Investigación
Laboratório de informática: Um “novo” desafio para a educação na Escola Municipal Dona Sofia de Góes Monteiro Matriz de Camaragibe, Alagoas, B
Laboratório de informática: Um “novo” desafio para a educação na Escola Municipal Dona Sofia de Góes Monteiro Matriz de Camaragibe, Alagoas, B
Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, vol. 3, núm. 1, pp. 55-72, 2017
Universidad de Jaén

Recepção: 01 Novembro 2016
Aprovação: 31 Dezembro 2016
Resumo: O estudo traz uma reflexão sobre a necessidade de envolver os profissionais escolares docentes e discentes ao acesso a inclusão digital, com o objetivo de identificar a importância do uso dos laboratórios de informática no processo de ensino e aprendizagem nas escolas municipais de Matriz de Camaragibe, Alagoas. A metodologia teve enfoque quali-quantitativo para descrever o uso dos laboratórios de informática nessas escolas. Contudo, demonstrou-se que apesar da ferramenta estar à disposição da comunidade escolar, estes se deparam com obstáculos que interferem diretamente no desenvolvimento do ensino tais como: A falta condições adequadas para o uso e a falta de capacitação aos docentes para o domínio do uso desses laboratórios.
Palavras-chave: tecnologia, ferramenta, escola, qualidade, desenvolvimento.
Abstract: The study brings a reflection on the need to involve teachers and students in accessing digital inclusion, in order to identify the importance of using computer labs in the teaching and learning process in the municipal schools of Matriz de Camaragibe, Alagoas. The methodology had a qualitative-quantitative approach to describe the use of computer labs in these schools. However, it has been shown that although the tool is available to the school community, they are faced with obstacles that interfere directly in the development of teaching such: The lack of adequate conditions for the use and the lack of training for teachers in the field of use these laboratories.
Keywords: technology, tool, school, quality, development.
Laboratório de informática: Um “novo” desafio para a educação na Escola Municipal Dona Sofia de Góes Monteiro Matriz de Camaragibe, Alagoas, Brasil.
.-Introdução.
1.-Introdução.
Em nossos dias é muito comum se falar de tecnologia, pois, elas estão presentes em nossa, em nossos lares, escolas, trabalho e até mesmo em nossos meios de diversões mais comuns ou grandiosos. Com isso, percebemos que é impossível em nossa rotina de vida tanto quanto no trabalho, pensarmos que não nos auxiliamos desse veículo essencial em nossas ações de informação e transformações sociais que é a tecnologia. Por ser tão comum em nosso meio, achamos que não utilizamos a tecnologia. E com isso, devemos nos atentar para uma simples indagação: “Se estamos cercados e “não vivemos” sem a tecnologia em nossos dias, como então aproveitarmos ao máximo sua constante presença em nosso cotidiano e mudarmos a forma de vermos o seu uso no processo de ensino e aprendizagem e suas contribuições no meio educacional?”.
Pergunta geral: Qual a importância do uso dos laboratórios de informática nas escolas publica de Matriz de Camaragibe - AL?
O Objetivo geral da pesquisa é: Identificar a importância do uso dos laboratórios de informática no processo de ensino e aprendizagem nas escolas municipais de matriz de Camaragibe - AL.
Os Objetivos específicos da pesquisa são: 1) identificar se alunos e professores tem acesso ao laboratório de informática? 2) observar quais são as condições desses laboratórios de informática? 3) analisar se os laboratórios de informáticas são utilizados como suporte pedagógico no ambiente escolar?
Estamos diante um grande questionamento em nossas redes educacionais em relação ao uso dos laboratórios de informática de nossas Escolas Públicas: “Para que serve esses laboratórios, se nossos alunos e profissionais não tem acesso ou a mínima condição de uso para executar suas atividades escolares”?
Avaliando nossa reflexão sobre tecnologia e informática nas escolas, percebemos que se faz necessário e é indispensável no meio educacional, pois segundo Wang (2006) citado por Löbler et al. (2010), num mundo marcado por rápidas e profundas transformações, estudos sobre a TI e a educação tornam-se fundamentais para compreender e acompanhar as novas demandas educacionais contemporâneas. Mas nem sempre foi assim, não se imaginava quando se poderia ter em uma estrutura educacional qualquer um “ambiente tecnológico que beneficiasse seus professores a uma nova visão de métodos e práxis inovadoras que estimulassem os docentes a terem uma praticidade no processo de ensino e aprendizagem”.
A informática no Brasil dentro da área da educação se deu por volta da década de 70, a qual se desenvolveu primeiramente pelo ensino superior com algumas instituições de grande reconhecimento como a UFRJ, UNICAMP E UFRFS. O que prova que não é de hoje essa preocupação com o avanço educacional, fazendo com que professores e discentes tenham um maior suporte para o avanço de nosso ensino e aprendizagem em um país que se encontrava em pleno auge pela busca de uma educação com um maior desenvolvimento de qualidade.
Segundo Luft (2006, p. 365) diz que o termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas. Nesse sentido, entendesse que o termo informática está conectado diretamente as nossas tecnologias, nos oferecendo assim a ideia de que não há como falarmos de educação sem envolvermos os laboratórios de informáticas e outros meios tecnológicos, pois temos uma grande associação de ambos os termos.
Quando pensamos em tecnologia, vem logo em nossas mentes inovações futurísticas, mas, tecnologia vai além da nossa imaginação e ideias de objetos e coisas que almejamos como suporte de avanços. Pois em nossos dias o que é comum para muitos como: ligar ou desligar um computador, realizar uma simples chamada por um celular com touch screen, usar um micro-ondas, mandar uma mensagem instantânea, para outros, pode ser considerado uma ação avançadíssima, e essas pessoas se encontram envolvidas em nossas estruturas educacionais e não buscam mudanças, pois, se sentem cansadas e desmotivadas.
O que se nota facilmente ao questionarmos nossos profissionais sobre a importância e uso das tecnologias em prol da educação é uma resistência incontrolável a essas novas mudanças, pois elas nem sempre são aceitas, pois existe uma grande relutância por parte de muitos ao uso não apenas de laboratórios de informática e sim, a toda e qualquer tecnologia no ambiente escolar. Mas o que é uma nova tecnologia na visão de muitos educadores? Para que serve de fato os laboratórios de informáticas no ambiente escolar? Nossos profissionais têm perícia para utilizar esses equipamentos em sala de aula? Como os laboratórios de informática contribuem na formação e desenvolvimento cognitivos de nossos alunos?
São indagações como essas que nesse artigo tentaremos responder, observando e buscando entender como nossos laboratórios de informáticas e as novas tecnologias são vistas e utilizadas por nossos professores e alunos. Esse artigo surge em cima de uma grande inquietação que é os laboratórios de informática que não são utilizados nas escolas municipais e como foco de pesquisa, foi analisada e pesquisada a escola Municipal Muniz Falcão da Cidade de Matriz de Camaragibe- AL.
2.-Laboratório de informática: um “novo” desafio para a educação.
É muito comum surgir em nossos meio grandes questionamentos sobre tecnologia e modernidade. Mas o que é modernidade? Segundo Parra (1997): “é uma época multidimensional e completa”. Mas o que significa isso para os nossos profissionais? Como nossos alunos entendem modernidade? Partindo desse eixo de reflexão é que tentaremos analisar a importância do uso dos laboratórios de informáticas em nossas atividades escolares, buscando entender o que falta para que nossa educação saia de uma “utopia” para uma práxis real e concreta.
Segundo Valente (1993, p. 13), para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno, sendo que nenhum se sobressai ao outro. O autor acentua que “o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador.
Em nossas escolas no município de Matriz de Camaragibe - AL, apenas a educação infantil e duas das novas Escolas Modulares é que não são equipadas com laboratório de informática em sua estrutura, pois, as mesmas foram construídas com recursos federais e não tinha em seus projetos iniciais o espaço para a utilização de um laboratório.
Diante dessa realidade, observa-se que mesmo existindo os laboratórios nas dependências das escolas, não são utilizados por razões de alguns fatores que implicam diretamente no processo formal que são: 1º - existem os computadores, mas não funcionam;
2º - os laboratórios não têm estrutura física para atender todos os alunos;
3º - algumas escolas têm os laboratórios montados, mas ainda falta a “liberação de uso” (instalações);
4º - não existe nenhum profissional que auxilie os professores com seus trabalhos nos laboratórios;
5º - professores sem nenhum conhecimento e domínio da tecnologia oferecida (imperícia dos profissionais).
O uso de tecnologia na formação dos educandos tem gerado uma grande discussão no âmbito educativo, pois levanta uma velha questão que há anos estamos ouvindo debater que é a inclusão digital. E com essa inclusão vem outra questão que se arrasta para os nossos meios que é: “o uso da tecnologia ajuda a ensinar melhor os conteúdos ou apenas aprimoram a falta de atenção dos alunos ao que os professores estão realizando em sala de aula?”
Revendo a questão citada acima se conclui que a tecnologia se faz necessário no processo de ensino, pois o aluno ao chegar à escola não se encontra vazio, pois ela deixou de ser a primícias do conhecimento, graças as TI’s a escola passou a não ser a principal fonte de aquisição de toda e qualquer informação. Em nossos dias as redes eletrônicas permitem a cada profissional uma melhor praticidade com seu trabalho e com a interação com seus educandos. O interesse do MEC de pesquisar e conhecer os efeitos da utilização da informática no meio educacional no Brasil despertou a criação de vários cursos de desenvolvimento das TIC’s como suporte de apoio e aprimoramento dos educadores em grande parte de nossos estados.
O (FORMAR) foi um projeto criado com a missão de atender o maior número de profissionais nos variados de locais no Brasil, sendo ele estabelecido entre os meses de junho a agosto do ano de 1987. O programa teve uma boa receptividade que no ano de 1989 foi criado o FORMAR II. Com o sucesso causado, na década de 90 foram criados outros cursos pelas Escolas Técnicas Federais do nosso país. Mesmo existindo todos os meios possíveis para que a nossa educação se se desenvolve de maneira acelerada em nosso país, mesmo assim existia um ponto de discussão muito grave, ponto esse que mudava a direção dos objetivos propostos inicialmente na criação dos cursos de formação dos educadores. Por mais assustador que pareça, a barreira que nos limitavam a entender porque não alcançamos o clímax maior de nossos ganhos por meio dessas oportunidades apresentadas pelo governo eram os próprios professores.
No ano de 1989 foi criado o PROINFE (Programa Nacional de Informática Educativa) pelo MEC, por meio de projetos e atividades e fundamentos pedagógicos. Segundo Janaine Moura (2012), esse programa foi criado para desenvolver o uso de informática no 1º, 2º e 3º graus e educação especial. Esse programa foi Instituído com a missão de criarem centros de pesquisas, capacitação e formação de professores em todo o país.
Quando questionamos nossas professoras e professores sobre como eles utilizam o laboratório de informática na pratica educacional, ambos entram em um silêncio reflexivo e em seguida respondem com uma colocação muito vaga e totalmente cercada de incertezas e remoço sobre como será interpretado/a se houver uma ação além do questionamento, sobre o conhecimento e uso dos mesmos.
Não é uma tarefa simples tentar compreender o que rola na mente dos profissionais que não se definem sobre o uso e a dinâmica exercida pelo laboratório e suas tecnologias aplicadas na educação, pois não é muito natural em Matriz de Camaragibe, os profissionais envolverem em seus planejamentos de aula a utilização dos laboratórios como ferramenta complementar para promover o ensino e aprendizagem nas instituições de ensino, não pela falta de materiais ou até pode ser por falta de instalações deles. Pois muitos dos laboratórios ainda não foram instalados por falta de liberação do MEC. Segundo a administração do município.
A criação de um ambiente inovador é adequar às novas aprendizagens ao meio o qual vivemos, pois conforme Valente (1993), o objetivo da inclusão de computadores na educação não pode ser visto como modismo, mas como uma maneira de atualizar o sistema de ensino quebrando todos os paradigmas educacionais bem além das políticas sociais e econômicas.
Esse quadro mostra o quanto nossas escolas necessitam mudar suas atividades educativas, não criando receitas que não apresente soluções claras e que contribua diretamente com o processo de ensino e aprendizagem. Fazer uso de uma tecnologia com o fim educativo exige formação, reflexão, estrutura física, a qual não é parte principal, o que tem mais necessidade é de uma profunda análise sobre a prática pedagógica com uma dimensão socializadora e interpessoal.
Segundo Ladim (1997; p. 04), a escola, na sua concepção tradicional, não tem como assumir sozinha o papel de propulsora do desenvolvimento e do conhecimento. Fazse necessário que novas foras de abordagem da difusão do saber sejam utilizadas para atender à forte demanda da sociedade atual, cujas perspectivas sociopolíticas, pedagógicas e tecnológicas, entre outras, apresentam, por sua própria dinâmica novos enfoques.
Para que tenhamos resultados proveitosos de um projeto tão inovador e dinâmico em nossas escolas se faz necessário que todos participem e contribuam para que essas ações saiam do papel. Um programa que fez muito sucesso na tentativa de se consegui a inclusão digital de uma maneira mais pratica foi a criação do PROUCA (Programa Um Computador por Aluno), projeto que despertou além da acessibilidade uma correria por uma cadeia produtiva econômica no Brasil. Esse projeto teve seu ápice no ano de 2011, contemplando aproximadamente 300 escolas públicas de estados e municípios.
O UCA atendeu a vários estados do Brasil através de laptops como os estados do: Acre, Bahia. Distrito Federal, Minas Gerais, Espirito Santos entre outros. Em nossos dias atuais, todas as escolas Públicas e privadas tem acesso a tecnologias e fazem uso de uma forma ou de outra desses veículos de informação em massa. Mas apenas algumas escolas mantém o uso de suas TIC’s para facilitarem a aprendizagem e práxis dos docentes. Por mais impossível que pareça, muitos dos laboratórios ainda não funcionam adequadamente, por motivos diversos, tais como o mau armazenamento dos eletrônicos e desvios de peças entre outros fatores.
Os laboratórios de informáticas encontrados nos ambientes educacionais do município de Matriz de Camaragibe – AL. São recursos federais que bem geridos, passam ser grande aliado na educação de qualidade que almejamos facilitando a comunicação e a inter-relação professores x alunos, mas, para que se alcance um melhor desempenho na formação do aluno é essencial que os educadores tenham uma formação compatível com a necessidade de sua escola e almejem realizar uma verdadeira transformação na educação em que se busca construir.
2.1.-Concepção dos professores quanto ao uso dos laboratórios de informática.
O que se percebe nos profissionais da escola pesquisada, é que muitos não têm conhecimento sobre o uso das tecnologias que são oferecidos por meios dos laboratórios, nem buscam aperfeiçoamento sobre o assunto. O que se nota é uma situação de “conforto”, pois ao ser questionado sobre o tema, uma das entrevistadas respondeu:
Entrevistada: “Depois de vários anos em sala de aula realizando minhas atividades da forma como fui instruída, hoje tenho que saber “mexer” com maquinas que muito mal eu sei como ele funciona... Meus alunos têm mais habilidade que a minha própria pessoa, que no momento deveria ser conhecedora para poder ensina-lhes sobre o assunto de forma mais prática e simples. Mas não domino nada sobre computadores”. Muitos desses profissionais além de não terem conhecimento algum ou bem pouco, não participam e até mesmo não se encontram matriculados no PROINFO ou fizeram um curso de aperfeiçoamento na área de informática.
Segundo Borges (1999, p, 136), a Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo.
O que nota-se nos profissionais é que, o uso das tecnologias vem favorecer um ensino com maior praticidade e amplas vantagens de alcançarem novos conhecimentos, mas por outro lado eles não têm os “acessos legais”, que significa uma pessoa capacitada para conduzir os princípios de seus objetivos envolvidos na sua aula. O que se percebe em nossos dias é que não poderíamos ter profissionais que não dominam ou não tenham conhecimento voltado para ao uso de computadores e outras tecnologias da informática. Pois temos vários cursos e formações que podem proporcionar aos nossos professores recursos e meios para desempenhar seu papel totalmente voltado para o uso de tecnologias atuais e internet, possibilitando uma aula mais prazerosa e dinâmica em uma era tecnológica que enfrenta o nosso corpo discente, que dominam muito mais que nossos professores.
Mas por que nossos professores não têm “intimidade com as tecnologias de nossos dias”? Oque falta em nossas escolas para a internet seja algo comum quanto o quadro de giz em nossas escolas? Ladim (1997, p. 04) afirma que a escola, na sua concepção tradicional, não tem como assumir sozinha o papel de propulsora do desenvolvimento e do conhecimento. Faz-se necessário que novas formas de abordagem da difusão do saber sejam utilizadas para atender à forte demanda da sociedade atual, cujas perspectivas sociopolíticas, econômicas, pedagógicas e tecnológicas, entre outras, apresentam, por sua própria dinâmica, novos enfoques.
Percebemos claramente que necessitamos mudar a forma como vemos a nossa educação ao envolvermos nesse contexto o uso da Internet e suas tecnologias para chegarmos o êxito de uma educação de qualidade. Há muito que se fazer em busca de uma educação de qualidade dentro dos novos aspectos tecnológicos, e se faz necessário que os educadores busquem ainda mais meios e condições para que a educação em nossos estados e municípios alcance os mais altos índices de desenvolvimentos propostos pela impulsão do desenvolvimento tecnológico em nosso país.
Em nossos dias, muitos veem o uso das tecnologias como uma ferramenta de distração, que não tem nenhum fundamento no processo de ensino aprendizagem. Ainda dizem que não muda nada, pois o que pode facilitar a vida dos educando é a insistência no contesto tradicional que no passado servil e que continuará a servi independente da época e geração. Nem todos os profissionais tem interesse de desenvolver uma prática que facilite ou venha deixa suas aulas mais pratica ou prazerosa. Muito não tem qualquer noção do uso de um computador ou até mesmo de um tablete, por razões obvias, como a total imperícia no assunto. E por outro lado não tem mais nenhum estimulo ou condições de buscarem uma formação adequada para exercerem um papel de um professor ou professora moderno e tecnológico.
2.2.-O perfil dos professores.
O que nota-se nos professores da rede municipal de Matriz de Camaragibe é que, como não há uma motivação direta da direção pedagógica da escola, eles por sua vez não estão preocupados com as novas mudanças exigidas de forma indireta de seu público alvo. É comum os profissionais se queixarem que não tem nenhum apoio quando se trata de tecnologia, apesar de não comungada por todos essa opinião, entende-se que os gestores por sua vez deixam muito a desejarem. Pois existem não se encontra mais a formação continuada na carreira dos profissionais. O que se descobriu também foi que: dos vários cursos e meios para auxiliar os professores e alunos no processo de ensino e aprendizagem não foram abraçados pelo município de Matriz de Camaragibe. Os poucos adotados, não ofertaram vagas nem para a metade dos professores ativos que necessitavam dessa formação.
Muitos professores são desafiados diariamente por seus alunos quando se trata do uso e conhecimento de informática nas escolas, e com isso percebe-se claramente que os professores estão bem a quem da realidade vivenciada por seus alunos. Muitos dos professores não têm quase ou nenhum conhecimento tecnológico, o que apenas adoça a realidade das escolas, as quais podemos afirmar que, quando os protagonistas do desenvolvimento coletivo não se encontram qualificados e preparados para enfrentarem os desafios do seu cotidiano, a sociedade só tem a perder e muito mais ainda os que são diretamente atingidos por tal despreparo.
Sabe-se que não é uma tarefa fácil encontrarmos uma escola pública dotadas de laboratórios em verdadeiras condições de uso e com uma perfeita estrutura para atender aos seus professores e alunos. O MEC (Ministério da Educação e Cultura), oferta condições em parceria com Estados e Municípios do Brasil para a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas e assim conseguirem formar profissionais qualificados para atuarem nas escolas públicas através do Programa Nacional de Tecnologia (PROINFO).
Mesmo sabendo que existem programas nacionais de incentivos a formação e aquisição dos conhecimentos tecnológicos de nossos profissionais, muitos ainda não se interessam em buscar ou descobrir os meios que facilitem o acesso direto a essa assistência a cada um desses professores e professoras. A grande certeza que se observa nos profissionais é que existe uma grande insegurança por parte desses profissionais quando se trata de trabalhar com alunos nos laboratórios de informáticas, pelo simples fato de saberem que seus alunos tem um maior conhecimento e domínio com as maquinas, deixando-os presos a um processo de ensino desmotivador e sem o atrativo tão almejado por seus educandos.
2.3.-O perfil das Escolas.
Muitas instituições que inseriram os laboratórios de informáticas como ferramenta de desenvolvimento educacional, não conseguiu realizar todas as suas adequações, dificultando dessa forma toda e qualquer possibilidade de serem desenvolvidos trabalhos que proporcionem uma melhor atratividade aos seus discentes. Tornandose apenas enfeites para sua composição, fazendo com que, as técnicas tradicionais de ensino tornem um pouco mais atrativas aos olhos e entendimento dos alunos, sendo que, os laboratórios passam a existirem sem o uso do seu devido papel. Dessa forma as escolas apenas passam a ter recursos pedagógicos perante as TIC’s, mas, sem nenhum efeito positivo no desenvolvimento ensino e aprendizagem pela não utilização dos laboratórios de informáticas.
Por se só, os laboratórios de informáticas nas escolas não conseguem resolver os problemas existentes. É fundamental que o seu uso possa estar ligado aos planejamentos e projetos criados para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. Para Amaral (2006): “Inovações tecnológicas não determinam inovações pedagógicas. Melhores recursos não implicam melhores desempenhos”. A escola que explora o uso dos laboratórios de informática decisivamente na vida dos alunos despertando neles as descobertas e à construção do conhecimento, tende a desenvolver melhor o ambiente ao seu redor e seus protagonistas, com isso toda a comunidade aprende a fazerem uso de uma ferramenta que dará suporte a todas as áreas de disciplinas como: matemática, língua portuguesa, ciências e etc.
Compete à escola através de seu currículo favorecer aos estudantes e professores meios e perspectivas que favoreçam o desenvolvimento nesse mundo tecnológico que se encontra em constantes mudanças. Sendo assim, é responsabilidade da Escola e Educadores assumirem os laboratórios de informáticas como ferramenta de trabalho, colocando-a a serviço da educação. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999; p. 121), as competências e habilidades a serem desenvolvidas em informática são: Representação e Comunicação, reconhecendo a informática como ferramenta para as novas estratégias de aprendizagem, capaz de contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento, nas diversas áreas; Investigação e Compreensão, compreendendo as funções básicas dos principais produtos da automação da microinformática e identificar os principais modelos de informática, reconhecendo-os de acordo com suas características, funções e modelo, e contextualização sociocultural, conhecer a internet, que teria a finalidade de incentivar a pesquisa e a investigação graças às formas digitais e possibilitar o conhecimento de outras realidades, experiências e cultura das locais ou corporativas, compreender conceitos computacionais, que facilitem a incorporação de ferramentas específicas nas atividades profissionais e reconhecer o papel da informática na organização da vida sociocultural e na compreensão da realidade, relacionando o manuseio do computador, a casos reais, seja no mundo do trabalho ou na vida privada.
Apenas a presença dos laboratórios nas escolas não é suficiente, pois se a qualidade do ensino não estiver em primeiro plano, apenas com o acervo de maquinas e um espaço sem uso concreto como se encontra, será mais uma estratégia fadada ao erro. Para informatizar uma escola se faz necessário atingir diversos fatores tais como: relação professor-aluno, processo de ensino, práticas pedagógicas, aulas diferente e um fator fundamental que é a formação dos professores. O processo de informatização nas escolas é uma realidade em nossos dias (ALMEIDA 2000), mesmo que, as instituições apenas se encontrem ampliando e criando espaços tecnológicos e de multimídias, mas que na sua práxis não condiz com o que foi planejado para ser na sua integra.
2.4.-O perfil do aluno.
Os alunos atendidos pelos laboratórios de informáticas nas escolas públicas de Matriz de Camaragibe – Alagoas, Brasil. São em sua grande maioria da zona rural ou da periferia da cidade, isto é, crianças que não tem acesso prático a ferramentas tecnológicas, mas que apresentam um conhecimento autodidata. Com esse perfil, logo se nota que a busca pelo conhecimento e forma de utilização dos recursos tecnológicos não é uma barreira quando se trata dos alunos dessas escolas.
Encontramos um dos motivos que fizeram com que as crianças que deveriam ser atendidas por esses laboratórios terem um perfeito conhecimento na maneira de usarem as máquinas que em muitas escolas ainda se encontravam encaixotadas. O grande percussor desse fenômeno foi a expansão das Lan Houses. O barateamento dos produtos importados e a facilidade de acesso a esses produtos, despertou nos alunos pelo país afora uma pratica facilitadora do conhecimento. Por outro lado, houve uma grande inclinação para a prática de erros e mal uso de informações espelhadas nas redes eletrônicas por meios de redes sociais e fontes de armazenamento de informações como o Youtube, facebook e outros.
Nos dias de hoje, essa nova geração surge com maior aptidão e com ampla vantagem no que podemos chamar de curiosidade a respeito de toda e qualquer tipo de tecnologia, mas, esse tipo de curiosidade em nossos adolescente e jovens parece como uma parte integrada em suas mentes, passando para os demais que essa geração não pertence ao universo dos que viveram há dez anos atrás. Apresentamse como pós-modernos e se não buscamos acompanhar, nos sentiremos fora desse novo mundo que, a cada dia que passa nos distanciamos ainda mais. Como professores que somos, não podemos cruzar os braços e muito menos ainda desistimos de buscar novas fontes de descobertas para não ficarmos ainda mais distantes dos nossos educandos.
3.-Metodologia.
A pesquisa teve o enfoque quantitativo com análises qualitativas, com averiguar a variável dependente, já que o efeito em si é a consequência da causa. Alvarenga, (2012); buscando respostas ao problema optou-se pela mediação das mesmas fazendo uso do tratamento estatístico aos dados coletados, para descrever ou explicar as descobertas, cujos resultados têm a possibilidade de gerenciar a população e o objeto em estudo. Após a coleta dos dados, utilizou-se a ferramenta Excel do Sistema Word, sendo definidos os resultados por meio de gráficos, porcentagem entre outros, buscou-se resultados por meio dos dados obtidos em entrevistas antecipadamente agendadas.
4.-Resultados da pesquisa.
Fez-se uma análise da concepção dos 35 educadores quanto o uso dos laboratórios de informática nas escolas. As questões apresentadas aos professores da Escola Muniz Falcão revelam uma visão geral sobre como eles veem o uso do laboratório de informática na escola, como o conhecimento tecnológico influencia em seu trabalho diário e como esses educadores são encarados pelos alunos ao serem desafiados a mostrarem maior ou nenhum domínio em informática e suas ferramentas. Foram observadas as seguintes informações relevantes apresentadas pelos gráficos abaixo:
1) - Você tem conhecimento em informática?
Gráfico 1: Conhecimento em informática.
O gráfico acima nos revela uma situação muito interessante e que ao mesmo tempo nos revela um grande choque diante do que buscamos saber sobre o conhecimento dos educadores em informática para uma atuação profissional significativa em seu cotidiano por uma educação de qualidade em nosso município. O que nos chama a atenção é o fato de não termos no quadro da escola professores ou professoras totalmente leigas, percebe-se ainda que, há muito que melhorar sobre esse tema.
Como era de se esperar, existe uma resistência por parte de alguns profissionais uma alta resistência à busca de formação tendo dificuldades para atuarem com esses meios tecnológicos em sala de aula na formação dos futuros cidadãos. No total, 63% dos entrevistados, que representa 22 profissionais, admitem não ter conhecimento ou se encontra em fase de descobertas. Já 37% deles, que são 13 profissionais, tem algum tipo de perícia em informática na área pedagógica e se mantém em constante busca de aperfeiçoamento. Mostrando assim que, o nível dos professores da Escola Municipal Muniz Falcão está em uma situação de equilíbrio e aceitável, mas que, para o desempenho de uma qualidade de ensino almejada por todos, a muito ainda o que fazer.
2) - Qual é o seu tempo de formação?
Gráfico 2: Tempo de formação do professor.
Fonte: Dado da pesquisa.
O quadro acima nos apresenta uma situação muito equilibrada, pois 34% concluíram a sua formação a menos de 5 anos e 66% num prazo máximo de 10 anos. O que poderia nos revelar que, por meio da formação desses profissionais que o uso do computador em sua vida acadêmica é presente, pois 34% dos profissionais têm pouco tempo de formação, o que em nossos dias é quase impossível que não tenham a necessidade de fazerem uso de uma máquina em suas vidas ou tenham uma em casa. Um fato que deveria ser um precedente para o uso e conhecimento na prática com laboratórios de informáticas.
3) - Você tem domínio dos aparelhos disponibilizados no laboratório de informática?
Gráfico 3: Domínio dos aparelhos do laboratório de informática.
Os dados mostram que, 69% dos profissionais da escola não tem habilidade ao se referir a manipulação dos aparelhos no laboratório, revelando que por mais que não aparentem, mas estão aptos a buscarem novas mudanças, pois diante do quadro apresentado, a maioria demonstra terem acesso e contato com laboratórios, pois sua própria graduação ou especialização exigiam esse perfil. E apenas 31%, que quantifica 11 profissionais concluíram algum tipo de formação em instituição privada durante sua graduação, o que em sua grande maioria exigem uma gama de horas virtuais, o que resultaria em “professores experientes ou conhecedores” do uso de tecnologias.
4) - Os alunos tem acesso ao laboratório de informática de sua escola?
Gráfico 4: Acesso ao laboratório de informática por parte dos alunos.
Segundo os dados apresentados acima, 89% dos profissionais entrevistados, afirma que o laboratório não é acessível de forma livre ou disponibilizado esse espaço para aqueles que necessitam usá-lo, pois existe uma preocupação da direção escolar a permanência no ambiente sem o devido monitoramento, pois a escola não dispõe de um profissional capacitado para realizar a devida assistência aos discentes.
5) - O laboratório de informática de sua escola dispõe do acesso à internet?
Gráfico 5: Acesso à internet no laboratório de informática. acesso a internet no laboratório de informática
Segundo os dados da pesquisa, 20% dos profissionais afirma que o laboratório de informática tem acesso à internet em seus aparelhos instalados. Mas segundo os outros 80% dos profissionais confirmam a falha de acesso à internet, pois, esse problema é comum em todos os laboratórios de informática do município, pois há uma grande instabilidade na transmissão de dados, o que os levam a confirmarem que não tem acesso à internet nos computadores. Observou-se que, mesmo tendo a instalação dos cabos de internet no laboratório, o acesso para a busca e pesquisa de conteúdo e interação com os propósitos das aulas dos profissionais não é possível de ser estabelecida, pois existe uma instabilidade muito grande, confirmando assim a interpretação dos profissionais terem afirmado a falta de acesso.
6) – Você necessita de capacitação em educação/Informática?
Gráfico 6: Participação em formações continuadas.
Diante dos fatos, 100% dos profissionais da Escola Municipal Muniz Falcão afirma veementemente que não existe formação continuada, principalmente para a área de informática, ainda afirmam que faz muitos anos que não se sabem o que é uma formação direcionada as inovações tecnológicas, o que representa ainda mais uma grave dano a nossa estruturação por uma educação de qualidade. Houve a alguns anos uma busca frenética por parte do órgão responsável em abrirem turmas no curso oferecido pelo Governo Federal PROINFO, mas a oferta de vagas números foram bastante reduzidos por motivos não atendia a todos os interessados, o que piorou ainda mais o interesse por parte de alguns profissionais em buscarem por conta própria uma formação na área.
7) - Você tem computador em casa?
Gráfico 7: Professor que tem computador em casa.
Diante do questionamento sobre terem ou não computadores em casa, os dados revela outra situação alarmante, pois muitos profissionais não se colocam a disposição de buscar inovações tecnológicas em sua vida profissional, o que demonstra que, essa ferramenta não faz parte dos seus materiais utilizáveis na sala de aula. Dos 17%, o que representa um total de 6 profissionais tem um computador, mas para muitos ainda, essa ferramenta é um desafio não enfrentado e que não demonstram tanto interesse em desbrava-lo.
O que se nota com os dados acima é que, por mais revolucionários que sejam a utilização dessas ferramentas no processo de ensino e algo comum na vida de muitos profissionais, na maioria dos professores pesquisados não sente a necessidade de ter ou fazerem uso de um. Pelo simples fato de não terem um computador não justifica diante da realidade a falta de imperícia dos profissionais, mas revela que a falta de contato divulga claramente que a falta de intimidade com os fatores tecnológicos no seu cotidiano não desperta neles uma preocupação sobre a inclusão da tecnologia em sua práxis.
8) - Você tem internet em casa?
Gráfico 8: Professores que tem internet em casa
Os dados nos revelam que apenas 11% dos profissionais da escola Municipal Muniz Falcão tem Internet em sua residência, o que corresponde a 4 profissionais, mas que fazem uso quando necessário, por meio de celular ou outros meios como Wifi. Quando questionadas as professoras da instituição Muniz Falcão sobre terem internet em casa, o resultado foi assustador, o que nos mostra que, mesmo tendo uma possibilidade de maior acesso em nossos dias a esse tipo de serviço, muitos ainda resistem por motivos não declarados, mas que deixa claro que é um recurso que não lhe faz “falta” tanto no seu cotidiano quanto na sua carreira profissional.
Uma característica clara sobre a falta de interação com o novo é a ausência do mesmo no seu cotidiano. Não há como esses profissionais terem intimidades com as TIC’s se no seu dia a dia eles não fazem uso. Assim, para se obter um melhor desempenho com o que se busca, é necessário que ele esteja ligado em seu cotidiano. E temos o melhor exemplo em nossas tarefas diárias que são os alunos.
5.-Conclusão.
Os resultados observados nessa pesquisa representa diretamente a realidade de uma escola que, mesmo diante de condições possíveis para oferecerem uma aula mais dinâmica e tecnologizado, tendo diante de todos um grande veículo formador como um laboratório de informática e um ótimo espaço para realizarem um excelente trabalho. Mesmo diante de uma ferramenta tão importante, encontra-se com obstáculos que interferem diretamente no desenvolvimento do ensino e aprendizagem da Escola Municipal Muniz Falcão, tais como: a falta de capacitação, condições de uso, domínio do uso dos laboratórios, entre outros.
Os profissionais mesmo sabendo que tem em suas mãos uma grande ferramenta de trabalho que poderiam usufruir com seus alunos e com a própria escola, sentem-se engessados por não terem uma devida formação e até mesmo conhecimento próprio e adequado para o uso e manipulação do laboratório de informática.
Ficou claro com a pesquisa que, a utilização dos Laboratórios de Informática em nossa cidade é feita, mas não da forma como deveria ser. O uso pedagógico deste espaço ainda é bem deficitário. A utilização do computador em sala de aula não deve ser considerado um mecanismo revolucionário na educação, pois este é apenas um mecanismo que pode contribuir para a formação do sujeito, que não significa uma fórmula pronta de aprendizagem. A tecnologia por si só, não garante a aprendizagem dos conteúdos curriculares.
As escolas tem que avaliar seus conceitos de forma clara sobre a importância do seu papel na formação de seus educandos, pois não adianta exigirmos uma educação de qualidade, se na prática nossas escolas não oferecem todo e qualquer suporte para que os educandos possam crescer em senso crítico e responsável de cunho social. Observou-se que os laboratórios necessitam de uma atenção redobrada, pois em várias escolas municipais o termo laboratório serve apenas como depósitos de maquinas que deveriam estar à disposição das crianças, adolescente e jovens estudantes que lutam a cada dia para alcançarem uma educação transformadora.
Os professores não tem uma preparação adequada que oferte uma aula mais dinâmica e atrativa. O que se revelou durante o processo da pesquisa é que os professores não veem o uso dos meios tecnológicos por grande parte dos professores como uma ferramenta importante na formação de seus educandos. A ideia discutida entre o uso ou não dos laboratórios de informáticas nas escolas não é compartilhada de igual modo entre as duas categorias, professores e alunos. Isso ficou claro durante a pesquisa, pois os alunos demonstraram insatisfação pela falta de acesso e a ausência de aulas voltadas a não utilização dos laboratórios.
Quanto a manutenção dos laboratórios e acessibilidade dos laboratórios, observouse que alguns estão sucateados e não são adequados estruturalmente, pois foram criados espaços em algumas escolas que não oferecem nenhum suporte para o seu devido uso. Entre os vários problemas encontrados o mais comum é a falta de internet nos próprios laboratórios, falta de espaço, pois alguns não ofertam nenhum conforto e outros ainda não funcionam por uma razão simples, as maquinas não foram instaladas.
Sabe-se que a aprendizagem é um processo pelo qual o sujeito se apropria do conhecimento, um processo dinâmico, que conta com a participação ativa do indivíduo, ela representa ação, construção, reflexão, tomada de decisão. Pensar em informática na educação é pensar em inter-relação, promoção de saberes e ideias desenvolvidas por sujeitos na construção do conhecimento, e elaboração de diferentes modos de representação e compreensão do mundo.
Referências
Almeida, M. E. (2000).Proinfo: Informática e formação de professores. Brasília: MEC/SEED.
Amaral, M. T. M. (2006). Práticas educativas informatizadas; integração das tecnologias na gestão escolar. In: (Coords.) Almeida, F. J.; Almeida, M. E. B.
Borges, N. H. (1999). Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Revista Educação em Debate. Ano 21, v.1, n. 27, p. 135-138, Fortaleza.
Carvalho, J. M. (2012). O uso pedagógico dos laboratórios de informática nas escolas de Ensino Médio de Londrina. 2012. 58f. Monografia (Graduação em Pedagogia) - Universidade Estadual de Londrina, Londrina.
Luft, C. P. (2006). Dicionário Luft. São Paulo: Ática
Valente, J. A.(1993). “Diferentes usos do Computador na Educação”, in Valente, J. A. (org.), Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas, SP, Gráfica Central da Unicamp.