Poesia
Conquistadores

Não me importo com o futuro, Deus fraco e traidor,
Por que não vem em nosso auxílio? Por que não sente a nossa dor?
Ando torto e com pernas bambas, Por uma estrada de esmeralda, Já não suspiro vida alguma, Já não possuo minha alma.
Homens brutos sem virtude, Tiram o que não lhes é seu, Violência e injustiça, Difícil viver num mundo meu.
Sinta o meu sangue vermelho, Sinta os meus gritos profanos, O que será de nosso povo?
O que serão de nossos planos?
Som das sombras, sorte ingrata, Basta ouvir o meu silêncio, Palavras de dor e morte, Palavras cheias de tormento.