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A contribuição do programa PNAIC no desenvolvimento cognitivo dos alunos do 3º. ano do ensino fundamental da escola Maria de Fatima Pinto de Oliveira, Porto de Moz-Pará
Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, vol. 3, núm. 3, pp. 32-46, 2017
Universidad de Jaén

Investigación

Los nombres y las direcciones de correo electrónico introducidos en esta revista se usarán exclusivamente para los fines establecidos en ella y no se proporcionarán a terceros o para su uso con otros fines.

Recepção: 01 Maio 2017

Aprovação: 01 Julho 2017

Resumo: O artigo buscou analisar a contribuição do (PNAIC) Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa programa instituído pela Portaria nº. 867 de 4 de Julho de 2012, para o desenvolvimento da leitura e da escrita configurando-se em um compromisso do Governo Federal, Estadual e Municipal no intuito de garantir que as crianças de até oito anos de idade estivessem alfabetizadas, ao concluírem o 3º ano do Ensino Fundamental. A pesquisa teve enfoque qualitativo do tipo descritivo, coleta dos dados se deu por observações e entrevistas junto aos sujeitos, 03 professores alfabetizadores e 01 coordenador e 60 alunos com idade de oito anos. Contudo, averiguou-se o PNAIC no contexto da formação docente, bem como, sua aplicabilidade no processo de ensino aprendizagem, assim sendo, reafirma-se a vigência do PNAIC como política de formação para a melhoria dos resultados educacionais, no entanto, ainda aquém da meta desejada para a educação.

Abstract: PNAIC; alfabetizadores; formação; docente; leitura e escrita . The article sought to analyze the contribution of the (PNAIC) National Pact for Literacy in the Right Age program established by Administrative Rule nº. 867 of July 4, 2012, for the development of reading and writing, forming a commitment of the Federal, State and Municipal Government in order to ensure that children up to eight years of age were literate by the end of the third year of Elementary School. The research had qualitative approach of the descriptive type, data collection was given by observations and interviews with the subjects, 03 literacy teachers and 01 coordinator and 60 students aged eight years. However, the PNAIC was verified in the context of teacher education, as well as its applicability in the teaching-learning process, thus reaffirming the validity of the PNAIC as a training policy for the improvement of educational outcomes; The desired goal for education.

Keywords: PNAIC, literacy, formation, teacher, reading and writing.

A contribuição do programa PNAIC no desenvolvimento cognitivo dos alunos do 3º. ano do ensino fundamental da escola Maria de Fatima Pinto de Oliveira, Porto de Moz-Pará.

1.-Introdução.

Este trabalho é parte de uma pesquisa em andamento, que tem por objetivo analisar a contribuição do Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem no contexto escolar, Programa criado pelo MEC no ano de 2012, configurando-se como um compromisso assumido entre o Governo Federal, Estadual e Municipal na pretensão de alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade, isto é até o final do 3º. Ano do ensino Fundamental.

Este um programa instituído pela Portaria nº 867 de 4 de julho de 2012, sendo publicado no Diário Oficial da União com o nº. 129, quinta-feira, 05 de Julho de 2012, tratando, como o próprio nome diz, (um pacto), um acordo entre Governo Federal, Municípios e Universidades cadastras no Programa de Formação Continuada, objetivando formar os professores na perspectiva da Alfabetização e do letramento, preparando-os para a reflexão na prática e para a melhoria da metodologia do professor, para colher os frutos se faz necessário refletir sobre a prática do ensino aprendizagem até então.

O presente texto coloca em discussão o tema de grande relevância para a educação brasileira, do qual muito se tem sido, dito e pesquisado sobre alfabetização, porém os dados apresentados nos levantamentos do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira) do Estado do Pará, mostram que a reversão desse quadro ainda, está aquém do desejado.

Entretanto, tem-se acompanhado no Brasil algumas iniciativas do Governo Federal na criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da formação do Professor neste caso, em especial aos professores alfabetizadores. Entendendo que só existe uma forma possível de melhorar o desempenho do profissional da educação (formando-o) assim consequentemente é possível se ter uma melhor qualidade de ensino. Acredita-se que com a formação do professor melhorará também o desempenho dos alunos, já que o professor está diretamente ligado ao aluno orientando-os a construir novos conhecimentos.

O motivo que impulsionou-nos a essa pesquisa foi a relevância desse estudo em termos sociais e científicos, pois, servira como base segura ao desenvolvimento de um programa nacional de alfabetização dentro de uma realidade pública municipal, a escola municipal de ensino fundamental Maria de Fatima Pinto de Oliveira, localizada no Município de Porto de Moz, no Estado do Pará. Acredita-se que esta pesquisa possa ser suporte para melhoria ou se for o caso a melhoria de planejamentos futuros e ou projetos envolvendo alfabetização, servindo também como base de informações e suporte teórico para a Secretaria Municipal de Educação, professores e pesquisadores sobre o tema.

Entre todos os desafios para a educação brasileira, nenhum é mais estratégico e decisivo do que garantir a plena alfabetização. Uma vez que historicamente as crianças concluem a escolarização fundamental, sem necessariamente estarem alfabetizados, ou seja, sem apresentarem as adequadas habilidades de leitura e domínio da escrita, com base nessa afirmações surgiu a problematização da presente pesquisa, que se faz necessário o seguinte questionamento:

Qual a contribuição do Programa PNAIC no desenvolvimento cognitivo dos alunos do 3º. ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria de Fatima Pinto de Oliveira?

Ainda a pesquisa buscou respostas para o objetivo geral no intuito de:

Averiguar a contribuição do Programa PNAIC no desenvolvimento cognitivo dos alunos do 3º. ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria de Fatima Pinto de Oliveira.

Como objetivos específicos: Identificar as metodologias que influenciam no processo de ensino aprendizagem; Conhecer estratégias de ensino para a leitura e escrita. Verificar alternativas lúdicas usadas na prática para melhorar o ensino aprendizagem.

Dado, que no contexto histórico a leitura e a escrita a princípio era apenas uma apropriação dos sábios, mestres, governantes e por fim, escribas, monges, profetas, sacerdotes, detinham a arte da leitura e da escrita de textos, livros e pergaminhos que guardavam histórias e ensinamentos, hoje com os avanços tecnológicos a leitura e a escrita tornou-se essencial para todo cidadão garantia dada através da Constituição Brasileira (1988), Artigo 205, afirma que:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (CB, p.136).

Por ser um direito o governo tem por obrigação proporcionar o ensino de qualidade e oferecer escolas com profissionais capacitados, para garantir esse direito, por isso, esta pesquisa busca analisar a contribuição do Programa Pacto no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita em turmas do 3º. ano, assim surge o interesse por este campo de pesquisa, pois sabe-se que a leitura é um processo no qual garante a interação significativa e funcional da criança com a língua escrita, como meio de construir os conhecimentos necessários para poder abordar as diferentes etapas da aprendizagem com eficácia.

Portanto, o que se observa nas turmas do terceiro ano que poucos alunos possuem o domínio dessa ferramenta tão importante (a leitura e a escrita). Este artigo se deu no intuito averiguar se o programa Pacto, vem influenciando o processo de desenvolvimento do ensino aprendizagem, para que estes alcancem a qualidade no ensino esperado.

Para a fundamentação do texto a análise do próprio Pacto Nacional no contexto atual da educação brasileira e outros pressupostos teóricos que fundamentaram esse estudo como Barbosa, M. & Horn, M. (2013); Boulch, L. (2010), Brandao, A. & Rosa, E. (2013), Cagliari, L. (2010), Franci, E. (2013), Freire, P. (2001), Hoffman, J. (2013), Irande, Libanio, M. & Zoe, R. (2010), Micotti, M. (2013),A.(2010), Morais, A. (2013), Passareli, L. (2013), Rojo, R. & Moura, E. (2013), Russo, M. (2013), Satiro, A. (2013), Simoes, D. (2013), Sommerhalder, A. & Alves, F. (2013), assim como o Manual do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa:

O Brasil do futuro começa com a Portaria nº 867 de 4 de julho de 2012, que institui o pacto; a Portaria nº 1.458 de 14 de dezembro de 2012, que define categorias para a concessão de bolsas de estudo e pesquisa e a Medida Provisória nº 586 de 8 de novembro de 2012 que dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos entes federados, dentre outros.

No Brasil, O Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)1 é uma ação do Ministério da Educação que conta com a participação articulada do Governo Federal, Estadual e Municipal, dispostos a mobilizarem esforços e recursos, valorizando e apoiando professores, o programa tem como foco o desenvolvimento no processo de alfabetização para crianças, até oito anos de idade. A partir disso relembramos a Lei Diretrizes e Bases da educação Nacional (LDB 9.394/96, Art.62), que estabele a formação continuada aos docentes para atuarem na educação básica. Franchi (2013) afirma que “o professor alfabetizador é o que enfrenta os maiores problemas linguísticos, tem, por isso, que aliar seu trabalho de professor a uma vocação de pesquisador da linguagem” (p.51).

Observa-se na era da informação outras formas de comunicação virtual e pode-se dizer que nunca se escreveu tanto como atualmente ou seja nunca se teclou tanto, a escrita teclada nos torpedos nas redes sociais, blog pessoais, chats, whatsApp, Youtube, facebook, tantos outros que tais tem elevado exponencialmente a interação pela linguagem verbal e coloquial de forma abreviada e resumida. Ainda, que se escreva tanto, em se tratando do ensino de Língua Portuguesa, ainda persiste um número elevado de crianças que não sabem ler e nem escrever nas escolas públicas.

Micotti, ressalta que: “As atividades de leitura e escrita precisam ser inseridas em situações, nas quais a comunicação de fato ocorra, situações em que estavam presentes as vivencias reais dos alunos, não apenas o faz de conta” (2013, p. 190).

Nesse sentido, a interação professor-aluno é um aspecto de fundamental importância para a organização da situação didática, para então alcançar os objetivos do processo de ensino aprendizagem, alicerçado numa vivência pedagógica, nas informações coletadas ao longo da pesquisa, subsidiadas ainda nos vários autores pesquisados, que também alerta para as dificuldades que estão relacionadas à importância do desenvolvimento da leitura e da escrita no processo de ensinoaprendizagem.

As novas expectativas da sociedade em relação à educação, estão associadas as transformações da sociedade e das metodologias usadas, estas farão a carreira estudantil. É importante destacar que abordagem desenvolvida no programa focaliza os processos de alfabetização e letramento como objeto de reflexão, especialmente, como mecanismo de ações e intervenções pedagógicas, renovando o planejamento para a apropriação do sistema de leitura e escrita alfabética.

Nesse sentindo Russo (2013) comenta que “a sala de aula deve servir para despertar os sentidos do aluno, transformando-se em um local propicio à aprendizagem, nessa concepção, o educador precisa conhecer o aluno a ponto de poder definir as estratégias mais adequadas de intervenção pedagógica” (p.19). Para conhecer o aluno o professor deverá fazer observações básicas e necessárias, bem como, seu comportamento, nível de acampamento com a turma no processo de alfabetização, para então definir estratégias de ensino.

2.- Pacto firmado entre o Governo Federal, Estados e Municípios.

O PNAIC foi um compromisso assumido pelos governos na esfera Federal, dos estados e dos municípios para assegurar que os alunos estivessem alfabetizados até os (08) anos de idade, isto é ao final do 3º ano do ensino fundamental. Tendo como modalidade o aperfeiçoamento, com duração de 12 meses com carga horária: 200 horas.

Quadro 1.- Objetivos do PNAIC.

Objetivo Geral do PNAIC Objetivos Específicos do PNAIC Oferecer suporte à ação pedagógica dos professores dos anos/séries iniciais do ensino fundamental, contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, propondo situações que incentivem a reflexão e a construção do conhecimento como processo contínuo de formação docente; Garantir que os estudantes dos sistemas públicos de ensino básico estejam alfabetizados, em Língua Portuguesa e em Matemática, até o final do 3º ano do ensino fundamental; Desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreensão da matemática e da linguagem e seus processos de ensino e aprendizagem; Definir novas diretrizes e conteúdo de formação de professores alfabetizadores com vistas a reestruturação da formação inicial; Contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de formação continuada; Reduzir a distorção idade-série na educação básica; Desencadear ações de formação continuada em rede, envolvendo Universidades, Secretarias de Educação e Escolas Públicas dos Sistemas de Ensino. Melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Fonte: PNAIC-UFOP (2017) . Importar tabla

A formação dos orientadores que ministrarão o curso aos docentes alfabetizadores nos próprios municípios com formação durante o ano letivo. Assim sendo, foi organizado um curso contínuo de 40 horas, tendo início oficial em 2012 no intuito de dar continuidade a essa preparação junto aos orientadores para repassarem esses estudos aos professores.

Quadro 2.- Os eixos norteadores.

Os (03) eixos estruturantes do Pacto, reúne os principais componentes para a avaliação Avaliações processuais, debatidas durante o curso de formação, que podem ser desenvolvidas e realizadas continuamente pelo professor junto aos alunos; Os professores terão acesso a um sistema informatizado onde deverão inserir os resultados da Provinha Brasil de cada criança, no início e no final do 2º ano. Através deste sistema, docentes e gestores poderão acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem de cada aluno de sua turma, e fazer os ajustes necessários para garantir que todos estejam alfabetizados no final do 3º ano do ensino fundamental; Ao final do 3º ano, todos os alunos farão uma avaliação coordenada pelo INEP. O objetivo desta avaliação universal será avaliar o nível de alfabetização alcançado pelas crianças ao final do ciclo. Esta será mais uma maneira da rede analisar o desempenho das turmas e adotar as medidas e políticas necessárias para aperfeiçoar o que for necessário. O Ministério da Educação assumirá o custo dos sistemas e das avaliações externas. Avaliação no ciclo de alfabetização: reflexões e sugestões - Caderno com reflexões sobre a avaliação e sugestões de atividades de diagnóstico e de acompanhamento dos processos de aprendizagem. Fonte: PNAIC-UFOP (2017) . Importar tabla

2.1.- PNAIC e a formação dos professores alfabetizadores em 2013.

O programa PNAIC, através da Media Provisória nº. 586/2012, que dispõe sobre o apoio Técnico e Financeiro da União, que proporciona ao professores alfabetizadores curso de formação continuada, pois, a referida formação traz alternativas para o professor implementar uma prática diferenciada, onde demostram a necessidade de que o professor de leitura e escrita conheça o objeto da aprendizagem, que é a língua escrita, com todos os seus elementos que compõem a sua estrutura, para que haja êxito na realização da sua mediação no processo de ensino aprendizagem da leitura e da escrita, nesse sentido, afirma que:

“Não existe pensamento sem linguagem, quanto mais exercitamos as habilidades que potencializam esta relação entre pensamento e linguagem, melhor para o desenvolvimento cognitivo em geral” (Sátiro, 2013, p.32).

O Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, tornou-se fruto de reflexão e indagação no campo da alfabetização e do letramento, ensinar a ler e escrever tornou-se agora o grande desafio para o Alfabetizador. Um importante material utilizado como suporte teórico e mais os materiais disponibilizados no site do Ministério da Educação, a coleção dos livros expedidos pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que retrata passo a passo sobre as inovações que o programa trouxe para o processo de desenvolvimento do ensino aprendizagem, uma reflexão mais árdua sobre como trabalhar as dificuldades em pauta, para alcançar o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

Abordou-se ainda a contribuição do Programa Pacto para o ensino aprendizagem fundamentado nos autores: Micotti (2013), Passareli, (2013), Franci (2013), Russo (2013), Simões (2013), Libanio (2013), Freire (2013), livros didáticos, Parâmetros Curriculares Nacionais e outros, são autores que buscam trabalhar sobre a reflexão das práticas pedagógicas e o desenvolvimento do ensino aprendizagem. Isto porque o Brasil historicamente tem apresentado muitos retrocessos principalmente quando se colocava a irradicação do analfabetismo. Em pleno século XXI os alunos concluem a escolarização sem necessariamente estarem alfabetizados, ou seja, não apresentam as habilidades necessárias para o domínio da leitura e da escrita (MEC, 2012). Desse modo, o Estado brasileiro reconhece a importância da formação continuada, como observado na Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, no seu Art. 62, § 1: “A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério”.

No intuito de oferecer e assegurar educação de qualidade o Governo Federal em parceria com estados e municípios quer garantir a alfabetização plena a todas as crianças brasileiras do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental, o Governo Federal, segundo artigo 5º da Portaria nº. 867 de 4 de julho de 2012, firmou o (PNAIC).

O caderno de apresentação deste programa de formação continuada ressalta que o Pacto [...] é constituído por um conjunto integrado de ações, materiais e referências curriculares e pedagógicas, a serem disponibilizados pelo MEC, tendo como eixo principal a formação continuada de professores alfabetizadores (BRASIL, 2012, p. 5).

2.2.-Apontamentos do PNAIC para o ano de 2016.

Sendo a criança o foco principal para o ano de 2016 se fez necessário uma gestão mobilizadora com uma a formação de qualidade para a valorização dos professores; formação da equipe pedagógica da escola e certificação e carga horária.

Ainda que o material didático fosse de qualidade: Ter prazo adequado para o desenvolvimento da prática pedagógica; obter o reconhecimento do trabalho das escolas; ter a adesão de todos os envolvidos. Participantes do pacto, PNAIC, requisitos e atribuições: a) Coordenador Estadual;

b) Coordenador Undime;

c) Coordenador Regional;

d) Coordenador Local;

e) Orientador de Estudos;

f) Professor Alfabetizador;

g) Coordenador Pedagógico.

Deste modo, se todos os participantes envolvidos, cabendo a cada um desempenhar sua função e estes todos se apropriarem e assumirem suas respectivas atribuições, pode-se obter bons e até ótimos resultados na prática pedagógica. Quadro 3.- Participantes envolvidos no Pacto.

Fonte: Brasil. PNAIC (2016).

3.-Metodologia.

Tema da investigação: Segundo Demo (1987, p.122) “a pesquisa é uma atividade científica pela qual descobriremos a realidade. Partindo do pressuposto de que a realidade não se desvenda na superfície”. Assim essa pesquisa averiguar a contribuição do Programa Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita para alunos do 3º ano do Ensino Fundamental.

A metodologia: Alicerçou no método qualitativo permitindo compreender o agir e o pensar de cada sujeito para analisar e compreender. A pesquisa foi do tipo: descritiva que visa descrever a metodologia do professor alfabetizador após formação continuada no PNAIC.

População: Escola foco da pesquisa é a: Escola Maria de Fátima Pinto de Oliveira, da cidade de Porto de Moz, localizada no Estado do Pará. A escola comporta uma população de 40 (quarenta) professores, com uma população de 760 (setecentos e sessenta) alunos matriculados em 2017 no ensino fundamental

A amostra: Composta por 03 professores alfabetizadores, 01 coordenador da escola e 60 (sessenta) alunos do 3º. ano, divididos entre turno da manhã e tarde.

A coleta dos dados: Deu-se por meio de análise documental do PNAIC, da observação e entrevistas junto a 03 professores alfabetizadores e 01 coordenador local e 60 alunos na idade de 08 anos.

Nesse contexto surgem as variáveis a serem investigadas em busca das respostas ao problema. O presente trabalho aponta duas variáveis a primeira busca reposta ao problema sobre a contribuição do PNAIC na formação continuada e a segunda variável sobre a metodologia que o professor alfabetizador utiliza em sala de aula no ensino aprendizagem da leitura e escrita. O Professor deve ter consciência das mudanças que ocorrem com o passar do tempo e suas consequências, tanto em relação aos conhecimentos teóricos, quanto ã aplicação de práticas de novas teorias. (Russo, 2013, p. 28)

4.-Discussão e análise do PNAIC.

Essas ações foram organizadas em quatro eixos de atuação para melhor entendimento:

1ª. A formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudos, com carga horária de 120 horas anuais, incluindo atividade extraclasse e certificado emitido pela universidade pública de cada Estado; 2ª. Materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais; 3ª. Avaliações sistemáticas;

4ª Gestão, controle social e mobilização na busca por assegurar o direito de alfabetização plena a todos os estudantes até o 3º ano do ciclo de alfabetização. Portaria do MEC esclarece no artigo 5º que as ações do PNAIC têm por objetivos:

I.- Garantir que todos os estudantes dos sistemas públicos de ensino estejam alfabetizados, em Língua Portuguesa e em Matemática, até o final do 3º ano do ensino fundamental; II – reduzir a distorção idade-série na Educação Básica; III – melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); IV – contribuir para o aperfeiçoamento dos professores alfabetizadores; V – construir propostas para a definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental. (BRASIL, 2012, p.2)

O objetivo era, estabelecer metas para melhoria do ensino, em particular a alfabetização, investindo na formação do professor alfabetizador, é um passo favorável ao desenvolvimento da educação do país. Nesse sentido, para o aprimoramento da formação do professor, o material didático oferecido pelo PNAIC nortearia o alfabetizador quanto às competências que o estudante deve ter ao final do ciclo de alfabetização, bem como, relata as experiências no sentido de servir como referência para a prática diária da alfabetização.

Com essa formação a pretensão é que o professor se apropriasse e adquirisse domínio suficiente sobre a alfabetização e as facetas desse processo. Melhorando planejamento e as ações de como alfabetizar os alunos, sendo apresentada de forma explícita na proposta do PNAIC, a qual propõe recriar metodologias de alfabetização, garantindo um ensino sistemático com atividades reflexivas, que desafiem os estudantes a compreender como se dá o Sistema de Escrita Alfabética.

A finalidade do pacto era de subsidiar o professor nessa prática, por meio desta formação continuada do PNAIC uma constante estimulação do professor alfabetizador para reflexão da sua ação pedagógica individual e coletiva para possibilitar a elaboração de estratégias de ensino e aprendizagem para alcançar os objetivos em cada fase do ciclo de alfabetização. Nesse sentido:

O levantamento identificou e analisou como foi conduzida a formação, partindo dos sujeitos da pesquisa e do material didático do PNAIC:

Os Alfabetizadores: Que ainda se encontra timidamente em relação as práticas de sala de aula, sendo evidenciado que na proposta do PNAIC, o objetivo maior era de instrumentalizar o professor alfabetizador para o fazer pedagógico, garantindo melhor desempenho aos estudantes em relação à leitura, escrita e matemática, responsabilizando, dessa forma, o professor como principal agente nesse processo de ensino e aprendizagem.

Assim sendo, para que uma proposta formativa se efetivar, deve possibilitar autonomia do professor e discussão sobre os conteúdos curriculares, também compreende que o diálogo entre os professores é fundamental para consolidar saberes emergentes da prática profissional e assim motivar o professor para que seja pesquisador de sua prática pedagógica, não se detendo a um modelo estabelecido, mas elaborar uma prática que tenha sentido e significado no contexto em que é desenvolvida.

Nessa perspectiva, outros programas de formação continuada, anterior ao PNAIC, foram oferecidos aos professores alfabetizadores, sendo estes: Programa Parâmetros em Ação (1999); Programa de formação de professores alfabetizadores

PROFA (2001); Programa de Apoio à Leitura e Escrita PRALER (2007); PróLetramento (2008), todos com finalidade de melhorar a qualidade da educação básica.

De acordo, com o material de apresentação de cada programa citado, tinha o objetivo central a formação continuada para oferecer aos professores alfabetizadores conhecimentos didáticos sobre a alfabetização para a melhoria dos níveis de desempenho em leitura e escrita das crianças na fase de aprendizagem, sendo o PNAIC uma sequência da política de formação continuada do Governo Federal.

No entanto, há alguns aspectos que distinguem o PNAIC dos demais programas mencionados, tais como:

Material didático para o professor e estudante (obras literárias e jogos para estimulação da alfabetização;

Avaliações sistemáticas da formação continuada por parte dos professores e orientadores de estudos, o que caracteriza um avanço nos programas de formação continuada;

A proximidade entre o PNAIC e o Pró-Letramento, por exemplo, é o conteúdo teórico e apoio com bolsas de estudos ao professor cursista;

Amparado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o qual em 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 concedeu ao professor cursista uma bolsa no valor mensal de R$ 200,00 e ao professor orientador de estudos uma bolsa no valor de R$ 720,00 mensal.

O movimento de políticas de formação continuada favoreceu a qualificação profissional do professor em exercício, diante de uma sociedade em constante mudança e dos caminhos que a alfabetização tem percorrido nas últimas décadas. Até este ponto conceituamos o PNAIC, destacamos a sua importância e sua metodologia. Outro aspecto que também merece discussão é a análise dos resultados deste programa, sendo vital para o seu aprimoramento.

Nesse sentido, levou-se em conta que o objetivo do PNAIC era possibilitar a melhoria dos níveis de desempenho em leitura e escrita das crianças ao final do ciclo de alfabetização, portanto a avaliação dos resultados do PNAIC é baseada na análise do cumprimento deste objetivo.

Ao avaliar os resultados do próprio PNAIC obteve-se subsídios para realizar algumas reflexões sobre o programa, buscando aperfeiçoar a sua realização e aprimorar seus resultados. Trata-se de um ciclo virtuoso de desenvolvimento do próprio programa de formação de relevância, do PNAIC que se tornou tema de interesse para comunidade acadêmica e aos estudos sobre alfabetização e letramento.

Deste modo, o Pró-Letramento funciona na modalidade semipresencial, mediante a utilização de material impresso e vídeos, com atividades presenciais e à distância, acompanhadas por tutores (BRASIL, 2017).

A organização da carga horária do curso aos orientadores de estudo o detalhamento do curso:

Curso inicial 40 horas;

Mais 04 encontros de 24 horas;

Seminário final no município 8 horas;

Seminário final do estado 16 horas;

Planejamento, realização das atividades propostas, totalizando 200 horas;

O curso dos professores alfabetizadores apresenta a carga horária da seguinte maneira:

Curso 80 horas para os estudos das 8 unidades do ano específico de atuação; Mais 08 horas de seminário final;

Mais 32 horas de estudos;

Atividades extra sala, totalizando 120 horas.

4.1.- Discussão das observações e entrevistas.

Verificou-se que os professores que participam das formações continuadas do PNAIC, ganharam espaço no campo das políticas públicas para a melhoria da educação, uma vez que, amplamente discutido como o viés para melhor a qualidade da educação brasileira.

Averiguou-se também que a proposta do PNAIC, após formação vem sendo trabalhada na prática pedagógica docente, mas, ainda com uma metodologia um tanto tímida;

Por outro lado observou-se nos relatórios e nos registros pedagógicos de acompanhamentos dos alfabetizadores em estudo, que apesar da formação docente, existe uma porcentagem bastante elevada de alunos do 3º. ano do ensino fundamental, que ainda, apresentam muita dificuldade na leitura e da escrita.

Assim sendo, apesar dos inúmeros programas de alfabetização existe discussões e controvérsias teóricas e metodológicas, com vários questionamentos acerca de como? Quando? E de que forma os alunos devem se apropriar da linguagem formal? E por que nos dias de hoje tem-se tantos alunos ainda com dificuldade em ler e escrever em plena era da tecnologia e da informação?

5.-Conclusão.

Sobre a contribuição do PNAIC de forma geral ajudou a melhorar as práticas pedagógicas dos docentes alfabetizador participantes do PNAIC, o mesmo contribuiu de forma específica para colocar em prática os estudos sobre consciência fonológica e Sistema de Escrita Alfabética.

Inclui-se ainda a contribuição sobre a identidade de ser alfabetizador e os saberes que mobilizam a formação continuada, bem como, os princípios e as perspectivas desses docentes e suas concepções epistemológicas sobre o PNAIC. As determinações e o modo de alfabetizar os alunos.

Deste modo, o PNAIC contribuiu significativamente para ampliar os saberes promovendo mudanças nas práticas pedagógicas dos professores, bem como, no desenvolvimento de estratégias para atender as especificidades do aluno.

Mostra ainda que o PNAIC ampliou os saberes e mudou algumas práticas pedagógicas dos professores, bem como, desenvolveu novas estratégias para atender as especificidades de cada aluno e para melhorar avanços nos índices de alfabetização.

Contudo, o PNAIC colaborou para o avanço nos índices de alfabetização, mas, por outro lado os professores ainda apresentam dificuldades em colocar em prática a proposta do PNAIC e desenvolver uma prática avaliativa reflexiva no processo de alfabetização.

Referências

Barbosa, M., Horn, M. (2013). Projetos pedagógicos Infantil. Porto Alegre: Grupo A.

Boulch, L. (2010). Educação Psicomotora: A psicocinetica da idade Escolar. Porto Alegre: Artmed.

Brandao, A., Rosa, E. (2013). Ler e escrever na Educação Infantil: Discutindo praticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autentica

Freire, P. (2001). A importância do ato de ler. 41 edição, São Paulo: Cortez.

Hoffman, J. (2013). Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação.

Irande, A. (2010). Aula de Português: Encontro & Interação. São Paulo: Para bola.

Libanio, M. & Zoe, R. (2010). Da Escola para casa: Alfabetização. Belo Horizonte: RHJ.

Micotti, M. (2013). Leitura e escrita: como aprender com êxito por meio da pedagogia por projetos. São Paulo: Contexto.

Morais, A. (2013). Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramento

Passareli, L. (2013). Ensino e correção na produção de textos escolares. São Paulo: Telos.

Rojo, R., Moura, E. (2013). Multiletramento na escola. São Paulo: Parábolas.

Russo, M. (2013). Alfabetização: Um proceso em construção. São Paulo: Saraiva.

Sátiro, A. (2013). Brincar de Pensar. São Paulo: Ática.

Simões, D. (2013). Considerações sobre a fala e a escrita. São Paulo: Parábolas.

Sommerhalder, A. & Alves, F.(2013). Jogo e a Educação da Infância: muito prazer em aprender. Curitiba: CRV.



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