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As teses da área de Sociologia no Brasil: padrões de inflexões temáticas e metodológicas
Marina Melo; Ana Cláudia Bernardo; Selefe Gomes
Marina Melo; Ana Cláudia Bernardo; Selefe Gomes
As teses da área de Sociologia no Brasil: padrões de inflexões temáticas e metodológicas
The thesis in Sociology in Brazil: Patterns of thematical and methodological inflexions
Revista Brasileira de Sociologia, vol. 6, núm. 13, pp. 28-75, 2018
Sociedade Brasileira de Sociologia
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Resumo: O presente trabalho analisa a utilização metodológica de perspectivas qualitativa e quantitativa em trabalhos acadêmicos da sociologia a partir de uma amostra de 282 teses de doutorado defendidas no Brasil no triênio 2012-2014. A partir de uma problemática que busca compreender como ocorrem e que consequências carregam as escolhas metodológicas destes trabalhos acadêmicos, investigamos algumas dimensões analíticas pertinentes para localizarmos os contextos dessa produção: sexo dos autores; temáticas mais frequentes dos trabalhos; experiências de intercâmbio, pontuando as ligações destes aspectos gerais à redação das teses em treze diferentes Programas de Pós-Graduação. Por fim, apresentamos os principais métodos e técnicas utilizados nas teses de sociologia, considerando as justificativas utilizadas nos trabalhos para a aplicação de determinados métodos de análise; a construção de possíveis novas técnicas metodológicas; as alterações nos métodos tradicionais que possam caracterizar processos criativos de inovação à área de conhecimento; bem como a ênfase geral dada ao aspecto metodológico nos trabalhos.

Palavras-chave:teses sociológicasteses sociológicas,pós-graduaçãopós-graduação,metodologiametodologia.

Abstract: This paper analyzes the methodological uses of qualitative and quantitative perspectives on 282 sociological doctoral theses in Brazil, 2012-2014. The article seeks to understand how these methodological choices were made and with what consequences over the resulting academic work, investigating some relevant analytical dimensions: sex of the authors; more frequent themes; authors’ exchange experiences. The analysis focus in thirteen Graduates. It presents the main methods and techniques employed in the theses, considering the rational for them; the construction of new research techniques; and shifts from traditional methods that could indicate creative processes and innovation. It also examines the emphasis the theses placed on methodological aspect.

Keywords: sociological theses, graduate studies, methodology.

Carátula del artículo

Artigos

As teses da área de Sociologia no Brasil: padrões de inflexões temáticas e metodológicas

The thesis in Sociology in Brazil: Patterns of thematical and methodological inflexions

Marina Melo
Universidade Federal de Alagoas, Brasil
Ana Cláudia Bernardo
Universidade Federal de Alagoas, Brasil
Selefe Gomes
Universidade Federal de Alagoas, Brasil
Revista Brasileira de Sociologia, vol. 6, núm. 13, pp. 28-75, 2018
Sociedade Brasileira de Sociologia

Recepção: 09 Dezembro 2017

Aprovação: 26 Março 2018

Introdução

Esta é uma pesquisa metodológica em todas as instâncias por onde possa circular. Objetivamos analisar a utilização metodológica de perspectivas qualitativa e quantitativa em trabalhos acadêmicos da sociologia. Para isto, buscamos verificar os principais métodos e técnicas utilizados nas teses de sociologia; analisar as justificativas utilizadas nos trabalhos para a aplicação de determinados métodos de análise; perceber se havia significativa construção de novas técnicas ou alterações nos métodos tradicionais que caracterizassem processos criativos dos pesquisadores e observar a ênfase dada ao aspecto metodológico dos trabalhos. Para estas páginas, propomos uma análise do quadro mais geral de resultados obtidos a partir desta problemática. Nos deteremos à apresentação dos dados oriundos da observação de variáveis mais gerais que compõem a amostra, a exemplo de onde estão estas teses, de que temáticas tratam, sexo dos autores, formação doutoral compartilhada com universidades no exterior etc.

Realizamos uma pesquisa documental de tipo quantitativa, estabelecendo uma fotografia sobre as metodologias contidas nas teses. Analisamos que métodos foram utilizados, a verificar se houve inovação metodológica, as principais justificativas de aplicação de técnicas etc. Com o auxílio do software SPSS, geramos uma fotografia ampla do quadro metodológico utilizado no País. Vejamos pontualmente nosso recorte:

  • Unidade de Análise: os métodos e técnicas de pesquisa aplicados.

  • Unidade de Observação: as teses de doutorado dos Programas de Pós-Graduação em Sociologia recomendados pela CAPES (notas 4 a 7).

  • Delimitação da Amostra: 289 Teses.

  • Recorte Temporal: 2012-2014.

Embora o Comitê de Área da CAPES de Sociologia abranja os cursos de ciências sociais, planejamento e políticas públicas, políticas públicas e sociedade, sociologia política, defesa social e mediação de conflitos e sociologia e antropologia, trataremos apenas dos trabalhos realizados nos Programas exclusivos da Sociologia. Este recorte é para que tenhamos em atenção uma unidade de apoio, no caso a pretensão sociológica destes trabalhos, na escolha dos métodos e técnicas utilizados pelos pesquisadores.

Lista de Universidades com Programas que tiveram Teses Examinadas:

  • Universidade Estadual de Campinas / Unicamp

  • Universidade de Brasília / UNB

  • Universidade de São Paulo / USP

  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UERJ

  • Universidade Federal da Paraíba/João Pessoa UFPB

  • Universidade Federal de Goiás / UFG

  • Universidade Federal de Minas Gerais / UFMG

  • Universidade Federal de Pernambuco / UFPE

  • Universidade Federal de Sergipe / UFS

  • Universidade Federal de São Carlos / UFSCcar

  • Universidade Federal do Ceará / UFC

  • Universidade Federal do Paraná / UFPR

  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul / UFRGS

As unidades de registro foram levantadas através dos sites dos próprios Programas de Pós-Graduação em Sociologia, das bibliotecas virtuais das Universidades e de algumas poucas visitas in loco às Instituições, quando tivemos a colaboração de seus coordenadores para levantamento do material empírico. O presente artigo encontra-se dividido da seguinte forma: 1. Introdução: 2. Panorama das Teses de Sociologia no Brasil, onde apresentamos os dados descritivos da amostra coletada a partir das variáveis mencionadas e algumas correlações que entendemos como pertinentes à compreensão dinâmica das informações articuladas; 3. Tendências de um campo científico, em que discutimos a conexão dos dados com aspectos teóricos da área, bem como apresentamos algumas produções direta ou indiretamente interconectadas aos resultados obtidos e; 4. Considerações Finais.

1. Panorama das teses de Sociologia no Brasil

A presente pesquisa teve como ferramenta para coleta de dados um formulário com as seguintes variáveis: título da tese; autor; ano de defesa; sexo; instituição de defesa; região do País; nota CAPES do PPGS; quantidade de disciplinas de metodologia e/ou de métodos e técnicas obrigatórias e eletivas no curso de doutorado; doutorado em regime de co-tutela ou sanduíche; país de destino em casos de intercâmbio; presença de capítulo/tópico metodológico específico na tese – quantidade de páginas de capítulo metodológico; tipo de estrutura da tese; perspectiva(s) metodológica(s) utilizada(s); principais tipos de dados; realização de observação direta; observação participante; análise documental; aplicação de questionários; aplicação de entrevistas – tipos de entrevista; principal técnica de análise da tese; criação de novas técnicas declarada; apresentação de justificativa para o recorte metodológico utilizado; ênfase dada aos aspectos metodológicos no resumo, introdução e conclusão da tese; temática[1] e, por fim, uma variável nominal string, aberta, pela qual catalogamos todas e quaisquer observações pertinentes ao problema de pesquisa em tela.

Foram investigadas 282 teses de sociologia, centralizadas nos anos de 2012-2014, com cerca de 274 casos válidos. Desta amostra, tivemos 44,5% de teses escritas por mulheres e 55,5% de teses escritas por homens. Já no que diz respeito à distribuição da amostra por regiões do País, obtivemos 127 teses defendidas no Sudeste (distribuídas em 5 PPGSs); 70 no Nordeste (4 PPGSs); 40 no Sul (2 PPGSs) e 38 no Centro-Oeste (2 PPGSs). Ainda sobre esta última variável, região, com dados visivelmente heterogêneos, percebemos que um Programa do Sudeste, isoladamente, apresentou 65 teses defendidas no referido período. A presença deste outlier na amostra foi considerada em toda a análise, tanto em seus aspectos quantitativos, por ponderações aritméticas, como em seus aspectos qualitativos, do porquê de um Programa de nota CAPES 7 ter as condições materiais de produção e disponibilização de grande quantidade de trabalhos acadêmicos quando comparado aos demais do País. Ainda no que se refere à produção quantitativa de teses por Programa, tivemos outro outlier compreendido pelo oposto do quantitativo de teses, representado por um Programa recente localizado no Centro-Oeste, com apenas duas teses defendidas disponibilizadas.

Como já exposto no tópico anterior, estratificamos nossa amostra não apenas pelos Programas de Pós-Graduação em si, mas também pelas suas respectivas notas de avaliação CAPES. Das teses válidas, 19% são de Programas nota CAPES 4; 25% de nota CAPES 5; 26,5% de nota CAPES 6 e 29,5% de nota CAPES 7. Dos principais temas de investigação do material analisado, observamos que a maioria das teses compreende a categoria “Intelectualidades/Pensamento Social/Teses Teóricas”, com cerca de 15% do quadro. Este resultado é por ora mencionado em dados absolutos e, por isso, adiantamos que tais 15% concentram-se, nomeadamente, em uma Instituição de nota CAPES 7, localizada no Sudeste. A seguir, temos a temática de “Participação Política”, com 8,5% das teses escritas; Arte e Cultura, com 8,1%; Criminalidade, com 7,7% e Identidades e Migração, com 7,4%. Tais percentuais podem parecer ao leitor como não substantivos. Isto se explica porque esta variável foi compreendida por 17 categorias nominais, posta a pluralidade temática da sociologia brasileira. Para melhor compreensão proporcional do que versamos, podemos comparar os 15% de teses teóricas (40 teses), com os 2,9% de teses sobre Juventude e Envelhecimento (8 teses). Grosso modo, o que verificamos foi a confirmação da pluralidade temática nos trabalhos analisados, com a distância significativa dos casos apenas para a categoria de teses sobre Intelectualidades/ Pensamento Social/Teses Teóricas, categoria esta que se afasta em quase 100% quando comparada à seguinte, de “Participação Política”, mas que tem um centro de produção pontuado em uma Instituição específica, com 19 teses defendidas na temática[2].

Ao separarmos as regiões do País para verificar as principais temáticas, temos: Região Centro-Oeste (2 PPGSs): Participação Política; Região Nordeste (4 PPGSs): Gênero/Sexualidade e Religião; Região Sudeste (5 PPGSs): Teses Teóricas/Intelectualidades/Pensamento Social; Região Sul (2 PPGSs): Participação Política; Ruralidades/Urbanidades/Meio Ambiente. Se considerarmos os Programas de nota CAPES 6 e 7 com mais de 20 teses defendidas no triênio amostral, as principais temáticas defendidas são: Teses teóricas/ Intelectualidades/Pensamento Social; Participação Política; Arte e Cultura e Identidades/Migrações. A temática sobre Criminalidade aparece a seguir, porém concentrada em Programas de nota CAPES 5 e 7.

Verificamos a respeito da experiência acadêmica dos autores em demais países ou instituições de pesquisa para além das atividades que cumprem em seus Programas de origem. Em primeira instância, obstinamos localizar os indivíduos que tivessem realizado doutoramento por cotutela ou “sanduíche”, institucionalizado, no exterior. Não obstante, após o estudo exploratório com o material levantado, optamos por ampliar esta variável a todo e qualquer tipo de deslocamento, nacional e/ou internacional, feito pelo autor com fins investigativos para a tese em construção. Na prática, isto nos fez considerar doutoramentos sanduíches realizados no Brasil, bem como estadas no exterior, com ou sem financiamento institucional, que tivessem sido mencionadas nas teses como parte do percurso doutoral. Para simplificar, chamamos esta variável de “intercâmbio” e observamos que apenas 31,5% dos autores possuem tal experiência. Para os casos de saída a instituições do exterior, os países que predominaram como destino foram França, Portugal, Estados Unidos e Alemanha, respectivamente.

A respeito do “design” de sumário das teses, encontramos 47% dos trabalhos elaborados com algum capítulo ou subtópico metodológico. Ou seja, podemos dizer que a maioria, 53% dos sumários analisados, não possui nenhuma especificação de como os autores tratam metodologicamente seus constructos, seja por um capítulo dedicado à metodologia da ciência, de forma ampla, ou por um capítulo ou subtópico dedicado aos métodos e técnicas de pesquisa utilizados, tanto para teses teóricas como para aquelas que possuem recortes empíricos aparentes. Ainda sobre a elaboração lógica dos sumários, encontramos 39% de teses que seguem a apresentação de teoria e campo concomitantemente ao longo do texto; 36% que seguem a explanação de teoria e, depois, de campo; 23,5% de teses que se apresentam apenas em formato teórico e apenas 1,1% destas percorrem o campo empírico na escrita antes de uma apresentação teórica.

A principal perspectiva metodológica utilizada, como já suposta, é a qualitativa de análise, com cerca de 87% de teses. Em seguida, temos 3,5% de teses em que predomina a análise quantitativa e 4,3% construídas a partir de uma metodologia mista. Menos de 2% dos casos apresentaram como técnica principal a aplicação de uma perspectiva qualitativa com pouca introdução quantitativa, ou o inverso (3% missing). Igualmente, nota-se que cerca de 39% das pesquisas utilizam dados primários como principal recurso de recolha de informações, contra 32% de teses realizadas a partir de dados recolhidos exclusivamente de fontes secundárias. As investigações ancoradas por recolha mista, com dados primários e secundários, compreendem 14% da amostra, assim como 15% são realizadas por teses teóricas ou que não apresentam tais informações diretamente aos leitores.

Tais variáveis são imprescindíveis à interpretação da construção metodológica dos autores quando analisamos as dimensões classicamente empíricas de elaboração dos trabalhos sociológicos. Isto porque, para nossa surpresa, cerca de 75% das teses não utilizam qualquer tipo de observação participante, uma técnica de recolha de informações modelar ao campo das ciências sociais. Concomitantemente, cerca de 38% dos trabalhos não contam com o recurso de análise documental, fosse esta realizada por qualquer tipo de técnica de análise equivalente. Ainda sobre técnicas de recolha, para o grupo de teses empíricas e que se utilizam de entrevistas, observamos que 67% aplicam entrevistas de tipo semiestruturadas; 21% de entrevistas abertas ou em profundidade e apenas 2% utilizam a técnica de entrevistas estruturadas nos trabalhos.

Uma das maiores inquietações deste trabalho, contida em parte no nosso problema de investigação que buscou compreender a utilização metodológica de perspectivas qualitativa e quantitativa em trabalhos acadêmicos da sociologia, reside na curiosidade sobre as técnicas de análise utilizadas atualmente. Tais técnicas são o foco das ementas de disciplinas metodológicas de alguns Programas de Pós-Graduação em Sociologia, com tópicos de estudo sobre análise de discurso, análise de conteúdo, de contexto etc. Vejamos: 21,6% das teses não possuem técnica de análise por compreenderem espaços eminentemente teóricos de discussão; 5,9% das teses utilizam análise de conteúdo; 4% análise de discurso; 15,4% alguma outra técnica de análise qualitativa; 3,7% focam-se em análises de estatística descritiva; menos de 1% em estatística inferencial e 48% das teses, ou seja, quase metade do material pesquisado, não apresentam nenhuma técnica de análise declarada (0,4% missing). Quando nos questionamos sobre a criação de novas técnicas, sejam estas de análise ou de recolha de informações, encontramos 98% das teses sem nenhuma criação de novas técnicas, fossem estas qualitativas, quantitativas ou mistas.

Dentre outras variáveis indicadas a um estudo sobre as metodologias das teses sociológicas, criamos um índice artificial que indica a ênfase metodológica e sua respectiva justificativa dada pelos autores em cada uma das teses. Este índice didaticamente reduz-se a categorias numéricas intervalares, que indicam que cerca de 70% das teses apresentam ênfase a seus aspectos metodológicos de maneira superficial a razoável, contra cerca de 30% de teses que esboçam uma preocupação mais pontual a tais aspectos.

A descrição geral aqui apresentada foi correlacionada à realidade verificada a partir dos próprios achados de pesquisa. Por exemplo, quando relacionamos as variáveis tema geral da tese e sexo do autor, não encontramos significância estatística nos achados. Porém, ao olhar para os dados isolados, verificamos alguns pontos interessantes: as temáticas de Participação Política; Sociologia Jurídica; Ciência e Tecnologia e Intelectualidades/Pensamento Social/Teses Teóricas são temas marcados por autores, em maioria, do sexo masculino. Paralelamente, nota-se que a concentração de teses escritas por homens, estatisticamente significativa (p=0,02), está em Programas de Pós-Graduação localizados no Sudeste.

Sabendo-se que região do País e nota de avaliação CAPES por Programa (4 a 7) estão imbricados, propusemos uma correlação entre sexo e nota de avaliação CAPES em que se inserem os autores. Pela distribuição dos dados obtidos, não podemos dizer desta correlação como um fenômeno generalizável, sequencial, tampouco replicável a amostras de teses de anos anteriores ou posteriores às estudadas no recorte, porque não verificamos significância estatística suficiente à análise. Entretanto, quando estratificamos as categorias, percebemos que a diferença entre homens e mulheres chega a dobrar quando a nota do PPGS alcança 7, havendo uma tendência, ainda que não significativa estatisticamente, de maior presença masculina em Programas de notas mais altas (29 mulheres x 52 homens em Programas Nota 7). Já nos programas de notas mais baixas, esta diferença quase não se percebe, havendo um equilíbrio entre as variáveis sexo e nota CAPES.

Isolamos a categoria temática/metodológica de teses com maior frequência, teses teóricas, e a comparamos com as frequências da variável sexo. Como já esperado face os resultados correlacionais entre sexo/região/nota que demonstraram maior quantidade de teses teóricas aplicadas no sudeste, chegamos ao resultado de que as teses teóricas são escritas, notadamente, por homens. Temos 67,5% de teses teóricas escritas por homens contra 32,5% escritas por mulheres. Este quadro parece se assemelhar com o início (e quiçá continuidade) da sociologia brasileira, permeado por investigações teóricas escritas por médicos, engenheiros e advogados do sexo masculino.

A concentração conferida acima nos questiona, por outro lado, sobre quem se dedica às teses que prescindem de estudo de campo empírico, exemplificado na técnica de observação participante. Isolada esta última categoria, verificamos um número maior de mulheres que trabalha com aplicação metodológica de observação participante, mesmo tendo nossa amostra um número reduzido em cerca de 10% de mulheres em relação aos homens.

Ainda focados na variável sexo, ponderamos a possibilidade de encontrarmos diferenças entre as formas como homens e mulheres apresentam suas justificativas e ênfases metodológicas nas teses a partir do índice artificial intervalar já demonstrado. Imaginando um quadro de 1 a 3, em que 1 indica menor preocupação com os aspectos metodológicos e de métodos e técnicas e 3 o seu respectivo oposto, notamos que os homens tendem a dar mais atenção aos aspectos formais metodológicos das teses do que as mulheres, ainda que eles se dediquem mais à escrita de teses teóricas.


Gráfico 01
Ênfase Metodológica x Sexo.
Elaboração Própria.

O gráfico acima mostra as barras masculinas aumentadas nos dois casos, tanto de teses com baixa como com alta ênfase metodológica. Isto ocorre porque existe cerca de mais de 10% de homens na nossa amostra em relação à quantidade de mulheres. Para que possamos melhor entender, sugerimos que a análise seja feita pela barra de maior diferença, onde se lê “alta ênfase metodológica”. Salientamos que, embora os homens deem mais ênfase a tais aspectos metodológicos, estes ainda são superficiais quando apresentados os dados gerais da variável, que tiveram mais da metade dos casos com baixa ênfase metodológica. Verdade é que temos um quadro geral carente no que diz respeito aos cuidados metodológicos das teses defendidas. Por isso, independentemente da significância estatística que não alcançamos para correlação, verificamos forças de correlação nos testes de Phi, V de Crámer e Gamma irrisórias.

Sobre os estudantes intercambistas, temos 86 teses que contam com esta experiência e 187 que não contam. Verificamos que existe uma correlação positiva moderada de 0,35 e estatisticamente significativa entre o “sanduíche”, geralmente fora do País, e o PPGS de onde é escrita a tese. Por dados brutos, os Programas que mais contam com o intercâmbio doutoral são: USP, UnB e Unicamp. Noutro extrato, localizam-se UERJ, UFSCar, UFPE e UFRGS. Os PPGSs das universidades que menos apresentam “sanduíche” são UFG, UFPB, UFC, UFPR, UFS e UFMG. Postas as universidades, confirmamos por consequência uma relação entre região e intercâmbio. Nas regiões do País onde se concentram as notas CAPES dos PPGSs mais altas, concentram-se também as experiências de intercâmbio. Esta relação de que falamos tem força de 0,30, apresentando-se como uma correlação moderada, e é estatisticamente significativa.


Gráfico 02
Intercâmbio x Nota CAPES.
Elaboração Própria.

Relação “curiosa” foi verificada no cruzamento entre sexo e experiência no exterior. Notou-se que 57% dos homens usufruíram da experiência, contra 41% de mulheres. Ou seja, mais homens vão para intercâmbio do que as mulheres, isto é um fato. Todavia, o porquê deste fenômeno pode ser “explicado”, em uma primeira vertente numérica, pelo fato de que há mais doutorandos homens nos programas de pós-graduação com notas CAPES elevadas (que têm maior número de intercambistas). A análise seria facilmente continuada se tivéssemos dados para relacionar por que mais homens predominam nos programas de pós-graduação de notas altas, localizados, em maioria, no eixo sul-sudeste. Ainda se ponderarmos a diferença de 10% entre a quantidade maior de homens do que de mulheres na amostra (quebrando a hipótese da linha anterior), ainda teríamos maioria masculina com doutorado sanduíche. Apesar de nossos dados momentâneos estarem limitados a estas descrições que, embora nítidas, não estão complexificadas na análise desta etapa de nossa pesquisa, chamamos a atenção para o fato de que nos agradecimentos das 282 teses lidas notamos, exploratoriamente, que as autoras que agradeciam aos filhos e/ou os mencionavam tendiam a não apresentar qualquer experiência fora de seus Programas, não viajavam. Nos casos masculinos, esta informação pouco notou-se ou fez-se relevante.

Informação também importante é sobre as temáticas mais trabalhadas pelos doutorandos que tiveram experiência no exterior. Os temas que apresentaram maior frequência foram: “Teses Teóricas / Intelectualidades / Pensamento Social”; “Identidades/Migração” e “Arte e Cultura”. Paralelamente, observamos que os doutorandos que tiveram experiência no exterior aparentam mais cuidados (57% destes) com a declaração de aspectos metodológicos e de métodos e técnicas nas teses. Todavia, não estamos a dizer que o doutoramento sanduíche condiciona ou incita a uma maior ênfase metodológica no trabalho. Esta poderia ser uma relação espúria, posta a necessidade de comparação da variável “sanduíche” com a nota CAPES dos programas que mais enviam estudantes para a experiência no exterior, ou a região do País de onde partem, ou o sexo dos doutorandos etc. Aqui nos coube uma análise de regressão multivariada, porém com variáveis pouco explicativas pelo nosso banco de dados, posta a pergunta sobre o porquê de mais teses com ênfases metodológicas satisfatórias serem escritas por doutorandos com experiência no exterior. Na etapa seguinte/futura de nossa pesquisa, investigaremos aspectos que podem nos aproximar de uma resposta, a começar pela análise das ementas de disciplinas dos respectivos programas.

2. Tendências de um campo científico

O terreno no qual pisamos é teoricamente marcado, sobretudo por publicações contemporâneas que conectam as inflexões do campo científico às estruturas teóricas de Bourdieu. A própria análise das teses nos levou a alguns materiais interessantes a respeito. Santos (2012) defendeu uma tese no PPGS da Universidade Federal do Ceará sobre a ciência como campo masculino, cujas estruturas do campo científico bourdesiano não são fixas, são performáticas. Embora com enfoque notado às questões de gênero, em que estuda acadêmicas renomadas do Ceará, a autora aproxima a utilização do conceito de campo científico de Bourdieu a pontos comuns aqui tratados. Falamos sobre poder, um corte transversal às variáveis descritas no tópico anterior ou, ainda, uma também variável (invisível) interveniente nas relações apresentadas. Metodologicamente, a sociologia se desdobra para atender demandas sócio-históricas de sua sociedade acadêmica (BUTLER, 2010), materializada pelas bancas julgadoras e por todos os mecanismos de controle de qualidade acadêmica, bem como pelo estabelecimento de um “ethos” acadêmico valorativo, formando padrões e regras de acordo com os “anseios da comunidade científica hegemônica (...) que apesar de sua normatividade, é permeado por contradições e conflitos” (BOURDIEU, 2007apud SANTOS, 2012, p.). Para compreendermos este campo científico de Bourdieu nas teses de sociologia para além de seus aspectos metodológicos, precisamos considerar a sociologia brasileira não somente como passível de influências determinadas por fatores históricos, econômicos e sociais, mas também como uma instância construída por suas leis internas e externas, estando esta em constante negociação com os demais campos científicos, seja em suas formas burocratizadas ou de aparências mais latentes. (SANTOS, 2012, p.). “O campo científico é o universo no qual estão inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem, ou difundem a ciência (...) É um microcosmo dotado de suas próprias leis, e que possui uma relativa autonomia. (BOURDIEU, 2007, p. 20).

Falar em campo científico a partir das teses de sociologia é também dizer sobre como estas são estruturadas a partir das posições que os autores ocupam na dinâmica mais geral em que se localiza este próprio campo. Tais posições não são escolhidas somente pelos atores/autores. A estrutura deste campo é determinada, também, pela distribuição de capital científico entre os agentes sobre os quais versamos, sendo este capital científico uma espécie de capital simbólico, fundado por atos de conhecimento e reconhecimento (BOURDIEU, 2007apud SANTOS, 2012). Lembrando, estamos hoje diante de uma sociologia que discute, com o auxílio de um campo filosófico, a respeito do uso da técnica, ou, para alguns, do uso exacerbado da técnica (pouco verificado em nossos dados).

O uso das técnicas metodológicas tampouco se faz como um tema novo à sociologia, muito pelo contrário, certa vez que a disciplina se institucionalizou através da delimitação dos fatos sociais de Durkheim. Os resultados apresentados pela descrição das teses de sociologia, nomeadamente as variáveis que buscam mensurar o uso de técnicas de recolha de informações e de análise, nos sintonizam a um texto de Mariza Peirano, “A Favor da Etnografia”. “Especificamente, penso que nossa tradição etnográfica se baseia, de forma equivocada, no princípio de que a criatividade pode superar a falta de disciplina e a carência de um ethos científico” (PEIRANO, 1995, p. 31). Na preocupação para que o método etnográfico não dramatize a então visão weberiana de eterna juventude das ciências sociais, ou que materialize uma eventual “fraqueza” das ciências sociais, Peirano disserta que toda (boa) etnografia precisa ser tão rica que possa sustentar uma reanálise dos dados iniciais (Ibidem). A autora defende sua posição não para que as informações de uma dada pesquisa venham manter ou esclarecer determinados pontos de vista teóricos, mas porque haverá sempre a ocorrência de novos indícios posto que os dados “falam” mais do que seus autores, permitindo-se a diversas abordagens (Ibidem). Peirano utiliza o método etnográfico como referência, porém estendemos sua assertiva a diversas técnicas, a exemplo das quantitativas, em que raramente seus leitores têm acesso ao banco de dados utilizado para que remontem supostas potencialidades das matrizes; ou qualitativas, que, ao exemplo das teses analisadas, quase nenhum dos 282 autores socializa o roteiro de entrevistas utilizado para que o leitor possa melhor ingressar na lógica de pesquisa de campo enveredada e em seu ritmo e ordenação de abordagens.

De forma paralela, trouxemos para consideração o aspecto gênero que saltou aos nossos dados. Como visto, os objetivos que pontuam todas as fases do trabalho, não apenas esta primeira apresentada, quantitativa, mas as que seguirão a partir desta, giram em torno da problemática de aspectos metodológicos e de métodos e técnicas nas produções sociológicas brasileiras recentes. Todavia, no panorama em que se localiza a questão metodológica, a de gênero não se deixa calar, apresentando-se como uma variável, ainda que não explicativa ou determinante, interveniente a todo o processo de produção das teses.

“Do total de doutores em cada uma das áreas das ciências sociais no ano de 2008, o percentual de mulheres era de 34% na Ciência Política, 55,6% na Sociologia e 54,5% na Antropologia” (TOSTE; CANDIDO, 2016).

No topo da carreira profissional, por sua vez, as mulheres estão em desvantagem em relação aos seus pares do gênero masculino: a pesquisa de Guedes et al (2015) mostrou recentemente que entre os anos de 2001 e 2012 as bolsas de produtividade conferidas a pesquisadoras mulheres na Ciência Política caiu de 46,5% para 33,7% e na Sociologia de 53,1% para 47%. Tais dados sugerem que as mulheres cientistas sociais têm dificuldades em conquistar as posições mais prestigiadas e bem pagas na carreira mesmo dentro de uma área indisputavelmente feminina. A despeito da massiva participação das mulheres nas ciências sociais, há indícios de que elas enfrentam segregação hierárquica ou “teto de vidro” nesse campo. (Ibidem).

A disparidade de gênero também se apresenta, segundo os dados de Toste e Candido, no campo docente quando consideradas várias áreas da pós-graduação em que a maioria docente é de sexo masculino, reverberando na diferenciação também de publicações científicas, em que os homens passam, proporcionalmente, a serem mais lidos que as mulheres em suas respectivas áreas de saber. A mostrar que nossos dados não trazem nenhuma surpresa à temática, mas que apenas confirmam as pesquisas tratadas por um campo em caminhos de consolidação epistemológica sobre as experiências de gênero em cientistas sociais membros de Programas de Pós-Graduação, temos a pesquisa de Marina Cordeiro (2015) da UFRRJ, que examina as diferentes experiências sobre gênero, divisão sexual do trabalho e desigualdade temporal em investigadores masculinos e femininos. Outro trabalho de envergadura importante nesse sentido é o de Guedes, Azevedo e Ferreira (2015), que referencia a estratificação sexual a partir de uma pesquisa sobre as bolsas de produtividade do CNPq. Como notado pela leitura exploratória dos agradecimentos das 282 teses de nossa amostra, mecanismos discriminatórios aparentam persistir no universo de doutorandas em sociologia que, como visto, têm menos oportunidades de experienciarem um doutoramento com intercâmbio, isto para não mencionarmos as diferenças de ingresso deles e delas nos programas com variadas notas de avaliação. Estes mais que “achados de campo” nos incitam a investigar a recente produção sociológica para além das teses, o que já pretendíamos e que agora consolidamos, certos de que a ciência é um “constructo humano e que somente pode ser compreendida se contempladas as disputas, conflitos, pactos e cumplicidades que permeiam sua existência” (SANTOS, 2012).

Considerações finais

A justificativa inicial que nos impulsionou a estudar as propostas básicas das teses de sociologia no Brasil foi a de entender o que estava sendo produzido na sociologia brasileira contemporânea. O projeto original, ainda em execução, em que se localizam nossos dados, é formado por três etapas. A primeira, aqui parcialmente apresentada, um estudo quantitativo sobre um quadro geral, de variáveis genéricas, e sobre as metodologias utilizadas nas teses de doutorado de treze programas de pós-graduação. A segunda, uma análise dos conteúdos metodológicos estudados pelos pesquisadores ao longo de suas formações sociológicas, contendo uma análise das ementas e estruturas metodológicas formativas dos Programas. A terceira, um estudo qualitativo disposto a compreender as motivações patentes e latentes ao processo metodológico de pesquisa sociológica, em que serão investigados os autores das teses e parte do corpo docente dos Programas, nomeadamente professores que lecionam disciplinas com perfis metodológicos e/ou de métodos e técnicas de pesquisa. A hipótese central que investigamos é de que os problemas de pesquisa das teses de sociologia não determinam os métodos a serem utilizados nos trabalhos, sendo tais métodos determinados pelas condições de competências técnicas e de formação dos pesquisadores.

Além do escopo apresentado, obstinamos, em médio prazo, estender o corpus da investigação para a comparação entre o enfoque e a relevância dados aos trabalhos mais extensos, como as teses que verificaremos no momento, e os modelos de publicação mais atuais, a saber, os artigos científicos. Será que nas extensas teses de sociologia as metodologias são referenciadas apenas por um padrão, “pro form”? Quando estas teses são publicadas em modelos reduzidos de artigos, levam consigo as metodologias? Como estes passos ocorrem, entendendo que a linguagem metodológica é um campo de compartilhamento acadêmico “relativamente” próximo e acessível às diferentes temáticas?

Muitas teses que analisamos não citam, ao longo das centenas de páginas, a palavra “Metodologia”, bastando teclar um comando “control F” no arquivo em PDF para verificarmos a inexistência do termo em muitos trabalhos. Não que isto signifique que não considerem metodologia a partir de outra semântica, tampouco que não a trabalhem, porém esta informação tem um cruzamento substancial com os dados apresentados, mostrando, pelo menos, o não protagonismo das questões metodológicas ao grosso das recentes teses de sociologia no Brasil. Igualmente, o fato de muitas apresentarem, de acordo com nossos dados, seus sumários por uma estruturação de “teoria e campo concomitantemente” não significa que estes aspectos estejam reflexionados concatenadamente ao longo dos textos. Em muitas situações, localizamos estruturas “soltas” justamente pelo aspecto plenamente notado em nossa pesquisa de que muitas teses não possuem a apresentação de uma metodologia pontuada, dificultando a localização dos argumentos sustentados, o que inviabiliza um possível melhor acesso ao material, sobretudo por parte daqueles que não são da área sociológica e que não tramitam pelo campo semântico aí compartilhado. Paralelamente, dizer que uma tese tem um capítulo ou subtópico metodológico não significa que o leitor irá nele encontrar os passos adotados na investigação do autor. Em muitas teses, encontramos reconstructos sobre o que outros autores entendem por metodologia ou por métodos e técnica, porém sem o autor da tese em tela angular seu trabalho ao que está referenciando de outros autores. De forma semelhante, dizer o autor da tese no capítulo metodológico que realiza uma técnica de análise, como uma análise de conteúdo ou discurso, por exemplo, tampouco significa que este o faça quando chega à altura da análise dos dados, ficando a técnica de análise como uma mera citação ao longo de um trecho isolado do trabalho, sem uma aplicação explicitada. Desta forma, para além de todas as observações feitas sobre os impactos de gênero, região, nota CAPES, dentre outros, concluímos que os aspectos metodológicos das teses analisadas apresentam-se de forma tímida e com pouca ênfase face à escrita dos trabalhos de conclusão de curso de doutorado em sociologia no Brasil.

Material suplementar
Referências
BOURDIEU, Pierre (2007), O poder simbólico. 14 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
BRASIL. Ministério da Educação. CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Disponível em: http://www.capes.gov.br/.
BUTLER, Judith. (2010), Actos performativos y constitución del género: un ensayo sobre fenomenología y teoría feminista. Debate feminista, n. 18, pp. 296-314.
CORDEIRO, Marina. (2015), O tempo desigualmente distribuído: gênero e carreira acadêmica entre cientistas sociais. Paper apresentado na ABET, ano, local, p. 367-399.
GUEDES, Moema; AZEVEDO, Nara; FERREIRA, Luiz Otávio. (2015), “A produtividade científica tem sexo? Um estudo sobre bolsistas de produtividade do CNPq”. Cadernos Pagu, v. 45.
PEIRANO, Mariza. (1995), A Favor da Etnografia. Rio de Janeiro: Dumará.
SANTOS, Vívian. (2012), Sobre mulheres, laboratórios e fazeres científicos na terra da Luz. Tese de Doutorado em Sociologia – Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.
TOSTE, Verônica; CANDIDO, Maria Rangel. (2016), “A voz das ciências sociais é masculina?”. Revista Escuta, online. Disponível em: https://revistaescuta.wordpress.com/2016/03/24/a-voz-das-ciencias-sociais-e-masculina/. Acesso em: 19 de Junho de 2018.
Notas
Notas
[1] Variável nominal criada a partir de categorias nativas, isto é, as categorias da presente variável foram extraídas a partir de uma sub-amostra da amostra geral de nossa pesquisa, em que analisamos por um estudo exploratório as temáticas mais recorrentes nas teses antes de começarmos o trabalho propriamente dito. Assim temos: “Temática Central da Tese”: 1. Arte/Cultura; 2. Economia/Consumo; 3. Criminalidade/Violências; 4. Educação; 5. Gênero/Sexualidades; 6. Identidades/Migrações; 7. Juventudes/Envelhecimento; 8. Participação Política; 9. Religião; 10. Saúde; 11. Sociologia Jurídica; 12. Ciências e Tecnologias; 13. Teses Teóricas/Intelectualidades/Pensamento Social; 14. Trabalho; 15. Ruralidades/Urbanidades/ Meio Ambiente; 16. Instituições; 17. Outros.
[2] A segunda universidade que mais produz teses no tema “Intelectualidades/ Pensamento Social/Teses Teóricas” localiza-se no Centro-Oeste, nota CAPES 6, com 9 teses.

Gráfico 01
Ênfase Metodológica x Sexo.
Elaboração Própria.

Gráfico 02
Intercâmbio x Nota CAPES.
Elaboração Própria.
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