Investigación

A Importância da Prática Pedagógica Motivacional dos Professores de aprendizagem na Leitura e da Escrita dos Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, da E. M. José Francisco da Fonseca

Ivanete Crecilda do Nascimento
Secretaria Municipal de Educação de Barra de são Francisco Espirito Santo-Brasil, Brasil

A Importância da Prática Pedagógica Motivacional dos Professores de aprendizagem na Leitura e da Escrita dos Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, da E. M. José Francisco da Fonseca

Revista Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, vol. 3, núm. 4, pp. 166-180, 2017

Universidad de Jaén

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Recepção: 16 Agosto 2017

Aprovação: 01 Setembro 2017

Resumo: Esta pesquisa foi um recorte da dissertação de mestrado a qual aborda a Importância da Prática Pedagógica Motivacional dos professores no ensino da leitura e da escrita aos alunos no ensino aprendizagem. O objetivo geral foi de comparar a prática pedagógica dos professores no ensino da leitura e escrita junto aos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental. A investigação teve caráter quantitativo, com estudo descritivo, a técnica para a coleta dos dados foi o método Survey. Nesta foi percebido que 25% dos alunos não gostam de estudar, 27% gostam pouco, 38% não interpretam o que leem com facilidade, 52% dos professores usam pouco esse recurso em suas aulas. Contudo, 63% dos alunos conseguiram um bom rendimento acadêmico em leitura e escrita, 29% regular e 8% baixo. Concluiu-se que as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos, relacionam-se com a prática pedagógica do professor.

Palavras-chave: prática pedagógica, motivação, leitura, escrita, dificuldades.

Abstract: This research was a cut of the master's dissertation which addresses the Importance of Motivational Pedagogical Practice of teachers in teaching reading and writing to students in teaching learning. The general objective was to compare the pedagogical practice of teachers in the teaching of reading and writing with the students of the 3rd Year of Elementary Education. The research was quantitative, with a descriptive study, the technique for data collection was the Survey method. In this it was noticed that 25% of the students do not like to study, 27% like little, 38% do not interpret what they read easily, 52% of teachers use this resource in their classes a little. However, 63% of the students achieved a good academic performance in reading and writing, 29% regular and 8% low. It was concluded that the learning difficulties of students' reading and writing are related to the pedagogical practice of the teacher.

Keywords: pedagogical practice, motivation, reading, writing, difficulties.

A Importância da Prática Pedagógica Motivacional dos Professores de aprendizagem na Leitura e da Escrita dos Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, da E. M. José Francisco da Fonseca.

1.-Introdução.

O desenvolvimento desta pesquisa para ressaltar a importância da prática pedagógica motivacional do professor no desempenho acadêmico dos alunos, no domínio da leitura e da escrita, com breves relatos sobre como o homem, desde a antiguidade sempre procurou a se comunicar e integrar na sociedade, envolvendo a linguagem, a leitura e a escrita.

Em seguida, evidenciou-se o conceito de dificuldade de aprendizagem e sua manifestação nas práticas alfabetizadoras. Sabemos, que quando o aluno não adquire as habilidades de leitura e escrita nos 1º e 2º Anos do Ensino Fundamental, apresenta dificuldades de aprendizagem em toda a sua trajetória escolar. Destacouse também a mudança mais recente na educação brasileira que é a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos, que visa organizar o tempo, o espaço e o atendimento aos alunos de diferentes modalidades e etapas da educação básica. Desta forma, os anos escolares que antecedem o 3º Ano, possuem aprovação automática.

Baseando-se nestes pressupostos, a investigação decorreu da seguinte situação problema: será que as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, relacionam-se com a prática pedagógica do professor?

Para tanto, diante desta problemática tem-se como hipóteses: 1) As dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, relacionam-se com a prática pedagógica do professor? 2) As dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, não se relacionam-se com a prática pedagógica do professor?

O objetivo geral é comparar a prática pedagógica dos professores com a aprendizagem em leitura e escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região Sudeste do Brasil. Quanto aos objetivos específicos desta investigação, são os seguintes: a) Caracterizar os professores do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca; b) Identificar a prática pedagógica utilizada pelos professores do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca; c) Constatar as habilidades na interpretação do que escreve e lê dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca; d) Verificar os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca.

A metodologia utilizada foi de enfoque quantitativo, desenho não experimental e de tipo descritivo. Para coleta de dados utilizaram-se questionários aplicados a 02 professores e 48 alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca. Seguiu-se a recolha, o tratamento dos dados e a apuração dos resultados de forma descritiva.

Esta pesquisa possui a seguinte justificativa: Devida a importância da leitura e da escrita no cotidiano de todos os cidadãos que em todas as épocas procurou meios de comunicar, sistematizar suas ideias para compreender o mundo, a si mesmo e aos outros, faz-se necessário comparar a prática pedagógica dos professores com a aprendizagem em leitura e escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil.

2.-A prática pedagógica motivacional aplicada.

Segundo o Dicionário Aurélio (2009), prática é o ato ou efeito de praticar e pedagógico vem de pedagogia que é o método para ensinar. Sabemos que existem diversos modelos e métodos de ensino, porém, o professor não possuí receita pronta para ensinar, ele utiliza de vários métodos e recursos para atingir seus objetivos.

Acabado (1993: 95), afirma que cada professor possui seu método próprio de ensinar, ou seja, a maneira de caminhar para um determinado fim e cada aluno possui sua maneira própria de aprender. Conforme o dicionário Globo, a definição de metodologia é a arte de dirigir o espírito da investigação da verdade.

De acordo com Nérice (1989), o método de ensino pode ser colocado em três momentos, como: planejamento, execução e avaliação. Para o professor atender as necessidades dos alunos, pode-se utilizar três diferentes métodos de ensino, como o individual, coletivo ou de grupo. Ressalta-se neste contexto, que para aprender a leitura e a escrita o indivíduo deve ser motivado, pois, trata-se de conhecimentos essenciais para a vida toda que vem evoluindo desde a antiguidade, iniciando-se pela linguagem.

2.1.-A origem e evolução da linguagem e da leitura.

Diversos autores elucidam a evolução da linguagem e da leitura, auxiliando na compreensão destas invenções tão importantes no cotidianos do cidadão.

De acordo com Koch (1997), no decorrer da nossa história humana foram construídas três concepções distintas de linguagem, a saber: como representação (espelho) do mundo e do pensamento, como instrumento (ferramenta) de comunicação e como forma (lugar) de ação e interação. Para Zilberman apud Magalhães e Silva (2007, p. 8), a leitura teve seu início quando a sociedade precisou criar um código reconhecido e aceito por todos, o qual seria usado para operar as relações familiares, sociais e econômicas.

Trata-se de uma maneira dos povos organizarem as ideias e se comunicarem. Ferreira (1995) e Houaiss (2001) possuem a mesma definição para o ato de ler, como o ato de decifrar signos gráficos que traduzem a linguagem oral, o que mostra a relação íntima com a língua. Para Zaccur apud Macedo (1999, p.23), ler provém de “legere” que significa, no seu sentido próprio, colher, recolher. Neste contexto, a autora destaca dois movimento, do ser que colhe pistas e informações que estão no mundo exterior e as recolhe para si.

Portanto, ler é descobrir, interpretar, decifrar, conhecer, comunicar, viajar na imaginação, acompanhar os acontecimentos com a evolução da história da humanidade.

De acordo com Bastos (1982), na metade do século XIX, os livros existiam em pequena quantidade, por isso, utilizava-se nas escolas textos autobiografados, cartas familiares, relatos de viagem de viajantes, o código criminal, documentos feitos em cartório como certidão de casamento, de nascimento, títulos de propriedades, a bíblia e a primeira constituição do Império de 1827, que possuía informações sobre a instrução pública. (1982, p. 92), afirma que durante a colonização, as práticas escolares eram feitas nos engenhos e nos núcleos das fazendas por capelães, padres e mestres-escolas que eram contratados com este fim e que as oportunidades de educação eram parcas e preconceituosas, pois excluía os escravos e as mulheres recebiam conhecimento apenas voltados para as atividades domésticas.

Conforme Silva (1986), com as transformações sociais, econômicas, culturais e com vinda da família Real para o Brasil, surgiu a necessidade de mudanças no processo educacional, pois, a mão de obra, precisava ser capacitada para atender a nova demanda. Segundo Zilberman apud Magalhães e Silva (2007, p. 13), a história da leitura faz parte da história da sociedade capitalista, onde a política, visando valorizar a leitura como ideia, precisava estar vincula ao fator econômico.

2.2.-A origem e evolução da escrita.

Assim como a linguagem e a leitura, a escrita que significa comunicar-se por escrito também é uma sabedoria vinda da antiguidade. Segundo Cagliari (2004), a história da escrita vista em sua plenitude, sem seguir certa teoria de evolução ao longo do tempo, caracterizava-se em três fases distintas: a pictórica e a alfabética.

A pictórica como entendemos, expressa em desenhos ou pictogramas que apareciam em inscrições antigas e a alfabética por letras. Constituía-se em atender aos anseios da época que com o início da formação das comunidade agrícolas, sentiu-se a necessidade de registrar as informações para nomear animais, terrenos, produtos cultivados e outros. Cagliari (1995), afirma que o sistema alfabético passou por inúmeras transformações até se tornar o que conhecemos atualmente.

Os fenícios aproveitaram os sinais da escrita egípcia e fizeram um inventário de caracteres que descrevia um som consonantal, onde as vogais não haviam importância. Os gregos, adaptaram o sistema de escrita dos fenícios, adicionando as vogais, surgindo a escrita alfabética. Com isso, a escrita grega também foi incorporada e adaptada pelos romanos, passando por variações até formar o sistema greco-latino, originando o alfabeto.

2.2.-Conceito de dificuldade de aprendizagem.

No contexto educacional a leitura e a escrita constitui-se em conhecimentos essenciais, porque o aluno que não adquire tais habilidades, apresenta dificuldades de aprendizagem em toda a sua trajetória escolar. Segundo Guerra (2001), crianças com dificuldades de aprendizagem não são deficientes e incapazes, possuem apenas dificuldade para aprender.

Cabe ressaltar, que são alunos que não possuem nenhuma deficiência comprovada em laudo médico, são efetivamente e emocionalmente organizados, só lhes faltam vontade de estudar, deixa o professor angustiado, necessitando rever sua prática. De acordo com Souza (1996), as dificuldades de aprendizagem aparecem quando a prática pedagógica diverge das necessidades do aluno.

Para tanto, o professor deve ser um motivador da aprendizagem desenvolvendo uma prática pedagógica coerente com a realidade do alunado.

2.4.-Implicações do ensino fundamental de 9 anos nas práticas alfabetizadoras.

A base acadêmica deve ser bem feita para que não haja transtornos futuros, incluindo a aprendizagem da leitura e da escrita como condição da aquisição dos conteúdos das demais disciplinas nos anos escolares.

Com a Lei n. 11.274/2006, Brasil (2006), o Ensino Fundamental no Brasil passa a ter 9 anos de duração, incluindo obrigatoriamente as crianças de seis anos de idade, visando diminuir os índices do fracasso escolar brasileiro, garantindo a todas as crianças um tempo ampliado de alfabetização de 6 a 8 anos de idade e convívio escolar. Dessa forma, o aluno possuí aprovação automática nos anos escolares que antecedem o 3º Ano do Ensino Fundamental.

Conforme Soares, (2003, p. 10), ao incluir as crianças de seis anos no Ensino Fundamental, antecipa-se também a sua inserção no processo de aquisição e apropriação do sistema de escrita, alfabética e ortográfica. Os alunos de 6 anos de idade que frequentavam a Educação Infantil, atualmente estão no processo de alfabetização do 1º Ano do Ensino Fundamental.

3.-Metodologia.

Nesta pesquisa utilizou-se a metodologia de enfoque quantitativo, desenho não experimental e do tipo descritivo. Para a coleta de dados os materiais selecionados são questionários aplicados a 48 alunos e 02 professores e a técnica é de análise documental, que permite realizar uma avaliação crítica do tema em destaque.

Segundo Demo (1987, p.122) a pesquisa é uma atividade científica pela qual descobriremos a realidade. Partindo do pressuposto de que a realidade não se desvenda na superfície. Desta forma a pesquisa visa descobrir os fatos com uma investigação científica em que as variáveis são: perfil acadêmico dos professores; prática pedagógica utilizada pelos professores; habilidades na interpretação do que escreve e lê; fatores que interferem na aprendizagem da leitura e da escrita e rendimento dos alunos.

Conforme os objetivos e finalidades, esta pesquisa foi de caráter descritivo e quantitativo. De acordo com Pinsonneault e Kraemer (1993), a pesquisa Survey foi classificada quanto ao seu propósito em descritiva. Busca identificar quais situações, eventos, atitudes ou opiniões estão manifestas em uma população e descreve a distribuição de algum fenômeno na população ou entre subgrupos da população ou ainda faz uma comparação entre estas distribuições. Entende-se, que na pesquisa do tipo Survey a hipótese não é causal, mas tem propósito de verificar se a percepção dos fatos está ou não de acordo com a realidade.

Neste contexto, descreve-se nesta pesquisa a aquisição dos dados coletados, das ações aplicadas a um grupo específico de pessoas que representam a população alvo, através do instrumento questionário. Segundo Malhotra (2001, p. 179), o método Survey é constituído de um questionário estruturado dado a uma parte da população e destinado a provocar informações específicas dos entrevistados. Mediante as descrições, a pesquisa é de caráter quantitativo, objetivo, descritivo com desenho não experimental, que busca evidenciar e apresentar resultados precisos dos entrevistados, através dos questionários aplicados.

Segundo Sampieri et. al (2010, p. 224) em um estudo não experimental não se constrói uma situação, mas observa-se as já existentes, não provocadas de forma intencional pelo observador. (P. 252) precisa-se apenas definir se interessa ou não delimitar a população e que isso seja feito antes de coletar os dados.

A população da pesquisa para a análise concreta do estudo foi uma amostra de 48 alunos e 02 professores dos turnos matutino e vespertino, de 02 turmas de 3º ano, buscando verificar a relação da prática pedagógica dos professores com a aprendizagem em leitura e escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca. O levantamento dos dados acorreu no primeiro trimestre, mais precisamente na última quinzena do mês de maio de 2014.

Para a coleta de dados foi construída a ferramenta questionário, com perguntas claras e objetivas, um direcionado ao professor e outro ao aluno, resultando em uma redação descritiva ao traduzir com sigilo as opiniões. Segundo Mertens (2005, apud Hernandez Sampieri, 2010, p. 33), os instrumentos permitem uma análise do conteúdo através de categorias pré-estabelecidas contrastando os resultados com a teoria e as hipóteses.

O questionário elaborado para os 2 professores assim caracterizados: P1, do turno matutino;

P2, do turno vespertino.

Este constituído por onze (11) questões, sendo quatro (04) relacionadas à caracterização do professor, seis (06) sobre a prática pedagógica utilizada na sala de aula e uma (01) destinadas a conhecer as dificuldades encontradas pelo professor no processo de ensino aprendizagem.

Quanto ao questionário destinado aos alunos, assim distribuídos: 25 alunos do turno matutino 23 alunos do vespertino.

Este construído com onze (11) perguntas, sendo cinco (05) relacionadas à prática pedagógica ministrada pelo professor em sala de aula, seis (06) caracterizando o aluno e o seu rendimento escolar.

De acordo com Hernandez Sampieri et. al (2010, p. 39), a análise de conteúdos estuda e analisa a comunicação de forma objetiva, sistemática e quantitativa, permitindo interferências válidas e confiáveis de dados com resposta a seu contexto. A análise documental foi uma técnica aplicada para o relato dos resultados. Segundo Godoy (1995) a análise documental é uma das técnicas que exprime maior confiabilidade, que busca identificar as informações factuais nos documentos a partir de questões de interesse, constituindo em uma fonte estável, rica e de baixo custo.

O objetivo da construção das fichas foi para analisar a formação acadêmica e comparar a prática pedagógica dos professores com a aprendizagem em leitura e escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental. A intervenção para a coleta de dados e desenvolvimento da pesquisa foi realizada em etapas, assim desenvolvidas: levantamento bibliográfico; apresentação da autora Ivanete Crecilda do Nascimento à escola para análise do PPP, plano de curso dos professores, visita as salas de aulas das duas turmas de 3º ano, dos turnos matutino e vespertino, para observações, iniciando-se desta forma o desenvolvimento do trabalho escrito; aplicação dos instrumentos de pesquisa, realizada em horário de aula, durante vinte minutos; seleção da coleta de dados obtidos para análise, interpretação, tratamento dos resultados e organização.

A seleção das informações para a construção da literatura foi realizada com critérios que proporcionaram significação, sistematização, compreensão do objeto pesquisado e dos resultados.

4.-Discussão dos resultados

Os resultados obtidos na investigação e do teste das hipótese formuladas de onde foram retiradas as consequências, assim como as discussões, compõem esta etapa da dissertação que inicia-se com as respostas dos alunos aos questionários: 100% dos 48 alunos entrevistados possuem idade condizente com o ciclo estudantil.

Quadro n.01: Comparativos entre P1 e P2.

Questões/alunos 25 Alunos Prof.1 = P1 23 Alunos Prof. = P2 O gosto pelo estudo 08 gostam, 07 não, 10 um pouco. 15 gostam, 05 não, 03 um pouco Interpretar o que lê 11 sim e 14 não. 19 sim e 04 não. Produzir textos, ler o que escrever 11 sim e 14 não 19 sim e 04 que não A motivação do professor quanto a leitura e escrita 25 motiva pouco 23 sim...motiva O prof. utiliza o livro didático em sala de aula 13 sim, 07 não, 05 pouco 20 sim, 01 não, 02 pouco O prof. utiliza recursos auxiliares 25 muito pouco 23 sim utiliza Sugestões para tornar as aulas de leitura e escrita mais interessantes A maioria que a prof. prover passeios, levá-los para assistir filmes, usar o computador, jogos e outros... A maioria gosta da maneira como a professora ensina. Quanto ao rendimento acadêmico 11 bom, 14 ruim 19 bom, 04 regular Questões/Professor Professor = P1 Professor = P2 Prática pedagógica motivacional Um pouco Sim, coloca em prática Quanto ao uso do livro didático Um pouco Sim, utilizo Quanto aos recursos auxiliares Um pouco Sim, utilizo Para as aulas de leitura e escrita fossem mais interessante Gostaria que seus alunos se tornassem mais participativos, que demonstrassem interesse pelos estudos, que conseguissem desenvolver a aprendizagem da leitura, Os alunos deveriam ter mais compromisso e gosto pelos estudos. da escrita e da interpretação do que lê e escreve, e que todas as famílias fossem mais presentes na educação dos filhos Conteúdos planejados São conforme a realidade dos alunos São planejados e ou adaptados conforme a realidade dos alunos O maior problema enfrentado no ensino da leitura e da escrita Há falta de vontade, de interesse pelos estudos por parte de alguns alunos, falta de disponibilidade de quantidade suficiente de materiais concretos, recursos áudio visuais dentre outros por parte da escola, que atenda a demanda de professores e alunos. Existe falta de interesse, gosto e compromisso do alunado em aprender os conteúdos ministrados e que acredita que a utilização de recursos diversificados e metodologias inovadas venham de encontro com os interesses dos alunos ao motivar mais as aulas Importar tabla

Fonte: A própria pesquisa (2014).

Em análise aos documentos na pesquisa realizada, constatou-se que os dois professores pesquisados, ou seja, 100% dos professores são do sexo feminino, possuem curso superior de Pedagogia, curso de pós-graduação em educação, Supervisão Escolar. Quanto ao grupo etário, o P1 possui idade entre 25 a 30 e o P2 entre 31 a 35 anos de idade.

Nesta situação, revelam-se que ainda jovens concluíram a faculdade e no percurso acadêmico tiveram acesso aos conhecimentos práticos pedagógicos voltados para a prática pedagógica dos anos iniciais do Ensino Fundamental, no qual atuam.

A formação docente é um fator fundamental para a atuação na profissão de professor. Ela não deve ser entendida como algo que se fecha em si porque o profissional deve procurar capacitações, cursos mais elevados, galgar conhecimentos que o deixe mais seguro de suas ações. Desta forma, ao ter convicção daquilo que ensina os alunos também adquirem mais confiança no professor.

O professor deve compreender que ensinar é abrir-se para a sua realização pessoal, sentir prazer pelo que faz e aprender ao mesmo tempo em que ensina, pois, os alunos possuem conhecimentos distintos e muito podem ensinar. No processo de aprendizagem se faz necessário que professor e alunos construam um canal de troca de conhecimentos e experiências.

Para tanto, o professor precisa ser um mediador, motivador da aprendizagem, ser curioso e conscientizar aos educando da importância do estudo para a vida estudantil, pessoal e profissional como um todo. Segundo Luckesi (2005), formar um educador é proporcionar meios para que ele prepare-se tecnicamente, filosoficamente, cientificamente e efetivamente para se tornar apto para executar sua prática docente. Isso, entretanto, não e suficiente porque tudo muda o tempo todo na educação, motivo este da necessidade de buscar novos conhecimentos constantemente e atualizações para acompanhar as evoluções.

Após a análise das respostas dos envolvidos na pesquisa, evidencia-se que os professores em suas práticas pedagógicas utilizam aula expositiva, jogos educativos, livros de histórias, trabalho em grupo, livro didático, TV, DVD, Data Show e Multimídia, no intuito de motivar as aulas e incentivar a aprendizagem dos alunos em leitura e escrita.

Destacamos com mais clareza, conforme os instrumentos utilizados, que o P1 utiliza pouco os recursos em relação ao P2, conforme as informações a seguir. Quanto a utilização na prática pedagógica de aula expositiva, jogos educativos e livros de histórias para motivar a aprendizagem dos alunos em leitura e escrita, os 25 alunos do P1 responderam que o professor utiliza pouco, enquanto os 23 alunos do P2, responderam sim.

Quanto o desenvolvimento de trabalho em grupo em sala de aula conforme a pesquisa, mostra que os 25 alunos do P1 e os 23 do P2 responderam sim.

Em consonância aos resultados quanto a utilização do livro didático, dos 25 alunos do P1, 13 responderam sim, 7 não e 05 pouco. Quanto aos 23 alunos do P2, 20 responderam sim, 01 não e 02 pouco.

O livro didático é distribuído gratuitamente pelo governo federal no Brasil, conforme as disciplinas do currículo e etapa escolar para todos os alunos gratuitamente.

Em consonância aos resultados sobre a utilização de recursos como, TV, DVD, Data Show e Multimídia, envolvendo assuntos relacionados a leitura e a escrita nas aulas, entende-se que os 25 alunos do P1 responderam pouco, enquanto os 23 alunos do P2, responderam sim. Percebe-se que o P2 é o que mais utiliza os referidos recursos.

No questionamento sobre o que poderia tornar as aulas de leitura e escrita mais interessantes, evidencia-se que os alunos do P1, sugeriram a professora a realização de passeio, assistir filmes, utilização de computador e de jogos.

Desta forma, vê-se o interesse dos alunos em sair da mesmice, exigindo uma postura do professor que atenda aos seus anseios com uma prática pedagógica atraente, enquanto, os alunos do P2, responderam que gostam da maneira como a professora ensina. Demonstram dessa forma satisfação pelas aulas.

As respostas dos professores ao questionamento acima citado são as seguintes: O P1 respondeu que gostaria que seus alunos se tornassem mais participativos, que demonstrassem interesse pelos estudos, que conseguissem desenvolver a aprendizagem da leitura, da escrita e da interpretação do que lê e escreve.

Relatou também que usa pouco os recursos didáticos, devida a pouca quantidade e diversidade dos mesmos que são do acervo da escola, destinados a todos os professores. Ressalta que possui compromissos pessoais com o salário que recebe, não sendo possível investir em materiais para motivar mais suas aulas, porém, percebe que quando os utiliza nas aulas os alunos prestam mais atenção.

O P2 respondeu que os alunos deveriam ter mais compromisso e gosto pelos estudos. Questiona que se tivessem mais recursos motivadores e diversificados, auxiliaram na aprendizagem dos alunos, porém, para investir, ficaria oneroso diante dos objetivos pessoais com o salário que recebe.

Informou que a motivação na aprendizagem da leitura e escrita dos alunos é muito importante e que procura estar sempre buscando inserir inovações em seu planejamento diário. Neste contexto, percebe-se que os dois professores são favoráveis ao uso de recursos didáticos e fica evidente que o P2 utiliza-os mais em suas aulas do que o P1.

Entretanto, argumenta-se o seguinte: O P1 relatou que usa pouco os recursos didáticos, devida a pouca quantidade e diversidade dos mesmos que são do acervo da escola, destinados a todos os professores. Ressalta que possui compromissos pessoais com o salário que recebe, não sendo possível investir em materiais para motivar mais suas aulas, porém, percebe que quando os utiliza nas aulas os alunos prestam mais atenção. O P2 alega que se tivessem mais recursos motivadores e diversificados, auxiliaram na aprendizagem dos alunos, porém, para investir ficaria oneroso diante dos objetivos pessoais com o salário que recebe.

Informou-se também que a motivação na aprendizagem da leitura e escrita dos alunos é muito importante, por isso, procura estar sempre buscando inserir inovações em seu planejamento diário. Desta forma, entende-se que o entrave maior encontrado na pesquisa, resulta-se na dificuldade do professor desenvolver uma prática pedagógica motivacional.

5.-Conclusão.

Conclui-se que a aprendizagem da leitura e da escrita é considerada fundamental para a integração do indivíduo na sociedade. No entanto, esta tarefa é característica dos primeiros anos de escolaridade e quando estas habilidades não são dominadas, reflete no desenvolvimento do aluno, em todo o seu percurso acadêmico e profissional. Trata-se de uma temática que desperta um enorme interesse e que suscita a necessidade de investigação contínua, num processo de permanente atualização científica e pedagógica.

Conforme os resultados da pesquisa, acredita-se que o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita depende do professor ministrar suas aulas com uma prática pedagógica motivacional em ambientes estimulantes, promotores da aprendizagem, ricos em oportunidades de leitura e escrita, onde o educador deverá ser um mediador da aprendizagem.

A origem e evolução da linguagem, da leitura e da escrita, assim como o conceito de dificuldade de aprendizagem e as implicações do Ensino Fundamental de 9 anos nas práticas alfabetizadoras são conhecimentos que nos auxiliam a compreender as evoluções até a atualidade. Neste contexto, vimos a importância da aprendizagem da leitura e da escrita para haver aprendizagem dos demais conteúdos no 3º Ano do Ensino Fundamental.

O objetivo geral almejado foi alcançado através dos resultados analisados dos questionários. Ao comparar a prática pedagógica do professor com o desenvolvimento da aprendizagem e rendimento dos alunos, nota-se a importância da prática motivacional do professor, conforme melhor desempenho detectado nos alunos do P2.

Quanto ao problema científico: será que as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, relacionam-se com a prática pedagógica do professor?

Cabe reflexão sobre o assunto, mas há evidencias que respondem positivamente, assim como na primeira hipótese: As dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, relacionam-se com a prática pedagógica do professor?

Diante desta afirmativa, constatou-se nos resultados dos questionários da pesquisa, que realmente as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos da E. M. José Francisco da Fonseca, relacionam-se com a prática pedagógica do professor, ou seja, a prática pedagógica influencia na aprendizagem dos alunos de forma positiva ou negativa, dependendo da motivação a ela atribuída. Na segunda hipótese: As dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos do 3º Ano do Ensino Fundamental da E. M. José Francisco da Fonseca, situada em uma cidade da região norte do Estado do Espírito Santo, região sudeste do Brasil, não relacionam-se com a prática pedagógica do professor?

Conforme os resultados da pesquisa, afirma-se sobre a hipótese negativa, que as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos da E. M. José Francisco da Fonseca, relacionam-se com a prática pedagógica do professor, ou seja, a prática pedagógica influencia e muito na aprendizagem e rendimento dos alunos. Para concluir melhor as respostas as hipóteses, em análise aos questionários aplicados aos dois professores e 48 alunos das duas turmas de 3º Ano do Ensino Fundamental, percebeu-se que o professor identificado como P2, ao utilizar diferentes metodologias e recursos didáticos na prática pedagógica, como: aula expositiva, jogos educativos, livros de história, TV, DVD, Data Show, multimídia, livro didático e trabalho de grupo, resultou em 22 alunos com rendimentos satisfatório, com média para aprovação no primeiro trimestre de 2014 de uma turma composta por 23 alunos.

Enquanto o professor identificado como P1, que utilizou pouco os recursos acima citados, porém, utilizou de trabalhos em grupo em sala de aula, constatou-se que 14 dos 25 alunos da turma, ficaram abaixo da média para aprovação. Considerando o alto índice de rendimento insatisfatório, abaixo da média dos alunos do professor identificado como P1, faz-se necessário que ele reflita e mude a sua prática pedagógica, utilizando diversos recursos e metodologias que despertem maior interesse dos alunos em estudar e aprender. De acordo com os resultados encontrou-se 25% de alunos que não gostam de estudar, 27% que gostam pouco, 38% que não interpretam o que leem com facilidade, não produzem textos, não leem suas escritas e 52% dos professores fazem pouco uso de recursos didáticos para motivar as suas aulas. Nesta situação, 63% dos alunos conseguiram um bom rendimento acadêmico em leitura e escrita, 29% regular e 8% ruim. Compreende-se que as dificuldades de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos, relacionamse com a prática pedagógica do professor.

Os objetivos específicos propostos, foram cumpridos, analisados e relatados conforme os resultados contemplados nos questionários. Os professores pesquisados possuem graduação adequada para atuação docente nas séries iniciais, mas precisam mudar o modo de pensar e agir.

No desenvolvimento deste trabalho, na parte científica e da pesquisa de campo, ao identificar a prática pedagógica utilizada pelos professores do 3º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Francisco da Fonseca, verificou-se que os mesmos mencionam favoritismo quanto ao uso de diversas metodologias em suas práticas pedagógicas para a aprendizagem dos alunos em leitura e escrita, porém, a busca por diversidades e inovações é pouca, limitando-se aos que a escola oferece.

Muitos alunos se sentem desmotivados nas aulas por não compreenderem o que está sendo ensinado. É aí que entra a prática pedagógica motivadora do professor para dar sentido a aprendizagem, transformando o obrigatório em prazeroso. Quanto a interpretação dos alunos sobre o que escreve e lê, percebe-se que o melhor rendimento e aprendizagem são dos alunos do professor identificado como P2, que demonstrou realizar aulas mais atraentes.

Sabemos que muitos fatores interferem na aprendizagem dos alunos e diante desta pesquisa, constatou-se que os alunos são desinteressados, não interpretam o que escreve e lê, falta acompanhamento familiar e o professor possuí dificuldade em motivar suas aulas. A partir das descobertas, propôs-se instigar reflexões para a promoção de uma prática pedagógica motivacional dos professores envolvidos, chegando a conclusão que lhes faltam dedicação mais apurada, iniciativa de procurar meios e materiais alternativos para a confecção de materiais didáticos junto com os alunos, visando motivar, melhorar o rendimento acadêmico, a aprendizagem em leitura e escrita do alunado.

Acredita-se que a partir desta pesquisa e sugestões de atividades aos docentes, houve melhora na prática pedagógica, na aprendizagem e no rendimento dos alunos.

Referências

Bastos, S. A. (1982). A leitura e a escrita em Pleno Brasil Colonial. São Paulo: Brasiliense.

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