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Análise da produção científica da Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Analysis of the scientific production of Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Análisis de la producción científica Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, vol. 7, núm. 4, pp. 267-272, 2017
Universidade de Santa Cruz do Sul


Recepción: 03 Noviembre 2017

Aprobación: 30 Noviembre 2017

DOI: https://doi.org/10.17058/reci.v7i4.11289

Resumo: Justificativa e Objetivo: Visando atender a demanda de publicações de conhecimento epidemiológico, objetivou-se investigar o perfil das publicações da Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI) desde a sua criação em outubro de 2011 até junho de 2017. Método: Foi realizado um estudo descritivo com base na análise dos artigos publicados, dados da Plataforma SEER e currículo lattes dos autores. Os dados extraídos foram: número de artigos submetidos e publicados; edições; nº de páginas; seção dos trabalhos; número, titulação e sexo dos autores; região da realização do trabalho; nº de referências; tempo entre submissão e publicação; artigos e resumos mais acessados. Resultados: Dos 585 artigos submetidos, foram publicados 238 em 7 edições, com uma média de 42,37 (dp±21) páginas por número. Destes, 137 (58%) originais e 28 (12%) de revisão. A média geral de autores foi de 4 (dp=±1,2) por artigo e 42 (dp=±13,4) por volume, destes 17% eram mestres, 15% bacharéis e 14% doutores, sendo 68% do sexo feminino e 99% brasileiros, principalmente das regiões Sul (54%), Nordeste (18%) e Sudeste (18%). A média de referências foi de 21 (dp=±27) por artigo e o tempo médio entre a submissão e publicação foi de 229 dias (dp=±80). Observou-se um total de 61 mil visualizações aos artigos até metade de 2017, e o tema mais acessado foi HIV. Conclusão: Através da avaliação conjunta do conteúdo e do desempenho das publicações, percebeu-se um aumento na qualidade da RECI e quais os pontos a serem melhorados.

Palavras-chave: Publicações Científicas e Técnicas, Publicações Eletrônicas, Publicações Periódicas, Análise Quantitativa.

Abstract: Background and Objective: Aiming to meet the demand for publications of epidemiological knowledge, the objective was to investigate the profile of the publications of the Journal of Epidemiology and Infection Control (RECI) from its inception in October 2011 until June 2017. Method: A descriptive study was carried out based on the analysis of the published articles, SEER Platform data and lattes curriculum of the authors. The data extracted were: number of articles submitted and published; editions; number of pages; work section; number, degree and sex of the authors; region of work; number of references; time between submission and publication; articles and abstracts. Results: Of the 585 articles submitted, 238 were published in 7 editions, with an average of 42.37 (dp ± 21) pages per number. Of these, 137 (58%) original and 28 (12%) revision. The overall mean number of authors was 4 (dp = ± 1.2) per article and 42 (dp = ± 13.4) per volume, of which 17% were masters, 15% were bachelors and 14% were doctors, 68% women, and 99% of Brazilians, mainly from the South (54%), the Northeast (18%) and the Southeast (18%) regions. The mean number of references was 21 (dp = ± 27) per article and the mean time between submission and publication was 229 days (SD = ± 80). A total of 61,000 views were viewed on articles by the middle of 2017, and the most commonly accessed topic was HIV. Conclusion: Through joint evaluation of the content and performance of the publications, an increase in the quality of RECI was noticed and the points to be improved.

Keywords: Scientific and Technical Publications, Electronic Publications, Periodicals, Quantitative Analysis.

Resumen: Justificación y Objetivo: Con el fin de atender la demanda de publicaciones de conocimiento epidemiológico, se objetivó investigar el perfil de las publicaciones de la Revista de Epidemiología y Control de Infección (RECI) desde su creación en octubre de 2011 hasta junio de 2017. Método: Se realizó un estudio descriptivo basado en el análisis de los artículos publicados, datos de la Plataforma SEER y currículo lattes de los autores. Los datos extraídos fueron: número de artículos sometidos y publicados; ediciones; número de páginas; sección de los trabajos; número, titulación y sexo de los autores; región de la realización del trabajo; número de referencias; tiempo entre envío y publicación; artículos y resúmenes más accesados. Resultados: De los 585 artículos sometidos, se publicaron 238 en 7 ediciones, con un promedio de 42,37 (dp ± 21) páginas por número. De estos, 137 (58%) originales y 28 (12%) de revisión. El promedio general de autores fue de 4 (dp = ± 1,2) por artículo y 42 (dp = ± 13,4) por volumen, de estos 17% eran maestros, 15% bachilleres y 14% doctores, siendo el 68% del sexo femeninas y 99% brasileños, principalmente de las regiones Sur (54%), Nordeste (18%) y Sudeste (18%). El promedio de referencias fue de 21 (dp = ± 27) por artículo y el tiempo medio entre la presentación y la publicación fue de 229 días (dp = ± 80). Se observó un total de 61 mil visualizaciones a los artículos hasta la mitad de 2017, y el tema más accesado fue VIH. Conclusión: A través de la evaluación conjunta del contenido y del desempeño de las publicaciones, se percibió un aumento en la calidad de la RECI y cuáles los puntos a ser mejorados.

Palabras clave: Publicaciones Científicas y Técnicas, Publicaciones Electrónicas, Análisis Cuantitativo, Publicaciones Periódicas.

INTRODUÇÃO

Durante muito tempo se tinha a ideia de que a epidemiologia consistia no estudo de doenças transmissíveis, hoje já se sabe que se trata de qualquer evento relacionado à saúde ou doença da população. Enquanto na prática clínica a doença é abordada a nível individual, a epidemiologia aborda o processo saúde-doença em grupos populacionais.¹

Visando atender a demanda de publicações que envolvem esses temas e outros afins, como o conhecimento epidemiológico aplicável às ações de vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos de interesse da saúde pública, a Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), publicação oficial do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Santa Cruz e do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil, é um dos “veículos” para a divulgação das experiências e estudos científicos relacionados aos assuntos de vigilância epidemiológica, bem como aos de controle de infecção relacionados às doenças de notificação compulsória, doenças infecciosas, saúde ocupacional e áreas correlatas.

A periodicidade é trimestral, com artigos originais de pesquisa clínica e experimental, artigos de revisão de literatura, relatos de caso, comunicações breves, imagens e cartas ao editor. Em situações oportunas são elaborados suplementos com assuntos específicos como consensos, anais de eventos e séries especiais. O objetivo é apoiar a divulgação de ações realizadas no âmbito da epidemiologia que visem contribuir significativamente para a compreensão e controle dos problemas de saúde que afetam a sociedade em diferentes níveis de atenção à saúde.

A partir disso, o objetivo desse artigo foi trazer uma análise quantitativa descritiva sobre as publicações da RECI desde sua criação, investigando o perfil e demais características dos artigos publicados durante esse tempo.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, realizado durante o período de outubro de 2011 a junho de 2017, tendo como objeto de estudo todos os artigos publicados nas 7 edições da RECI em todos os números, conforme alguns critérios (Tabela 1).

A pesquisa propôs levantar, sistematizar e analisar as características dos artigos da RECI, sendo observadas as seguintes variáveis: número de artigos submetidos; edições; seção dos trabalhos; tempo entre submissão e publicação; região da realização do trabalho; artigos e resumos mais acessados; número de páginas; número, titulação e sexo dos autores; número de referências.

Tabela 1
Variáveis observadas na análise das publicações dos artigos da Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), no período de outubro de 2011 a junho de 2017

Todos os dados foram tabulados e analisados através do Microsoft Office Excel por meio de estatística descritiva, sendo os resultados apresentados em números absolutos, frequência, média e desvio padrão.

RESULTADOS

No período de outubro de 2011 a junho de 2017, foram submetidos 585 artigos, dos quais 238 foram publicados nas 7 edições da RECI. Utilizando uma análise bibliométrica, foi possível a classificação dos dados referentes aos 6 volumes completos e mais os 2 números do volume 7 publicadas desde a construção do periódico.

Observou-se que o periódico disponibilizou de 2012 a 2016 sempre 4 números por ano, com uma variação entre 9 a 45 artigos por número (10,21±0,8) e número de páginas entre 11 a 224 (42,37±21).

Tabela 2
Distribuição dos artigos publicados na Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), de acordo com o ano, volume, número por volume, número de artigos, médias e desvio padrão de artigos e páginas, no período de outubro de 2011 a junho de 2017

* O volume 1 publicado em outubro de 2011 teve apenas um número devido a época de criação da revista e o volume 7 publicado em 2017 apresentou apenas os dois primeiros números devido a época de elaboração deste estudo

Além disso, verificou-se que a maioria dos artigos eram originais, principalmente no ano de 2016 (31%) (Figura 1).


Figura 1
Distribuição dos artigos publicados na Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), de acordo com as seções, no período de outubro de 2011 a junho de 2017.

ED – Editorial; AO – Artigo Original; AR – Artigo de Revisão; CB – Comunicação Breve; CE – Carta ao editor; QD – Qual o seu diagnóstico?; RC – Relato de Caso; RT – Resenha de Tese; ID – Imagem Destaque.

O máximo de autores por artigo foi 14, sendo que apenas 15% dos artigos foram assinados por um único autor. Verificou-se a média geral de autores das publicações da RECI, através da divisão dos 965 autores por 238 artigos publicados, alcançando o valor médio de 4 (dp=±1,2) autores por artigo e 42 (dp=±13,4) autores por volume. A RECI demonstrou uma participação feminina de 68% da autoria principal em todas as publicações, sendo que em 78% dos números a autoria predominante foi mulheres e em 9% dos números publicados a autoria foi totalmente formada por mulheres.

No que concerne a titulação acadêmica de cada autor na data de publicação do seu artigo na RECI, esta foi constituída principalmente por mestres (17%), seguida por bacharéis (15%) e doutores (14%) (Tabela 3).

Quanto a região da realização do trabalho, observou-se a representação de todas as regiões do país, sendo os estados com maior quantidade de trabalhos o Rio Grande do Sul (50%), Minas Gerais (9%) e Bahia (5%), além de 2% das publicações advindas de países do exterior, como o Japão, Irã e Portugal. As regiões mais carentes de publicações são Centro-Oeste e Norte, que juntas somam apenas 9% das publicações totais da RECI.

Tabela 3
Distribuição dos artigos publicados na Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), de acordo com a titulação acadêmica dos autores principais distribuídas por ano, no período de outubro de 2011 a junho de 2017

Em relação a quantidade de referências bibliográficas utilizadas nos artigos publicados na RECI, a média foi de 21 (dp=±27). Verificou-se também que entre os anos de publicação do periódico houve um aumento no número de referências utilizadas, variando de 0 no primeiro ano a 922 no ano de 2016, último ano completo analisado. Quanto ao tempo entre a submissão do artigo pelo autor e a publicação final do trabalho, observou-se uma média de 229 dias (dp=±XXX), com um tempo mínimo de 71 dias em outubro de 2011 e máximo de 232 dias em 2014, ano de alteração da equipe editorial.

O número de acessos aos artigos publicados gerados pela Plataforma SEER, foi mais de 61 mil visualizações, e os temas mais acessados foram HIV, Saúde na Atenção Primária, Resistência Bacteriana, Sífilis, Práticas de Enfermagem, Pneumonia, Diabetes, entre outros (Tabela 4).

Tabela 4
Distribuição dos 10 artigos mais acessados na plataforma SEER da Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção (RECI), no período de outubro de outubro de 2011 a junho de 2017

DISCUSSÃO

Mais recentes ainda que os periódicos eletrônicos são os estudos sobre estes, visto que, somente a partir da década de 60 pode-se encontrar na literatura alguns estudos sobre avaliação de revistas científicas e técnicas, surgindo a necessidade do surgimento de parâmetros mensuráveis que permitam refletir a qualidade da informação gerada pelos periódicos2.

Dessa forma, objetivando visualizar um perfil das publicações da RECI foi possível averiguar que, pelo fato da revista ser trimestral, ela publicou 4 números em todos os anos desde sua instauração, excetuando-se apenas o primeiro ano (outubro de 2011), devido a data de início do periódico ser posterior a metade do mesmo ano. Outra característica observada foi a média de artigos por número, que se manteve conforme proposta da revista em 10,21±0,8 artigos publicados, uma média quase duas vezes maior do que alguns periódicos com mais tempo de existência, dois na área de contábeis, um na área de patologia e um que trata de saúde coletiva.3-7A partir desses resultados, pudemos visualizar que ao longo desses 7 anos o número de artigos submetidos e publicados aumentou, mostrando a importância das mudanças realizadas neste tempo, como alterações na equipe editorial, busca por pareceristas mais capacitados, multidisciplinares e dispostos a realizar as avaliações com qualidade, o que também possibilitou a publicação de 4 números de qualidade a cada volume anual.

A variação da quantidade de páginas por artigo foi de 1 a 10, com a média de páginas por ano aumentando em torno de 50 vezes do primeiro número publicado ao último analisado por este estudo. Característica essa que remete ao aumento da qualidade do periódico e da ampla instauração de normas e diretrizes para autores revisadas a partir de 2015.

Analisando a divisão das publicações de acordo com a seção podemos observar que 58% delas foram trabalhos originais, seguindo o padrão de diversos periódicos e os quesitos essenciais para indexação e inclusão em bases de dados.4,5,8

A média gerada de 42±13,4 autores por volume foi três vezes maior que a de 12,96 encontrada para uma revista das áreas contábeis de Brasília e a média de 4±1,2 autores por artigo também foi maior que a encontrada por outra revista de contabilidade do interior da região centro-oeste e alguns outros levantamentos, que apresentaram uma média de 1,90 a 2,3 autores por artigo.3-5,9A quantidade e diversidade dos autores proporcionou uma melhora na qualidade dos manuscritos, através de estudos multicêntricos e interinstitucionais mostrando resultados e debatendo sobre diversas questões pertinentes ao escopo da revista.

A RECI demonstrou uma participação majoritária do sexo feminino nas suas publicações, o que vai contra a pesquisa de uma revista com mais de 20 anos de veiculação, que apresentou a maioria masculina em todas as suas publicações desde 19903. Estudos como o desta revista e de outras, apesar de apresentarem um resultado diferente do nosso quanto ao sexo majoritário no quesito autoria principal dos artigos, mostram um aumento da presença feminina em suas edições.3,4,10

Uma possível explicação para esse resultado se dá devido ao fato de, conforme publicado pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a distribuição equitativa de pesquisadores por sexo e as profissões vinculadas à área da saúde apresentarem predomínio do sexo feminino, tornando visível tal achado em um periódico interdisciplinar na área da saúde, como a RECI.3,4,10,11

Quanto a titulação acadêmica desses autores, as publicações da RECI apresentaram a maioria mestres, bacharéis, doutores e especialistas. A Revista Enfoque – Reflexão Contábil (E-RC) verificou que os autores que publicam eram 23,8% mestres, corroborando com o presente estudo, já a Revista Contabilidade & Finanças da USP encontrou 35% de sua autoria de doutores.3,4,10Esse resultado remete a importância de publicar os resultados das pesquisas de dentro da academia, além do fato de, no meio acadêmico, existir uma maior exigência pela divulgação dos achados desses estudos. Ainda nesse contexto, ao contrário dos resultados da análise das publicações da Revista Contabilidade & Finanças da USP, percebeu-se que há bastante incentivo a pesquisa nos cursos de graduação, em que eles apresentaram apenas 3,23% dos artigos escritos por graduandos e a RECI mais de 12%4. Inserindo e motivando assim, ainda na graduação, os alunos ao universo da pesquisa, mostrando seus resultados e trabalhos tão importantes quanto os gerados por pesquisadores de maior titulação.

Analisando o resultado anterior com as regiões de autoria dos artigos podemos aferir que o número de mestres e mestrandos que publicaram na RECI, que juntos somam 29% das publicações é devido a essa produção científica ser mais bem contextualizada nas regiões onde estão concentrados cursos de pós-graduação, visto que um dos focos principais destes é a preparação dos alunos para a docência e realização de pesquisas científicas.12

A metade dos artigos publicados (50%) em todo o tempo de circulação da RECI é originário do Rio Grande do Sul, estado sede do periódico, semelhante ao levantamento de duas outras revistas, onde a maior parte das pesquisas científicas também eram realizadas por autores do estado de origem do periódico.3,4

Assim como alguns periódicos analisados por Oliveira (2002), a RECI apresenta problemas característicos de periódicos, como a predominância de autores ligados à instituição do periódico, sendo que 24% dos artigos publicados são da cidade onde o periódico é estabelecido.12 Porém essa questão está sendo revertida, pois de outubro de 2011 a 2014 as publicações da cidade perfaziam 36% do total publicado, e desde 2015 a presença das publicações mais endogênicas diminuiu para 18%. Reverter essa questão é uma prioridade para a revista, a fim de aumentar a abrangência de publicação nos diferentes estados.

Um aspecto importante a ser analisado é a participação de artigos estrangeiros, característica bastante importante devido a essas pesquisas apresentarem diversidade de referenciais teóricos para futuros estudos, contribuindo com a integração cultural entre países4.

A RECI teve uma média de 21±27 referências bibliográficas por artigo, número maior que a análise da Revista Enfoque – Reflexão Contábil em 2013 e parecida com a alcançada pela Contabilidade, Gestão e Governança em 2010.3,5A primeira edição não apresentou referências, assim como uma análise feita em 2002, que teve nos sete primeiros anos de veiculação da revista 42% das publicações não apresentaram referências ou listas bibliográficas.13

O aumento das referências no passar dos anos foi grande, mostrando o aumento da qualidade do periódico e principalmente a readequação das normas para autores, que passou a exigir desde 2015 um número mínimo de referências e pelo menos 40% delas publicadas no exterior e nos últimos 5 anos.

Em relação ao tempo entre a submissão e a publicação o prolongamento ocorreu devido ao aumento do fluxo de artigos no sistema, a partir da avaliação de Qualis B2 o número de submissões cresceu bastante, o que aumenta o tempo despendido para cada uma das etapas até a publicação. Outra característica que pode ter sido alcançada com a ascensão do Qualis foi a maior abrangência da RECI dentro do Brasil.

Os temas mais acessados refletem as condições crônicas, e consequentemente a transição demográfica e epidemiológica que vivemos com a tripla carga de doenças, remetendo a situação epidemiológica do Brasil, estão dentro do escopo da revista e vão em consonância com a análise da Revista Ciência & Saúde Coletiva em 2015, que também publicou artigos tratando das temáticas mais emergentes da Saúde Coletiva8.

Para internacionalizar e aumentar principalmente a visibilidade na América Latina, a partir de 2017 a RECI apresenta sumário trilíngue, com títulos e resumos em português, inglês e espanhol, um aspecto que aumenta a visibilidade do periódico e a qualificação. Outro dado importante foi a melhora na avaliação da CAPES no último quadriênio, que foi da avaliação de 3 áreas alcançando o Qualis B3, para a avaliação em 47 áreas, alcançando o Qualis B2, retorno de muito empenho e adequações para melhorar cada vez mais o periódico.

O levantamento das principais características da RECI permitiu dimensionar a qualidade e definir os pontos positivos e negativos das publicações cientificas do periódico, bem como auxiliar a equipe editorial no aperfeiçoamento da RECI como veículo de divulgação de trabalhos relacionados ao seu escopo e na disseminação do conhecimento epidemiológico aplicável às ações de vigilância, prevenção e controle de doenças e agravos da saúde pública. Percebeu-se também a falta de trabalhos como este publicados, pois montar uma análise dos artigos publicados não serve só para orientar os editores da própria revista, mas também auxiliar as revistas iniciantes e de longa data.

Assim, constatamos o potencial da RECI na divulgação desses resultados e como um veículo de grande importância nos âmbitos da saúde epidemiológica, bem como percebemos o retorno dos esforços realizados para manter uma boa comunicação entre a equipe editorial no que tange o cumprimento de prazos e melhorias da revista, e também na escolha de pareceristas ad hoc comprometidos com avaliação e pesquisa no país.

REFERÊNCIAS

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8. Garcia LP, Duarte E. Epidemiologia e Serviços de Saúde: a trajetória da revista do Sistema Único de Saúde do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2015; 20 (7): 2081-2090. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015207.06122015

9. Batistella FD, Bonacim CAG, Martins GA. Contrastando as Produções da Revista Contabilidade & Finanças (FEA-USP) e Revista Base (Unisinos). Rev Educ Pesq Contab 2008; 2: 2: 84-101. http://dx.doi.org/10.17524/repec.v2i3.35

10. Barbosa ET, Echternachtet THS, Ferreira DL, et al. Uma análise bibliométrica da Revista Brasileira de Contabilidade no período de 2003 à 2006. In: Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade, 05, 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: FEA-USP, 2008.

11. Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Número de mulheres cientistas já iguala o de homens [Internet]. Notícia Coordenação de Comunicação Social do CNPq. 2013 [citado em 2017 nov 03]. Disponível em: http://cnpq.br/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/905361

12. Oliveira MC. Análise dos periódicos brasileiros de contabilidade. Rev Contab & Finanças 2002; 13 (29): 68-86. http://dx.doi.org/10.1590/S1519-70772002000200005

13. Martins GA. Considerações sobre os doze anos do caderno de estudos. Rev Contab Finanças USP, 2002; 30: 81 – 88.



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