
Recepção: 29 Março 2018
Aprovação: 11 Junho 2018
DOI: https://doi.org/10.5585/ExactaEP.v17n4.8519
Resumo: A Economia Circular (EC) é uma abordagem de foco atual que contempla uma série de ações, como redução de desperdícios, reutilização de recursos naturais e produtivos e reciclagem de materiais. O presente estudo teve por objetivo explorar as vantagens, barreiras e estratégias para EC. Foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados Science Direct, Scopus e Web of Science. Foram analisados 54 estudos, a partir da aplicação de procedimentos de filtragem e ordenação de artigos. Como resultado, observou-se que a EC é um conceito relevante e aplicável nas empresas, em decorrência de suas vantagens econômicas, ambientais e sociais almejadas, contudo, sua aplicação é complexa, demanda tempo e engloba uma diversidade de barreiras estruturais, econômicas, sociais e políticas. Os principais agentes inseridos em EC são clientes, colaboradores e fornecedores da empresa interessada, governo, pesquisadores institucionais e sociedade.
Palavras-chave: Economia Circular, Sustentabilidade, Gestão ambiental.
Abstract: Circular Economy (CE) is a current focus approach, which contemplates a series of actions, such as reduction of waste, reuse of natural and productive resources and recycling of materials. The present study aimed to explore the main advantages, barriers and strategies for CE. A systematic literature review was conducted using the Science Direct, Scopus and Web of Science databases. We analyzed 54 studies, from the application of a procedure of filtering and qualification of articles. As a result, it can be observed that the Circular Economy is a reality in the current organizational context, due to its economic, environmental and social advantages. However, its application is complex, time consuming and encompasses a diversity of structural, economic, social and legislative barriers, among others. In CE the main agents are the customers, employees and industry suppliers, as well as, government, institutional researchers and society.
Keywords: Circular Economy, Sustainability, Environmental Management.
1. Introdução
Com o aumento da população nos centros urbanos e intensificação da produção nas empresas, a quantidade de resíduos gerados no ambiente aumentou-se expressivamente (Luo, 2014). A presença de resíduos também é um indicativo do uso ineficiente de matérias primas e de mecanismos falhos na gestão ambiental (Yaduvanshi; Myana; Krishnamurthy, 2016).
Com o intuito de encontrar meios para minimizar impactos ambientais, advindos da elevada proporção de resíduos gerados e descartados no ambiente sem devidos tratamentos, surgem inúmeras abordagens e práticas para desenvolvimento sustentável, uma delas, a de Economia Circular.
Em uma economia tradicional, denominada de Economia Linear, as matérias primas são extraídas do ambiente, transformadas em produtos e, após atingirem o fim do ciclo de vida, são descartados como resíduos. Por sua vez, em uma Economia Circular, de modo a eliminar desperdícios, ocorre o alongamento da vida dos produtos e/ou reinserção destes nos sistemas produtivos (Kane; Bakker; Balkenende, 2017).
A aplicação do conceito de Economia Circular (EC) abrange os Princípios 3R (Redução de desperdícios, Reutilização de recursos e Reciclagem de materiais) e, deste modo, tende a apresentar resultados promissores nos pilares ambiental, econômico (Heshmati, 2015) e social (Esa; Halog; Rigamonti, 2017).
Na literatura, constatou-se que as vantagens, barreiras e estratégias para EC não estão totalmente explícitas em um mesmo estudo. Tratando-se de uma abordagem de foco atual, as contribuições científicas que visam explorar esses três aspectos admitem relevâncias, pois fornecem subsídios para compreensão e maior eficácia na aplicação do conceito de EC.
Diante do exposto, o presente estudo teve por objetivo explorar as vantagens, barreiras e estratégias para EC. Para alcance deste objetivo foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados Science Direct, Scopus e Web of Science, adotando-se uma única combinação de palavras (“Circular Economy” and “Industry. and .Sustainability”).
As hipóteses do estudo são: i) Há carência de estudos sobre EC aplicados em organizações do Brasil, e; ii) Vantagens, barreiras e estratégias de EC não se encontram claramente agrupadas e explícitas em um mesmo estudo.
O estudo está estruturado em cinco seções. Na primeira seção, a pesquisa foi contextualizada e o seu objetivo foi apresentado. Na segunda seção apresenta-se o referencial teórico, que trata da sustentabilidade em um contexto macro e da Economia Circular. Na terceira seção encontra-se a metodologia de pesquisa. Posteriormente, os resultados são discutidos. Por fim, na quinta seção estão as considerações finais.
2. Referencial teórico
Elkington (1994) criou e definiu o termo “Triple Bottom Line”, que se refere ao conceito de sustentabilidade. Conforme o autor, sustentabilidade é o equilíbrio entre os pilares ambiental, econômico e social das atividades desenvolvidas pelos seres humanos no planeta. De acordo com Hawken (1994), as atividades humanas executadas em um sistema produtivo e comercial necessitam estar alinhadas ao pensamento sustentável.
Enquanto alguns pesquisadores dão prioridade a certo(s) pilar(es) da sustentabilidade, outros incluem os três pilares em macro abordagem. Na concepção de Żak (2015), o objetivo da sustentabilidade é de favorecer a integração e o alcance de desempenho ambiental, social e econômico, a partir do cumprimento de ações executadas nas organizações.
No decorrer dos anos, surgiram-se diversas abordagens ambientais que foram essnciais para o progresso da sustentabilidade. Elkington (1999) em seu estudo descreve essas abordagens:
· Impactos ambientais e consumo de recursos naturais necessitam ser limitados;
· Tecnologias de produção e desenvolvimento de novos produtos são necessários, desde que sejam sustentáveis, e;
· O desenvolvimento sustentável exigirá alterações profundas nas organizações e em seus processos produtivos.
Outros conceitos também foram criados como o “Cradle to Cradle” (Do Berço ao Berço), cujo um produto após atingir sua finalidade e tempo de utilização, este não é descartado em forma de rejeito, pelo contrário, seus componentes retornam aos Ciclos anteriores de Vida do Produto (McDonough; Braungart, 2002).
Baseando-se nas abordagens mencionadas, isto é, aumento de interesses no crescimento verde e sustentável pela sociedade e instituições governamentais, crescente preocupação com as mudanças climáticas, bem como o desenvolvimento de tecnologias e melhoria de processos, tem-se muito discutido sobre a gestão adequada de recursos e de resíduos aliada aos ganhos financeiros e sociais, por meio do conceito de Economia Circular (EC) (Clark et al., 2016).
Na perspectiva de Żak (2015) é possível uma organização se tornar sustentável desde que sejam integrados, em um sistema, conjuntos de recursos financeiros, produtivos, entre outros, e de participações de pessoas, como funcionários, fornecedores e consumidores finais de uma organização, comunidades locais e representantes governamentais. Sendo assim, torna-se necessário a articulação de ações eficientes por parte dessas pessoas, entidades e instituições para alavancar o desenvolvimento sustentável em um país.
Murray, Skene e Haynes (2017) definem EC como um modelo que visa o reprocessamento de resíduos e a realocação adequada de recursos, visando maximizar o ecossistema e garantir o bem estar humano, de modo que o pilar econômico também seja beneficiado. De acordo com Ellen MacArthur Foundation (2013), a EC é um sistema industrial que remete a restauração de produtos, mudanças nos usos de recursos naturais (conscientização sustentável, redução de desperdícios de recursos, usos de fontes alternativas e renováveis de energia, entre outras), e reaproveitamento de resíduos ou fabricação de produtos por meio de resíduos gerados pela indústria.
Diferentemente de um modelo de Economia Linear, cujas operações são: Extrair as matérias primas da natureza; Transformar as matérias primas em produto, por meio de usos de recursos naturais como água e energia elétrica; Descartar os resíduos das matérias primas gerados nos processos de extração, beneficiamentos, produção, entre outros, e Descartar o produto e seus resíduos após o consumo e término de sua vida útil; Um modelo de Economia Circular visa manter os componentes, materiais e produtos em seus mais elevados níveis de utilidade (maior durabilidade e/ou realocação e/ou reprocessamento dos mesmos) (Ellen MacArthur Foundation, 2015). Para Van Buren et al. (2016), um sistema circular permite criar valor sustentável, minimizar impactos ambientais e gerar crescimento econômico, simultaneamente.
Kirchherr, Reike e Hekkert (2017), por meio de revisão sistemática de literatura, analisaram 114 definições de Economia Circular (EC) e constataram variações de entendimentos acerca deste conceito. Diante do estudo, esses autores definem EC como: um sistema econômico que substituí o conceito de “end-of-life” (fim de vida do produto, utilizado em uma Economia Linear) por redução, reutilização, reciclagem e recuperação de materiais nos processos de extração, produção, distribuição e consumo destes.
Uma EC apresenta alguns princípios básicos, a destacar por Ellen MacArthur Foundation (2013): - Reduzir os desperdícios na produção e nos demais estágios da cadeia produtiva do produto; - Projetar e/ou otimizar o produto para o emprego de novos ciclos de reutilização; - Eliminar o descarte de resíduos gerados em toda cadeia do produto, e; Empregar recursos renováveis nos processos produtivos e de reutilização.
Em uma EC todos os agentes inseridos devem repensar quanto aos sistemas produtivos (etapas produtivas, modos de operacionalização, entre outros), consumo de produtos e gestão de resíduos, focando-se na criação de valor em toda cadeia do produto (Cucek et al., 2012; De Los Rios; Charnley, 2016).
3. Metodologia
O presente estudo foi elaborado a partir de uma revisão sistemática de literatura, seguindo os protocolos de Pagani, Kovaleski e Resende (2015), a destacar as seguintes etapas: - Definição de bases de dados bibliográficos para pesquisa; - Definição de combinação de palavras-chave; - Definição de critérios básicos de filtragens; - Execução de buscas por artigos nas bases de dados; - Eliminação de artigos em duplicidade e fora do escopo; - Ordenação de artigos por meio de analises dos valores de InOrdinatio da Methodi Ordinatio (Pagani; Kovaleski; Resende, 2015), e; Leituras de artigos selecionados.
As respectivas bases de dados consultadas, palavras-chave e critérios de buscas utilizados estão apresentados no Quadro 1.
Durante a execução de buscas nas bases optou-se por não delimitar o fator tempo (período de publicações), visando o acesso a todo conteúdo disponível e tendo em vista que o tema pesquisado é de certa forma atual.

Posteriormente, o resultado preliminar de artigos obtido foi submetido aos procedimentos de filtragem (eliminação de artigos em duplicidade e não compatíveis com o escopo de estudo, respectivamente), obtendo-se um portfólio de artigos.
Foi realizada a análise de valores de InOrdinatio da Methodi Ordinatio (Pagani; Kovaleski; Resende, 2015) no atual portfólio de artigos, que permitiu ordenar esses artigos por meio da relação fator de impacto, número de citações e ano de publicação.
Por fim, foram selecionados e analisados os artigos mais relevantes para o presente estudo e tendo como base os maiores valores de InOrdinatio.
4. Resultados e discussões
Na Tabela 1 estão os respectivos resultados obtidos em cada uma das três bases de dados, a Science Direct, Scopus e Web of Science.

O total de artigos obtido foi submetido aos procedimentos de filtragem, conforme apresenta a Tabela 2.

O portfólio de 66 artigos foi submetido ao cálculo e análise de valores de InOrdinatio e deste total, foram analisados 54 artigos, conforme justificativas expostas na Tabela 3. Os artigos selecionados estão descritos no Apêndice A.

Uma das informações de destaque é o ano de publicação de cada artigo. Pois, a partir da análise do período de publicações é possível constatar a atualidade do tema.

Nota-se que o início das publicações, limitado às palavras-chave utilizadas nesta pesquisa, ocorreu no ano de 2008 e admitiu expansão ao longo dos demais anos. De acordo Stahel (2016), os modelos de EC são conhecidos desde a década de 1970, contudo, somente recentemente é que adquiriram maior importância no cenário industrial, devido à escassez de recursos naturais para produção de bens, mudanças no comportamento dos consumidores, (maior preocupação com o ambiente) (Nobre e Tavares, 2017), bem como, o reconhecimento do valor de matérias primas desperdiçadas e danos irreversíveis ao meio ambiente (Kane; Bakker; Balkenende, 2017).
Diante dos dados expostos na Figura 1, nota- se que o tema em discussão é recente, tendo maiores índices de abordagens nos anos de 2017 (51,85%) e 2016 (22,22%), o que torna o presente estudo relevante, pois são discutidos aspectos atuais acerca da EC.
Na Tabela 4 são apresentados os artigos com maiores números de citações na literatura, por outros estudos.

Os artigos mais citados foram dos autores Mathews e Tan (2011), com 178 citações em outros trabalhos, Murray, Skene e Haynes (2017), com 109 citações, e Geissdoerfer et al. (2017), com 76 citações.
Matheus e Tan (2011) em seu estudo tratam de discussões práticas na China relativas às aplicações de iniciativas eco industriais rumo a uma Economia Circular.
Murray, Skene e Haynes (2017), por meio de abordagens teóricas mais consistentes, discutem sobre os conceitos, aplicabilidade e limitações da EC. Já Geissdoerfer et al. (2017) avaliaram as semelhanças existentes entre os termos Economia Circular e Sustentabilidade, de modo que seja verificada a efetividade da EC no contexto de gestão ambiental.
Do total de 54 artigos selecionados e analisados: 14 foram publicados no Journal of Cleaner Production; seis no Journal Sustainability; quatro no Journal Resources, Conservation and Recycling e no Journal Waste Management and Research; três no Journal Bioresource Technology, e; dois no Journal of Industrial Ecology e no Journal ACS Sustainable Chemistry and Engineering. Os Journals citados apresentam fator de impacto entre 1.789 e 5.840. Os demais artigos foram publicados em Journals distintos aos citados.
Do total de 54 artigos, 13 são de pesquisadores filiados às universidades do Reino Unido, sete da Itália, cinco da China e quatro da Espanha. Outros países admitiram representatividades em dois ou um artigo(s), a destacar Alemanha, Áustria, Brasil, Estados Unidos, Malásia, Suécia, Suíça, Dinamarca, entre outros.
A partir de análise qualitativa de artigos pôde-se identificar quais são as respectivas esferas da sustentabilidade priorizadas pelos pesquisadores em seus estudos (Figura 2).

Observou-se que a Economia Circular é relacionada, pela maior parcela dos pesquisadores, às esferas ambiental - econômico (42,59%), seguidas do foco ambiental (27,78%) e foco ambiental - econômico - social (tripé da sustentabilidade) (18,52%). De acordo com Heshmati (2015) a EC, por meio de seus princípios Redução, Reutilização e Reciclagem de materiais demonstra claramente os fortes vínculos com os pilares econômico e ambiental. Van Buren et al. (2016) relatam que o conceito de EC somente se tornou atraente a partir do momento em que análises econômicas atestaram os benefícios da gestão circular de recursos. Sendo assim, a integração de tais benefícios com a criação de valor ambiental, como preservação de recursos naturais não renováveis e redução de poluição, foram elementares para EC (Murray; Skene; Haynes, 2015).
Há carência de abordagens de EC focando-se no pilar social, também constatado por Murray, Skene e Haynes (2017) & Geissdoerfer et al. (2017). Tal fato justifica-se em decorrência de interesses econômicos, principalmente, ou ambiental, por parte dos envolvidos, e também pelo fato dos aspectos sociais não serem priorizados na elaboração de modelos de EC.
A Economia Circular tem maior foco ambiental e econômico, embora, reflete em vantagens nas três esferas da sustentabilidade, como descrito no Quadro 2.

É notório um maior número de vantagens para as esferas econômico e ambiental. Pode-se considerar que as vantagens econômicas são primordiais para alavancar as aplicações de modelos de EC (Van Buren et al., 2016). De acordo com Winning et al. (2017), uma EC deve melhorar a produtividade de recursos produtivos e reduzir o desperdício e a poluição no meio ambiente, principalmente.
Diante das vantagens explicitadas no Quadro 2, é possível observar que todos os envolvidos, direta ou indiretamente, na EC podem ser beneficiados: as indústrias podem reduzir seus custos relativos aos desperdícios de matérias primas, maximizar lucro com o processamento de resíduos de matérias primas ou reprocessamento de produtos em descarte, bem como, obter reconhecimento do consumidor por adotar princípios da sustentabilidade em seus processos; enquanto que o meio ambiente é beneficiado com a redução de impactos ambientais, como geração excessiva de resíduos, e; por consequência, a sociedade é contemplada com a geração de empregos e renda (Luo, 2014), e um ambiente mais sustentável e equilibrado para se viver.
Apesar das vantagens, surgem barreiras para aplicação de Economia Circular nas indústrias, de maneira geral, conforme descritas no Quadro 3.

Há maior incidência de barreiras econômicas e políticas, como a falta de recursos financeiros e falta de estímulos fiscais nas indústrias, o que resulta em menor aderência a aplicação do conceito de EC. É importante que a indústria identifique quais barreiras são mais impactantes, de modo que essas sejam gerenciadas adequadamente.
Nos estudos analisados foram extraídas as prováveis estratégias generalizadas de EC, como apresentadas no Quadro 4.

Há uma série de estratégias para Economia Circular. Tais estratégias não necessariamente serão aplicadas em uma mesma organização, no entanto, demonstram-se importantes para ganhos de desenvolvimento sustentável.
As estratégias mencionadas no Quadro 4 não substituem um procedimento de aplicação de EC.
Porém, complementam ações relativas ao procedimento adotado pela organização e pelos demais agentes envolvidos.
5. Considerações finais
A Economia Circular é uma realidade no atual contexto organizacional, em decorrência de suas vantagens econômicas, ambientais e sociais. No entanto, sua aplicação é complexa e envolve agentes, como cliente, funcionários da indústria, fornecedores, governo e sociedade.
No presente estudo foram exploradas as prováveis vantagens, barreiras e algumas das estratégias básicas para EC na organização. As esferas / pilares econômico e ambiental foram os que apresentaram maiores números de vantagens.
Há maior incidência de barreiras econômicas e políticas, enfatizando a falta de recursos financeiros aliada à falta de estímulos às indústrias.
Diante do estudo apresentado, é possível compreender melhor o conceito de EC, tendo em vista as discussões atuais acerca do assunto, elaboradas a partir de revisão sistemática de literatura. As vantagens e barreiras também podem ser facilmente entendidas.
Para alcance das vantagens mencionadas, é importante que as barreiras que inibem a aplicação da EC sejam superadas, e que um modelo de EC seja devidamente elaborado e ações conjuntas e estratégicas sejam executadas.
No Brasil há carências de estudos aplicados sobre o tema Economia Circular, focando-se no desenvolvimento sustentável em âmbito nacional.
Sugere-se a realização de pesquisas futuras que se propõem em discutir sobre as prevalências de vantagens e barreiras em contexto industrial prático, por meio de estudos de caso, bem como propostas e exemplificações de modelos de EC aplicáveis.
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APÊNDICE A





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