Resumo: A pesquisa se propôs entender como os professores entendem sobres os fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos das séries finais do ensino fundamental do colégio municipal José Teixeira na cidade de Tuntum – MA, Brasil. A leitura precisa ser refletida em sua importância e definida enquanto linha de trabalho que supere a falta de estímulo dos alunos em ler e de condições dos professores em desenvolver um trabalho comprometido com a informação do homem sobre a leitura. Investigar os fatores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, e, especificamente, no interesse do aluno pela leitura torna-se um fator diferencial quando é possível a refletir sobre os elementos que influenciam na qualidade da aprendizagem do aluno.
Palavras-chave:leituraleitura, prática prática, ensino ensino, aprendizagem aprendizagem, professores professores.
Abstract: The research aimed to understand how the teachers understand the factors that influence the interest in reading the students of the final grade of the José Teixeira municipal school in the city of Tuntum - MA, Brazil. Reading needs to be reflected in its importance and defined as a line of work that overcomes the lack of encouragement of students in reading and of teachers' conditions in developing a work committed to the information of the man on reading. Investigating the factors involved in the teaching-learning process, and specifically in the student's interest in reading becomes a differential factor when it is possible to reflect on the elements that influence the quality of student learning.
Keywords: reading, practice, teaching, learning, teachers.
Investigación
Fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na cidade de Tuntum- MA

Recepção: 28 Fevereiro 2018
Aprovação: 03 Março 2018
1.-Introdução.
A leitura foi outrora considerada simplesmente, um meio de receber uma mensagem importante. Hoje em dia, define-se o ato de ler como um processo mental, de vários níveis, que muito contribui para o desenvolvimento do intelecto. O ator de ler é, portanto, duplamente gratificante, no contato com o conhecido fornece a facilidade da acomodação, a possibilidade do sujeito encontrar-se no texto. Na experiência com o desconhecido surge a descoberta de modos alternativos de ser e viver.
A leitura precisa ser refletida em sua importância e definida enquanto linha de trabalho que supere a falta de estímulo dos alunos em ler e de condições dos professores em desenvolver um trabalho comprometido com a informação do homem sobre a leitura. Investigar os fatores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, e, especificamente, no interesse do aluno pela leitura torna-se um fator diferencial quando é possível a refletir sobre os elementos que influenciam na qualidade da aprendizagem do aluno. Diante do exposto, este trabalho aborda fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na cidade de Tuntum /MA.
A falta de interesse dos alunos para as atividades de leitura é um problema enfrentado pelos docentes em todas as áreas do saber. Tal problemática gera angústia entre os docentes, gestores escolares e toda a equipe educativa, que buscam constantemente soluções a fim de garantir a aprendizagem dos alunos, haja vista que a leitura leva a uma compreensão da realidade tão necessária a todas as áreas do conhecimento.
O trabalho desenvolveu-se a luz do paradigma sócio interacionista, no qual encontrase como expoentes teóricos tais como: Vygotsky, Paulo Freire, Bamberger, Bock, Martins, Isabel Solé, entre outros, que fazem partes desta linha de conhecimento, para mostrar que o tema é importante, proporcionando uma visão da temática pesquisada, de forma que se possa ter uma visão abrangente dos diversos estudos a fim de integrar conceitos para uma leitura mais significativa e prazerosa, buscando assim atender às necessidades dos alunos, e com isso, favorecer um contato “amigável” com o texto despertando a curiosidade e o gosto pela leitura, além de dar aos alunos oportunidades de uma aprendizagem significativa.
O planejamento do problema se deu pela a falta de interesse dos alunos em ler, tem constantemente levado professores e gestores escolares a refletir sobre este problema que tem afetado as escolas na cidade de Tuntum - MA e é neste contexto surge então à necessidade de investigar quais fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015.
O Problema buscou saber: quais os fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais,8º ao 9º, do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015?
O Objetivo Geral é: Analisar os fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais, 8º ao 9º, do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015. Os Objetivos Específicos são: 1) Identificar os fatores pessoais que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015; 2) Identificar os fatores ambientais que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015; 3) Identificar os fatores pedagógicos que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015.
Esta pesquisa se justifica pois para adquirir a capacidade de ler é compreender um mundo que vai além da simples decodificação de sinais é estudar as entrelinhas do autor mostrando um mundo cada vez maior e mais surpreendente, pois o ato de ler proporciona a descoberta do mundo da leitura, um mundo totalmente novo e fascinante, estabelecendo uma visão prazerosa sobre a mesma, de modo que torne um hábito contínuo. A leitura desenvolve a capacidade intelectual do indivíduo devendo fazer parte de seu cotidiano e desenvolvendo a criatividade e a sua relação com o meio externo.
O interesse pelo tema Fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015, surgiu durante as observações feitas em sala de aula, através das quais se percebe que a maiorias dos alunos ainda não têm consciência da importância e da necessidade da leitura em seu processo de aprendizagem, e esse desconhecimento cria obstáculos no processo de desenvolvimento do aluno isto é, na maioria das vezes leem por obrigação, leem somente o que lhe é determinado, sem dar à leitura seu valor real, sem perceber a necessidade de ler. Ainda, que os alunos apresentam um nível de leitura insatisfatório para a série em que se encontram, e tendo em vista que a cada atividade proposta, os alunos não conseguem efetuá-las porque não conseguem ler e interpretar o que leem.
Entretanto deve-se buscar informações, conhecimentos, para enriquecer o vocabulário, para estudar as entrelinhas e viajar no mundo encantado do desconhecido. O estudo leva o leitor a interagir diretamente com o que está sendo lido, mergulhe nos encantos da literatura, viajando, vivenciando, transformando, o leitor torna-se atuante diante do texto, pois ele o compreende de várias formas, em situações diversificadas, a leitura, dessa forma, é algo individual, particular numa escrita voltada para o coletivo. O verdadeiro leitor, ler de diferentes formas e tem diferentes interpretações, pois o mesmo texto lido diversas vezes tem analise diversificados.
Sendo assim, a leitura deve ser trabalhada de acordo com o gênero textual a ser utilizado (poesia, resumo, dissertação, memorial, artigo científicos entre outros); tendo objetivos diferentes para cada tipo de texto. São diversas as maneiras de ler (leitura por prazer, por conhecimento, por informação...) como diversos são os textos e os objetivos de leitura, e isto requer conhecimento da clientela escolar que se pretende trabalhar ou se trabalha em sala de aula, pois assim, se tem maior eficácia em criar leitores assíduos e eficazes, não só em textos literários mas em qualquer tipologia textual.
2.-Fatores que influenciam o interesse pela leitura: Conceitos.
Fatores que influenciam o interesse pela leitura correspondem as modificações por parte de um todo, com suas modificações. A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interação. Muitas pessoas dizem não ter paciência em ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária. A leitura é imprescindível no processo de emancipação do homem. É ela que fornece subsídios para que ele seja inserido na realidade de forma consciente e crítica e assim exerça seu papel de cidadão participativo na sociedade. Vários são os autores que discorrem sobre esta atividade dentre eles. Para Silva (1987): Ler é, em última instância, não só uma tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender‐se no mundo.
Quem ler, vive, trabalha de forma amigável, natural, e sobre tudo modifica, sente prazer em ler e esse prazer acontece quando é trabalhado dentro do contexto no qual convive. Como: Martins (1994) confirma que certamente aprendemos a ler a partir de nosso contexto pessoal. E temos que valorizá-lo para poder ir além dele. O primeiro passo que damos para aprender a ler se encontra no nosso primeiro contato com o mundo. Começamos a compreender e dar sentido ao que e/ou a quem nos cerca e, mediante esse processo, estamos fazendo leitura. Nas palavras da autora, “a leitura é a ponte para o processo educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”. Ela permite a descoberta de características comuns e antagônicas entre os indivíduos, grupos sociais e as várias culturas.
2.1.-Motivação.
A autora Bock (1999, p. 120) destaca que a motivação continua sendo um complexo tema para a Psicologia e, particularmente, para as teorias de aprendizagem e ensino. A motivação é um fator que deve ser equacionado no contexto da educação, ciência e tecnologia, tendo grande importância na análise do processo educativo, suas ações dinamizadoras possibilita o indivíduo alcançar seus objetivos com eficiência. Sendo assim o ato de motivar requer força de vontade do educador fazendo também um interligação com ambiente escolar. E assim trabalhar com motivação possibilita aos discentes uma concentração desejável, tornando suas tarefas essências em seu dia a dia, pois a motivação eleva seu alto estima despertando assim o prazer de ler. Uma leitura motivadora transforma, vivencia, e torno o sujeito critico, um verdadeiro leitor.
Bock (1999) também afirma que a preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno "fique a fim" de aprender. Todo que fazem parte do processo de ensino aprendizagem são responsáveis por criar esta motivação dentro do contexto escolar, principalmente o professor, as aulas sendo motivadas se torna riquíssimas e atraente, o aluno será estimulado a aprender e desenvolver uma boa leitura. Desta forma, cabe escola estimular diferentes práticas que capacitem o aluno para as diversas habilidades que lhe são requeridas. O ensino não individualizado, frequentemente dogmático, em que as motivações pessoais não são consideradas e no qual os materiais não são adequados as suas formalidades, é responsável pelo fracasso de muitos escolares na aquisição de sua habilidade para ler.
2.2.-Dificuldade de Aprendizagem.
Aprender a ler ou gostar de ler não é uma tarefa fácil, requer muito cuidado dedicação, compromisso e que ás vezes adquirindo tudo isso ainda sente dificuldade em aprender, é preciso que se compreenda que a dificuldade em aprender não é proveniente somente de como o conteúdo é trabalhado em sala, mas também de fatores presentes no indivíduo que diminuem suas chances de aprendizado. Assim, mesmo tendo professores capacitados e materiais didáticos atualizados, ainda existirão crianças com dificuldade de aprendizagem, porque há vários fatores que levam à sua incidência.
Atualmente, os alunos também mostram ao professor a sua recusa em aprender. A indisciplina é o ponto chave para essa recusa, a violência, depressões e também as frustrações estão moldando educandos sem capacidade inicial para a aprendizagem e a ideia de um aluno perfeito e de ser um professor excelente cria no educador muitas frustrações assim como exclusões em relação ao aluno com dificuldade de aprendizagem. O ato pedagógico se prendendo a um ideal, acaba por inverter a tarefa educativa, em que o aluno deve dar provas da sua capacidade para conhecer e aprender. As diferenças culturais são vistas pelo educador como deficiência de bagagem cultural e o aluno não é visto como um sujeito marcado pele desejo de conhecer, o que é precípuo para a relação com o conhecimento (Porto, 2005).
Assim sendo, a aprendizagem envolve em múltiplos fatores, que se implicam mutuamente e que embora possamos analisá-los separadamente, fazem parte de um todo que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições internas e externas ao sujeito. O avanço tecnológico cada vez mais se destaca e crianças e jovens o acompanha naturalmente, que por muitas vezes chega a ser prejudicada, pois se desenvolve além de sua idade. No entanto, para a Psicologia, o conceito de aprendizagem não é tão simples assim. Há diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos leva a aprender um comportamento que anteriormente não apresentávamos um crescimento físico, descobertas, tentativas e erros, ensino, etc. (Bock, 1999).
A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de habilidades e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações. De acordo com Bock (1999), o processo de organização das informações e de integração do material à estrutura cognitiva é o que os cognitivistas denominam aprendizagem. A abordagem cognitivista diferencia a aprendizagem mecânica da aprendizagem significativa. Bock (1999) destaca que a aprendizagem mecânica refere-se à aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva.
2.3.-Fatores ambientais.
Os fatores ambientais são muito importantes e essencial no aprendizado e no desenvolvimento da leitura os quais nesta pesquisa estão sendo investigado os seguintes: ambiente escolar, ambiente familiar, ambiente social e ambiente tecnológico. O ambiente escolar é primordial na vida do indivíduo e com certeza, é o agente principal em todo o processo de ensino do indivíduo, pois a escola é o segundo responsável pela educação, é o caminho que direciona toda uma vida e por isso deve estar preparado para oferecer um ensino de qualidade aos seus alunos. Com relação a essa consideração vale ressaltar a citação de Smith e Strick (2001) que diz: A fim de obterem progresso intelectual, as crianças devem não apenas estarem prontas e serem capazes de aprender, mas também, devem ter oportunidades apropriadas de aprendizagem (idem).
Se não há oferta dessa natureza, os discentes muitas vezes não são capazes de desempenhar da melhor forma em sala de aula. Salas de aulas lotadas, professores sobre carregados e despreparados, bem como materiais didáticos inadequados que comprometem a capacidade dos alunos para aprender. A realidade das escolas principalmente na rede pública é bastante visível no que se refere a falta de estrutura física e pedagógica. Muitos alunos ditos como “fracos” são vítimas da incapacidade de suas escolas para ajustarem-se às diferenças individuais e culturais e que em muitos momentos a culpa será do aluno por não conseguir aprender, logo dizem esses alunos não querem nada, isso porque a instituição não tem nada a oferecer, sobre caindo assim no aluno à responsabilidade do não aprender. Escola preparada, educação de qualidade.
Crianças que apresentam alguma dificuldade precisam ser encorajadas e direcionadas a trabalharem uma aprendizagem significativa, caso contrário haverá regresso escolar. Se forem publicamente envergonhados ou penalizados por seus fracassos, os permanecerão desmotivados por muito tempo. A perda do interesse pela educação e a falta de autoconfiança em si própria podem continuar afligindo-os. (...) a intervenção para crianças com dificuldades de aprendizagem, frequentemente, exige menos uma “correção” da criança que a melhora no ambiente no qual ela está sendo educada. A classe certa, o currículo certo e o professor certo são críticos para essas crianças, e sua escolha, em geral, faz a diferença entre o fracasso frustrado e o sucesso sólido” (Smith e Strick, 2001).
2.4.-Ambiente Familiar.
O ambiente familiar também é um fator primordial para determinar se a criança aprende bem ou mal. É nele que são transmitidos os valores, os costumes e a cultura familiar. Este ambiente precisa ser acolhedor, compreensivo, estimulante e encorajador, passando assim tranquilidade, segurança e autoconfiança para a criança. Através de seus valores formam-se cidadãos do bem e é a partir da sua educação que vai se desenvolver socialmente e culturalmente. Segundo Bock (2004): “A família, do ponto de vista do indivíduo e da cultura, é um grupo tão importante que, na sua ausência, dizemos que a criança ou o adolescente precisa de uma “família substituta ou devem ser abrigados em uma instituição que cumpra suas funções materna e paterna, isto é, as funções de cuidados para a posterior participação na coletividade.
Receber carinho e atenção dos seus familiares é um direito da criança e dever dos pais. Essas atitudes fazem com que durante toda a vida pessoal e escolar da criança sejam de reflexos positivos, independentemente da experiência vivida ter sido um sucesso ou fracasso, pois a família é a base para uma educação de qualidade, nada melhor que está de bem com a vida para desenvolver a aprendizagem. Famílias envolvidas e incentivadoras são facilmente identificadas, mesmo quando o educando apresenta alguma deficiência na aprendizagem, pois sua vontade em vencer os desafios é mais forte do que o problema em si.
2.5.-Fatores pedagógicos.
Os conteúdos curriculares são os conhecimentos sistematizados e, organizado de uma forma dinâmica, e que os mesmos possam suprir as necessidades de cada discente, respeitando-os em sua totalidade. É o ponto de partida para leitura por informação, por conhecimento e para o desenvolvimento da leitura por prazer. Além do mais é através do desenvolvimento dos conteúdos que conseguimos alcançar os objetivos desejados em todas as etapas dentro do contexto escolar. A escola não precisa seguir o guia oficial no pé da letra, pois a mesma precisa adaptar com a realidade na qual os discentes estão inserida, a escola como o todo seleciona experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.
As ideias abordadas sobre a qualidade do processo ensino-aprendizagem evidenciam a importância que tem o professor para a concretização de uma educação e ensino de qualidade. Isto é assim, porque, o professor detém uma visão de sociedade, mundo, educação e homem que influenciará diretamente no tipo de encaminhamento que imporá à sua prática pedagógica, afetando o conteúdo da educação dos seus alunos, com abrangências para uma vida inteira (Carvalho e Diogo, 1999: 48).
Antunes (2001: 253), coloca que depende da postura e da sua atuação do professor de ser um excelente promotor da criação de condições para que as pessoas prossigam no seu processo de crescimento e emancipação pessoal. Caso contrário, refere a mesma autora, o professor poderá representar um obstáculo incontornável a esta criação. Nisso, conforme refere Delors (1996: 136), nunca é demasiado insistir na importância da qualidade do ensino e, portanto, dos professores. Para Delors (1996: 136-137), a “qualidade do professor” passa por um conjunto de medidas entre as quais cita: o recrutamento, a formação inicial, contínua e pedagógica, o controle, a gestão, a participação dos agentes exteriores à escola, melhoria das condições de trabalho e a qualidade dos meios de ensino.
2.6.-Planejamento das Atividades.
Planejamento é uma necessidade de todos os profissionais em sua determinada função, os indivíduos em todos os momentos estão planejando. Planejar é investigar, analisar a realidade para assim propor uma intervenção eficaz. Ao se tratar de planejamento das atividades no contexto escolar correspondem a seleção e organização das atividades discentes e da experiências de aprendizagem, e que este seja baseado na realidade de cada aluno, para assim, alcançar os objetivos desejados. Percebe-se que a grande maiorias dos profissionais da educação tem dificuldades em planejar suas aulas, muitas vezes, devido não conhecer o verdadeiro significado de planejar e de não compreender a importância desse ato em sua prática pedagógica.
Segundo Oliveira (2007; p.21): [...] o ato de planejar exige aspectos básicos a serem considerados. Um primeiro aspecto é o conhecimento da realidade daquilo que se deseja planejar, quais as principais necessidades que precisam ser trabalhadas; para que o planejador as evidencie faz-se necessário fazer primeiro um trabalho de sondagem da realidade daquilo que ele pretende planejar, para assim, traçar finalidades, metas ou objetivos daquilo que está mais urgente de se trabalhar. Portanto cabe ao docente diagnosticar seus alunos e em seguida promover as proposta de intervenções necessária para atingir o esperado dentro de sua realidade e assim o professor atingirá seus objetivos e com isso levanta sua autoestima por saber que seu trabalho teve um bom desenvolvimento.
3.-Metodologia.
As características da pesquisa possui um enfoque quantitativo. A seguir apresenta-se os passos para a identificação dos trabalhos relevantes sobre o temática fatores que influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais, 8º ao 9º, do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum/MA. Enfoque da pesquisa: O enfoque desta pesquisa é quantitativo, pois verifica e explica a influência de variáveis pré-estabelecidas sobre outras variáveis, mediante a análise da frequência de incidências e de correlações estatísticas. Segundo Martinelli (1994, p. 34): a abordagem quantitativa quando não exclusiva, serve de fundamento ao conhecimento produzido pela pesquisa qualitativa. Para muitos autores a pesquisa quantitativa não deve ser oposta à pesquisa qualitativa, mas ambas devem sinergicamente convergir na complementaridade mútua, sem confinar os processos e questões metodológicas a limites que contribuam os métodos quantitativos exclusivamente ao positivismo ou os métodos qualitativos ao pensamento interpretativo, ou seja, a fenomenologia, a dialética e a hermenêutica.
Nível de pesquisa: o nivel desta pesquisa é do tipo descritiva, tendo como finalidade determinar e descrever os fatores que influenciam no interesse pela leitura. Esse tipo de pesquisa estabelece relação entre as variáveis no objeto de estudo analisado. Variáveis relacionadas à classificação, medida e/ou quantidade que podem se alterar mediante o processo realizado. Segundo Silva & Menezes (2000, p.21), a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento.
A amostra da pesquisa será voltada aos anos finais do ensino fundamental, composta de 07 turmas, sendo 04 do 8º ano e 03 do 9º ano que corresponde a 187 alunos e 18 professores. A maioria desses alunos reside em bairros, onde há escolas, porém preferem se deslocar por ser conceituada como uma das melhores escolas do município de Tuntum/MA. As Técnicas, os instrumentos para coleta dos dados será usado um questionário dicotômico fechado, com duas opções de respostas, questionário tricotômico com três opções de resposta e policotômico e observações realizadas nas salas de aulas.
4.-Discussão dos Resultados.
4.1.-Análise dos dados: Professores.
O fator pessoal que influenciam o interesse pela leitura. 100% no que tange a influência dos fatores pessoais na prática da leitura dita sobre a participação direta de um fator que culmina na ausência do hábito da leitura na vida do professor que, enquanto educador necessita de uma postura leitora para o incentivo da mesma aos educandos. Nessa perspectiva, o professor deve manter a postura de pesquisador para que possa promover, com propriedade, a descoberta de novos conhecimentos aos seus alunos, ou seja, o educador para ensinar de forma eficaz, deve estar em constante aprendizado e ler continuamente durante toda a sua vida.
Quanto a motivação influencia no interesse pela leitura. Os professores colocaram que a motivação influencia em 100% no interesse pela leitura. Este fator é essencial para o desenvolvimento das crianças de modo que, os professionais precisam fazer uma autoanálise para tornar as aulas motivadoras, para que haja uma boa leitura, caso contrário, a ausência de motivação por parte do professor, pode configurar-se em um problema educacional.
Sobre a dificuldade de aprendizagem. Dos entrevistados 83% afirmam que a não assimilação de conteúdo influencia sim no interesse pela leitura. Em contra partida, 17% defendem que a dificuldade de aprendizagem não influencia, necessariamente, para os interesses literários
Se influenciam no interesse pela leitura. Dos professores pesquisados 44% afirmaram que as dificuldades de aprendizagem influenciam no interesse pela leitura na questão anterior, fundamentaram-se em sua própria realidade em sala de aula. Os fatores que implicam no desinteresse pela leitura, segundo os entrevistados, são os problemas familiares, que em sua maioria, representam a maior dificuldade, seguida por inadequação na prática de ensino (quando não há uma metodologia de estudo que proporciona a leitura), ausência de ambientes estimuladores em casa e déficits cognitivos. A aprendizagem influencia no interesse pela leitura, pois 94% dos docentes responderam que sim. Desta forma, quando se trata de buscar conhecimentos, percebe-se que a maioria dos professores acredita que a aprendizagem influencia no interesse pela leitura já que o aprender é um processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. E apenas uma minoria acredita que a aprendizagem não influencia no interesse pela leitura.
Fator ambiental; Ambiente Escolar. O ambiente escolar como um dos agentes do processo de ensino aprendizagem do indivíduo. Dos pesquisados, 89% colocam que a infraestrutura escolar, contribui para que os estudantes tenham gosto pela leitura, tendo em vista que, quando o ambiente colegial possui aspectos mais intelectuais (como biblioteca), o aluno se sente instigado a ler. Motivar a criança a aprender algo novo é essencial para o sucesso. O aluno precisa ser estimulado a construir seus sistemas interpretativos, ou seja, a pensar em diferentes hipóteses para construir seus conhecimentos e um ambiente favorável para tal ação possibilitará de maneira significativa o desenvolvimento da leitura e, por conseguinte o hábito da leitura pelo aluno.
Freire (1995, p. 190) coloca que ler é uma tarefa que requer de quem com ela se compromete um gosto especial de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo que ela implica. É impossível ensinar sem essa coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desistência.
É notório que, para a concretização do hábito de ler do professor, a motivação é item indispensável, sobretudo, faz-se necessário compreender que a ausência da mesma pode configurar-se em um entrave na conquista da prática da leitura dos alunos. Essa situação, vista por outro prisma, pode ser usada como próprio incentivo do professor em continuar a ler. Vale destacar que os verdadeiros sujeitos do processo do ensino e incentivo à leitura, precisam trabalhar em conjunto com interatividade e harmonia. Se assim acontecer, certamente tanto família quanto escola e consequentemente toda a sociedade ganhará com este trabalho coletivo, visto que a construção de um indivíduo crítico e autônomo capaz de até mesmo transformar o mundo é de responsabilidade de todos.
4.2.-Análises dos dados: Questionário alunos.
O questionário aplicado aos alunos teve por objetivo compreender o nível de satisfação dos mesmos em relação as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor em sala de aula, bem como o seu próprio interesse pela leitura levando em consideração todos os fatores apresentados no questionário anterior.
Questionamentos Análises Os professores utilizam práticas motivadoras que despertam interesse pela leitura? Evidenciou-se que a maioria dos alunos percebe que nem sempre o professor utilizam novas práticas em sala de aula, o que demonstra que os alunos estão atentos as práticas usadas por seus professores, 96% dos alunos entrevistados, que corresponde a um total 70 alunos afirmam que, seus professores sempre fazem usos de novas práxis em sala de aula. Porém apenas 4% dos alunos afirmam que o professor nunca desenvolve práticas motivadoras para o desenvolvimento da leitura. Você considera que a leitura ajuda a superar as dificuldades de aprendizagem? Dos entrevistados 85% afirmam que a leitura ajuda a superar as dificuldades de aprendizagem, demonstrando que a leitura em sala de aula tem uma poder transformador na vida acadêmica dos docentes. Essa informação apresenta o real retrato da realidade desses alunos no que tange o hábito da leitura, o que deve despertar em cada profissional uma reflexão mais ampla sobre o tema em questão, pois a formação dos educandos é que se encontra em risco se não for bem analisada e revista, pois eles necessitam de uma transformação intelectual através do ato da leitura. Você considera a leitura importante para sua aprendizagem? Apenas 66% dos entrevistados consideram a leitura importante para a aprendizagem no presente gráfico, o que nos faz refletir sobre a realidade dos demais alunos enquanto leitores, uma vez que não acham que a leitura pode contribuir para sua aprendizagem. Você considera o ambiente escolar favorável para despertar o interesse pela leitura? 53% dos alunos consideram o ambiente escolar favorável para o hábito da leitura, revelando assim um ambiente promovedor e incentivador, mas que necessita de mais melhoria e de um trabalho que possa envolver a todos, buscando desperta ainda mais a pratica da leitura, pois 47% afirmam que a escola necessita melhorar, provando que, mesmo a escola estimulando e buscando novos incentivos à leitura, os profissionais devem refletir sobre toda e qualquer prática que desperte ainda mais o gosto dos docentes nesse universo literário Em sua casa, seus familiares praticam a leitura? 78% afirmam que seus familiares praticam a leitura e que serve de exemplos motivadores. Enquanto 22% dos alunos afirmam que, seus familiares não praticam a leitura no seio familiar o que deixa subtendido que o interesse pela leitura é uma ação individual e que eles não têm pais leitores, ou seja, exemplo nenhum de hábito de leitura dentro do seu ambiente familiar. Você acredita que o ambiente social (a carência afetiva, falta de moradia, alimentação, família desestruturada, problemas familiares), influencia no interesse pela leitura? 71% dos entrevistados afirmam que, todos os fatores sociais influenciam no interesse pela leitura. Demonstrando que, ações e consequências expostas pela sociedade tem grande influência na formação dos educandos, e que não só a família e escola tem que ter uma visão mais ampla sobre esses fatos que podem atingir os discentes. Todos devem ter conhecimento sobre tudo o que ocorre com os educandos. Importar tabla
Fonte: A própria pesquisa.
De acordo com os alunos o habito de ler, o ambiente escolar a qual estão inserido precisa ser agradável e estimulador, o que é essencial, uma vez que, esse fator é muito importante na vida do indivíduo e com certeza, é o agente principal em todo o processo de ensino e aprendizagem do indivíduo, pois a escola é o segundo agente responsável pela educação e formação da criança. É o caminho que direciona toda uma vida e, por isso, deve estar preparada para oferecer um ensino de qualidade aos seus alunos. Com relação a essa consideração vale ressaltar a citação de Smith e Strick(2001) que diz: a fim de obterem progresso intelectual, as crianças devem não apenas estarem prontas e serem capazes de aprender, mas também, devem ter oportunidades apropriadas de
5.-Conclusão.
Conclui-se, que os fatores pessoais, ambientais e pedagógicos influenciam no interesse pela leitura dos alunos dos anos finais, 8º e 9º, do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015 e são muitos os aspectos que influenciam tanto de maneira positiva quanto negativa. Assim como expressam as conclusões especificas a seguir: No que trata dos fatores pessoais foi na motivação, que detectou que, para os professores pesquisados a motivação é uma poderosa influência para o desenvolvimento do interesse pela leitura dos alunos. Os professores ressaltam que as aulas precisam ser motivadas e dinâmicas para a concretização do hábito de ler. Os alunos afirmam que grande parte dos professores utilizam práticas inovadoras em sala de aula.
É preciso motivar a participação dos alunos cotidianamente em situações nas quais eles possam ouvir a leitura em voz alta para que haja uma aproximação com os livros. Desta forma, é necessário que modifiquem as práticas de leitura a partir do desejo e do interesse do aluno. Estes aspectos devem ser considerados pelo professor ao escolher os materiais de leitura, além disso, a própria dinâmica em sala de aula necessita agregar as novidades, pois que estas estão presentes no mundo dos alunos. Uma aula interessante e inovadora não pode desprezar a infinidade de recursos tecnológicos específicos para educação, tais como as TIC’s (Tecnologia da informação e comunicação). Assim, motivar o aluno a aprender algo novo é essencial para o sucesso. Ele precisa ser estimulado a construir seus sistemas interpretativos, ou seja, a pensar em diferentes hipóteses para construir seus conhecimentos e um ambiente favorável para tal ação possibilitará de maneira significativa o desenvolvimento da leitura e, por conseguinte o hábito da leitura pelo aluno.
Quanto à dificuldade de aprendizagem, este é um fator pessoal que exerce a influência negativa no hábito de ler. A não assimilação de conteúdos por parte dos alunos traz como influência negativa o desinteresse pela leitura. Destacam-se, neste indicador, os problemas familiares. Os alunos afirmam que a falta de leitura dificulta a aprendizagem, no entanto a maioria não tem hábito de ler.
Referente à aprendizagem enfatiza-se a importância do professor buscar aprendizagens novas, pois se ele não tem integrado os conteúdos atribuindo sentido aos mesmos, o aluno o perceberá como algo sem continuidade, ou seja, entenderá que o que aprendeu não terá utilidade para vida. Uma das formas de dar continuidade, ou seja, contextualizar as práticas de leitura é orientar-se pelos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser; isso refletirá negativamente no desenvolvimento do aluno leitor, pois, segundo os alunos a leitura não tem muita importância para o desenvolvimento da aprendizagem, percebe-se com tal resposta que os discentes não têm interesse algum sobre o ato de ler. Diante do exposto obteve-se que os fatores pessoais influenciam positivamente no interesse pela leitura dos alunos das séries finais do ensino fundamental do Colégio Municipal José Teixeira na Cidade de Tuntum - MA durante o ano de 2015, alcançou-se, pois, o primeiro objetivo específico desta investigação.
Dentre os fatores ambientais identificou-se que o ambiente escolar necessita de ajustes para que este seja uma influência positiva no desenvolvimento do interesse pela leitura nos alunos. Os alunos entrevistados o apontam como regular no que diz respeito a sua influência, precisa, pois adequar-se eliminando os aspectos negativos destacados na investigação. São eles: as salas de aula lotadas e a inadequação do ambiente físico. Assim como o ambiente escolar, o ambiente familiar também tem sido uma influência negativa no interesse pela leitura. Aponta-se como principal elemento que atua negativamente no interesse da leitura destes alunos a própria família, que não propicia um lar em condições físicas e psicológicas que o torne acolhedor, compreensivo e afetuoso. Não havendo clima favorável para a prática de leitura. Segundo os discentes, a família não oferece um ambiente leitor, dos entrevistados apenas 12% responderam que sim, observando assim que em casa a prática de leitura nem sempre é realizada ou priorizada.
O ambiente social, ou seja, o contexto social, econômico e cultural, no qual o aluno está inserido, nesta investigação aparece como uma “influência negativa” para o desenvolvimento do hábito de leitura. Identificou-se que, na opinião dos professores, não há estimulo na comunidade que o aluno integra às práticas de leitura. O ambiente social (a carência afetiva, falta de moradia, alimentação, família desestruturada e problemas familiares), não oferece estímulo para que o aluno leia. Porém, os alunos afirmam que o ambiente social no qual eles integram é uma influência positiva para a prática leitora. Se na família e na comunidade, as pessoas praticam a leitura habitualmente, significa dizer que esta pratica, uma vez que valorizada socialmente, também será valorizada pelos jovens, haja visto que estes aprendem também através dos exemplos e de suas vivencias. O jovem internalizará a leitura como uma prática que pode ser tão ou mais interessante que a televisão. Vale destacar que os verdadeiros sujeitos do processo do ensino e incentivo à leitura, precisam trabalhar em conjunto com interatividade e harmonia. Se assim acontecer, certamente tanto família quanto escola e consequentemente toda a sociedade ganhará com este trabalho coletivo, visto que a construção de um indivíduo crítico e autônomo capaz de até mesmo transformar o mundo em que vive é de responsabilidade de todos.