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Avaliação da terapia medicamentosa de pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê – SC
Andressa Rodrigues dos Santos; Franciane Rios Senger
Andressa Rodrigues dos Santos; Franciane Rios Senger
Avaliação da terapia medicamentosa de pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê – SC
Evaluation of the drug therapy of patients with systemic arterial hypertension and Type 2 diabetes mellitus attended at a basic health unit in the city of Xanxerê – SC
Evaluación de la terapia medicamentosa de pacientes ancianos portadores de hipertensión arterial sistémica y diabetes mellitus tipo 2 atendidos en una unidad básica de salud en el municipio de Xanxerê – SC
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, vol. 9, núm. 2, pp. 155-160, 2019
Universidade de Santa Cruz do Sul
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Resumo: Justificativa e Objetivo: Os idosos representam a parcela da população que mais usa medicamentos, por esse motivo é comum encontrar erros de medicação entre esses pacientes. A hipertensão e o diabetes são as doenças crônicas mais comuns nos idosos, portanto os fármacos anti-hipertensivos e hipoglicemiantes merecem atenção e cuidados na administração e dispensação. A pesquisa teve por objetivo avaliar a farmacoterapia prescrita aos idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê-SC. Métodos: A pesquisa embasou-se na análise da farmacoterapia, patologias associadas e dados socioeconômicos de pacientes com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Resultado: Os 20 idosos incluídos no estudo, tinham média de idade de 70,7 anos (±6,1), com idade mínima de 60 anos e máxima de 84 anos, sendo 70 % do gênero feminino e 30 % do masculino. O número de medicamentos utilizados variou de 2 a 10, num total de 116 medicamentos em uso pelos pacientes incluídos no estudo. A média por pessoa foi de 5,8 medicamentos (±2,1). Foram identificadas 56 interações medicamentosas. Conclusão: Os dados analisados nesta pesquisa demonstram a existência de riscos de resultados negativos relacionados aos medicamentos em pacientes com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Tais resultados estimulam o desenvolvimento de mecanismos de avaliação de processos que visem reduzir esses riscos, elevando a chance de resultados terapêuticos positivos e benefícios para os pacientes.

Palavras-chave:HipertensãoHipertensão,Diabetes MellitusDiabetes Mellitus,IdososIdosos,Interações MedicamentosasInterações Medicamentosas.

Abstract: Background and Objectives: The elderly represent the portion of the population that uses the most drugs, so it is common to find medication errors among these patients. Hypertension and diabetes are the most common chronic diseases in the elderly, so antihypertensive and hypoglycemic drugs deserve attention and care in administration and dispensation. The aim of this study was to evaluate the pharmacotherapy prescribed to elderly patients with systemic arterial hypertension and type 2 diabetes mellitus who were treated at a basic health unit in the city of Xanxerê-SC. Methods: The research was based on the analysis of pharmacotherapy, associated pathologies and socioeconomic data of patients with systemic arterial hypertension and type 2 diabetes mellitus. Results: The 20 elderly subjects included in the study had a mean age of 70,7 years (DP = 6,1), with a minimum age of 60 years and a maximum of 84 years, 70% of the female gender and 30% of the male. The number of drugs used ranged from 2 to 10, in a total of 116 medications in use by patients included in the study. The mean per person was 5.8 medications (DP=2,1). We identified 56 drug interactions. Conclusion: The data analyzed in this study demonstrate the existence of risks of negative drug-related outcomes in patients with systemic arterial hypertension and type 2 diabetes mellitus. These results stimulate the development of process evaluation mechanisms aimed at reducing these risks, increasing the chance of positive therapeutic results and benefits for the patients.

Keywords: Hypertension, Diabetes Mellitus, Aged, Drug Interactions.

Resumen: Justificación y objetivos: Los ancianos representan la porción de la población que más usa medicamentos, por lo que es común encontrar errores de medicación entre estos pacientes. La hipertensión y la diabetes son las enfermedades crónicas más comunes en los ancianos, por lo que los fármacos antihipertensivos e hipoglucemiantes merecen atención y cuidados en la administración y dispensación. La investigación tuvo por objetivo evaluar la farmacoterapia prescrita a los ancianos portadores de hipertensión arterial sistémica y diabetes mellitus tipo 2 atendidos en una unidad básica de salud en el municipio de Xanxerê-SC. Métodos: La investigación se basó en el análisis de la farmacoterapia, patologías asociadas y datos socioeconómicos de pacientes con hipertensión arterial sistémica y diabetes mellitus tipo 2. Resultados: Los 20 ancianos incluidos en el estudio, tenían una media de edad de 70,7 años (DP = 6,1),con edad mínima de 60 años y máxima de 84 años, siendo el 70% del género femenino y el 30% del masculino. El número de medicamentos utilizados varía de 2 a 10, en un total de 116 medicamentos en uso por los pacientes incluidos en el estudio. La media por persona fue de 5,8 medicamentos (DP=2,1). Se identificaron 56 interacciones medicamentosas. Conclusiones: Los datos analizados en esta investigación demuestran la existencia de riesgos de resultados negativos relacionados con los medicamentos en pacientes con hipertensión arterial sistémica y diabetes mellitus tipo 2. Estos resultados estimulan el desarrollo de mecanismos de evaluación de procesos para reducir estos riesgos, elevando la probabilidad de resultados terapéuticos positivos y beneficios para los pacientes.

Palabras clave: Hipertensión, Diabetes Mellitus, Anciano, Interacciones Medicamentosas.

Carátula del artículo

Avaliação da terapia medicamentosa de pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê – SC

Evaluation of the drug therapy of patients with systemic arterial hypertension and Type 2 diabetes mellitus attended at a basic health unit in the city of Xanxerê – SC

Evaluación de la terapia medicamentosa de pacientes ancianos portadores de hipertensión arterial sistémica y diabetes mellitus tipo 2 atendidos en una unidad básica de salud en el municipio de Xanxerê – SC

Andressa Rodrigues dos Santos
Universidade do Oeste de Santa Catarina, Brasil
Franciane Rios Senger
Universidade do Oeste de Santa Catarina, Brasil
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, vol. 9, núm. 2, pp. 155-160, 2019
Universidade de Santa Cruz do Sul

Recepção: 25 Fevereiro 2019

Aprovação: 07 Março 2019

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o Brasil teve seu perfil demográfico transformado: de uma sociedade predominantemente jovem a um contingente cada vez mais significativo de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Os problemas crônicos de saúde em idosos, como por exemplo hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), fazem dessa parcela da população grandes consumidores de serviços de saúde e medicamentos, por esse motivo é comum encontrar erros de medicação entre esses pacientes.1,2

Os idosos, por utilizarem diversos medicamentos e apresentarem dificuldades na adesão ao tratamento e na interpretação das receitas médicas, integram a faixa etária com maior necessidade de acompanhamento do tratamento. Além disso, o fenômeno global da prescrição inadequada e da falta de revisões periódicas pode resultar em complicações relacionadas a medicamentos. Estudos demonstram que a orientação farmacêutica e o acompanhamento farmacoterapêutico desses pacientes, que muitas vezes pode ser domiciliar, mostra-se como uma importante ferramenta para o combate ao uso irracional de medicamento, interações medicamentosas e alimentares, tendo como consequência, redução das intoxicações e das reações adversas aos medicamentos e melhora no resultado terapêutico.3-6

Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a farmacoterapia prescrita aos idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê – SC.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado entre outubro de 2017 e setembro de 2018, tendo como foco pacientes idosos portadores de HAS e DM tipo 2, atendidos em uma unidade básica de saúde no município de Xanxerê – SC.

Foram incluídos na pesquisa: pacientes que apresentavam hipertensão e/ou diabetes mellitus tipo 2, idade superior a 60 anos (idosos) e que aceitaram participar do estudo. Foram excluídos da pesquisa os pacientes com idade inferior a 60 anos, que não tiveram diagnóstico de hipertensão e ou/diabetes mellitus tipo 2 e que não aceitaram participar do estudo.

Para traçar o perfil da população em estudo, foi realizada uma entrevista individual, utilizando-se um questionário adaptado de Borges (2009), com perguntas pré-definidas, sobre dados socioeconômicos, hábitos pessoais, frequência de atividade física, uso de medicamentos prescritos, automedicação, formas de uso dos medicamentos, uso de bebida alcoólica, tabagismo, patologias associadas, tratamento, dentre outros.5

A avaliação das informações de cada paciente baseou-se no proposto pelo método Dáder e a avaliação dos Resultados Negativos associados à Medicação (RNM) seguiu a classificação da terceira edição do Consenso de Granada (2007), referente necessidade, efetividade e segurança, conforme a Tabela 1. Não foram avaliados os resultados clínicos da terapêutica. 7

Tabela 1
Classificação dos Resultados Negativos relacionados aos Medicamentos (RNM), adaptado do terceiro Consenso de Granada (2007)

As interações medicamentosas foram identificadas através do estudo das bulas de medicamentos e artigos científicos pesquisados nas bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico. A ferramenta de busca por interações medicamentosas da Plataforma Medscape também foi consultada. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), registrado sob número CAAE 93204818.0.0000.5367. Todos os participantes do estudo foram esclarecidos quanto à realização da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

RESULTADOS

Os 20 idosos incluídos no estudo, tinham média de idade de 70,7 anos (± 6,1), com idade mínima de 60 anos e máxima de 84 anos, sendo 70% (14) do gênero feminino. O índice massa corporal (IMC) médio da população foi de 29,5 (±5,9), sendo que 30% (6) apresentam peso normal, 15% (3) estão acima do peso, 30% (6) apresentam obesidade Grau I e 25% (5) obesidade Grau II.

Em relação as variáveis socioeconômicas, 60 % (12) dos entrevistados são casados, 5 % (1) solteiro, 5 % (1) divorciado e 30 % (6) viúvos. Quanto ao nível de escolaridade 20 % (4) nunca estudaram, 70 % (14) permaneceram na escola de 1 a 4 anos, e 10 % (2) estudaram de 5 a 8 anos. A ocupação dos pacientes variou em 15 % (3) são empregados, 60 % (12) são aposentados, 20 % (4) do lar e 5 % (1) trabalha na agricultura (Tabela 2).

Tabela 2
Distribuição dos pacientes segundo estado civil, escolaridade e ocupação

Dos 20 (100%) pacientes portadores de hipertensão, 4 (20%) também apresentavam diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (Tabela 3).

Tabela 3
Distribuição das patologias que afetam os pacientes idosos atendidos em uma unidade básica de saúde do município de Xanxerê

O número de medicamentos utilizados variou de 2 a 10, num total de 116 medicamentos em uso. A média por pessoa foi de 5,8 medicamentos, com desvio padrão de 2,1.

Foram identificadas 56 interações medicamentosas, sendo a maioria das interações relacionadas a Efetividade e Segurança. As interações mais importantes estão descritas na Tabela 4.

Tabela 4
Riscos de resultados negativos relacionados aos medicamentos associados a ocorrência de interações medicamentosas

N = Necessidade, E = Efetividade, S = Segurança da farmacoterapia. RNM= Resultados Negativos relacionados aos Medicamentos

DISCUSSÃO

No grupo estudado, os Resultados Negativos relacionados aos Medicamentos (RNM)foram classificados conforme o Consenso de Granada, de 2007.. A maioria das interações medicamentosas encontradas esteve ligada ao possível comprometimento da efetividade e a segurança da terapêutica. Dados semelhantes formam relatados no estudo de Renovato & Trindade (2004), onde a média de RNMs identificados por paciente foram de 3,5. Nesse mesmo estudo, os autores também observaram que a maioria dos RNMs estava relacionada a efetividade e a segurança da terapia.8

A média de medicamentos utilizados pelos pacientes foi de 5,8 medicamentos, retratando a prevalência da polifarmácia em idosos. A polifarmácia está associada a um risco aumentado de uso inadequado de medicamentos e resultados negativos associados a medicamentos. Tais dados foram observados nesta pesquisa, em que um grande número de interações medicamentosas foram identificadas, enfatizando a importância da atuação do farmacêutico. Como especialistas em farmacoterapia, os farmacêuticos estão bem posicionados para revisar regimes complexos de medicamentos e identificar causas de problemas relacionados a medicamentos e recomendar soluções para preveni-los ou resolvê-los.9

A farmácia é uma profissão muito dinâmica e o papel do farmacêutico é otimizado com a expansão dos serviços prestados por estes profissionais e a introdução de novas subespecialidades. O cuidado farmacêutico envolve três funções principais: identificar problemas potenciais e reais relacionados com o medicamento, resolver problemas relacionados com o medicamento e prever problemas relacionados aos medicamentos.10

Os resultados negativos associados a medicamentos podem comprometer a eficácia da terapia. Estudos epidemiológicos relatam que, em média, apenas 25% dos pacientes hipertensos têm níveis controlados de pressão arterial. Na população idosa, o controle da pressão arterial é ainda bem menos sucedido. Muitos fatores influenciam controle da pressão arterial em pacientes hipertensos, incluindo a adesão ao medicamento, a escolha do anti-hipertensivo a elasticidade dos vasos sanguíneos, a disponibilidade de cuidados médicos e presença de co-morbidades.11

Dentre os 20 pacientes estudados, 9 também são acometidos por depressão, dados epidemiológicos indicam que diabetes e depressão estão intimamente relacionados. A depressão é um fator de risco para diabetes e o risco de depressão é aumentado em pacientes com diabetes. A depressão não é comum apenas em pacientes com diabetes, mas também contribui para a baixa adesão a medicamentos e regimes dietéticos, controle glicêmico inadequado, redução da qualidade de vida e aumento dos gastos com saúde. A depressão tem sido especificamente relacionada a variáveis prognósticas no diabetes, tais como complicações micro e macrovasculares.12

Além da terapia medicamentosa, programas de educação nutricional podem melhorar o controle metabólico em idosos com diabetes. Programas de atividade física podem ser implementados com sucesso em pessoas idosas diabéticas, embora as condições comórbidas possam impedir atividade física em muitos pacientes e aumento dos níveis de atividade pode ser difícil. Antes de iniciar um programa de exercícios, os idosos devem ser cuidadosamente avaliados, sobretudo quanto a problemas musculoesqueléticos que podem impedir tais programas.13

As decisões sobre medicamentos devem ser tomadas no contexto adequado do paciente. Os medicamentos são frequentemente indicados para várias doenças, sintomas e fatores de risco, mas as consequências adversas clinicamente significativas dos medicamentos são comuns e normalmente imitam as síndromes comuns. O reconhecimento oportuno e o gerenciamento das consequências adversas exigem vigilância e um alto índice de suspeita. Muitos fatores influenciam a prescrição e uso de medicamentos, por isso a importância de seguir o processo de atendimento completo na indicação, dosagem, monitoramento e ajuste de medicamentos.14

Diversos fatores podem modificar a ação do medicamento no organismo. Alterações na farmacocinética e farmacodinâmica em pacientes idosos geralmente resultam em um aumento na incidência de toxicidade de drogas e reações adversas a medicamentos. Alterações moleculares associadas ao envelhecimento podem trazer mudanças biológicas, uma consequência disso é uma resposta alterada aos agentes farmacológicos. Com uma população cada vez mais idosa, prevê-se que o uso de medicamentos sujeitos a receita médica aumente ainda mais, uma vez que as condições crônicas, como a diabetes e a hipertensão, exigirão uma terapia mais intensiva. Esses altos níveis de uso de medicamentos também podem levar a um aumento do risco de prescrição inadequada.15,16

A eficácia da terapia medicamentosa em pacientes hipertensos e diabéticos é de extrema importância, pois denota ao paciente uma qualidade de vida adequada. Nesse sentido, a atenção farmacêutica pode ser uma estratégia efetiva na melhora da adesão à farmacoterapia desses pacientes. Diversos estudos têm demonstrado a influência positiva da atenção farmacêutica à satisfação dos pacientes com os serviços de saúde e promovendo assim a diminuição da complexidade de esquemas farmacoterapêuticos prescritos. Os atuais problemas de saúde de custos inflacionados e a falta de acessibilidade dos pacientes a prestadores de serviços de saúde, ilustram a necessidade de reavaliar o papel dos farmacêuticos no manejo da doença. As leis e os métodos de cobrança precisam ser modernizados para facilitar, práticas colaborativas entre farmacêuticos e médicos. Os farmacêuticos têm amplo conhecimento sobre medicamentos para o manejo de doenças, podendo impactar positivamente na qualidade da terapia medicamentosa e na qualidade de vida dos pacientes.17-19

Portanto, os dados analisados nesta pesquisa corroboram a existência de riscos de resultados negativos associados aos medicamentos em pacientes com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2. Tais resultados estimulam o desenvolvimento de mecanismos de avaliação de processos que visem reduzir esses riscos, elevando a chance de resultados terapêuticos positivos e benefícios para os pacientes.

O acompanhamento farmacoterapêutico contribui para diminuição de problemas relacionados a medicamentos, interações medicamentosas, falta de assiduidade ao tratamento, além de estimular o uso racional de medicamentos, educação em saúde e hábitos de vida saudáveis contribuindo para qualidade de vida, sobretudo em pacientes idosos, que normalmente são acometidos por doenças crônicas e, portanto, grandes usuários de medicamentos.

Ressalta-se, a relevância destes resultados devido ao pioneirismo do estudo no município, servindo de indicador para o planejamento de ações estratégicas. Estudos mais amplos nesse campo são necessários a fim de se alcançar uma maior validade dos resultados, elevando a atuação do farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico junto aos pacientes.

Material suplementar
Agradecimentos

Os autores agradecem as agências de fomento: Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e a Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina (Funoesc). Os autores declaram que não há conflitos de interesse neste trabalho.

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Notas
Tabela 1
Classificação dos Resultados Negativos relacionados aos Medicamentos (RNM), adaptado do terceiro Consenso de Granada (2007)

Tabela 2
Distribuição dos pacientes segundo estado civil, escolaridade e ocupação

Tabela 3
Distribuição das patologias que afetam os pacientes idosos atendidos em uma unidade básica de saúde do município de Xanxerê

Tabela 4
Riscos de resultados negativos relacionados aos medicamentos associados a ocorrência de interações medicamentosas

N = Necessidade, E = Efetividade, S = Segurança da farmacoterapia. RNM= Resultados Negativos relacionados aos Medicamentos
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