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Conhecimento em Vigilância Sanitária: para onde vamos?
Daniella Guimarães de Araújo; Geraldo Lucchese; Isabella Fernandes Delgado;
Daniella Guimarães de Araújo; Geraldo Lucchese; Isabella Fernandes Delgado; Maria Helena Simões Villas Bôas
Conhecimento em Vigilância Sanitária: para onde vamos?
Health Surveillance Knowledge: Where Are We Going?
Vigilância Sanitária em Debate, vol. 5, núm. 1, pp. 1-2, 2017
INCQS-FIOCRUZ
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NOTA DOS EDITORES

Conhecimento em Vigilância Sanitária: para onde vamos?

Health Surveillance Knowledge: Where Are We Going?

Daniella Guimarães de Araújo
Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Geraldo Lucchese
Abrasco, Brasil
Isabella Fernandes Delgado
Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Maria Helena Simões Villas Bôas
Fundação Oswaldo Cruz, Brasil
Vigilância Sanitária em Debate, vol. 5, núm. 1, pp. 1-2, 2017
INCQS-FIOCRUZ

[...] Não conto os mortos de faca nem os mortos de polícia; conto os que morrem de febre e os que morrem de tísica. Conto os que morrem de bouba de tifo, de verminose: conto os que morrem de crupe, de cancro e schistosomose. Mas todos esses defuntos, morrem de fato é de fome, quer a chamemos de febre ou de qualquer outro nome. Morrem de fome e miséria quatro homens por minuto embora enriqueçam outros que deles não sabem muito.

Ferreira Gullar

O texto do poeta Ferreira Gullar permanece atual em tempos de desigualdade social crescente, tentativas de diminuição do direito constitucional à saúde, contingenciamento em ciência e tecnologia, ameaças à democracia e à segurança pública, entre tantos outros problemas. Ao aumento do número de casos de febre amarela no Brasil, soma-se as doenças reemergentes em curso e as patologias que o poeta descreve. Uma sensação de apreensão instala-se nos quatro cantos do país bem como nos demais países.

O trabalho com o conhecimento em saúde coletiva nesse contexto adverso em que vivemos, dominado muito mais pela funcionalidade dos mercados e seus produtos, requer daqueles que o produzem e divulgam e disseminam a preocupação ética com sua finalidade estratégica.

Pensando nisso, o início de um ano novo carrega em si sonho e planejamento. Considerando a publicação científica na área de vigilância sanitária, somos encorajados à reflexão após quatro anos ininterruptos de existência: Como os artigos publicados, em sua maioria, expressam os objetos referentes à proteção à saúde? Quantos acessos nossa produção científica em vigilância sanitária tem recebido? Que temática é mais recorrente? Qual região do país tem acessado mais a revista? Quais necessidades de crescimento a revista terá que enfrentar?

Pretendemos no decorrer deste ano compartilhar com nossos autores, leitores e revisores estes questionamentos e respostas. Bem como cumprir com algumas diretrizes que estabelecemos como condutoras da nossa Política Editorial: publicação em português, inglês e espanhol; sistema de submissão online dos manuscritos com mais agilidade e transparência no processo de publicação; internacionalização por meio da tradução de percentual da publicação para língua inglesa e a captação de autores e pareceristas ad hoc estrangeiros; relevância e qualidade dos dados publicados, por meio do incremento de um banco de revisores de renome, nacionais e internacionais.

Para tais desafios, contamos com leitores, pesquisadores e colaboradores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). É preciso uma rede solidária para consolidar conhecimento e torná-lo vivo.

A importância do conhecimento em acesso aberto – em época de conhecimento cada vez mais mercantilizado – necessita ser debatida e uma somatória de ações estratégicas deve se tornar efetiva. Divulgar um artigo científico muitas vezes é instigar uma transformação. Há artigos que colocam nossa visão preestabelecida em questionamento, sinalizam para a alteração de parâmetros usuais, demonstram outra forma mais efetiva de agir sobre riscos conhecidos, abrem frestas onde o conhecimento era opaco.

Em Vigilância Sanitária, esses novos conhecimentos podem e devem influir nas desigualdades regionais do SNVS e em suas ações de proteção à saúde, inspirando mudanças. Este propósito é o fundamento da divulgação científica em vigilância sanitária, principalmente em tempos mediados por tantas apreensões.

Boa leitura e um novo ano com Saúde!

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