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Conceitos sobre história e discapacidade
Claudia De Barros Camargo; Antonio Hernández Fernández
Claudia De Barros Camargo; Antonio Hernández Fernández
Conceitos sobre história e discapacidade
Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, vol. 3, núm. 2, pp. 141-153, 2017
Universidad de Jaén
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Resumo: Vamos começar com a história da educação especial, nos principais grupos de deficiência (surdos, cegos, deficientes mentais), mencionando os mais importantes autores como Fray Pedro Ponce de León ou Pestalozzi, entre outros, analisando suas contribuições. Continue com as instituições, que aparecem no século XIX, encontramos autores como Pinel e Esquirol, que tentam melhorar as suas condições, então vamos nos concentrar na assistência médica e educacional no século XX, em que damos um passo modelo médico modelo pedagógico, a mudança na concepção da educação especial até o final de necessidades educacionais especiais, que foi o Relatório Warnock que mudou a base para definir as desvantagens e prática da integração, com foco no tipo resposta que a escola deve dar às crianças com necessidades educativas especiais, sendo estas as adaptações curriculares.

Palavras-chave:educação especialeducação especial, surdo surdo, cego cego, deficiência intelectual deficiência intelectual, a educação inclusiva a educação inclusiva.

Abstract: Let us begin with the history of special education in the main disability groups (deaf, blind, mentally handicapped), mentioning the most important authors as Fray Pedro Ponce de León or Pestalozzi, among others, analyzing their contributions. Continue with the institutions, which appear in the nineteenth century, we find authors like Pinel and Esquirol, who try to improve their conditions, so we will focus on medical and educational assistance in the twentieth century, where we take a step model medical pedagogical model, change In the design of special education until the end of special educational needs, which was the Warnock Report which changed the basis for defining the disadvantages and practice of integration, focusing on the kind of response that the school should give to children with special educational needs, these being the curricular adaptations.

Keywords: special education, Deaf, blind, intellectual disability, inclusive education.

Carátula del artículo

Reflexión

Conceitos sobre história e discapacidade

Claudia De Barros Camargo
Universidade Jaén, España
Antonio Hernández Fernández
Universidade Jaén, Espanha , España
Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, vol. 3, núm. 2, pp. 141-153, 2017
Universidad de Jaén

Recepção: 01 Fevereiro 2017

Aprovação: 30 Março 2017

Conceitos sobre história e discapacidade.

Introdução.

O conceito de educação especial sofreu uma mudança significativa na atualidade. Um notável progresso foi observado em termos de atitude da sociedade para com a atenção que merecem os sujeitos que apresentam necessidades de uma educação especial. Assim como, os que se referem à teoria e aos métodos de avaliação, intervenção e a organização dos serviços pertinentes.

As crianças com discapacidades eram consideradas indignas de viver, e eram jogados no Monte Taijeto em Esparta, ou jogados pela rocha Tarpeia em Roma (extremo sul do Monte Capitólino). Para falar sobre os alunos com necessidades específicas de apoio educativo, passou um longo período de tempo. E na Idade Média, aqueles que de alguma forma eram considerados anormais, foram esquecidos ou rejeitados e até mesmo temidos.

O caminho para a Renascença traz um tratamento mais humano para o coletivo de pessoas marginalizadas. E partindo das ordens religiosas consistui em um passo a frente para considerar os deficientes como pessoas, neste caso, a atenção educativa se inicia melhor com os deficientes sensoriais do que com os mentais. Data histórica é o século XV, quando se criou o Hospital D'inocentes, pelo Fray Gilavert Jofre em Valência Espanha, como um refúgio para os "inocentes". Durante os séculos XVI, XVII e XVIII a atenção se centrou nos surdos, cegos, mudos e de preferência minusvalias sensoriais. E Tivemos que esperar ao final do século XVIII para discutir a deficiência mental. A evolução, no entanto, não é igual em todas as deficiências.

Surdos.

Pedro Ponce de León (1520-1584). Monge católico criou a primeira escola para surdos no Mosteiro de San Salvador de Oña, perto de Madrid Espanha, onde lecionou até a sua morte. Ele ensinou os surdos-mudos a falar. Pedro Ponce de León, por primeiro ensinou aos surdos-mudos a escrever utilizando a técnica de apontar o dedo para o objeto que tinha o nome do que estava sendo estudado. E em seguida, fez-lhes repetir as palavras com os órgãos vocais os nomes correspondentes aos objetos. Ele foi o inventor desta arte, cada aluno racionava muito bem. Escreveu seus métodos e resultados, mas sua obra foi destruída pelo fogo, deixando alguns vestígios de escritos. Apesar de seu sucesso e publicidade favorável a ele e a sua obra, mesmo assim ele morreu na solidão.

Pedro Ponce estabeleceu a relação causal entre a surdera e o mutismo, dando inicio na Espanha os primeiros ensaios para a educação de surdos-mudos. Sendo descrito em sua obra "Doutrina para os surdos-mudos", que apresenta o método oral, que foi criado para fazer falar o surdo-mudo.

Juan Pablo Bonet (1570 -1633). Nascido em 05 de Janeiro de 1570 em Torres del

Castellar (Zaragoza -Espanha) e morreu em 02 de fevereiro de 1633 em Madrid - Espanha. Juan Pablo Bonet, no século XVII, desenvolveu o Método Oral exposto em sua obra "Reducción de las letras y arte para enseñar a hablar a los mudos”, o método não é apenas verbal, mas gestual.

Charles Michel de L’Epée (1712-1789) nasceu em Versalhes, França. Foi padre por 25 anos, e mais tarde se interessou no ensino de surdos. Em 1760, ele começou a ensinar os surdos em Paris em Truffaut, em 1762. Ele viveu com eles, atendendo a suas necessidades físicas, alimentando-os, vestindo-os e educando-os. Em 1776, ele publicou o livro "Instrucciones para los Sordos y Mudos usando el Método de Signos". Ele também escreveu um dicionário primário. Ele foi famoso em toda a Europa por seu trabalho com surdos-mudos. L´Epée corrige a dactilología de Pereira (1715-1780), através de uma abordagem abrangente para o ensino de leitura e escritura. Sistematiza uma linguagem mímica que permite a comunicação manual entre os surdos-mudos. Ele foi o criador da primeira escola pública na França para a educação dos surdos-mudos, perpetrou que todo o mundo acreditasse na possibilidade de educar o surdomudo. E esta a escola foi transformada em 1791 no "Instituto Nacional de Surdomudo”.

Abbe Roch Sicard (1742-1822) foi nomeado pelo Arcebispo de Burdeos, para que aprendesse de L'Epée a ser professor de surdos, e mais tarde foi eleito diretor do colégio. Sicard fundou a Escola para Surdos em Burdeos - França, em 1782. Em 1792, devido aos massacres da Revolução Francesa de Setembro, Sicard foi preso e quase perdeu a vida. Ele foi preso por dois anos, e durante o tempo que esteve na prisão ele escreveu o livro "La Teoría de los Signos", um elaborado dicionário de signos (língua de sinais).

Johamn Konrad Amman (1698-1774). Ele era um médico, que além disso, estava interessado em educar os surdos e mudos. Ele só trabalhou com jovens entre 08 e 15 anos. Ele queria que seus alunos tivessem "uma bela voz, clara, e que controlassem bem a tonalidade. "Ele aprendeu que eles "podiam sentir as vibrações de sua voz," colocava "suas mãos na sua garganta quando dava aula". Ele também fazia com que seus alunos utilizassem espelhos para a prática de discurso. A leitura labial também era uma parte importante da conquista da linguagem oral. Ele publicou dois livros, um escrito em latim em 1692 e outro em 1700 chamado de "Un Discurso de Disertación".

Samuel Heinicke (1727-1790) fundou a primeira escola para surdos em Alemanha. Ele defende o método oral contraposição do método mímico. Seus métodos eram estritamente orais. Completamente oposta na linguagem de signos. Tornou-se interessado no surdo depois de conhecer um jovem surdo-mudo, e, apos de ter lido o livro de Amman "El sordo hablador”, começou a ensinar a esse jovem, onde foi muito bem sucedido, pois o jovem aprendeu a falar e a escrever. Ele estava tão ilusionado que decidiu ensinar a outros alunos surdos a entender a linguagem oral, assim como, a comunicação escrita. Em 1778, fundou sua primeira escola Oral para Surdos na Alemanha. Ele é conhecido como o padre do Método Alemão.

Lorenzo Hervás y Panduro (1735-1809), nacido em Horcajo de Santiago, Cuenca (España), escreveu a obra “Escuela española de sordomudos o arte de enseñar a hablar y escribir el idioma español”, e nesta obra aporta a primeira historia da educação de surdos, assim como, seu interesse em conhecer a origem e as causas da surdera, entre outras questões.

Como podemos ver as primeiras experiências de educação com crianças com deficiências, referem-se primeiro a mudos e depois ao surdo-mudos, com métodos globais e desvinculada a educação geral.

Pedro Ponce de León (1520-1584). Monge católico criou a primeira escola para surdos no Monastério de San Salvador de Oña.

Juan Pablo Bonet, no século XVII, difundio o Método Oral através de sua obra "Reducción de las letras y arte para enseñar a hablar a los mudos”, método não só oral, mas sim gestual.

Lorenzo Hervás y Panduroobra: “Escuela española de sordomudos o arte de enseñar a hablar y escribir el idioma español”. (1735-1809), escreve sua

Cegos.

Valentin Haüy (1745-1822), no século XVIII, adota a escrita em relevo, criado em 1784, o primeiro "Instituto de Jovens Cegos" onde os ensinou a ler usando letras de madeira. Proclama que os cegos são educáveis. Um sentido pode ser substituído por outro, substituindo a vista pelo tato.

Louis Braille (1809-1852), no século XIX, aluno de Haüy, cria o Sistema de LectoEscritura sobre a base de pontos em relevo, conhecido como sistema braile.

Samuel Gridley Howe (1801-1876). Foi Diretor da Escola de Massachusetts para Cegos. Ensinou uma criança surda-cega a falar mediante a um alfabeto manual. Em 1864, Howe e outros homens importante da época pediram à criação de uma escola para surdos no estado. Foi à primeira influência para a criação da Escola Perkins em Watertown, Massachusetts (Estados Unidos).

Valentín Haüy (1745-1822) no século XVIII adota a escrita em relevo. E cria em 1784 o primeiro "Instituto de Jovens Cegos". Onde os ensinamentos aconteciam utilizando letras escritas em madeiras.

Louis BrailleHaüy, seguindo sua linha criou o sistema de leitura e escritura com o tato para cegos, sobre a base de pontos em auto relevo. Que logo passou a ser conhecido como Linguagem Braille. (1809-1852), no século XIX, foi aluno de

No que diz respeito aos cegos, as ações empreendidas foram em menor número, ainda que, dentro da mesma opção da educação sensorial, há também uma resposta para eles.

Deficientes Mentais.

No século XVII e no século XVIII, os deficientes mentais viviam com suas famílias ou em hospitais.

Vicente de Paúl (1581-1660) nasceu em 24 de abril de 1581 em Pouy, uma cidade na região das Landas, no sul da França, e morreu em 27 de Setembro de 1660. Vicente foi o primeiro que tenta instruir a um grupo de Deficientes Mentais, dando inicio a fundação do "Instituto de Saint Lazare".

Philippe Pinel (1745-1826) se interessou por tratamento médico de pessoas com retraso mental nas instituições de Bicêtre e de Salpêtrière. Com sua experiência nesses centros começaram a estabelecer os fundamentos bases de terapia ocupacional, e a capacitação profissional para as pessoas com enfermidades mentais.

Os deficientes mentais estavam presos com correntes e eram tratados como escravos. Pinel chega e libera todos os pacientes das correntes internados na instituição de Bicêtre que eram todos homens, e na instituição Salpêtrière que eram todas as mulheres. “Através de sua experiência assevera que tanto o “idiota”, como os dementes”, não podiam ser educados, no entanto, exige um tratamento moral e mais humano, e propõe uma terapia ocupacional.

O Humanismo teve seu prelúdio à origem nasceu dessa mudança de atitude e de interesse para o retardo mental. Assim como, as ideias reformistas sobre o tratamento de deficientes mentais. A partir da ilustração até a Revolução Francesa, se produziram avanços importantes no campo dos surdos e dos cegos. Dessa forma, se consideram suscetível para a educação, pois, foi um impulso para todos aparecendo um tipo de interesse pela educação de crianças com retraços mentais e resultando em um significativo progresso na educação de pessoas com deficiência sensorial. Isso nos permite começar a falar sobre o ressurgimento de Educação Especial, no século XVI.

Um ponto importante do ressurgimento da Educação Especial seria incorporar também as contribuições da filosofia de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), cujas ideias foram aplicadas para a educação dos "retrasados". Rousseau desenvolveu a educação naturalista desde que a criança nascia até que fosse um adulto.

Outra contribuição importante é a de Johann Heinrich Pestalozzi (1746 - 1827), que criou na Suíça o “Instituto de Iverdun" para crianças infelizes, com uma educação baseada em: observação, desenho, exercícios de linguagem, que serviu de base para a Educação Intuitiva.

A Escola de Pestalozzi começou com cinquenta crianças, sendo o trabalho e a ação princípio do fundamento da aprendizagem. Pois nosso protagonista não estava plenamente consciente de estar realizando uma reforma na pedagogia da educação. Em Nueholf os meninos cultivavam, e as meninas cuidavam do jardim. Enquanto trabalhava, Pestalozzi incutia o sentido da observação, lhes corrigia sua linguagem, referindo as histórias e parábolas, além disso, lhes ensinava a somar, a contar, subtrair, multiplicar e a dividir. Ele tratava de ser pai, professor e amigo.

Pestalozzi não perdia tempo, praticava um ensino sistemático bem processado. Ele procurava que as crianças aprendessem cada coisa com o sentido correspondente, explicando o porquê das coisas, e não só fazer estas mesmas coisas apenas para torná-las realidade. Este foi o seu método de ensino, as bases da pedagogia moderna estava sendo criada em su facenda chamada “Nueholf”.

Friedrich Wilhelm August Fröebel (1782 - 1852), nascido em Turíngia, na Alemanha, e foi o discípulo direto de Johann Heinrich Pestalozzi, profundo inovador da pedagogia. Fröebel complemento brilhantemente às teorias de seu professor e criou o primeiro kindergarden (jardim de infância) para crianças de pré-escolares. Onde introduziu: Los Dones de Fröebell, o jogo; nos centros de interesse. Ele tentou educar as crianças pequenas através da manipulação e estimulação sensorial, incluindo crianças atípicas.

Todo o movimento moderno do jardim da infância foi concebido em torno de doutrinas froebelianas. Fröebel foi o precursor da "Escola Nova" e dos "métodos ativos" e em seu livro "A Educação do Homem", publicado em 1826, deixou preceitos que ainda estão absolutamente vigentes, de como a educação deve ser um processo criativo do auto-desenvolvimento. "O professor deve dirigir, direcionar, sem prejudicar a natureza do aluno". Os Métodos ativos, que cuja concepção participou também fundamentalmente Rousseau e que tomou sua forma definitiva com o educador norte americano John Dewey (1859-1952), onde se baseia no respeito e na estimulação de toda a personalidade da criança. O incentivo é para que possam tomar suas próprias decisões. A escola, assim concebida, é transformada em um verdadeiro laboratório, cujo objetivo é de uma melhor integração entre o ser humano e a sociedade.

Os autores Fröebel e Pestalozzi, se baseiam na educação com alguns princípios novos, que seriam:

-Socialização: que desenvolve aspectos da comunicação com os outros. -Auto-educação: onde cada um se educa de acordo com as suas características.

-Atividade: o sujeito se educa dês de suas próprias atividades.

-Globalização: forma em que se apresenta o sujeito frente à realidade, à percepção é de forma global. Eles trabalham com as crianças abandonadas.

Vicente de Paúl (1581-1660) é o primeiro a tentar instruir um grupo de Deficientes Mentais.

Philippe Pinel (1745-1826). Com a sua experiência nos centros começou a disseminar as bases para terapia ocupacional, e a instrução profissional para pessoas com enfermidades mentais. A Pinel se deve a liberação das correntes dos pacientes internados.

Século XIX: As Instituições.

Os deficientes mentais recebem um melhor atendimento no tratamento médicoeducacional, já que são identificados como tais. O século XIX é o das instituições, que se abrem muito mais para os deficientes mentais. Os avanços na medicina, e nas ciências humanas apresentam uma maior influencia na compreensão da deficiência mental. A medicina serve para buscar um tratamento e as ciências humanas influenciam neste tratamento educativo. A sociedade toma ciência dos cuidados para com as pessoas com deficiência, embora seja, mais uma atenção assistencial do que educativa.

Jean Etienne Dominique Esquirol (1772-1840), discípulo de Pinel, em 1818, em seu "Dicionário de Ciências Médicas" abordou a distinção entre o idiota e a demência, referindo-se a pessoas que têm retraso mental por não haver desenvolvido sua inteligência. E demência, o que se refere às pessoas com doenças mentais, fazendo uma distinção entre as diferenças dos doentes mentais e deficientes mentais, e diferença entre amenencia (retardo mental) e demência (perda intelectual), no qual distingue dois níveis de retardo mental: imbecilidade: retardo mental leve, podendo ser educado; idiocia: retardo mental grave, não suscetível de educar.

Da importância para a herança e ao papel da mãe, da relação da mãe com o filho, e a vida que esta sendo levada, porque tudo isso influência no desenvolvimento mental da criança.

Jean Marc Gaspard Itard (1774-1838), discípulo de Pinel, dedicou grande parte de sua vida ao trabalho com crianças surdas no Instituto de Surdos em Paris, sua popularidade é devido ao fato de ter feito o estudo da criança selvagem de Aveyron. Todas estas contribuições, e tantas outras mais, que poderíamos referenciar, são considerados, dês do ponto de vista histórico, como precursor da intervenção em transtornos do desenvolvimento médico, pois ele realizou importantes investigações educativas. Seu legado pedagógico está contido no livro "O Menino Selvagem", um produto da observação e tratamento educacional levado ao longo de cinco anos com Victor. Ele inicia a educação de Victor com o desenvolvimento da inteligência a partir da estimulação sensorial. Ele acreditava que Victor não era um "idiota", apresenta um retraso porque foi isolado da sociedade. Ele conclui que é importante que o indivíduo viva em sociedade e se relacione para que haja uma educação. Em suas atividade com Victor trabalhou: desenvolvimento intelectual, sensorial e afetivo. Ele também se dedicou à educação de crianças surdas, procurou as etiologias da surdez, e publicou a obra "Tratando das enfermidades do ouvido e da audição" (1821).

Edward Seguin (1812-1881) assevera que o deficiente mental é capaz de melhorar através da educação. Seguin é um médico francês do século XIX, para quem o "idiota" é um indivíduo que não sabe nada, nem deseja, nem pensa, atingindo a maior parte da incapacidade, mas é susceptível de melhorar através da educação. Em sua obra “La idiocia y su tratamiento por el método fisiológico” (1866), mostra a relação entre a atividade sensorial e o pensamento, e, apresenta programas de aprendizagem para desenvolver: percepção, memória, imitação, coordenação e generalização.

Finalizarmos esta breve história visual da educação com a italiana Maria Montessori (1870-1952), médica de uma clínica psiquiátrica em Roma, que entra em contato com o deficiente mental e retardo mental. E assim, ela percebeu que o retraso mental não é um problema médico, mas sim pedagógico, e organiza a escola “Ortofrénica” para os tratamentos.

Seu princípio fundamental é a "espontaneidade", deixando liberdade para os jogos auto-educativos, com base na educação das sensações táteis, cenestésicas e desenho livre. Criou um material didático para trabalhar e educar sentido por sentido para assim, alcançar o desenvolvimento da inteligência.

Este método sensorial é o método analítico. O material desenvolvido que elaborou, segue sendo utilizado na educação infantil. Montessori também abriu uma escola infantil onde trabalhou com o mesmo método que utilizou com os deficientes mentais.

Deficiência, Discapacidade, Minusvalía e Diversidade Funcional.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) a través da Classificação Internacional de Deficiências, Discapacidades e Minusvalía (CIDDM, 1980) propõe uma terminologia relacionada aos conceitos de diminuição que resulta fundamental quando se trata sobre este tema (INSS 1994; Sarabia 2001; Gutiérrez 2007).

Deficiência.

Dentro da experiência de saúde, uma deficiência é qualquer perda ou anormalidade da estrutura de função psicológica, fisiológica ou anatômica. A deficiência é caracterizada pela perda ou anormalidade que podem ser temporária ou permanente, entre os quais está incluída a existência ou ocorrência de uma anomalia, defeito ou perda resultante de um membro, órgão, tecidos ou outras estruturas do corpo, incluindo os sistemas proprietários da função mental. A deficiência representa a exteriorização de um estado patológico, e em um princípio de doença, reflexa perturbação em nível de órgão.

Discapacidade.

Uma discapacidade é qualquer restrição ou ausência (resultante de uma deficiência) da capacidade de realizar uma atividade na forma e dentro da faixa considerada normal para um ser humano. Ou seja, A discapacidade é caracterizada por excessos ou deficiências no desempenho e comportamento em uma atividade de rotina regular, que pode ser temporária ou permanente, reversível ou irreversível, progressiva ou regressiva. As discapacidades podem surgir como uma conseqüência direta da deficiência ou como uma resposta do próprio indivíduo e, sobretudo a nível psicológico, deficiência física, sensorial ou de outro tipo. A discapacidade representa a objetivação de uma deficiência e, como tal, reflete as alterações em nível do indivíduo.

Minusvalía.

A minusvalía é uma situação desvantajosa para um determinado indivíduo, consequência de uma deficiência ou de uma discapacidade, que limita ou impede o desempenho de um papel que é normal para qualquer pessoa (dependendo da idade, sexo ou fatores sociais e culturais). A minusvalía está relacionada com o valor atribuído à situação ou experiência de um indivíduo quando ele se afasta da norma. Se caracteriza, pela discordância entre o rendimento e o estatus do indivíduo e as expectativas do próprio sujeito ou do grupo particular à qual ele pertence. A minusvalía representa, portanto, a socialização de uma deficiência ou discapacidade, e como tal, reflete consequências culturais, sociais, econômicas e ambientais, que para o indivíduo se derivam decorrente da presença e da deficiência e da discapacidade.

Deficiência = é um transtorno a nível orgânico.

Discapacidade = perda de uma capacidade.

Minusvalía = perda de um valor social.

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Diversidade Funcional.

O termo mulheres e homens com diversidade funcional foi proposto e começou a ser utilizado no Fórum da vida Independente em Janeiro de 2005 (o Fórum de Vida Independente em Espanha herda o Movimento Internacional de Vida Independente, nascido na Universidade de Berkeley, após a guerra no Vietnã).

Entendemos que esta é a primeira vez na história e no mundo que se propõe uma mudança, esta é uma proposta a uma terminologia não negativa sobre diversidade funcional, sendo que esta proposta é exclusivamente para mulheres e homens com diversidade funcional. O termo consiste em quatro palavras, e isso torna a priori mais complexa de utilizar, pois, o termo pretende substituir: pessoas com discapacidade para pessoas com diversidade funcional. No entanto, a experiência tem demonstrado que, em um tempo muito curto, as mulheres e os homens que aceitam o termo, o utilizam tanto em forma escrita como falada com fluidez e naturalidade, tendo o mesmo cunho o acrônimo a sigla: P.D.F., a partir das iniciais de cada palavra (Pessoa com Diversidade Funcional). Para aqueles que têm essa visão, então, "a diversidade funcional" não seria um termo alternativo para "deficiência", mas um termo para se referir ao fato de que, entre os membros da sociedade (ou de um grupo social particular) cada um tem certas capacidades, o qual cria uma diversidade que (como o resto de diversidades) devem ser gestionada de modo que não sejam produzidas (ou, que em seu caso se corrija) exclusões ou discriminações.

Aspectos pedagógicos, cognitivos e de comunicação das dificuldades educativas.

Aspectos pedagógicos das dificuldades educativas.

As práticas pedagógicas é um processo de comunicação entre professores e alunos destinados a produzir aprendizagem, através de mensagens recíprocas em um determinado meio. Nem sempre os processos pedagógicos resultam na aprendizagem esperada explicitamente. Mas, sempre tem alguns resultados, que incluem a totalidade ou parte da aprendizagem prevista e outras imprevistas. A definição das dificuldades educativas em função das características dos alunos individualmente considerados, e a conceituação da resposta educativa na forma de ensino especializado, e segregada ao sistema de ensino regular, implica muitas vezes que as respostas das necessidades especiais dependem "apenas" da provisão de recursos e que estes, sejam utilizados exclusivamente para os alunos com necessidades educativas especiais. "Quando as dificuldades educativas são atribuídas a déficits dos estudantes, o que acontece é que, deixam de considerar as barreiras para à aprendizagem e à participação que existem em todos os níveis de nossos sistemas de educação e se inibem as inovações na cultura, nas políticas e nas práticas escolares que minimizem as dificuldades educativas para todos os alunos" (Booth e Ainscow, 2002, pp. 20-22).

Dificuldades Cognitivas.

As funções cognitivas são aqueles processos mentais que nos permitem raciocinar, pensar e resolver problemas. Eles incluem habilidades tais como a compreensão e o uso da linguagem; e ainda: focalizar, manter e dividir a atenção; reconhecer objetos, classificar e localizá-los no espaço; aprender e recordar informações novas; planejar, implementar e monitorar nossas próprias atividades; resolver problemas, etc. Essas habilidades variam de forma natural entre as distintas pessoas, cada um de nós temos nossos próprios pontos fortes e fracos. O funcionamento cognitivo é considerado normal se as nossas competências nos permitem manejarmos de uma forma adequada nas atividades da vida diária. Existem muitos fatores que podem afetar a atividade do cérebro, tais como: o stress, cansaço, depressão, o consumo elevado de álcool, uma nutrição insuficiente, algumas enfermidades e alguns remédios. Por ocasiões, esta implicação pode ser temporária, como no caso do cansaço, mas em outros casos pode causar alterações permanentes em nossas capacidades cognitivas.

Dificuldades de Comunicação.

Poderíamos aceitar que duas pessoas se comunicam quando, com o proposito generativo, se transmitem informações que percebe com atenção, acompanhando chaves para interpretar corretamente. Certamente, junto a sintonia cognitiva, cabe esperar também uma dose de empatia emocional, de modo que, aqueles que realmente se comunicaram deixaram certo relato de algum traço uns em outros, e etc. Claro que, quando não há confiança, interesses e objetivos comuns, etc., não se pode esperar ter uma boa comunicação, e isso acontece em poucas relações interpessoais, incluindo as hierárquicas nas empresas. A comunicação pode ser definida como o processo pelo qual a informação pode ser transmitida a partir de uma entidade para outra. Os processos de comunicação são símbolos e interações mediadas entre pelo menos dois agentes que compartilham um mesmo repertório de signos e apresentam regras semiótica comuns.

O funcionamento das sociedades humanas é possível graça a comunicação. Esta, consiste no intercâmbio de mensagens entre os indivíduos que podem ter uma conotação verbal ou não-verbal. Os seres humanos são seres essencialmente "sociais" no sentido de que passamos a maior parte de nossas vidas com as outras pessoas. Por isso, é importante aprender a entender-se uns com os outros, e funcionar corretamente em situações sociais. Certas habilidades de comunicação nos ajudar a melhorar as relações interpessoais. Ou seja, comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa "partilhar", ação e efeito de se comunicar. Em um sentido muito amplo pode ser considerado como um princípio universal de inter-relação a múltiplos níveis: biológico, psicológico, sociológico, cosmológico (...) geralmente centra-se no âmbito da existência humana em suas várias conexões com a realidade circundante, bem como as distintas atividades que com ela se mantem.

Qualquer ato comunicativo visto isoladamente parece um ato simples, mas é provavelmente uma das atividades mais complexas do homem, isso envolve um esforço coordenado entre o cérebro, tórax, estômago, boca, língua, lábios e cordas vocais, apoiados pelo sistema respiratório. Para alguns, a comunicação humana, a troca de mensagens, está matizada por elementos subjetivos do tipo emocional, simbólico, imaginativo e ideológico, que lhe conferem a seu caráter específico e distinguem a diferença de informação. Aquisição de linguagem requer o estabelecimento gradual de associações específicas, mas não se sabe como se organizam as relações entre palavras em mecanismos muito complexos capazes de ser ativados por diversos estímulos para fazer arranjos diferentes de tais palavras, com sequências de velocidades e graus de eficiência, que nos permitem pensar e resolver problemas e comunicarmos através da linguagem verbal, a escrita e a mímica.

Normalmente, com a estimulação necessária, as habilidades de comunicação são desenvolvidas seguindo um padrão: balbuciando aos seis meses, e as primeiras palavras ao um ano, tendo um vocabulário de cinco palavras aos 18 meses, e frases de duas palavras aos dois anos, e falando frases completas aos três anos de idade. Aos cinco anos, espera-se que as crianças distinguiram e usem tempos verbais e possam partilhar experiências; e aos dez anos é quando adquirem um domínio quase completo da linguagem. Para este efeito, é necessário que a criança ouça claramente o que está sendo dito, que não haja nenhuma alteração em suas habilidades físicas para falar, e nas conexões neurológicas, pois estas lhe permitem a compreender o que está sendo dito. Uma deficiência em qualquer uma destas áreas cerebrais podem isolar as interações cognitivas e sociais normais. De acordo com Rutter (2006) existem quatro áreas onde se centra as consequências das alterações da linguagem: atividades lúdicas, capacidade pra ler, desenvolvimento emocional e social, processos do pensamento. E estas áreas consistir em acompanhar seu desenvolvimento, e assim, estar evitando possíveis transtornos de linguagem futura. Pois no caminho de inclusão e do respeito, aqueles que apresentam alguma dificuldade para aprender vêm à requerer recursos especiais, para que tenha um bom desenvolvimento nos processos cognitivos sem apresentar problema ou sintoma na situação de aprendizagem.

Inclusão.

A origem da ideia de inclusão se situa no fórum internacional da UNESCO que há marcado pautas no campo educativo no evento realizado na cidade de Vomiten em 1990, na Tailândia. Onde se promoveu a ideia de uma educação para todos, que oferece satisfação das necessidades básicas de aprendizagem a tempo que desenvolva o bem-estar individual e social de todas as pessoas dentro do sistema de educação formal. Não há um consenso entre os autores mais representativos deste movimento, onde se destacam (Ainscow (2001; Arnaiz, 2003; Dyson, 1999; Stainback & Stainback, 1999), já que cada um tem sua própria visão sobre o mesmo. Por exemplo, podemos encontrar definições tão diferentes e clarificadoras como nos mostra Ainscow (2001, p. 44), "uma escola que não só aceita a diferença, mas que aprende com ela", ou a forma que define Stainback e Stainback (1999, p. 21-35), que: "é aquele que educa a todos os alunos em uma escola ordinária." Dessa forma, onde parecem estar de acordo todos os autores, é quando reforçam a importância da socialização, incluindo o conceito de "amizade" para evitar o isolamento destes jovens como garante Cuomo e Imola (2011). A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. Onde é apreciada a contribuição, trata-se de acercarmos a particularidade de “pesquisa-ação em relação à realização dos objetivos relacionados com a autonomia e a independência das pessoas com necessidades especiais”. Cuomo e Imola (2011), nos propõe que, consideremos que uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade.

Material suplementar
Referências
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Gimeno, J. (1999B). La diversidad y sus prácticas (II). Aula de Innovación Educativa. Nº 82; pp. 73-78.
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