Resumo: Neste artigo produzimos reflexões sobre o momento atual que a humanidade enfrenta diante da ameaça provocada pela Covid 19, especificamente para o campo da educação, considerando a necessidade do isolamento social e as reais consequências no trabalho do professor, visto que a interação com o aluno é essencial nesse processo de ensinar-aprender. Para nossa compreensão utilizamos entrevistas, artigos de periódicos, lives como suportes para identificar os impactos provocados pela pandemia bem como possíveis alternativas a serem adotadas no pós-pandemia,gerando, assim, uma compreensão desse cenário e a possibilidade da educação reencontrar o seu lugar. Nossa intenção não é apresentar soluções, mas compreender os acontecimentos e construir saídas alternativas. Este artigo revelou que apesar de todos os problemas enfrentados, nesse momento, nos fortalecemos para um novo modelo educacional e uma nova sociedade que surgirão a partir desse contexto.
Palavras-chave: Aluno, Professor, Tecnologia, Transição.
Abstract: In this article we produce reflections on the current situation that humanity faces in the face of the threat caused by Covid 19, specifically for the education field, considering the need for social isolation and the real consequences on the teacher's work, where as interaction with the student is essential in this teaching-learning process. For our grasp we used interviews, journal articles, lives as supports to identify the impacts caused by the pandemic as well as possible alternatives to be established in the post-pandemic, thus generating an understanding of this scenario and the possibility of education finding its place again. Our intention is not to present solutions, but to recognize the events and build alternative solutions. This article revealed that despite all the problems faced, at that time, we are strengthened for a new educational model and a new society that will emerge from this context.
Keywords: Student, Teacher, Technology, Transition.
Resumen: En este artículo producimos reflexiones sobre el momento actual que enfrenta la humanidad frente a la amenaza que genera el Covid 19, específicamente para el campo de la educación, considerando la necesidad de aislamiento social y las consecuencias reales en el trabajo del docente, ya que la interacción con el alumno es fundamental en este proceso de enseñanza-aprendizaje. Para nuestro entendimiento, utilizamos entrevistas, artículos de revistas, vidas como soportes para identificar los impactos provocados por la pandemia así como posibles alternativas a adoptar en la pospandémica, generando así una comprensión de este escenario y la posibilidad de educación para encontrar su lugar. Nuestra intención no es presentar soluciones, sino comprender los eventos y construir soluciones alternativas. Este artículo reveló que a pesar de todos los problemas enfrentados, en ese momento, nos fortalecimos para un nuevo modelo educativo y una nueva sociedad que surgirá sobre de este contexto.
Palabras clave: Alumno, Profesor, Tecnología, Transición.
Publicação Contínua
Anotações sobre educação na pandemia e o trabalho remoto: de onde falamos?
Notes on education in pandemic times and remote work: what place do we speak about?
Notas sobre la educación en la pandemia y el trabajo remoto: ¿Dónde hablamos?
Recepción: 20 Junio 2021
Aprobación: 10 Agosto 2021
Publicación: 17 Agosto 2021
Estamos transitando por um período de incertezas, indefinições e sem previsão de retorno à normalidade. Morin (2020, p. 4), em artigo publicado sobre a crise provocada pela covid191, escreveu que "a experiência das irrupções do inesperado na história penetrou com dificuldade nas consciências. A chegada do imprevisto era previsível, mas não sua natureza". E o inesperado entrou sem pedir licença e atravessou o nosso cotidiano, pegou-nos desprevenidos e nos deixou desnorteados. Estamos procurando equilíbrio em diversas frentes que foram avassaladas e que precisam, urgentemente, encontrar estratégias de sobrevivência. Talvez, uma das mais atingidas tenha sido a educação e, por essa razão, temos de cuidar da sua recuperação porque é a educação que exerce forte influência nas transformações da sociedade (Dias & Pinto, 2019).
Todos os acontecimentos originários desse quadro de pandemia que assola a humanidade nos remetem a uma frase célebre de Heráclito, filósofo pré-socrático, e que representa à atual conjuntura de que “Nada é permanente, exceto a mudança” e bastante adequada para o momento que estamos vivenciando. A rotina vicia nossos olhos, nossa audição, enfim, nossos sentidos, e isso muitas vezes impede o exercício do pensar nossas práticas, a razão se perde nas ações rotineiras e a saída da rota diária apresenta novos horizontes até então desconhecidos, ou talvez conhecidos, mas não explorados.
A mudança movimenta e gera novos conhecimentos, gera novas aprendizagens que vão sendo construídas nesse processo e não, necessariamente, sobre a qualidade desses conhecimentos. Porém, precisamos, de alguma forma, estar preparados para os desafios iminentes anunciados pelas mudanças que se apresentam.
Para nos posicionarmos e melhor definir a palavra mudança citamos a dialética de Heráclito de Èfeso (540-470 a.C.) quando afirma que a tensão de forças contrárias dentro das coisas provocam a sua mudança. Essa tensão interna dos contrários é que promove o movimento. Para Heráclito tudo flui. Algumas coisas mudam mais rápido e outras mais lentamente; independente da velocidade tudo está constantemente em mudança.
Neste artigo, o termo mudança assume duas conotações: momentânea e prolongada. Ao pensarmos a mudança sob o aspecto momentâneo podemos visualizar os impactos imediatos por ela causados, ao contrário, a mudança prolongada produz conflitos e desordens não somente pela transformação, mas por não apresentar a possibilidade de definição e esse transtorno promover conflitos infindáveis.
É disso que falamos, do transtorno causado pela pandemia que nos pegou desprevenidos e nos deixou desnorteados, sem saber qual direção seguir, isso se vislumbrarmos alguma direção. Sugerimos, portanto, reflexões sobre o momento no qual nos encontramos imersos e a busca pelas inovações necessárias para uma nova forma de pensar e de agir.
Esse contexto enfrentado hoje por todas as sociedades expressa a necessidade de repensar a troca de cenário que se instalou e que exige de nós refletir sobre perspectivas que não surgirão sem a devida associação a conhecimentos anteriores. Assim, inicia-se o processo criativo, através de novos estímulos, sejam eles naturais ou instigados, de acordo o atual contexto. Pensar que o momento poderá trazer novas produções foi exatamente a nossa escolha para renovar conhecimentos e ações, mas não temos como desfazer uma situação que foi imposta e que exige atuações coerentes, urgentes e eficazes que consigam resolver o transtorno em que a humanidade está submersa. Nossa zona de conforto se rompeu, de forma não planejada, e o inesperado é o que se apresenta e impacta em nossas vidas e em nossos trabalhos com relação aos nossos valores, crenças, normas etc.
Estamos vivenciando uma mudança jamais vista, um fenômeno social que provoca ressignificações de ações no que se refere a educação, a saúde, a justiça, a economia, à política etc. Todos estão sendo afetados e apesar da resistência e/ou defesa a mudança é real e aponta para um novo cenário onde aqueles que estiverem vivenciando esse momento farão parte enquanto protagonistas, pois estamos transitando por um momento histórico. Os impactos causados por essa mudança exigem que todos se adaptem às novas realidades que surgem a cada momento, nos conceitos e nas práticas já estabelecidos e em toda multiplicidade de contextos. Podemos afirmar que estamos atravessando por uma mudança de paradigma que está sendo concebida em nossas práticas, e por essa razão novos conceitos e novas práticas estão sendo discutidos e arquitetados para aprendermos a lidar com a nova realidade ora posta.
Nosso corpo, na sua plenitude, experimenta novos obstáculos e, mesmo na contramão da normalidade, desenvolve-se através desses novos desafios que se apresentam para nós educadores. O tempo já não é mais o mesmo, ele se alargou dentro dos aplicativos, das plataformas etc. Vivemos um momento de transição entre uma situação atual e um futuro ainda incerto, isso porque perdemos nossa rotina anterior e fomos obrigados a construir uma outra rotina, cheia de medos e incertezas.
Tentamos compreender a realidade e isso impossibilita pensarmos numa transformação consciente porque o nosso estágio é, ainda, de entendimento da realidade, pois o momento se traduz, com suas intervenções, incertezas, conflitos e inquietações. Ainda necessitamos de muito tempo para que direções mais conscientes e acertadas sejam apresentadas e que permitam vislumbrar, se não o futuro ideal, mas pelo menos um futuro menos conflitante.
As transformações que sofremos ao longo de nossas vidas mudam nossas identidades pessoais e nos fazem repensar o conceito de integração que temos de nós enquanto sujeitos integrados (Hall, 2005). Hall (2005, p.9) denomina “deslocamento ou descentração do sujeito” a perda do “sentido de si” e afirma que quando ocorre a transição desses sujeitos de seu lugar no mundo social e cultural e, também, deles próprios, ocorre uma “crise” de identidade para eles. Este autor nos remete, neste exato momento, de pandemia, a repensar sobre nossa identidade, nossa profissão e nossas perspectivas.
Trazendo isso para o atual contexto, Morin (2020, §11) vem nos alertar no sentido de que
[...] se não compreendermos que é preciso uma consciência comum do destino humano, se não ampliarmos os laços de solidariedade, se o pensamento político não mudar, a crise de humanidade se agravará cada vez mais.
Concordar com Morin é confirmar, com lucidez, que lidamos com o inesperado, com a incerteza do futuro e com a construção de muitos conhecimentos que não se permitem apropriação por ultrapassar a nossa capacidade de retenção.
É, ainda, Morin (2020, §8) que vai enfatizar nossa compreensão ao destacar que “[...] frente ao desconhecido, tudo progride por tentativa e erro, assim como por inovações desviantes, a princípio incompreendidas e rejeitadas. É nesta seara, de dúvidas, dilemas e incertezas que nos encontramos e onde, indubitavelmente, apresentar-se-ão soluções”.
Tantas transformações nos levam a refletir e a rever o mundo através de uma nova ótica. Nas nossas reflexões, tomamos como exemplo um conto budista que versa sobre pombos que viviam num bosque onde algumas espécies de árvores produziam frutos venenosos e letais. Porém, os pombos eram os únicos que desses frutos se alimentavam e após a sua ingestão produziam penas coloridas e lindas, jamais vistas.
Podemos inferir que o momento atual, talvez venenoso e letal como os frutos das árvores citadas e que serviram de alimento para os pombos, nos conceda penas com mais vigor e cor, que nos munam de forças para encontramos oportunidades e possibilidades dentro dessa nova conjuntura.
No Brasil, várias são as estratégias adotadas pelos órgãos responsáveis pela Educação, para tentar amenizar os problemas causados, e, em curso, com relação ao fechamento temporário das escolas. Associados as aulas remotas que entraram como solução imediata ao problema enfrentado, outros tantos desafios surgiram e têm sido pauta de debates, discussões, seminários, lives etc, para amenizar a situação da ausência do presencial.
São vários os caminhos trilhados nesse período de pandemia, para que o prejuízo aparente tome uma proporção menos drástica. Sem dúvida, o caminho, notadamente mais eficiente, apontado para amenizar a ausência da aula presencial, foi a educação à distância, utilizando não somente a internet, como também a TV, o rádio e materiais impressos.
O impacto causado pela substituição de aulas presenciais por aulas à distância tem sido imenso e trazido transtornos profundos e de toda ordem, dentre os quais podemos destacar por exemplo, a dificuldade de acesso a ferramentas tecnológicas de aprendizagem virtual, que pontuamos em duas ordens: a própria falta da ferramenta e o desconhecimento pedagógico na sua aplicação (atentamos aqui para a falta de familiaridade com esses aparatos tecnológicos de aprendizagem a distância).
Na esteira dos problemas detectados, encontram-se, ainda, questões socioeconômicas dos docentes, pais de discentes, dos discentes e, também, a conectividade entre os meios rural e urbano, isso porque temos consciência de que no meio rural, o acesso a internet tem sido um dos grandes problemas, se não, muitas vezes, o grande fator que torna impossível a educação remota.
Desta forma, pensar em ensino a distância significa, também, ser sensível aos problemas que acompanham a implementação desse ensino. E não podemos perder de vista que os impactos são observados nas diversas esferas de ensino – público ou privado, isto porque independe somente das questões citadas acima, como também de estrutura de conectividade, cobertura de internet, celular ou TV. Portanto, para se avançar nessa agenda faz-se necessário infraestrutura, internet, de legislação para proteção de dados, enfim, um grande pacote tecnológico.
Talvez, possamos pontuar como um fator primordial o conhecimento e uso tecnológico dos docentes e gestores para o trabalho com esses aparatos tecnológicos. As dificuldades encontram raízes na formação inicial, nas dificuldades docentes em lidar com novas perspectivas metodológicas em que o online se mostrou presente, nas situações sociais em que docentes e discentes estão expostos, e que não foram, sequer, tratados como possibilidade. Porém, o que ocorre, em muitas situações, é que mesmo os espaços com bons recursos e fácil acesso a internet não é condição sine qua non para uma boa aula.
Levando em considerações as ponderações apresentadas, sabemos que muitos são os professores com dificuldades para usar a internet no ensino. No estado da Bahia, por exemplo, foram oferecidas várias capacitações para tal fim e o que se verificou é que a questão não se limita somente a isso. É preciso ter clareza de que são muitos fatores que não facilitam o ensino remoto, por exemplo, se as escolas oferecem infraestrutura condizente com as necessidades desse ensino ou a qualidade prática das qualificações realizadas e para muitos docentes a sua aprendizagem ocorre/ocorreu de forma solitária, ou com ajuda de colegas mais conhecedores, ou através de pedidos de auxílio aos técnicos dos respectivos espaços de trabalho; enfim, para muitos, saber lidar com a internet e os seus aplicativos não é (ou foi) tarefa fácil.
Enfrentamos outros grandes obstáculos como a produção de material para aulas online, construção de propostas pedagógicas para essas aulas, produção de vídeos e planejamento necessário para dirimir os contrastes de ensino e aprendizagem nos espaços formais educacionais. Procede a preocupação do ensino à distância ter ascendido de forma abrupta, visto as escolas não oferecerem estrutura e apoio necessário para os alunos e, assim, se potencializarem as desigualdades em nosso país, já detectadas em momentos pré-pandemia.
Aos docentes há a necessidade de apoio para que consigam migrar de um ambiente presencial para o outro, à distância, isso requer a oferta de formação continuada para subsidiá-los e muni-los de competências e habilidades para lidar como esse novo modelo de ensino. O uso de instrumentos que os auxiliem no acompanhamento dos trabalhos apresentados pelos discentes também é de extrema importância. Repetimos, somente esse apoio e domínio dos instrumentos, pelos docentes, não será suficiente para o trabalho remoto.
Para desempenhar, de forma eficaz, essa nova proposta de ensino os docentes poderiam fazer uso de aplicativos existentes e de plataformas que mais condizem com cada localidade, buscando uma resposta mais imediata e criando estratégias a partir da realidade que se apresenta. Pensamos estratégias como possibilidade de oportunizar igualdade nas ações educativas, ao se conceber que cada ser é heterogêneo e tem a sua própria forma de interagir no mundo e o seu próprio ritmo.
O momento exige ações, de todos os envolvidos no processo educacional, que apresentem perspectivas, condições, direitos e deveres para o exercício da docência/discência, por não estarmos preparados para a situação que ora vivenciamos em nenhum momento anterior. O processo não ocorre de forma homogênea, visto cada cidade, região, estado, operar de formas diferentes as suas aulas remotas. Enquanto uns trabalham remotamente, outros tentam o presencial e alguns paralisam suas atividades.
Vale lembrar que as tecnologias sempre mediaram a educação, e mesmo as tecnologias digitais não são recentes. Esse momento intensifica o uso das tecnologias digitais, contudo, já fazemos uso delas há muito tempo. De acordo com Chagas, Pellanda e Oliveira (2020, p.1) “O desenvolvimento dessa rede digital dialógica de aprendizagem poderá ser uma ação inovadora no contexto escolar e potencializar a tessitura de vínculos entre professores-tecnologias-escola”.
Há de se considerar todas as formas de promover o ensino nesse momento que estamos vivenciando. A presença dos pais é fundamental para amenizar os impactos negativos desse novo modo de aprendizagem, além da utilização de estratégias que envolvam propagandas na televisão, em rádios, para conscientizar sobre esse novo modelo e o modus operandi utilizados, para que o prejuízo não se intensifique. Até as relações interpessoais entre gestores, docentes e discentes tiveram de ser redimensionadas. Conforme Azevedo (2020, p.20),
Agora, com o distanciamento físico compulsório, dado pela pandemia, a demanda de se manter os processos pedagógicos “vivos”, ocorre de que os laços com o(a)s educando(a)s precisam ser (r)estabelecidos, sob novos formatos. O que antes era contingencial, superficial, agora emerge como imprescindível, estratégico. Dimensionar e planejar como desenvolver nosso trabalho frente a uma realidade tão complexa e delicada para nossos educandos nunca se colocou como um desafio tão premente quanto nos dias que correm.
A questão de humanidade precisa ser repensada, em tempo de pandemia, visto a distância, para alguns, sugerir abandono. Desta forma, faz-se necessário estreitar laços para encurtar a distância provocada pela ausência física entre docentes, discentes e espaço escolar. A sensação de desamparo, nesse tempo, emerge e as dificuldades tendem a se anunciar por conta desse sentimento. Então, os gestores e docentes precisam se reinventar tendo em vista tratar-se de um momento difícil, de angústias e muitas incertezas, mas que não se estagnou. Nesse turbilhão de dificuldades, a humanidade produziu ações que poderiam demorar muito tempo para ser apresentadas e isso reforça o entendimento de que nas incertezas, despontam/despontaram possibilidades e respostas.
Alain Bouvier (2020), filósofo francês, sinaliza para a necessidade de apoio dos professores e dos pais, para que a ultrapassagem dessa distância entre sujeitos e escolas seja amenizada e também chama a atenção para aqueles que possuem família que valorizam a educação e para outros que não terão esse amparo e que tornará essa passagem mais problemática.
Quando a família está envolvida e dispensa a atenção necessária para que o discente tenha atendida a assistência que demanda, a escola encontra eco e a resposta desse trabalho conjunto ocorrerá de forma efetiva. Observamos que o momento aponta para uma quebra de paradigmas tanto para professores quanto para os pais. Ambos encaram uma nova forma de ensino, onde o centro foi deslocado da sala de aula e dos métodos de ensino para o ensino remoto desenvolvido a partir de novas estratégias. Alves ( 2020, p.14) afirma que
[...] a escola como tempo-espaço de formação de pessoas criadoras, não abre mão dos conhecimentos historicamente acumulados, já que neles objetivam-se formas humanas de pensamento (abstração, imaginação, criação, teorização...) que são, por assim dizer, insumos fundamentais. Mas também não faz deles meros tópicos de pautas de uma rotina escolar diária, enfadonha e desanimadora.
De certo modo isso é positivo porque pelo menos houve um deslocamento do conceito presencialidade que necessita ser redimensionado. Conforme Petrucci e Batiston (2006, p.263) “[...] a palavra ‘estratégia’ possui estreita ligação com o ensino. Ensinar requer arte por parte do docente, que precisa envolver o aluno e fazer com ele se encante com o saber.” A resistência à educação a distância persiste entre muitos, mas a necessidade de avançar quebra os preconceitos arraigados entre docentes e pais. Aqui, caberia uma outra discussão sobre estigmas e obstáculos a respeito de ensino a distância mas queremos registrar que em nenhum momento
Essa mudança desestabilizou, inicialmente, uma estrutura que até então seguia o percurso no qual o discente se apresentava, em parte, como centro de sua própria aprendizagem e fez com que abríssemos espaço para revelar, aos nossos olhos, que a escola, de forma geral, com suas aulas presenciais tradicionais, não atende, até então, o indivíduo na sua integridade como ser social e histórico.
Isso porque essa mesma escola trata todos como iguais sem considerar as diferenças culturais, históricas e sociais. Surge, então, um outro desdobramento e um espaço de desenvolvimento que precisa, de forma contínua, ser descoberto, trabalhado por muitos e reinventado por todos, a fim de trazer para o centro o seu protagonista principal: o discente.
A produção de modelos de aulas remotas, quando é necessário utilizar recursos digitais a partir da casa dos discentes, tornou-se um grande desafio para os docentes, considerando que, quando se trata de desenvolver competências e habilidades dos profissionais da educação, nesse novo contexto, as dificuldades se multiplicam. Assim, o que se espera dos docentes, para amenizar a quebra do antes estabelecido, é que esse novo cenário possibilite formas diversificadas de ensino e redefinições potentes.
O atual cenário impõe rever questões primordiais sobre construção de aprendizagem e novas metodologias com relação a tendências tecnológicas e, também, a necessidade de capacitações e formação continuada para os docentes como elementos para auxiliá-los no desenvolvimento do seu trabalho. Várias são as formas adotadas pelas escolas públicas estaduais, municipais e privadas para preparar o seu quadro docente com vista a esse novo tempo e as formações são requisitadas por docentes de todos os espaços para orientá-los nas novas concepções de aprendizagem.
A quarentena apontou, para todos os profissionais envolvidos com a educação, o ensino online como única condição para continuar o trabalho docente e, neste curto espaço de tempo, medidas foram tomadas e a adaptação da rotina diária ofereceu possibilidade por meio de ensino de forma remota. As aulas (e atividades) estão sendo realizadas de formas síncronas (online, em tempo real) e assíncronas (aulas gravadas e disponibilizadas em plataformas). As escolas privadas, deram o start, iniciaram suas ofertas por capacitações que abordam diversos itens, como por exemplo o desenvolvimento de competências e habilidades. Para o ensino remoto o treinamento é de extrema importância, porém, não é suficiente para vencer as dificuldades dos docentes. Eles precisam de uma formação mais robusta para tratar de questões inerentes à modalidade. Apenas saber usar as ferramentas, por exemplo, não instrumentaliza o professor a desenvolver possibilidades de atividades pedagógicas .
As atividades passaram a ser realizadas nos domicílios e percebemos que, muitas vezes, o trabalho pode ser realizado nesses espaços. Aguardamos para o futuro uma forte incidência de atividades desta mesma forma. A pluralidade de lives online está transformando a forma de aprendizagem e essa modalidade é uma ferramenta fundamental para possibilitar atualizações e a continuação do trabalho educativo, mas temos convicção de que nenhum outro modelo substitui o presencial.
Hoje, o protagonismo se encontra em plataformas específicas para acesso às aulas, e a criatividade, tônica desse novo tempo, é a procura por alternativas para se manterem produtivas, isso porque sabemos que a demanda tecnológica lidera todas as condições de interação discente/docente, mas essa relação jamais substituirá a troca presencial de conhecimento ao vivo (e nem teria de substituir), as relações e discussões interpessoais. A proposta para o futuro, que deverá ser gradual, será de educação híbrida, com propostas tecnológicas cada dia mais apropriadas para encontros, cada vez mais, humanizados. Entendemos, aqui, educação híbrida conforme nos revela Moran (in Bachic; Tanzi Neto & Trevisani. 2015. p. 26),
[...] a educação é Híbrida também porque acontece no contexto de uma sociedade imperfeita, contraditória em suas políticas e em seus modelos, entre os ideais afirmados e as práticas efetuadas; muitas das competências sócio-emocionais e valores apregoados não são coerentes com o comportamento cotidiano de uma parte dos gestores, docentes, alunos e famílias.
É possível observar que o híbrido se instala em um contexto de educação contraditória. Esse conceito se aplica tanto na educação formal quanto informal. Freire (2002) assevera que se o educando compreende o que acontece ao seu redor, se consegue se conectar e construir seu próprio conhecimento a respeito do objeto e se esse resultado faz sentido em sua vida o aprendizado se concretizou.
A utilização de lives como dispositivos para a aprendizagem, na educação, apresentou-se, em primeiro plano e, nesse momento de impossibilidade de aulas presenciais, como excelente possibilidade em construção para gestores (mesmo sendo um desafio) , docentes e discentes discutirem a estrutura, os recursos e as novas formas de interação. As lives se popularizaram e trouxeram diversos temas educacionais para serem discutidas entre todos os interessados, como por exemplo: Novas tecnologias na educação; Os desafios da educação em tempo de pandemia; Educação infantil em tempo de pandemia, entre tantos outros temas. Essa ferramenta, de alguma forma, instrumentaliza os gestores e docentes a lidar com os transtornos ocasionados pelo isolamento social, considerando a possibilidade que elas apresentam de promover ideias/possibilidades de desenvolvimento de trabalhos para docentes e discentes e percebe-se que será permanente, após a passagem da pandemia, para o retorno às aulas presenciais, isso por, na sua essência, promover redução de custos e atingir um grande público.
Por ser tudo novo para todos (a pandemia nos apresentou novos desafios e necessidade de adaptações e construções, como reforço das competências necessárias para este novo ciclo) as conversas e debates que as lives promovem são importantes para a formação do professor, para aquisição de conhecimento do ensino a distância, para o processo de avaliação e, de forma bastante peculiar, para discussões sobre processos de ensino e aprendizagem em tempo de pandemia. O protagonismo, no cenário da pandemia, volta-se para as ferramentas e plataformas disponibilizadas, que melhor atendem às demandas e cumprem o seu papel, nessa fase de isolamento.
Na contramão da esperança de que o ensino remoto ou as atividades a distância na educação permaneçam por um curto período de tempo, sabemos que, ao contrário, a expectativa é de que esse momento se prolongará, fugindo da condição de modismo.
Podemos julgar esse fato pelo desenrolar dos resultados sobre a vacina para combate a Covid19, vírus que estabeleceu a pandemia, como medida protetiva por tempo indeterminado. Portanto, a educação não presencial e as tecnologias digitais não têm tempo certo para se encerrarem, muito pelo contrário, elas se firmam, ampliam-se e ganham espaço, fortemente, na condição pós-pandemia. Independente da fase atual, sabemos que elas se farão presentes em todos os espaços educativos. Sabemos que teremos de conviver com o ensino híbrido, tendência inevitável para a educação. Não podemos perder de vista a importância dos docentes em todo processo, apesar de que somente discursos sobre a importância dos professores não nos ajudarão superar os problemas enraizados e imediatos.
O papel do professor no ensino, seja presencial ou remoto é fundamental, mas, para isso, há necessidade de conhecimento desse sujeito com as tecnologias e técnicas utilizadas no ensino remoto. Se isso não ocorrer, as desigualdades se tornarão mais evidentes, visto não ocorrer estratégias adequadas que garantam respostas positivas do público que atendem. É necessário se pensar em ações claras e concretas, a partir do engajamento, mobilização e comprometimento, inclusive, dos docentes, uma vez que as atitudes desencadeadas por eles e amparadas pelo desenvolvimento de competências e habilidades são necessárias para que as mudanças ocorram. O professor precisa promover a curiosidade, a segurança e a criatividade, para que o principal objetivo educacional, a aprendizagem do aluno, seja alcançado (Petrucci & Batiston, 2006, p. 263).
Nesse sentido, consideramos que a manutenção dos investimentos em Educação além de ser mantida precisa ser ampliada, isso porque a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO (2020) adverte para a criação de políticas públicas que sejam voltadas para melhorias de infraestrutura, tecnologias, formação metodologias, entre tantas outras.
Apesar dos esforços empreendidos pelos entes federados, alguns entraves influenciam para que as aulas remotas (aulas emergenciais) não atendam aos seus usuários de forma igualitária, conforme as aulas presenciais. Há uma série de impedimentos que refletem negativamente com relação a esse tipo de aula, o que não ocorre nas aulas presenciais, como por exemplo a falta das ferramentas digitais necessárias – celular, tablet, notebook, computador; o interesse pelas aulas online; o envolvimento da família a qualidade da internet, a frequência dos discentes, o tempo online utilizado, a qualidade dos programas, a implementação dos programas, entre outros.
Com relação ao envolvimento das famílias no ensino dos filhos reconhecemos muitas limitações, apesar de haver expectativas e cobranças em torno do trabalho docente e familiar, pelas escolas públicas e privadas, apresentam-se diferenças substanciais entre elas. Podemos citar como obstáculos o desconhecimento de conteúdos específicos para as famílias que se enquadram, na sua grande maioria, em classes sociais menos favorecidas; na indisponibilidade de tempo para auxiliar os filhos em suas tarefas nas aulas online, pois muitos estão trabalhando para garantir a renda mensal e na impossibilidade (ou desconhecimento) para acessar o material online.
Para essas famílias, torna-se complicado ensinar o que não aprendeu, uma vez que essas ações devem ser (re) pensadas quando se trata de ensino remoto. Paralelamente, do outro lado dessa pirâmide social, encontramos outras famílias com uma condição de vida melhor que continuam a sua rotina oferecendo amparo, suporte e acompanhamento para o desempenho dos seus filhos, assim, o que para elas era costumeiro, em tempos anteriores, permanece em qualquer situação. A disparidade aparente entre as famílias, inevitavelmente, ampliará as desigualdades outrora existentes (Cifuentes-Faura, 2020).
Essa compreensão orienta no sentido de que necessitamos de estratégias eficazes para esse contexto remoto, apesar de sabermos, de antemão, que as condições possíveis para a realização desse tipo de tecnologia não estão disponíveis para uma grande maioria daqueles que frequentam as escolas públicas. As limitações não param por aqui, podemos ratificar a inexperiência de muitos professores com utilização da tecnologia, com o manuseio muitos das plataformas digitais, na inserção das atividades online, nos problemas relativos à conexão, dificuldades com avaliação remota e em produzir e inserir material didático nas plataformas, resistência a aulas gravadas e, em muitos casos, falta de estrutura domiciliar para ministrar as aulas.
Outras soluções, além do ensino remoto, e extremamente necessárias para que esse evento ocorra conforme o desejado, deverão surgir como coadjuvantes, pois o que se percebe é que este ensino intensifica a discrepância consolidada pela falta de computador, celular, notebook , software, internet de qualidade para muitos envolvidos, principalmente os que moram na periferia ou zona rural (Souza; Franco & Costa, 2016) e um dos agravantes para que as aulas remotas não tenham sucesso. Diante desse contexto precisamos pensar uma solução para a educação, uma relação entre ensino remoto e presencial (UNESCO, 2020).
Percebemos em diversos espaços, seja em nosso próprio ambiente de trabalho ou através das delações que chegam de variados locais, através de lives, televisão, internet, rádio, que todos os meios de comunicação denunciam os dilemas vividos por docentes e discentes de todo o país, neste momento. O uso das ferramentas digitais são a garantia das instituições de ensino, de todas as instâncias, de validação de aula e cumprimento de agenda desses espaços.
Porém, o corpo docente tem se esforçado, tem sido autodidata, em todos os sentidos, para utilizar esses instrumentos e para realizar o seu trabalho. Algumas instituições de ensino privadas ofereceram suporte tecnológico aos seus docentes. Pontualmente, temos conhecimento através de conversas com docentes de Vitória da Conquista e cidades circunvinzinhas que, de forma sistemática, a carência de cursos de formação continuada tão esperados e desejados, para enfrentamento do problema, não estão sendo oferecidos pelo estado e municípios da Bahia. De acordo conversas estabelecidas com alguns docentes, os suportes oferecidos, até o momento, foram algumas palestras, cursos, encontros virtuais e apoio de psicólogos.
Nesse universo de novidades trazidas pela pandemia, outra questão importante e que interfere demasiadamente nas aulas remotas se apresenta e diz respeito a saúde física e mental de todos os envolvidos no processo educativo, inclusive a família. Este confinamento que se iniciou sem previsão de término tem provocado alguns desatinos com relação ao andamento do trabalho realizado nesse período e isso culminou com o isolamento, considerado pelos cientistas como a forma mais eficaz de proteção, porém, esse afastamento tem afetado a todos: crianças, jovens e adultos.
O distanciamento dos alunos da escola, a falta de contato com os colegas, o medo de ser infectado pelo vírus, o espaço reduzido nas residências, a falta de merenda para aqueles que necessitam, são questões que exercem impacto negativo para um resultado mais efetivo, nesse contexto. Como forma de evitar desgastes e conflitos é fundamental reestabelecer as relações sociais entre docentes e discentes, para amenizar a negatividade causada pela pandemia que gera a ansiedade, a depressão, o estresse que surgem durante esse confinamento. Isso acontece porque, devido a situação, todos se sentem impotentes, fragilizados e necessitam do apoio da comunidade para auxiliá-los na resolução dos problemas (Maia & Dias, 2020). Da mesma forma, há necessidade do envolvimento das instâncias educativas para fortalecer a crença em um futuro promissor e do Estado para garantir ações educativas que sejam cumpridas por gestores e docentes.
Sobre as evidências expostas, é fundamental afirmar que elas compõem fatos reais e que podem ser encaminhadas como orientação para políticas e práticas interventivas no processo pós- pandemia. Temos consciência da perda instaurada pela pandemia na suspensão das aulas, no primeiro momento, e em todas as outras perdas geradas por essa suspensão. As sequelas são visíveis mas, talvez, não irreversíveis. Com o decorrer do tempo, pretendemos que todas essas perdas se revertam em aprendizagem e que a distância e as diferenças, entre os grupos sociais, bastante evidenciadas neste contexto de pandemia, sejam diluídas com estratégias bem definidas.
Retomamos o discurso sobre a necessidade de políticas públicas eficazes, como possibilidade de amparo a docentes e discentes que delas necessitam e para apontarem novas perspectivas, condições e possibilidades de ensino. A pandemia, e todo o seu acontecimento, tem promovido reflexões, antes, improváveis. Por exemplo, esse acontecimento intensificou as desigualdades e exige que políticas intensivas sejam implementadas.
Precisamos encontrar saídas para o período vindouro e não somente o que se nos tem apresentado até o momento atual, quer sejam, as aulas remotas, o uso de tecnologias, a ampliação de carga horária. Mesmo tendo sido inseridos esses três elementos, somente eles não atenderiam as outras demandas que se ampliam como, por exemplo, o atendimento aos discentes que já apresentam um imenso prejuízo através do ensino remoto. Portanto, após as feridas expostas, novas estratégias são emergenciais para aqueles que veem os seus prejuízos acentuados não perderem o entusiasmo e a esperança.
Trazemos novamente Heráclito para finalizar o nosso artigo, considerando providencial o seu pensamento sobre o universo, para o atual contexto de pandemia: “A única coisa que não muda é que tudo muda.” De repente, tudo mudou a nossa volta. Fomos obrigados a nos isolar e também nos obrigamos ao isolamento. Passamos a ter mais tempo para nós mesmos e isso desencadeou reflexões sobre as inúmeras questões que envolvem as nossas vidas.
Nessas reflexões, começamos a compreender que, de fato, gastamos muito tempo com o desnecessário e que lá fora nem sempre é/está o essencial. Perdemos a noção do valor e do significado da nossa casa e da nossa família. Compreendemos que temos de aprender a lidar com nossos problemas e não passá-los para o dia seguinte ou para outros resolvê-los. Percebemos a importância de cada pessoa em nossas vidas e a necessidade de retirar outras de nosso circuito.
Nunca sentimos tanta saudade da escola, do convívio com todos, sim, todos, porque esse momento serviu para que lembrássemos das pessoas que apenas passavam, ignorados/invisíveis por nós mas que, nesse momento, em nossa memória, assumem significado. Saudade das aulas nas salas de aula, dos professores, dos alunos, dos corredores, do pátio. Saudade das ruas, do barulho dos carros em movimento. Mas muita saudade mesmo dos nossos rostos livres de máscara. Saudade de pensarmos um futuro certo, lógico, previsível como sempre se apresentou para nós. Saudade do repetir dos dias e suas tarefas aparentemente costumeiras, sem surpresas.
Paramos aqui e nos questionamos: será realmente que vivemos essa monotonia? Logicamente, não vivíamos dessa forma, porém, as mudanças eram previsíveis em sua maioria e isso nos trazia um grande conforto. Fomos acostumados a viver dessa forma: sem grandes surpresas. Mas, de repente, somos afetados por um vírus que transforma, bruscamente, toda a nossa rotina, que nos faz recolher e repensar. Assim recomeçamos nossas reflexões para os próximos dias. Coadunamos com Morin, principalmente quanto a ideia de que se de nada serviu- nos essa lição, que amansemos nossos corações para a vida e o futuro que nos aguarda.
Neste momento em que o mundo se reorganiza para enfrentar a crise, talvez possamos tirar uma infinidade de lições sobre como nos assegurar no futuro com relação ao nosso trabalho, à condição de termos educação de qualidade com aprendizagem para todas as nossas crianças e os nossos jovens. Muito ainda precisa ser pensado sobre as ações pós-pandemia, principalmente com relação a redução, se não a extinção das desigualdades tanto sociais quanto de aprendizagem que dilataram no atual contexto.
O retorno a dita normalidade, que não será mais normal, se concordamos com Heráclito quando afirma que “não nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, deverá estar munida de estratégias para vários campos: retorno as escolas, práticas educativas, avaliação, evasão, ações de controle em grupos de risco, suporte a famílias carentes, higienização dos espaços escolares e outros.
Podemos acreditar que diante do caos estabelecido, deste momento, apesar de tanto sofrimento gerado, tantas vidas ceifadas, tantos planos perdidos, podemos resgatar alguns elementos positivos. Difícil acreditar que tanta dor encontre lugar para a esperança. Porém, mesmo diante de todos os acontecimentos, bastante avassaladores, lançamo-nos o desafio do fortalecimento e da (sobre)vivência para a construção de um novo modelo educacional e de uma nova sociedade que emergirão deste contexto.
Como citar: Barreto, D. A. B., & Guedes, N. C. (2021). Notes on education in pandemic times and remote work: what place do we speak about? Revista Tempos e Espaços em Educação, 14(33), e15941. http://dx.doi.org/10.20952/revtee.v14i33.15941
Contribuições dos Autores: Barreto, D. A. B.: concepção e desenho, aquisição de dados, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; Guedes, N. C.: concepção e desenho, aquisição de dados, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. As autoras leram e aprovaram a versão final do manuscrito.
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