosMatriculadosConcluintes
20171121200
2018671407
20191872107
2020911711
Total4426425
Fonte: Editais: Propesp/ UFAM.

A partir dos processos seletivos, que são anuais, foi possível constatar o real alcance do interesse público pelo Mestrado em Ensino de Ciências e Humanidades, pois os inscritos não são só do Amazonas, mas de Rondônia, Acre, Pará, Roraima, Mato Grosso e Goiás. Essa diversidade da origem dos que se interessaram pelo ingresso ao PPGECH durante este quadriênio é um importante indicador da abrangência do programa. No quadriênio 2017/2020, 442 candidatos se inscreveram nos editais para seleção ao PPGECH, dos quais foram selecionados 64. Desse total, 25 são egressos, 04 (quatro) estão em programas de doutorado na área de Ensino em IES Públicas, e outros 03 (três) iniciaram o processo de seleção para doutorado em 2020 e concluíram a seleção em 2021, todos aprovados.4

Com relação a publicação, a partir dos questionamentos: quantas produções são resultados de pesquisas realizadas no PPGECH (periódicos, livros, anais de eventos)? Das 23 respostas contabilizamos 64 publicações, entre artigos, capítulos de livros e anais de eventos. Podemos considerar uma boa quantidade de publicação para um programa relativamente novo, pois esses dados se referem as duas primeiras turmas. Com relação ao Qualis das revistas, temos artigos em revistas Qualis: A1, A2, A3 e A4; B2, B1. O que ainda é um desafio é o número de publicações com docentes/discentes estrangeiros ou em periódicos internacionais e/ou em língua estrangeira, pois apenas vinte e cinco por cento (25%) dos que responderam ter publicações afirmaram ter trabalho internacional. A definição de todos os elementos necessários para o estabelecimento de um sistema de medição dos impactos da produção literária, ou mesmo de outros produtos do trabalho científico, devem ser pensados e estabelecidos visando a contribuição para melhoria da produção científica em parâmetros de qualidade e quantidade alinhados com os interesses da sociedade em geral.

Em relação à identificação de gênero os egressos do PPGECH, conforme pesquisa realizada para o I Seminário de Auto Avaliação e Planejamento, estão assim distribuídos:

Gênero
Figura 1
Gênero
Fonte: Relatório Quadrienal PPGECH.

Observa-se que existe um percentual de 73,1% de mulheres e 26,9% de homens, isso pode estar relacionado na feminização do magistério no Brasil. Isso coloca o programa para repensar, tanto as condições enfrentadas pelas mulheres que, geralmente, desempenham dupla ou tripla jornada de trabalho e isso pode refletir no desempenho dessas mulheres. Além disso, precisamos refletir como podemos incentivar os professores e outros profissionais para buscar melhor qualificação na sua atividade docente.

Com relação a idade dos egressos obteve-se vinte e seis respostas, onde se pode verificar que a maioria se encontra entre 31 e 44 anos de idade perfazendo 61,5%, ou seja, um público considerado adulto e apenas 38,5% entre 26 e 30 anos de idade considerado ainda jovem. Isso pode demonstrar que a maioria dos graduandos que se formam tem como prioridade um emprego, pois muitos que ingressam nos cursos de licenciaturas são oriundos das classes populares.

Impactos sociais e econômicos

Os impactos sociais e econômicos decorrentes da criação de um PPG são difíceis de avaliar em pouco tempo, no caso do PPGECH/UFAM, um programa aprovado em 2016 e instalado em 2017, ou seja, com efetivos quatro anos de atividades. Mas, a partir da implantação pode-se analisar esta questão considerando as dimensões educacional, econômica, social e cultural como elementos balizadores para a análise desse ponto em questão.

O fato de o PPGECH/UFAM ser instalado no Sul do Amazonas, representa efetivamente possibilidades formativas para diferentes profissionais de ter acesso e continuidade em seu processo formativo emnível stricto sensu. O que se amplia para além dos municípios do Amazonas, mas também o Estado de Rondônia e outros estados da federação. Estende-se também aos estrangeiros por meio, atualmente, das parcerias do ProAfri (Programa de Formação de Professora de Moçambique) e o OEA de países da América Latina.

Os impactos na dimensão econômica podem ser observados na quantidade de ingressos do programa que, após sua conclusão conseguiram a inserção, via concurso público ou processo seletivo, nas redes de ensino municipal, estadual e federal, como professores, pedagogos e também na iniciativa privada. O que demonstra novas oportunidades profissionais e econômicas que foram proporcionadas a estes egressos com a conclusão do mestrado acadêmico. Isso contribuiu para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar social e material, não apenas destes mestrandos, mas para suas famílias e a sociedade.

A ascensão social e econômica foi avaliada a partir das respostas obtidas no questionário aplicado para o I Seminário de Autoavaliação do PPGECH, com seguinte pergunta: “O curso de Mestrado do PPGECH contribuiu para sua formação profissional e sua inserção no mercado de trabalho?” Todos os egressos que responderam essa questão afirmaram que o curso contribuiu, seja para um novo emprego ou na carreira profissional.

Quanto aos discentes matriculados foi perguntado se realizam alguma atividade remunerada, e a grande maioria, oitenta e um por cento (81%), vinte e cinco (25) dos trinta e um (31) dos discentes matriculados no PPGECH que responderam, afirmaram exercer alguma atividade remunerada. Destacando-se a docência como a atividade predominante, conforme pode ser observado no figura 2.

Categoria profissional discentes matriculados.
Figura 2
Categoria profissional discentes matriculados.

As contribuições sociais são perceptíveis quando estes mestrandos por meio de suas pesquisas trazem à tona os questionamentos educacionais, temáticas complexas e pertinentes para a formação educacional e humana. Salienta-se que estas contribuições e impactos de pesquisas abordam questões indígenas, de gênero e etnia. Além da problematização da educação no contexto da prática docente, do letramento científico, estatístico e literário, de fatores motivacionais, da avaliação educacional, da formação continuada dentre outras que demonstram a pertinência de políticas públicas que possam efetivamente garantir o direito de todos à educação. Tratam também da valorização profissional, de condições de trabalho, da influência da família na escola, a diversidade de investigações neste programa e as reflexões produzidas trouxeram impactos positivos para a sociedade amazonense e humaitaense.

A dimensão social dos projetos de pesquisas do PPGECH diz respeito à qualificação, mas também demonstram as políticas públicas no sentido de interesse coletivo, e valorização dos docentes, principalmente das instituições públicas de ensino básico que possam cursar a pós-graduação. É possível perceber a interação e preocupação com a inserção social com a região, e também com programas de pós-graduação da Universidade Federal de Rondônia para a realização, não só de bancas no período de qualificação e defesa, assim como de outros docentes de estados diferentes, como a Universidade Federal do Acre, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Roraima, Universidade Estadual de Roraima, Universidade Estadual de Goiás entre outras.

Impactos culturais e internacionalização

No contexto dos impactos culturais é pertinente observar as relações estabelecidas entre os pares de professores e as turmas de mestrandos que são de diferentes culturas e puderam trocar experiências riquíssimas que certamente contribuem para a convivência de respeito e diálogo. Há produções acadêmicas relacionadas aos conhecimentos de inserção das Literaturas Africanas e Afro-brasileira entre os conteúdos programáticos do Ensino Médio no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) (2018-2020) (2021);5 também sobre a questão da ideologia e do currículo na educação escolar indígena, em especial no povo Parintintin (2019)6 e outra ótica sobre este mesmo povo, na área da astronomia cultural em diferentes âmbitos, envolvendo a análise de documentos escolares, livros didáticos e a realização de entrevistas com membros da aldeia.7 Considera-se que as investigações registram e publicizam os saberes dos povos tradicionais em perspectivas diferentes, o que impactam positivamente na valorização das culturas, do modo de vida, da educação, sobretudo, da necessidade da produção de políticas que valorizem diferentes povos e seus saberes.

Os impactos culturais também foram fortalecidos pela perspectiva da internacionalização. O PPGECH contou com a presença de estudantes internacionais desde 2019: O programa teve estudantes de dois programas: em 2019 recebeu dois estudantes do ProAfri - Programa de Formação de Professores – ambos de Moçambique, que além de enriquecer os laços com os países que compõem a CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa – também proporcionou ampliar e trazer novos elementos relacionados à pesquisa voltada ao ensino em realidades do continente Africano.

Outro programa foi o Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (Bolsas Brasil - PAEC OEA-GCUB) é resultado da cooperação entre a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB), do qual o PPGECH recebeu uma acadêmica da Colômbia.

Tabela 2
Estudantes de mobilidade internacional, no quadriênio 2017 – 2020.
Pais de origemProgramaAno de ingressoNúmero de estudantes
MoçambiqueProAfri20192
ColômbiaPAEC OEA-GCUB20191
Total dos Programas3
Fonte: Relatório Quadrienal PPGECH.

Além dos acadêmicos do ProAfri e PAEC OEA-GCUB, o PPGECH contou com a presença de docentes pertencentes a universidades estrangeiras nas bancas de defesa e qualificação, como UniRovuma - Universidade Rovuma, Cabo Delgado e Nampula, e Eduardo Eduardo Mondlane Moçambique; Universidade da Madeira, Portugal; ULSA - Universidade La Salle, México. Outro momento significado foi a participação de um membro docente do programa no estágio pós-doutoral, Professora doutora Suely Aparecida do Nascimento Mascarenhas, na UNAM – Universidade Nacional do México, estado de México, Fes Iztacala UNAM e De La Salle, Bajio, León, Guanajuato, México 2019, com a temática “Rendimento acadêmico e bem estar. Educação e psicopedagogia”, através qual pode estreitar e ampliar os laços entre as duas IES na área das pesquisas em nível de pós-graduação.

A internacionalização não consiste apenas da mobilidade internacional e que é um processo mais amplo que envolve estudantes e docentes. A internacionalização da educação superior é uma das maneiras de responder aos impactos da globalização e da chamada sociedade do conhecimento, com pleno respeito à identidade nacional (Bernheim, 2018). No Brasil, é muito recente o movimento das mais importantes universidades brasileiras no sentido de definir estratégias e perseguir objetivos institucionais mais abrangentes no tocante à internacionalização (NEVES e BARBOSA, 2020, p. 146).

Tabela 3
Internacionalização e temáticas pesquisadas.
PaisProgramaConclusãoTemáticas pesquisadas
ColômbiaPAEC OEA-GCUB2021Formação de professores indígenas no ensino superior: potencialidades e desafios políticos e epistemológicos da Licenciatura em Educação Básica Intercultural – UNIR - https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8132
MoçambiqueProAfri2021Currículo de filosofia no ensino secundário geral do 2º em Moçambique. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8113
MoçambiqueProAfri2021Os ritos de iniciação e suas influências no processo educacional em Moçambique https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8282
Fonte: pelos autores conforme dados https://tede.ufam.edu.br/

Ainda não ocorreram as mudanças necessárias para concretização dessa opção no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades, pois sua implementação passa por mudanças estruturais de âmbito institucional, demandando tempo e recurso financeiros. A aceitação dos primeiros estudantes estrangeiros foi uma experiência exitosa que também serviu de aprendizado sobre como o Programa deve propor e efetivar seu processo de internacionalização.

Como podemos constatar o PPGECH tem muito a contribuir e aprender com os processos de internacionalização. Conforme e literatura há diversas formas de compreender a internacionalização do ensino superior, num passado, não muito distante, era caracterizada como cooperação internacional, intercâmbio de estudantes, estudos no exterior, parcerias em pesquisa, cooperação binacional, educação multicultural etc. Atualmente, ela está vinculada a processos diversos e, em alguns casos, conflitantes: globalização, regionalização, rankings globais, competências internacionais, co-diplomação, cooperação internacional, redes de pesquisa, universidades virtuais, conglomerados e campi internacionais, etc. (NEVES e BARBOSA, 2020, p. 149).

Na última década, e principalmente na atual conjuntura de pandemia da Covid-19 se fortaleceu uma concepção das estratégias de internacionalização em sentido home. Isto é, a perspectiva da mobilidade acadêmica para a internacionalização está perdendo espaço para um processo que envolve atividade, a “monitorização de estratégias que se proliferam nos diferentes quadros institucionais (KNIGHT, 2018), ou seja, a internacionalização está acontecendo “dentro” de casa.

Há estudos sobre o processo de internacionalização da pós-graduação stricto sensu tanto em nível de benefícios como de riscos. Como ressalta Morosini, um dos principais riscos da internacionalização está na mercantilização, que poderá reforçar as desigualdades de acesso ao ensino superior, (MOROSINI, 2017). Também poderá trazer benefícios, principalmente para os PPGs em regiões mais distantes dos centros urbanos, como é o caso do PPGECH e que precisam de apoio de novas tecnologias e não tanto de mobilidades física de pessoas. Isso podemos classificar como políticas e estratégias de internacionalização que, se bem gerenciadas, conforme ressalta Marginson (2007), podem produzir importantes efeitos no plano da coesão social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A reflexão realizada neste trabalho foi sobre a implementação da pós-graduação no IEAA/UFAM a partir do curso do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH), que tem como propósito qualificar a formação de professores da educação básica, ensino médio e superior. As reflexões realizadas tiveram como base os dados coletados para a avaliação quadrienal da Capes 2017-2020 do PPGECH. O enfoque do tema abordado está nas transformações que o PPGECH tem trazido para a região sul do Amazonas principalmente nos aspectos sociais e econômicos, na qualidade de vida das pessoas e na relevância do curso para a sociedade em geral.

O Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024), na estratégia 4.16, prevê a inclusão dos profissionais da educação em cursos de pós-graduação, e a Meta 14, prescreve “Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de sessenta mil mestres e vinte e cinco mil doutores”. A fixação do ensino superior público no Sul do Amazonas, por meio da Universidade Federal do Amazonas, a partir de 2006 com os cursos de graduação constituiu um passo fundamental na consolidação da oferta e busca por qualificação de novos profissionais para atuar na área de ensino. A oferta do curso em nível de pós-graduação pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH), com início em 2017, se constitui, antes de tudo em um exemplo de esforço em executar uma Política de Estado formalmente estabelecida no Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), principalmente no interior do país, em especial no Estado do Amazonas, em época que políticas de governos dão pouca atenção à pós-graduação em nível stricto senso fora dos grandes centros urbanos, nas últimas décadas.

O Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), objeto dessa reflexão, é o único PPG no interior do Estado do Amazonas direcionado para a qualificação de profissionais que atuam na educação, enfatizando aqui não só a sua importância no que tange a ampliar a abrangência das estratégias e metas idealizadas pelas políticas públicas nacionais, como também oportunizar uma formação qualitativa e comprometida com a sociedade.

Dessa forma, o corpo docente, egressos, mestrandos e colaboradores do PPGECH, mais que abraçar a causa de um programa que envolve o ensino, a pesquisa, eventos internos e externos e publicações, busca consolidar, nesse quadriênio o que anunciamos na temática a interiorização da pós-graduação no sul do amazonas: direitos, impactos e desafios.

As contribuições de um PPG, principalmente no interior do Estado do Amazonas, são muito significativas, já podem ser sentidas e percebidas como foram apontadas, mas, com certeza, terão mais impactos a médio e longo prazo. Os desafios ainda são grandes, pois reconhece-se a necessidade de repensar sobre o alinhamento de sua produção científica às linhas de pesquisa. Reafirmamos o potencial que o Programa tem para contribuir para o desenvolvimento da região, possibilitando que seus professores possam contribuir para formação de recursos humanos com habilidades e competências para fazer uso dos recursos naturais da Amazônica, de maneira sustentável e em favor de suas populações. Além disso, o PPGECH tem um quadro de docentes pesquisadores qualificado com tempo dedicado ao Programa e também à graduação, mesmo com poucos recursos financeiros e materiais têm mostrado que pode desenvolver no interior do Amazonas formação de qualidade e almejar a continuação da pós-graduação stricto senso com nível mais elevados na região.

REFERÊNCIAS

Araujo, M. S. T. D.; Amaral, H. (2006). Impactos do mestrado profissional em ensino de ciencias e matemática da unicsul sobre a atividade docente de seus estudantes: do processo de reflexão as transformações na prática pedagógica. R B P G - Revista Brasileira de Pós-Graduação, 150-166.

Bernheim, C. T. (2018). La internacionalización de la educación superior. Significado, relevancia y evolución histórica. In: Gacel-Ávila, J. (Org.). Educación superior, internacionalización e integración en América Latina y el Caribe. Balance regional y prospectiva. Caracas: UNESCO – IESALC y Córdoba: Universidad Nacional de Córdoba, p. 17- 40.

Brasil (2010). Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020 / Coordenação de Pessoal de Nível Superior. Brasília, DF: CAPES.

Brasil (2010). Plano Nacional Educação. Lei 13.005/2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.

JR, A. P. (2015). Relevância Social e Econômica da Pesquisa e da Pós-Graduação. Goiânia, KINPARA, Minoru. et al. Carta de Rio Branco.

Knight, J. (2018). The international university. Models and muddles. In: BARNETT, Ronald; PETERS, Michael A. (Eds). The idea of the university: contemporary perspectives. (Global Studies in Education). New York, Brussel: Peter Lang, p. 99 -118.

Lima Junior, W. T. (2020). A importância da implantação da pós-graduação stricto-sensu em comunicação social no estado do Amapá. Revista Observatório, 6(1), 1-14.

Marginson, S. (2007). The public/private divide in higher education: a global revision. Higher Education, 53(3), 307-333. https://doi.org/10.1007/s10734-005-8230-y

Morosini, M. (2017). Apresentação. Dossiê internacionalização da educação superior, Educação, 40(3), 288-292. http://dx.doi.org/10.15448/1981-2582.2017.3

Neves, C. E. B., & Barbosa, M. L. O. (2020). Internacionalização da educação superior no Brasil: avanços, obstáculos e desafios. Sociologias, 54, 144-175.

Orso, P. J. (2001). O Surgimento tardio da universidade brasileira. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, 3(1), 1-13.

Philippi, J. R. (2015). Conferência de Abertura: Relevância Social e Econômica da Pesquisa e da Pós-Graduação. XXXI ENPROP - Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação.

Reis, S. G. O., & Giannasi-Kaimen, M. J. (2007). A Transição do periódico científico tradicional para o eletrônico na avaliação de pesquisadores. Revista Cesumar - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, 12(2), 251-273.

Silva, V. C. D., & Porciúncula, D. O. (2017). Impactos da pós-graduação stricto sensu na formação de professores de português da educação básica do Distrito Federal. Formação Docente - Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, 9(17), 17-22.

Notas

1 Disponível em https://ieaa.ufam.edu.br/. Acesso: 28 Out. 2021.
2 Disponível em https://ufam.edu.br/historia.html
4 Os programas de doutorado que fazem parte os egressos do PPGECH são: Doutorado em Educação em Ciências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Doutorado em Educação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) dois membros; Doutorado em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Doutorado em Ensino de Ciências - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), dois membros; Doutorado em Educação, EDUCANORTE (UFPA).
5 Dissertação: Maira Iana Hoerlle (2021). Disp. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8311
6 Dissertação: Luciane Rocha Paes (2019). Disp. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7088
7 Dissertação: Márdila Alves Bueno (2020). Disp. https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7859

Notas de autor

1 Universidade Federal do Amazonas, Humaitá, Amazonas, Brasil.
1 Universidade Federal do Amazonas, Humaitá, Amazonas, Brasil.
1 Universidade Federal do Amazonas, Humaitá, Amazonas, Brasil.

Información adicional

Como citar: Pinto, V. F., Pimentel, E. T., & Costa, R. C. (2021). The interiorization of graduate studies in the south of the Amazonas: rights, impacts and challenges. Revista Tempos e Espaços em Educação, 15(34), e16730. http://dx.doi.org/10.20952/revtee.v15i34.16730

Contribuições dos Autores: Pinto, V. F.: concepção e desenho, aquisição de dados, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; Pimentel, E. T.: concepção e desenho, aquisição de dados, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; Costa, R. C.: concepção e desenho, aquisição de dados, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. Todos os autores leram e aprovaram a versão final do manuscrito.

HTML generado a partir de XML-JATS4R por