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Fatores associados às escolhas ocupacionais das jovens mulheres baianas
Factors associated with occupational choices of young Bahia women
Fatores associados às escolhas ocupacionais das jovens mulheres baianas
Desenvolvimento Regional em Debate, vol. 8, núm. 2, pp. 47-67, 2018
Universidade do Contestado
Recepção: 26 Abril 2018
Aprovação: 28 Junho 2018
Resumo: Os jovens estão em uma situação mais adversa no mercado de trabalho. A saída precoce do período escolar mais a falta de experiência proporcionam dificuldades na obtenção de um emprego. Frente a isso, objetiva-se analisar os condicionantes das escolhas ocupacionais das jovens mulheres baianas entre estudar e/ou participar da População Economicamente Ativa (PEA). Para tal fim, utiliza-se um modelo logit multinomial com dados do Censo Demográfico do ano de 2010. Na presente pesquisa são considerados jovens garotas com idade entre 17 e 29 anos. Observou-se que a escolaridade dos pais influencia positivamente na decisão de apenas Estudar, ressaltando a importância do capital humano na trajetória dessas mulheres. Ao se cotejar as características pessoais, tem-se que o fato de ter filhos incentiva as jovens mulheres a transitarem para a categoria “Nem-nem”. Diante disto, é de suma importância políticas de planejamento familiar e, que em última instância, seriam potencializadas através da ampliação da quantidade de creches e escolas para crianças e de cursos na modalidade a distância para que tais jovens possam encontrar formas alternativas de inserção no mercado de trabalho.
Palavras-chave: Jovens, Escolha Ocupacional, Bahia.
Abstract: Youths people are in a more adverse situation in the labor market. The recent withdrawal from the school plus lack of experience creates difficulties in getting a job. The objective is to analyze the determinants of the occupational choices of young Bahian women between studying and/or participating in the Economically Active Population (EAP). For this purpose, a multinomial logit model with data from the 2010 Demographic Census is used. In the present study, young girls aged 17 to 29 years are considered. It was observed that parents schooling positively influences the decision to study only, emphasizing the importance of human capital in the trajectory of these women. When comparing the personal characteristics, the fact that having children encourages young women to move to the "Nem-nem" category. In view of this, family planning policies are of paramount importance and, ultimately, they would be strengthened by expanding the number of kindergartens and schools for children and distance learning courses so that these young people can find alternative forms of insertion in the market of work.
Keywords: Young, Choose Occupational, Bahia.
1 INTRODUÇÃO
Na atualidade, apesar do intenso estudo de órgãos e agências multilaterais dedicadas à defesa dos direitos humanos e da inserção de medidas de combate à exclusão social mundo afora, os índices de inatividade laboral juvenil ainda perduram. Esta questão tornou-se um problema social de monta no Brasil e no mundo, bastante discutido e difundido na mídia e na sociedade com foco na elaboração de políticas públicas.
Como integrantes da população economicamente ativa, os jovens apresentam características próprias que lhes atribui uma situação mais adversa no mercado de trabalho (BASTOS; MATOS, 2007). A falta de experiência, por exemplo, é uma característica que pode dificultar a obtenção de um emprego, ocasionando rendimentos menores (LOURENÇO, 2002). Além disso, a posição do jovem na esfera familiar, na maioria das vezes não sendo o chefe de família, e sim um dependente, proporciona ou estimula uma instabilidade ocupacional (ROCHA, 2008; SARRIERA; CÂMARA; BERLIM, 2000).
Estas dificuldades também estão correlacionadas com o prolongamento do processo de transição para a vida adulta, justificado primeiramente pela extensão da permanência do jovem na escola (CAMARANO et al., 2006) e, mais recentemente, pelo fenômeno da geração Nem-nem, denominação utilizada pra designar os jovens que não procuram emprego e que não estudam.
Alguns autores como Chevalier e Viitanen (2003) e Novellino (2010) ressaltam que há um forte viés de gênero dentro da problemática dos jovens denominados Nem-nem, dado que as mulheres são mais propensas a permanecer em casa para cuidar de irmãos menores, ou do próprio filho e, por vezes, para realizar as atividades domésticas.

Segundo os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) em 2012, 75% dos jovens brasileiros de 17 a 29 anos inseridos na geração “Nem-nem” eram do sexo feminino. Ademais, ao se comparar a distribuição ocupacional segundo sexo isoladamente, observa-se que a proporção de mulheres que nem trabalham nem procuram emprego é maior para o público feminino comparativamente ao masculino (Ver figura 1).
A Figura 2 apresenta a distribuição de jovens mulheres (entre 17 a 29 anos) no Brasil, onde verificou-se que entre as macrorregiões brasileiras a Região Nordeste obteve um maior contingente de jovens inativos e que não estudam. Ainda no que diz respeito a essa mesma região, o estado que mais inspira preocupação é a Bahia (ver Figura 3).


Diante deste ensejo, tem-se como objetivo analisar os condicionantes associados às escolhas ocupacionais das jovens mulheres baianas entre estudar e/ou participar da PEA ou mesmo ser Nem-nem.
A abordagem de tal tema justifica-se devido a necessidade de se aprimorar o entendimento sobre o mesmo com o intuito de fornecer maiores insumos para o direcionamento de políticas públicas para o Estado que contribuam para a inserção da mulher tanto para o mercado de trabalho como educacional.
Como hipótese principal desse trabalho, espera-se que os efeitos relacionados ao contexto familiar e individual possam influenciar sobre a decisão da jovem em alocar seu tempo disponível.
Para atingir o objetivo proposto, além dessa introdução, o artigo encontra-se estruturado em mais quatro seções. A seção 2 traz uma breve revisão da literatura. Na seção 3 é descrito o procedimento metodológico dividida em estratégia empírica e fonte dos dados. A seção 4 contempla a análise de resultados. Por fim, a seção 5 apresenta as conclusões da pesquisa.
2 REVISÃO DA LITERATURA
É uma característica peculiar dos Jovens, principalmente dos recém-formados do Ensino Médio, as dificuldades postas pelo mercado de trabalho que acabam por influenciar sua decisão quanto a sua alocação de tempo entre participar do mercado de trabalho, estudar ou nenhuma dessas opções.
Diversos trabalhos têm procurado realizar tal análise devido a importante influência que esta decisão tem sobre os rendimentos futuros desses jovens e, por conseguinte, na perpetuação ou não da pobreza e no bem-estar da sociedade em geral.
Como destaque podemos citar inicialmente Leme e Wajnman (2000) que analisam para o Brasil os determinantes da decisão de apenas estudar, apenas trabalhar, ambas ou nenhuma entre 1981 e 1998. Segundo o estudo, a probabilidade de apenas estudar foi pouco afetada, sendo as variáveis mais influentes: educação dos pais, renda familiar, ser homem e ter muitas crianças, sendo que as duas primeiras aumentam a probabilidade do jovem frequentar a escola e as duas últimas, reduzem esta probabilidade. Enquanto isso, houve o declínio da probabilidade dos indivíduos de apenas trabalharem e as mesmas variáveis já citadas afetaram, mas em sentido oposto, a decisão de só trabalhar. Por fim, notou-se um significante crescimento da categoria trabalha e estuda. No entanto, menos expressivo em localidades rurais. Já a decisão de não trabalhar e não estudar é mais provável para as meninas, principalmente em famílias com maior número de crianças.
Já os autores Camarano e Kanso (2012), analisaram as inter-relações entre escola e trabalho com base nos dados do Censo Demográfico de 2010. Como resultado, encontraram que os jovens que não estudavam e não participavam das atividades econômicas moravam nos domicílios de renda mais baixa. Esses domicílios eram caracterizados pela dependência dos integrantes da família à renda do chefe, no qual este possuía baixa escolaridade. Destacou-se ainda o efeito positivo da renda e a frequência à escola.
Estudos têm destacado com maior ênfase o recente aumento no Brasil da proporção de jovens que não estudam e nem trabalham. Essa condição é denominada de "nem-nem" que segundo Cardoso (2013), é um movimento estrutural observado no período entre 2000 e 2010. Para o autor, as desigualdades e a pobreza tem peso na explicação da condição "nem-nem" dos jovens.
Nessa mesma linha de análise, Monteiro (2013) procurou caracterizar o grupo dos “nem-nem” para o período de 2001 a 2011. O estudo mostra que esta condição é mais preponderante entre jovens com baixa escolaridade e de baixa renda, e mulheres, especialmente as com filho. Para esse último grupo, a condição “nem-nem” reflete a falta de opções para cuidado dos filhos enquanto trabalham ou estudam. O estudo destaca ainda a crescente inatividade entre os homens, principalmente entre os menos escolarizados.
Ainda na linha do “nem-nem”, Menezes Filho, Cabanas e Komatsu (2013) mostram que há um aumento na taxa de “nem-nem”. Entretanto, a duração dos jovens nessa situação é em média curta concluindo que poderá ser uma situação transitória.
Já Cabanas, Komatsu e Menezes Filho (2015), ao identificarem os determinantes da condição “nem-nem” observaram que aumentos na renda dos adultos integrantes da família do jovem “nem-nem” influencia positivamente as probabilidades de estudo e negativamente as probabilidades de oferta de trabalho.
Assim, a renda dos pais pode influenciar a decisão ocupacional dos filhos. Como divulgado, a oferta de trabalho tem forte ligação com o baixo nível de renda e com a estrutura familiar dos indivíduos. Nesse caso, o declínio da renda familiar aumenta a probabilidade de entrar no mercado de trabalho (SANTOS; KASSOUF, 2010; CACCIAMALI; TATEI; BATISTA, 2010).
Com relação ao efeito da renda sobre a decisão ocupacional do jovem, estudos têm se preocupado em averiguar o efeito das rendas oriundas do não trabalho na participação do mercado de trabalho (GRONAU, 1986; REIS; CAMARGO, 2007; HOFFMANN, 2010; TEIXEIRA, 2011; VASCONCELOS et al., 2017). Contudo existe ainda uma lacuna sobre qual tem sido o efeito de programas sociais sobre a situação ocupacional dos jovens na rede de ensino e/ou no mercado de trabalho.
Rodrigues, Costa e Mariano (2016) procurou investigar o impacto de aposentadorias, pensões e programas sociais na frequência escolar e oferta de mão de obra no mercado de trabalho para os jovens de 15 a 21 anos de idade, utilizando a PNAD de 2014. Para tal, as observações da amostra foram pareadas pelo algoritmo CEM (2009) e em seguida foi aplicado o Propensity Score Matching (PSM). Os resultados encontrados, sugerem que independente de morar ou não na zona urbana os jovens aumentam seu tempo entre estudos e trabalho, e o efeito médio sobre os “nem-nem” é menor.
Vasconcelos et al. (2017) investigaram a relação entre o Programa Bolsa Família e a probabilidade dos jovens adultos entre 18 e 29 anos pertencerem à geração “nem-nem”. Para alcançar o objetivo, baseiam-se em um modelo teórico que considera os microfundamentos da escolha do beneficiário entre trabalho, lazer e estudo. Empiricamente, os resultados obtidos indicam que o Programa Bolsa Família reduz a probabilidade de que os jovens sejam “nem-nem”. Ademais os autores apontaram para a existência de efeitos positivos do Programa Social sobre a probabilidade de estudar e trabalhar, com efeitos superiores para a participação no mercado de trabalho.
No tocante a cor, Dias e Vasconcelos (2016) avaliaram a condição de inserção social dos jovens “nem-nem” no Brasil. No seu estudo foi observado que as porcentagens de brancos aumentaram para a categoria “só estuda”, em relação ao total, as de não brancos aumentaram para a categoria “nem-nem”. Recentemente, um estudo elaborado com mulheres migrantes no Reino Unido destaca que mulheres brancas apresentam taxa de participação na força de trabalho baixa quando comparada a de migrantes negras (KHOUDJA; PLATT, 2018). Esse resultado não surpreende uma vez que essa influência dos grupos étnicos sobre o mercado de trabalho já havia sido exposta (CARLINER, 1981).
Por sua vez, o nível de educação dos agentes parece ser variável importante para entender a dinâmica do mercado de trabalho. A literatura mostra que ter pais mais instruídos reduzem as chances de os indivíduos trabalharem precocemente (CIRIACO; OLIVEIRA; ANJOS JÚNIOR, 2017). Nesse caso, a educação acaba influenciando não apenas a vida dos pais, mas de forma intergeracional impacta os resultados dos filhos no mercado de trabalho (BREEN et al., 2009; MASTEKAASA, 2009; BARONE; SCHIZZEROTTO, 2011). Logo, têm-se os níveis de educação surtindo efeito sobre diferentes gerações (SIRNIÖ; KAUPPINEN; MARTIKAINEN, 2017).
A pesquisa de Tillmann e Comim (2016) investiga as decisões dos jovens entre trabalhar e estudar, utilizando definições de trabalho remunerado e não remuneração, entre estes, a responsabilidade sobre os afazeres domésticos. Os autores ressaltaram a importância da educação dos pais e da renda no lar sobre a decisão de acumulação de capital humano dos filhos, reforçando a ideia da existência do fator intergeracional da educação e de oportunidades. Ademais, para as jovens a maternidade associou-se a decisão de não estarem mais estudando. Em linhas gerais, os resultados das estimações associaram as mulheres da geração “nem-nem” à baixa escolaridade, ao meio rural, ao casamento e à maternidade.
No referente ao gênero, a literatura mostra que as mulheres têm a entrada no mercado de trabalho influenciada, sobretudo pela fragilização da situação financeira (BECKER, 1965; BERNASCO; GRAAF; ULTEE, 1998; KHOUDJA; PLATT, 2018). No mais, destaca-se que as mulheres enfrentam problemas no mercado de trabalho como, por exemplo, preconceito em diversas atividades, remunerações menores, empecilhos em relação a assumir cargos de chefia dentre outros. Geralmente, os empregadores encaram as mulheres como sendo não qualificadas e menos produtivas, pagando-lhes salários mais baixos comparativamente aos homens (JAMES, 1999). Essa situação torna-se pior para as mulheres negras com baixos níveis de educação, levando as mesmas a participarem cada vez menos da força de trabalho ou se manterem segregadas em ocupações de baixa remuneração (COCORAN; PARROT, 1992).
Silva e Kassouf (2002) utilizando dados da PNAD estudaram os determinantes da alocação entre estudo e trabalho de jovens com idade entre 15 e 24 anos. O foco principal da pesquisa constituiu-se em verificar as condições socioeconômicas, em particular o nível educacional e a condição da atividade laboral. No tocante as características do lar, estes averiguaram que o tamanho do domicílio tende a afetar a frequência à escola e o trabalho uma vez que o número de crianças no lar teve efeito negativo na escolaridade dos jovens. Este resultado pode estar associado à necessidade de complementação da renda familiar, forçando os jovens a se dedicarem mais ao trabalho ou a atividades domésticas e menos aos estudos.
Por fim, as características inerentes ao próprio mercado de trabalho como, por exemplo, a baixa mobilidade, os custos de treinamentos, a necessidade de experiência e a situação adversa frente às crises econômicas tornam o acesso a esse mercado fator relativamente complexo. Os períodos que antecedem o baixo crescimento da economia e logo após os períodos de recessão funcionam como empecilho à entrada e permanência dos jovens no mercado de trabalho (VERICK, 2009). No tocante a experiência, Lourenço (2002) destaca que funciona como um entrave à obtenção de um emprego.
Como documentado, o mercado de trabalho expõe os jovens a menores ganhos salariais (LOURENÇO, 2002), instabilidade ocupacional (SARRIERA; CÂMARA; BERLIM, 2000; ROCHA, 2008), subemprego e emprego no setor informal (CHOUDHRY; MARELLI; SIGNORELLI, 2012), maior vulnerabilidade a contratos temporários (BOOTH; FRANCESCONI; FRANK, 2002; BALAN, 2014), maior sensibilidade a crises econômicas (O'HIGGINS, 2011; O'HIGGINS, 2012; DAL BIANCO; BRUNO; SIGNORELLI, 2015). No mais, esse mercado pode ser afetado por mudanças macroeconômicas (MARELLI; PATUELLI; SIGNORELLI, 2012; BRADA; SIGNORELLI, 2012; BOERI; GARIBALDI; MOEN, 2013), além disso, outras características individuais podem impactar a empregabilidade dos agentes, dentre outras, destaca-se a raça (COCORAN; PARROTT, 1992), a idade (VERICK, 2009), o sexo (JAMES, 1999), a educação e a maternidade precoce (SIRNIÖ; KAUPPINEN; MARTIKAINEN, 2017).
Frente ao exposto, a seção seguinte trata da metodologia que foi empregada para atender ao objetivo de averiguar quais os determinantes das escolhas ocupacionais das mulheres baianas.
3 METODOLOGIA
Nesta seção é apresentada a metodologia para a execução da investigação proposta. O modelo adotado será o Logit Multinominal, no qual tem como pressuposto uma variável dependente distribuída em multicategorias discretas não ordenadas, onde cada categoria é considerada única em relação às demais.
3.1 ESTRATÉGIA EMPÍRICA
A metodologia aplicada neste trabalho segue próxima à Hoffmann (2010). O modelo Logit Multinomial foi utilizado com o intuito de estimar o modelo de alocação do tempo das jovens mulheres entre 17 e 29 anos de idade.
O modelo logit multinomial é caracterizado pela existência de uma variável policotômica, adequando-se ao caso em que a variável resposta é qualitativa, com J possíveis categorias. Ressalta-se que nesse modelo não há vantagem alocativa entre as J categorias, ou seja, não há ordenamento (POWERS; XIE, 2000).
Nesse estudo, considera-se que os indivíduos tomam decisões relacionadas à distribuição do tempo gasto entre estudo e trabalho, dessa forma o indivíduo escolhe a alternativa que gere o maior nível de utilidade.
O modelo aplicado, trata-se de 4 categorias exaustivas e mutuamente exclusivas, as 4 probabilidades para uma mesma pessoa sempre somam 1. Logo as possibilidades de escolhas são descritas como:
- Jovem que não estuda e não participa da PEA.
- Jovem que não estuda e participa da PEA;
- Jovem que estuda e não participa da PEA;
- Jovem que estuda e participa da PEA;
A variável aleatória que indica a escolha efetuada pela jovem é observada de forma indireta, pois é resultante da integração de duas outras variáveis observáveis diretas descritas a seguir:


Onde E e T são variáveis binárias que representam a escolha do indivíduo .
Dessa forma as se guintes condições poderão ser obtidas por meio das combinações existentes entre essas duas variáveis:

A variável dependente assume valores ordenados de um a quatro, considerando que os indivíduos têm quatro opções que se enquadram entre as determinadas características definidas como: Jovem que Nem estuda Nem participa da PEA (j =1 ), Jovem que estuda e participa da PEA, (j =2) Jovem não estuda e trabalha (j =3), Jovem que estuda e não participa da PEA (j =4). Neste trabalho, optou-se por deixar como categoria base o Jovem que somente estuda (j =4).
A estrutura geral do modelo é baseada nas análises das probabilidades, no qual a especificação do modelo é dada como:
j=1,2,3,4 (1)
Onde 
é a variável aleatória que indica a escolha feita; P é a probabilidade do evento j ocorrer; é a matriz de características dos indivíduos e β é o vetor de parâmetros a ser estimado.
Para Greene (2003) as equações estimadas são provenientes de um conjunto de probabilidades para as escolhas (categorias) dos indivíduos dada suas características observadas, que neste estudo foram anos de estudo, raça, existência de filho, número de componentes na família.
Cabe destacar a necessidade de remoção da indeterminação no modelo através de uma normalização no qual uma alternativa é definida como base.
,j=1,2,3,4 (2)
Supondo, por exemplo, que β=0 obtém-se as probabilidades para a categoria utilizada como base, no qual foi escolhido os indivíduos que somente Estudam (ou seja j=4):
, j=1,2,3,4 (3)
É importante ressaltar também que os efeitos marginais serão obtidos derivando a equação acima:
= 
Cabe ressaltar que os efeitos marginais, assim determinados, não necessariamente possuirá o mesmo sinal dos coeficientes estimados. Para avaliar as estimativas do modelo logit multinomial, tem-se outra ferramenta que é a razão de risco relativo (RRR), definida da seguinte maneira:
(5)
Uma forma mais prática de encontrar o RRR é simplesmente calcular o anti-log dos coeficientes estimados. A interpretação do RRR refere-se à mudança relativa nas probabilidades das escolhas.
3.2 FONTE DE DADOS
Para que o estudo seja realizado foram utilizados os microdados do Censo Demográfico do ano de 2010. A escolha dessa base de dados consiste na gama de informações contida sobre as características demográficas e socioeconômicas da população, além de oferecer uma amostra bem superior a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD).
A amostra será restrita aos indivíduos do sexo feminino entre 17 e 29 anos de idade. A variável dependente será criada por meio da interação de duas variáveis, no qual indica a situação em que o indivíduo se encontra em relação ao estudo e em relação ao trabalho. Dessa forma a variável dependente se torna policotômica, na qual assume quatro valores ordenados de um a quatro, correspondentes a cada uma das seguintes categorias: Nem-nem, Estuda e PEA, somente PEA, somente Estuda, Estuda e PEA.
Com o intuito de atender os objetivos dessa pesquisa, foram aplicados alguns recortes como, por exemplo, excluir aquelas jovens que não possuíam status de filho da pessoa responsável pelo lar. Além disso, para homogeneizar os dados foram selecionadas jovens entre 17 e 29 anos de idade, sem qualquer deficiência física e/ou mental residentes na Bahia. Após essas filtragens e exclusão das observações faltantes, a amostra final do nível individual foi constituída por 63.222 observações.
As variáveis explicativas do modelo a serem consideradas estão descritas no Quadro 1.

A Tabela 1 apresenta as estatísticas descritivas do banco de dados após o devido tratamento das variáveis e exclusão dos valores faltantes para a Bahia no ano de 2010. Os dados indicam que 23,8% dos indivíduos são inativos e não estudam, 16,43% simultaneamente participam da PEA e estudam, 37,62% somente participam da PEA e 22,16% somente estudam.
É possível observar que a quantidade de jovens tem em média de 22 anos de idade. Boa parte da amostra é composta por jovens de cor não negra (85%), com média de 3 irmãos por domicilio. Do total de jovens, 7,88% auferem renda referente a programas sociais como Bolsa Família e Peti. Além disso, 42,96% possuem ensino Médio Completo até Superior Incompleto e com pais que não terminaram o ensino médio (pouco mais de 84%), localizados em sua maioria na zona urbana, cerca de 65%. Acrescenta-se ainda que 23,43% das jovens mulheres são mães.

4 RESULTADOS
Nesta seção, são apresentados os resultados do modelo multinomial para as situações de estudo e participação na PEA para as jovens baianas entre 17 e 29 anos, considerando as seguintes escolhas ocupacionais: a) nem estudar e nem participar da PEA (Nem-nem); b) Estudar e participar da PEA; c) Só participar da PEA.
É de suma importância destacar que o modelo necessita da escolha de uma categoria base, que na presente pesquisa é a de apenas estudar. A estimação das razões relativas de risco permite observar as chances que as jovens possuem de transitar da categoria Estuda (categoria base) para as três outras categorias, em face de variações nas variáveis explicativas.
Na Tabela 2, apresentam-se os coeficientes estimados, que em linhas gerais, foram significativos e possuem os sinais esperados em boa parte das variáveis estudadas. Os resultados apontam que quanto maior a idade da jovem maior a probabilidade de esta apenas trabalhar, ser Nem-nem ou trabalhar e estudar. Tal efeito já era esperado, dado que na categoria “apenas estudar” existem muitas jovens mulheres nas idades mais “novas” tanto no campo como nos centros urbanos que não terminaram o colegial. Observa-se ainda que o efeito da idade é superior na categoria PEA, esse resultado está relacionado com a tendência natural à disposição ao trabalho à medida que as mesmas se tornam mais velhas.
Ser mãe, aumenta em quase cinco vezes as chances de transitar para a categoria “Nem-nem” o que já é esperado dado que a não inserção no mercado de trabalho, assim como na rede de ensino, para a mulher, pode ser fruto da falta de opções ao passo que precisa cuidar dos filhos pequenos (TILLMANN; COMIM, 2016; MONTEIRO, 2013).
Cabe ainda destacar que o fato de ter filhos aumenta também as chances de inserção na PEA em pouco mais de três vezes, tal resultado é consoante com a literatura exposta dado que a condição “Nem-nem” é em média curta, implicando em uma situação transitória para a maioria dos jovens (MENEZES FILHO; CABANAS; KOMATSU, 2013).
No caso de irmãos no domicílio observou-se que quanto mais irmãos no lar maior a probabilidade da jovem mulher escolher não estudar nem trabalhar, essas chances aumentam 4,2% a cada novo membro adicionado no domicílio, tal fato pode estar associado ao cuidado dos irmãos pequenos, assim, estimulando a inatividade entre os demais membros da mesma família. Ao mesmo tempo, observou-se um aumento nas chances de inserção na PEA, acrescendo em 6,2% para cada novo membro no domicílio, o que é esperado devido a menor renda per capita familiar auferida, incentivando a entrada na força de trabalho.
As estimativas apontaram que aumentos no nível de escolaridade atuaram no sentido de aumentar a probabilidade de que a mulher passe da categoria Estuda para a de economicamente ativa (PEA), independente de esta trabalhar e Estudar ao mesmo tempo. Observa-se ainda que as jovens com escolaridade de fundamental completo e Ensino médio incompleto tem menores chances de transitar para categoria Nem-nem em relação as jovens com escolaridade menor que fundamental completo, reduzindo as chances em 59%.

Em relação à cor, observa-se que mulheres de raça negra, tem maior probabilidade de transitar para categoria PEA independente de estudar ou não. Ainda, dentre as variáveis de características pessoais, o fato de auferir alguma renda associada aos programas sociais reduz as chances de transitar da categoria Estuda para as demais.
A variável de educação dos pais é entendida como proxy para a renda familiar, dado que pais mais educados disporiam de mais recursos financeiros para investir na educação de seus progenitores. A educação do chefe é um importante fator na determinação da alocação do tempo dos jovens (LEME; WAJNMAN, 2000; MENEZES-FILHO, 2002). Os resultados apontam que chefes menos instruídos (menor que ensino médio) aumentam a chance relativa de o filho ser Nem-nem, trabalhar e estudar e somente trabalhar em comparação as jovens que só estudam. Tal fato ocorre porque pais mais educados teriam mais informações sobre a importância da educação e tenderiam a atribuir maior valor ao conhecimento.
Com o intuito de complementar a análise anteriormente exposta das razões de risco relativo, foi obtido o efeito marginal das variáveis. Vale enfatizar que a alternativa Estuda foi utilizada como categoria base. Na Tabela 3 é apresentado as estimativas dos efeitos marginais (em seus respectivos pontos médios) para as variáveis selecionadas.
No que se refere a influência da Idade na decisão da jovem de alocar seu tempo, observa-se que esta variável é significativa para as quatro alternativas. Para cada ano adicional de vida da mulher, há uma predisposição natural ao aumento na participação da PEA e uma queda na participação da rede de ensino representando um aumento de 0,035 pontos percentuais (p.p.) para a primeira e 0,031 pontos percentuais (p.p.) para a última.
Segundo Araújo et al. (2010) o aumento da idade diminui o percentual de indivíduos que somente estudam e aumenta, por seguinte, o percentual daqueles que participam da força de trabalho.
Com relação à escolaridade da jovem, quanto mais instruída, menor a probabilidade desta ser Nem-nem, e maior a probabilidade desta participar da PEA. Observa-se ainda que as mulheres com melhores níveis educacionais possuem menor probabilidade de estudar em relação as mulheres pouco escolarizadas, tal resultado já era esperado uma vez que há uma predisposição natural ao trabalho ao finalizar o ciclo de vida educacional.
No tocante à Raça, tal variável mostrou-se significativa para as quatro alternativas observadas, evidenciando que ser de raça negra tende a reduzir a probabilidade de não estudar e ser Nem-nem, ao passo que aumenta a probabilidade de apenas trabalhar em 0,05 p.p.
Sugere-se que este resultado pode estar associado ao fato de que a população negra historicamente está nas camadas sócio econômicas mais vulneráveis do pais, bem como, conta com um menor amparo familiar para se dedicar exclusivamente aos estudos.
O fato de ter irmãos tende a aumentar a probabilidade de a jovem trabalhar ou procurar um emprego ao passo que diminui a probabilidade da mesma estudar. Este resultado já era esperado uma vez que famílias numerosas tendem a ter menor renda familiar per capita o que estimula a participação da jovem na população economicamente ativa com o intuito de ajudar financeiramente os pais, corroborando com Kassouf (2002) que, em linhas gerais, ressaltou que o aumento do tamanho da família leva a um aumento da participação na força de trabalho.
O fato de ser mãe foi estatisticamente significante em todas as alternativas, com uma tendência a reduzir em 0,02 p.p. a probabilidade da mulher de apenas estudar independente desta trabalhar. Em contrapartida, aumenta a chance de ser Nem-nem e participar da PEA em 0,142 p.p. e 0,125 p.p., respectivamente. Este resultado sugere que o fato de ser mãe tende a incentivar a inatividade entre as mulheres, porém acredita-se que tal situação é passageira e estas tendem a retomar suas atividades laborais a medida que seus filhos se tornam maiores.

As jovens que vivem em áreas urbanas tendem a ter maior probabilidade de apenas participar da PEA (0,4 p.p.), como também estudar e participar da PEA (0,05 p.p.) e menos propensas a ser “Nem-nem” (0,07 p.p.).
No que se refere a educação do responsável pelo lar os resultados apontam que pais mais educados tendem a reduzir a probabilidade da filha ser Nem-nem e trabalhar, enquanto que aumenta a probabilidade desta estudar. Isso ocorre porque pais mais educados apresentam uma maior estabilidade financeira, aumentando a probabilidade do jovem apenas estudar.
Cabe destacar ainda que a relação categórica da geração “Nem-nem” com a baixa escolaridade já foi discutida por Camarano e Kanso (2012), onde as autoras também enfatizam a importância da baixa renda e da escolaridade do chefe do domicílio sobre tal condição.
O fato de receber alguma renda associado a programas de transferência de renda tende de certa forma a reduzir a probabilidade de estar na condição Nem-nem em 0,008 pontos percentuais (p.p.), reduz a probabilidade de participar da PEA em 0,018 p.p. e aumenta a probabilidade de estudar em 0,021.
5 CONCLUSÃO
A exclusão social juvenil é um problema social que tem consequências de longo prazo na vida dos jovens, favorece o crescimento da pobreza e impulsiona a desigualdade entre as pessoas. Na Bahia, apesar da expansão da rede de ensino e do crescimento de atividades econômicas no campo e em pequenos vilarejos ainda há um número significativo de jovens que nem participam da PEA e nem da rede de ensino, afligindo principalmente o público feminino.
Nesse cenário, este artigo procurou investigar os determinantes das escolhas ocupacionais dessas jovens, com atenção especial para os possíveis efeitos associadas as características individuais, familiares e locais.
Desta forma, buscou-se complementar as pesquisas de Leme e Wajnman (2000), Camarano e Kanso (2012), Cardoso (2013), Monteiro (2013), Menezes Filho, Cabanas e Komatsu (2013) e Cabanas, Komatsu e Menezes Filho (2015). Tais pesquisas buscaram analisar, sobretudo, as escolhas ocupacionais dos jovens sobre trabalho e estudo, para tanto, considerando determinadas características domiciliares.
Por meio das apreciações feitas, observou-se que a escolaridade dos seus respectivos pais influencia de forma positiva na decisão de apenas Estudar, ressaltando a importância do capital humano na trajetória dessas mulheres.
Considera-se ainda que o fato de ter filhos tende a incentivar a jovem a transitar para a categoria “Nem-nem”, dado que a falta de opção para cuidados dos filhos e a inflexibilidade da jornada de trabalho pode tornar oneroso seu engajamento profissional bem como aumenta o atraso escolar. Contudo, ressalta-se que estas tendem a retomar suas atividades laborais a medida que seus filhos se tornam maiores, sendo a situação Nem-nem transitória para boa parte destas mulheres.
Diante deste ensejo, é de suma importância políticas de planejamento familiar e, que em última instância, seriam potencializadas através de ampliação da quantidade de creches e escolas nas zonas rurais permitindo que essas mães trabalhem e/ou estudem mesmo com a presença de filhos pequenos em casa.
Nesse sentido, para que tais jovens possam ter acesso a ensino mesmo lidando com suas diversas obrigações diárias, seria interessante o incentivo do ensino à distância voltado ao esse público uma vez que poderiam aumentar suas qualificações e impulsionar suas respectivas inserções no mercado de trabalho.
Ademais, no intuito de que essas jovens não recaiam no mundo das drogas, marginalização e gravidez indesejada necessita-se de criação e reformulação de políticas de amparo a família dessas mulheres, principalmente, aquelas localizadas em regiões de pouco acesso, com intuito de direcionar ou facilitar a inserção na sociedade economicamente ativa.
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