Ensayos fotográficos

Queijo Serrano, arte e ciência em marca registrada: a fábrica de Anéris e Brenno (Brasil)*

Queso Serrano, arte y ciencia en marca registrada: la fábrica de Anéris y Brenno (Brasil)

Serrano cheese, art and science in a trademark: Anéris and Brenno’s factory (Brazil)

Claudia Ribeiro
Doutora e pesquisadora em pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil (UFRGS). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil

Queijo Serrano, arte e ciência em marca registrada: a fábrica de Anéris e Brenno (Brasil)*

Revista Latinoamericana de Antropología del Trabajo, vol. 5, núm. 10, 2021

Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas

Los autores conservan sus derechos

Resumo: Esta contribuição resgata cotidiano de longevos criadores campesinos de gado bovino nas pastagens autóctones dos Campos de Cima da Serra, com reconhecida ciência no ofício de elaboração de queijos de altitude do sul do Brasil a partir de leite cru, em contexto de pesquisa etnográfica. A respectiva observação participante consistiu na imagética descrição da específica tarefa de confecção do queijo Serrano e de várias outras, registrando o conjunto de afazeres em específica paisagem.

Palavras-chave: Antropologia Visual, Desenvolvimento Rural, Memória. Paisagem, Patrimônio.

Resumen: Esta contribución rescata el cotidiano de campesinos longevos que crían ganado bovino en los pastizales autóctonos de los Campos de Cima da Serra, con reconocida ciencia en el oficio de la elaboración de quesos de altitud al sur de Brasil a partir de leche cruda, en contexto de investigación etnográfica. La respectiva observación participante ha consistido en la descripción por imágenes de la tarea específica de elaboración del queso Serrano y varias otras, registrando el conjunto de tareas en paisaje específico.

Palabras clave: antropología visual, desarrollo rural, memoria, paisaje, patrimonio.

Abstract: This contribution reclaims the daily life of long-lived peasant cattle breeders in the native pastures of the Campos de Cima da Serra region, with recognized scientific expertise in the craft of making mountain cheeses from raw milk in southern Brazil, in the context of ethnographic research. The respective participant observation consisted of an imagistic description of the specific task, among others, of making Serranocheese, recording the taskscape in a specific landscape.

Keywords: Visual Anthropology, Rural Development, Memory, Landscape, Heritage.

“Todo verdadeiro conhecimento provoca redemoinhos. Nadar a tempo contra o vórtice da corrente. Tal como na arte, o decisivo é: escovar a natureza a contrapelo.”. (Walter Benjamin, 1999, 843, versão livre).

Ao ar livre eu sentia frio, apesar de o outono sulino brasileiro estar recém em seu princípio nesta tarde de abril de 2013. Estou já há algum tempo no interior da casa, mista de madeira de araucária com materiais mais obviamente modernos, como sabem ser nesta região dos Campos de Cima da Serra as moradias mais antigas. No distrito de Criúva, em contato inicialmente recomendado por funcionários da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Caxias do Sul, a longeva propriedade familiar revela-se ao longo da pesquisa como bem representativa da rarefeita habitação na paisagem dos distritos deste município que se localizam nos emicamente ditos “campos”: em altitude próxima aos 1000 metros, aninha-se neste particular relevo dobrado, apresentando predominância de pastagens naturais (não raro muito pedregosas), com algumas manchas de araucárias e abundância de zonas úmidas, sinalizadas tanto pela vegetação característica de banhados, quanto pelos espelhos d’água de pequenos açudes que se avistam por todo o lado. Por sua fala, antes mesmo de vê-la, entendo Anéris da Silva Ramos pela primeira vez, com seu pronunciamento irrompendo em meio ao relato que seu marido Brenno Telles Ramos começava a proferir. Não aparentando constrangimentos, ela dispensa apresentações: por volta dos setenta anos na época, 10 menos do que Brenno, Anéris está nessa sua casa há cinco décadas. Escutando o que ela enuncia de pronto sobre a penosidade da vida e a respeito da sensação de abandono que sentem ali, de chofre realizo que ela tem muito a dizer, embora não seja normalmente a pessoa procurada para isso. Explico assim a gênese de mútua relação de confiança, a partir da qual essa família passa a me acolher generosamente em sua casa, desde o princípio de meus estudos de pós-graduação até os dias de hoje. Um especial vínculo, de papel fundamental no trabalho realizado desde 2011, realizado com os campesinos habitantes desta região. Se os relatos iniciais são gravados em áudio, no ano seguinte principio os registros fílmicos. Neste primordial reconhecimento, Brenno prontamente declara-me que eles não têm vontade nenhuma de manejar a câmera: esta tarefa seria mesmo só minha. Na imediata sequência, professoral, corrigiu as minhas intenções de circunscrição temática. Ele determinou que eu acompanhasse e registrasse tudo o que eles faziam, e não somente a sua magistral confecção deste particular queijo de leite cru, como era a minha intenção inicial. “Pode registrar tudo”, enunciou ele, explicando que nunca se achou fazendo nada de errado, nem mesmo quando foi multado por queimar áreas de campo nativo. Sua explicação a respeito da atitude foi muito simples e direta: “alguém tem que enfrentar um pouco a situação das coisas”. Em sua decisão ele me dava a notícia de âmbito de ciência maior e complexo a ser compreendido, impressão ampliada ao final dessa visita, percorrendo o conjunto de guardados do qual Anéris é operosa construtora e guardiã. O acionamento do museu doméstico nesse dia de 2013, como de hábito nas muitas visitas que a família recebe, trouxe a primeira imagem do ensaio fotográfico apresentado nesta publicação. Quase no verão de 2014 segui o acertado: no mês de outubro com eles metódica e detalhadamente registrei grande parte de seu cotidiano. Foram Anéris e Brenno que me guiaram na atenção à complexidade em torno da confecção do queijo Serrano, a partir de sua ciência, em conexão com longevo trabalho intergeracional, artisticamente por eles conduzido nos últimos 50 anos. Especifica e provocativamente constituíram essas fotografias o episódio Vida Cotidiana, do longa metragem Desejos em Paisagens Serranas. Como um dos resultados desse encontro, a sequência se mostra em continuação, em forma pelo casal aprovada. Em contexto etnográfico de caráter interdisciplinar foi neste modo ‘dado a ver’ a poética e do conjunto de afazeres (taskscape) da paisagem do lugar, conforme Berque (2014) e Ingold (2000). Ação de conhecimento, na qual minha procura atentou às possibilidades de entender imagens do ângulo particular deste específico “mundo de visão” de acordo à noção de Viveiros de Castro e Goldman (2012), sobretudo ‘com os habitantes do lugar’ (Ribeiro, 2018). Nos termos benjaminianos, a presente narrativa abandona o método histórico e opera dialeticamente de acordo a viés político, esforçando-se em acompanhar o caminho empreendido por essas pessoas. Deliberado e consciente trajeto no espaço e no tempo, o qual digo ser um dos contundentes aspectos das lutas emancipatórias emergentes desta paisagem: uma ultrapassagem da ideologia do progresso, por intermédio da criação de eventos nos quais as tarefas de suas vidas são ciosamente refletidas. Como nas coisas bem cuidadas contidas no museu de Anéris, estas registradas imagens de seus afazeres podem sair da prateleira e voltar a funcionar na prática, embasando teoricamente o trabalho dos habitantes dessa paisagem em outra configuração. Aguardam elas apenas outro tempo e entendimento, para que possam explodir o perigo normativo que se encontra em voga.

Queso Serrano, arte y ciencia en marca registrada: la fábrica de Anéris y Brenno (Brasil)1.

“Todo verdadero conocimiento provoca remolinos. Nadar a tiempo contra el torbellino de la corriente. Como en el arte, lo decisivo es: cepillar la naturaleza a contrapelo. <Gº20>”.(Walter Benjamin, 1999: 843, versión libre).

Al aire libre, yo sentía frío, pese a que el otoño del sur de Brasil recién inicia en esta tarde de abril de 2013. Estoy ya hace algún tiempo dentro de la casa, mezcla de madera de araucaria con materiales más evidentemente modernos, como suelen ser en esta región de los Campos de Cima da Serra las viviendas más antiguas. En el distrito de Criúva, en contacto inicialmente recomendado por empleados de la Secretaría Municipal de Agricultura, Pecuaria y Suministro de Caxias do Sul, la longeva propiedad familiar se revela a lo largo de la investigación como bastante representativa de las escasas habitaciones en el paisaje de los distritos de esta municipalidad que se ubican en los “campos”, dicho émicamente. En altitud cercana a los 1.000 metros, se anida en este particular relieve plegado, presentando predominancia de pastos naturales (muchas veces pedregosos) con algunas manchas de araucarias y abundancia de zonas húmedas, indicadas tanto por la vegetación característica de ciénagas como por los espejos de agua de pequeñas represas que se avistan por todas partes. Por su habla, antes aún de verla, entiendo a Anéris da Silva Ramos por primera vez, con su discurso irrumpiendo en medio el relato que su esposo Brenno Telles Ramos empezaba a hacer. Sin timidez aparente, ella dispensa presentaciones: con aproximados setenta años en aquella época, 10 menos que Brenno, Anéris está en esa casa hace cinco décadas. Escuchando lo que ella dice de pronto sobre las penas de la vida y la sensación de abandono que allí sienten, de repente percibo que tiene mucho que decir, aunque normalmente no sea la persona que buscan para esto. Explico de esta forma la génesis de la mutua relación de confianza a partir de la cual esta familia pasó a recibirme generosamente en su casa, desde el principio de mis estudios de posgrado hasta los días de hoy. Es un vínculo especial, que tuvo un rol fundamental en el trabajo realizado desde 2011 con los habitantes campesinos en esta región. Los relatos iniciales fueron grabados en audio, y al año siguiente inicié los registros en vídeo. En este reconocimiento primordial, Brenno en seguida me declara que ellos no tienen ningún deseo de manejar la cámara: esta tarea sería realmente solo mía. Inmediatamente después, con aire profesoral, corrigió mis intenciones de circunscripción temática. Él determinó que yo acompañara y registrara todo lo que ellos hacían, no solamente su excelente elaboración de este particular queso de leche cruda, como era mi intención inicial. “Puedes registrarlo todo”, declaró, explicando que nunca le pareció haber hecho nada equivocado, ni siquiera cuando fue multado por quemar áreas de pastizal nativo. Su explicación sobre esa actitud fue muy simple y directa: “alguien tiene que enfrentar un poco la situación de las cosas”. En su decisión, él me informaba su ámbito de conocimiento mayor y complejo que debía ser comprendido, impresión amplificada al final de esta visita, recorriendo el conjunto de objetos guardados del cual Anéris es laboriosa constructora y guardiana. El accionamiento del museo doméstico en ese día de 2013, como suele ocurrir en las muchas visitas que la familia recibe, trajo la primera imagen del ensayo fotográfico presentado en esta publicación. Cerca del verano de 2014, seguí lo acordado: en el mes de octubre, con ellos, registré metódica y detalladamente gran parte de su cotidiano. Fueron Anéris y Brenno los que me guiaron en la atención a la complejidad de la elaboración del queso Serrano, a partir de su ciencia, en conexión con un trabajo longevo intergeneracional, conducido artísticamente por ellos en los últimos 50 años. Específica y provocadoramente, estas fotografías constituyeron el episodio Vidacotidiana, del largometraje Deseos en paisajesserranos. Como uno de los resultados de ese encuentro, la secuencia se muestra a continuación, en la forma aprobada por el matrimonio. En contexto etnográfico de carácter interdisciplinario: de esta manera se «dio a ver» la poética y el conjunto de tareas (taskscape) del paisaje del lugar, según Berque (2014) e Ingold (2000). Acción de conocimiento en el cual mi búsqueda estuvo atenta a las posibilidades de entender imágenes desde el ángulo particular de este específico “mundo de visión”, según la noción de Viveros de Castro y Goldman (2012), principalmente ‘con los habitantes del lugar’ (Ribeiro, 2018). En los términos benjaminianos, la narrativa presente abandona el método histórico y opera dialécticamente según un sesgo político, esforzándose por acompañar el camino emprendido por esas personas. Deliberado y consciente trayecto en el espacio y en el tiempo, el cual digo que es uno de los contundentes aspectos de las luchas emancipatorias emergentes de este paisaje: superar la ideología del progreso mediante la creación de eventos en los cuales las tareas de sus vidas sean cuidadosamente reflejadas. Como en las cosas bien cuidadas que se encuentran en el museo de Anéris, estas imágenes registradas de sus quehaceres cotidianos pueden salir del aparador y volver a funcionar en la práctica, como base teórica del trabajo de los habitantes de ese paisaje en otra configuración. Apenas aguardan otro tiempo y entendimiento, para que puedan detonar el peligro normativo que se encuentra en boga.

Serrano cheese, art and science in a trademark: Anéris and Brenno’s factory (Brazil)2.

“All true insight forms an eddy. To swim in time against the swirling direction of the stream. Just as in art, the decisive thing is: to brush nature against the grain. <Gº20>”. (Walter Benjamin, 1999, 843).

I was feeling cold sitting in the open air, although the southern Brazilian autumn was just beginning on this afternoon in April 2013. Now, I have been in the house for some time now, a mix of araucaria timber and more obviously modern materials, as the oldest houses in the Campos de Cima da Serra region know how to be. In the district of Criúva, at a contact initially recommended by employees of the Caxias do Sul Municipal Secretariat of Agriculture, Livestock and Supply, the long-lived family property reveals itself to be, over the course of this research, highly representative of the rarefied dwellings in the landscape of the districts of this municipality that are located in the so-called “fields” at an altitude close to 1000 meters, nestling in this particular folded relief, with a predominance of natural pastures (often very stony), with patches of araucaria and an abundance of wetlands, signaled both by the characteristic vegetation, as well as the reflections from the ponds formed behind the small dams dotted across the countryside. By her voice, even before seeing her, I understand Anéris da Silva Ramos for the first time, with her speech bursting through the story her husband Brenno Telles Ramos had begun to tell. Showing no constraints, she needs no introduction: around seventy years old at the time, 10 years younger than Brenno, Anéris has been in this house of hers for five decades. Listening to what she immediately declares about the hardship of life and about the feeling of abandonment they feel there, I suddenly realize she has a lot to say, although she is not normally the person whose opinion is sought. I thus explain the genesis of a relationship of mutual trust, based on which this family generously welcomes me into their home, from the beginning of my postgraduates studies to the present day. A special bond, with a key role in the work conducted since 2011 with the peasants inhabiting this region. While the first reports are recorded in audio, the following year I begin the film records. In this primordial recognition, Brenno promptly declares to me that they have no desire to handle the camera: this task would really be mine alone. Immediately after, professorial, he corrected my intentions of thematic circumscription. He determined that I should accompany them and record everything they did, and not only their masterful making of this particular raw milk cheese, as was my initial intention. “You can record everything,” he said, explaining that he never thought himself doing anything wrong, even when he was fined for burning areas of rangelands. His explanation of the attitude was very simple and straightforward: “someone has to stand up to the situation a bit”. His decision informed me of a larger and more complex sphere of science to be understood, a broader impression at the end of this visit, covering the set of belongings of which Anéris is an industrious builder and guardian. The activation of the home museum on that day in 2013, as is customary in the many visits that the family receives, provided the first image of this photographic essay. Almost in the summer of 2014, I followed what was agreed: with them in October, I methodically and in detail I recorded a large part of their daily lives. It was Anéris and Brenno who guided me through the complex process involved in the making of Serrano cheese, based on their science, together with long-lived inter-generational work, artistically conducted by them over the past 50 years. These photographs specifically and provocatively constituted the episode Daily Life, from the feature film Desejos em Paisagens Serranas (Desires in Serrano Landscapes). The sequence of pictures displayed below, in the form approved by the couple, is one of the results of this meeting. In an ethnographic context of an interdisciplinary character, in this way ‘disclosed to the eyes’ the poetics and taskscape of the local landscape, according to Berque (2014) and Ingold (2000). The act of knowing, in which my search focused on the possibilities of understanding images from the particular angle of this specific “world of vision” according to the notion of Viveiros de Castro and Goldman (2012), especially ‘with the dwellers’ (Ribeiro, 2018). In Benjamin’s terms, the present narrative abandons the historical method and operates dialectically according to political bias, striving to follow the path undertaken by such persons. A deliberate and conscious journey in space and time, which I say is one of the most striking aspects of the emancipatory struggles emerging from this landscape: an overcoming of the ideology of progress, through the creation of events in which the tasks of their lives are conscientiously reflected. As with the well-cared-for things held in the Anéris museum, these recorded images of their tasks can leave the shelf and return to work in practice, theoretically basing the work of the inhabitants of this landscape in another set up. These images just wait for another time and understanding, so they can sweep away the fashionable normative threat.

Selo de queijo utilizado pelo pai de Brenno. Sello de queso usado por el padre de Brenno. Cheese label used by Brenno’s father.
Figura 1.
Selo de queijo utilizado pelo pai de Brenno. Sello de queso usado por el padre de Brenno. Cheese label used by Brenno’s father.

O café da tarde. La merienda. Afternoon coffee.
Figura 2.
O café da tarde. La merienda. Afternoon coffee.

Recolhendo o gado. Reuniendo el ganado. Herding the cattle.
Figura 3.
Recolhendo o gado. Reuniendo el ganado. Herding the cattle.

Casa do queijo, final da rotina diária. Casa del queso, final de la rutina diaria. Cheese house, the end of the daily routine.
Figura 4.
Casa do queijo, final da rotina diária. Casa del queso, final de la rutina diaria. Cheese house, the end of the daily routine.

Quem faz força é Brenno. Quien hace fuerza es Brenno. Brenno uses his strength.
Figura 5.
Quem faz força é Brenno. Quien hace fuerza es Brenno. Brenno uses his strength.

Preparando o coador para a ordenha de amanhã. Preparando el colador para la ordeña de mañana. Preparing the cloth strainer for the morning’s milking.
Figura 6.
Preparando o coador para a ordenha de amanhã. Preparando el colador para la ordeña de mañana. Preparing the cloth strainer for the morning’s milking.

Anéris desmonta o cincho. Anéris desarma el cincho. Anéris dismantles the mold.
Figura 7.
Anéris desmonta o cincho. Anéris desarma el cincho. Anéris dismantles the mold.

O coalho da manhã já tem formato de queijo. El cuajo de la mañana ya tiene formato de queso. The morning curd is already cheese-shaped.
Figura 8.
O coalho da manhã já tem formato de queijo. El cuajo de la mañana ya tiene formato de queso. The morning curd is already cheese-shaped.

Virando no cincho o queijo de hoje. Transformando en cincho el queso de hoy. Turning today’s cheese into the mold.
Figura 9.
Virando no cincho o queijo de hoje. Transformando en cincho el queso de hoy. Turning today’s cheese into the mold.

Anéris preparou, Brenno finaliza. Anéris lo ha preparado, Brenno lo finaliza. Anéris prepared it, Brenno finished up.
Figura 10.
Anéris preparou, Brenno finaliza. Anéris lo ha preparado, Brenno lo finaliza. Anéris prepared it, Brenno finished up.

O sal grosso é um segredinho. La sal gruesa es un pequeño secreto. Coarse salt is a little secret.
Figura 11.
O sal grosso é um segredinho. La sal gruesa es un pequeño secreto. Coarse salt is a little secret.

Massa já firme para receber o sal em um dos lados. La masa, ya firme para recibir la sal en uno de los lados. Body already firm to receive salt on one side.
Figura 12.
Massa já firme para receber o sal em um dos lados. La masa, ya firme para recibir la sal en uno de los lados. Body already firm to receive salt on one side.

O queijo de anteontem saiu da salmoura de manhã e foi para a prateleira. El queso de anteayer salió de la salmuera por la mañana y pasó al aparador. The two-day old cheese removed from the brine in the morning and placed on the shelf.
Figura 13.
O queijo de anteontem saiu da salmoura de manhã e foi para a prateleira. El queso de anteayer salió de la salmuera por la mañana y pasó al aparador. The two-day old cheese removed from the brine in the morning and placed on the shelf.

O queijo de hoje passará a noite no cincho. El queso de hoy pasará la noche en el cincho. Today’s cheese will spend the night into the mold.
Figura 14.
O queijo de hoje passará a noite no cincho. El queso de hoy pasará la noche en el cincho. Today’s cheese will spend the night into the mold.

O queijo de ontem vai para a salmoura. El queso de ayer pasa a la salmuera. The day-old cheese goes in the brine.
Figura 15.
O queijo de ontem vai para a salmoura. El queso de ayer pasa a la salmuera. The day-old cheese goes in the brine.

Anéris guarda os especiais, já com dois meses. Anéris guarda los especiales, ya con dos meses. Anéris cares for the specials ones, already two months old.
Figura 16.
Anéris guarda os especiais, já com dois meses. Anéris guarda los especiales, ya con dos meses. Anéris cares for the specials ones, already two months old.

3,9 quilos, quase um queijo de verão. 3,9 kilos, casi un queso de verano. 3,9 kilos, almost a summer cheese.
Figura 17.
3,9 quilos, quase um queijo de verão. 3,9 kilos, casi un queso de verano. 3,9 kilos, almost a summer cheese.

Um tempo no jardim e na horta. Un tiempo en el jardín y en el huerto. Time in the garden and the vegetable patch.
Figura 18.
Um tempo no jardim e na horta. Un tiempo en el jardín y en el huerto. Time in the garden and the vegetable patch.

Bezerrinhos fechados no galpão. Terneritos encerrados en el galpón. Calves locked in the barn.
Figura 19.
Bezerrinhos fechados no galpão. Terneritos encerrados en el galpón. Calves locked in the barn.

Os outros animais ficam do lado de fora. Los otros animales quedan del lado de afuera. The other animals remain outside.
Figura 20.
Os outros animais ficam do lado de fora. Los otros animales quedan del lado de afuera. The other animals remain outside.

Referências/ Cita/ References

Benjamin, W., & R. Tiedemann (1999) The arcades project. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University.

Berque, A. (2014). Poétique de la Terre. Histoire naturelle et histoire humaine, essai de mésologie. Paris: Éditions Belin.

Ingold, T. (2000). The Perception of the Environment. Essays on livelihood, dwelling and skill. London and New York: Taylor & Francis e-Library.

Ribeiro, C. (2018). Desejos Serranos: a emancipação de uma paisagem nos Campos de Cima da Serra, Rio Grande do Sul, Brasil. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Rural) — Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre.

Viveiros de Castro, E.; Goldman, M. (2012). Introduction to Post-Social Anthropology. Networks, multiplicities, and symmetrizations. HAU: Journal of Ethnographic Theory 1 (2), 421–433.

Notas

* Pesquisa realizada com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1 Investigación realizada con el apoyo de la Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) y del Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Versión en español por SIM Traduções, revisada por la autora.
2 Research conducted with the support of the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) and the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). English version by Timothy Donovan, reviewed by the author.

Información adicional

ARK: ark:/s25912755/g5ak9nomk

HTML generado a partir de XML-JATS4R por