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Mapeando estudos em história da psicologia no Brasil: análise bibliométrica
Aline Fernandes Farias; Guilherme Santos Souza; Rhenato Vargas da Fonseca Silva;
Aline Fernandes Farias; Guilherme Santos Souza; Rhenato Vargas da Fonseca Silva; Aline Cavalheiro Sales; Paulo Coelho Castelo Branco; Fernando Polanco; Rodrigo Lopes Miranda
Mapeando estudos em história da psicologia no Brasil: análise bibliométrica
Mapping Studies in History of Psychology in Brazil: Bibliometric Analysis
Revista de Psicología, vol. 30, núm. 1, pp. 121-132, 2021
Universidad de Chile. Facultad de Ciencias Sociales
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Resumo: A História da Psicologia é considerada um campo de pesquisas, discussões, ensino e formação profissional, que tem se propagado e circulado, no Brasil e em outros países, a partir de várias manifestações culturais acadêmicas. Este artigo descreve e analisa produções brasileiras em História da Psicologia, segundo uma análise bibliométrica de artigos publicados de 1996 a 2019. Obtivemos 112 textos em que os dados foram categorizados em três grandes grupos: perfil dos autores; características da produção; e aspectos dos estudos. Os resultados indicam preponderância de autor principal feminino e, independentemente do gênero, há prevalência de doutores como primeiro autor, com predominante filiação institucional do Sudeste. As produções versam, principalmente, sobre temas como Educação, História dos Saberes Psicológicos e Política. Por fim, os resultados sugerem um uso pouco uniforme do termo “história da psicologia”, que vem ligado tanto a trabalhos propriamente historiográficos quanto a estudos que fazem “históricos” ou “introdução/conceitualização” de temáticas, bem como a ocorrência de títulos, resumos e palavras-chave pouco precisos.

Palavras-chave: análise bibliométricaanálise bibliométrica,bibliometriabibliometria,história da psicologiahistória da psicologia.

Abstract: The history of psychology is a field of research, debate, teaching, and professional training which has been circulating in Brazil and in other countries from several academic and cultural manifestations. This study describes and analyses Brazilian articles on the history of psychology published between 1996 and 2019. A total of 112 texts were categorized into three major groups, as follows: profile of authors, characteristics of the paper, and study aspects. Our results suggest a preponderance of female lead author. Regardless of gender, there is a prevalence of PhDs as the first author, with a predominant institutional affiliation from the Southeast of the country. These texts deal mainly with some themes, such as education, history of psychological knowledge, and politics. Finally, our results suggest that there is no homogeneity in the term “history of psychology”, which is connected to both historiographic works and studies that make “historical” or “introduction/conceptualization” of themes, as well as the occurrence of titles, abstracts and keywords that are not very precise.

Keywords: bibliometric analysis, bibliometrics, history of psychology.

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Mapeando estudos em história da psicologia no Brasil: análise bibliométrica

Mapping Studies in History of Psychology in Brazil: Bibliometric Analysis

Aline Fernandes Farias
Universidade Católica Dom Bosco, Brasil
Guilherme Santos Souza
Universidade Católica Dom Bosco, Brasil
Rhenato Vargas da Fonseca Silva
Universidade Católica Dom Bosco, Brasil
Aline Cavalheiro Sales
Universidade Católica Dom Bosco, Brasil
Paulo Coelho Castelo Branco
Universidade Federal do Ceará, Brasil
Fernando Polanco
Universidad Nacional de San Luis, Argentina
Rodrigo Lopes Miranda
Universidade Católica Dom Bosco, Brasil
Revista de Psicología, vol. 30, núm. 1, pp. 121-132, 2021
Universidad de Chile. Facultad de Ciencias Sociales

Recepção: 03 Março 2020

Aprovação: 21 Maio 2021

A história da psicologia é um campo de pesquisas, discussões, ensino e formação profissional, que tem se propagado e circulado, no Brasil e em outros países, a partir de várias manifestações e definições ( Araujo, 2017 ; Burman, 2017 ). Internacionalmente, por exemplo, os historiadores da psicologia têm debatido sobre os aspectos de sua disciplinarização (e.g., Barnes & Greer, 2016; Brock, 2016 ). Os pontos de debate têm sido variados, tais como a configuração de uma rede de “especialistas” em história da psicologia (Facchinetti, Silva, Castro, Capela, & Ferreira, 2017) e a pesquisa e a circulação de tais estudos ( Burman, 2018 ; Krampen, 2016 ). O primeiro mapeia características de psicólogos-historiadores vinculados à Rede Iberoamericana de História da Psicologia (RIPeHP), delineando um perfil geral daqueles pesquisadores interessados no campo e membros da referida rede. O segundo faz uma correlação entre o florescimento de histórias da psicologia e o estabelecimento de um campo disciplinar próprio, a história da psicologia. Para atingir tal objetivo, o autor faz uma análise das redes sociais de citação entre periódicos eminentemente ligados à história da psicologia disponíveis no PsycINFO®. Krampen (2016 ), por fim, mapeou publicações em história da psicologia, utilizando-se de duas bases de dados diferentes —PSYNDEX e PsycINFO®—, enfocando os países falantes de alemão em comparação com outros países, especialmente os Estados Unidos da América. Seus resultados indicam que as publicações em história da psicologia têm decaído, desde a década de 1990, em revistas gerais de psicologia. Assim, estudos recentes têm procurado compreender redes acadêmicas, características da produção e sua circulação vinculadas à história da psicologia.

No que concerne ao Brasil, estudos mais relacionados à história da psicologia foram desenvolvidos, a partir dos anos de 1970, sob o destaque de figuras como Antônio Gomes Penna e Isaías Pessotti; identificando-se, na década de 1980, uma tendência de pesquisas, publicações de obras e interlocução de diversos pesquisadores que culminaram na assunção de um campo mais organizado nas regiões do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais (Brožek & Massimi, 1998). Contudo, é a partir dos anos de 1990, que tal campo adquire contornos institucionais e políticos científicos mais específicos, ocasionando maiores preocupações em organizar critérios de pesquisa historiográfica e tecer ponderações acerca da formação de historiadores da psicologia. Essa visada está, pioneiramente, registrada na coletânea número 15 da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), publicada em 1996, com o tema História da Psicologia: pesquisa, formação, ensino (Campos, 1996), que celebra a fundação do Grupo de Trabalho (GT) em história da psicologia. Desde então, o campo de ensino e pesquisa em história da psicologia tem se fortalecido (Klappenbach & Jacó-Vilela, 2016). Por exemplo, atualmente, na ANPEPP, além do GT em história da psicologia, existe o GT em história social da psicologia. Além disso, em 2013, criou-se a Sociedade Brasileira de História da Psicologia e, por vários anos (2010 – 2017), o Brasil centralizou a organização da RIPeHP. Há, ainda, duas revistas específicas para História da Psicologia (Mnemosine e Memorandum: Memória e História em Psicologia), e outras com seções perenes destinadas ao campo — como, por exemplo, a Estudos e Pesquisa em Psicologia. Além disso, a institucionalização desse campo está acompanhada de reflexões sobre a sua história, consolidação e potencialidades futuras.

Com efeito, por um lado, têm-se indicativos de um declínio de produções internacionais de história da psicologia, em periódicos gerais; e, por outro, encontra-se um forte quadro de estabelecimento desse assunto no Brasil, a partir de um campo organizado. Assim, inspirado por Krampen (2016 ), este estudo objetivou descrever e analisar as produções brasileiras em história da psicologia, de 1996 a 2019, segundo uma perspectiva bibliométrica ( Klappenbach, 2017 ; Sáez-Ibáñez et al., 2018), para mapear o estado corrente de organização desse campo no Brasil. Esse período foi selecionado por compreender os 24 anos de funcionamento do GT de história da psicologia da ANPEPP, marco histórico do campo no país (Klappenbach & Jacó-Vilela, 2016).

Método

Trata-se de uma pesquisa bibliométrica, que se caracteriza pela análise de conhecimentos certificados, encontrados principalmente em artigos e livros revisados por pares. A partir destes últimos, são quantificados diferentes componentes dos quais uma série de estruturas gerais e dinâmicas da ciência podem ser observadas de forma sintética ( Klappenbach, 2017 ; Polanco, Beria, & Klappenbach, H., 2017; Polanco, Beria, Klappenbach & Ardila, 2020; Sáez-Ibáñez et al., 2018). Neste caso em particular, estimou-se identificar e sintetizar evidências na literatura vinculada à história da psicologia no Brasil como forma de ponderar o estado da temática e circulação atual, além examinar como esse campo está organizado no cenário nacional.

Delineou-se como fonte de pesquisa artigos indexados on-line e veiculados em periódicos científicos, identificados em uma das seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Todas as bases de dados referidas são indicadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), para seu processo de qualificação.

Para efetuar a busca nas bases de dados, foram delimitados três critérios de inclusão dos artigos: (1) o uso dos termos história da psicologia, historiografia da psicologia, Hhistória dos saberes psicológicos, história AND psicologia, historiografia AND psicologia e história das ideias AND psicologia, esboçados de acordo com explorações prévias conduzidas ao banco de descritores dos mencionados bancos de dados; (2) está assinado por autores vinculados, à época, a alguma instituição brasileira; e (3) ter sido publicado na integra entre 1996 e 2019, período que compreende a existência do GT de história da psicologia da ANPEPP, marco histórico do campo, no país. Foram excluídos os artigos que não apresentaram tais critérios, bem como, aqueles repetidos ou quando a filiação institucional dos autores não podia ser identificada.

Após a aplicação dos critérios descritos, a partir dos textos alcançados pelos termos de busca, houve uma leitura dos títulos, resumos e palavras-chave dos textos compilados. Em caso de dúvidas, o texto foi lido integralmente, com a finalidade de captar as informações pertinentes. Os textos incluídos após as buscas foram exportados e tabulados manualmente para a análise com o suporte das ferramentas de planilhas do Microsoft Excel e do Google Docs. Com base nisso, os juízes foram divididos em pares (subgrupo A e B) para este trabalho. Cada par ficou responsável por três dos seis termos de busca, anteriormente referido, respectivamente: (i) subgrupo A, história da psicologia, historiografia da psicologia e historiografia AND psicologia; (ii) subgrupo B, história dos saberes psicológicos, história das ideias AND psicologia e história AND psicologia. Cada membro dos subgrupos realizou a busca individualmente e, após a sua própria coleta ser finalizada, os resultados foram comparados com o seu par, chegando-se a uma síntese entre eles. Entre o consenso e o descenso gerados pelos os debates e dúvidas nessa composição, optou-se como critério, a concordância entre as duplas. Posteriormente, desfizeram-se os subgrupos e, novamente, compararam-se os resultados, dessa vez, entre todos os quatro membros, havendo uma nova justaposição. Durante todo o processo outros pesquisadores, mais experientes, examinaram a organização, desempenhando a função de juízes para a seleção das produções. A coleta de dados foi realizada entre os meses de agosto de 2017 a janeiro de 2020 e contou com duas atualizações: a primeira entre os meses agosto e setembro de 2019 e a segunda entre os dias ‎5‎ e 8 de ‎janeiro‎ de ‎2020, conforme expresso a na figura 1 .

A tabulação geral feita a partir da implementação simultânea dos três critérios de inclusão, gerou um montante inicial de 4.089 entradas que após a implementação dos dois primeiros critérios de inclusão, culminaram em 1.077 trabalhos. Após as informações dos artigos selecionados, foram aplicados e verificados os critérios de exclusão, implicando na eliminação de 965 entradas. Deste modo, a composição do corpus documental desta pesquisa é de 112artigos inclusos. As informações provenientes dos artigos elegíveis, após a sua leitura seletiva, foram tabuladas em três conjuntos de categorias: (1) perfil dos autores, a partir de gênero, titulação, instituição, estado e cidade; (2) características da produção, perfazendo veículo de publicação, ano e idioma e (3) atributos do estudo, incluindo áreas e subáreas estudadas, método e fonte selecionada. Com essas informações, foram feitas análises, considerações, descrições e hipóteses para se chegar aos objetivos desta pesquisa.


Figura 1
Fluxograma de aplicação dos procedimentos de pesquisa.

Resultados e discussão
Perfil dos autores

Uma descrição de gênero e titulação da autoria principal foi o primeiro item analisado. Dos 112 trabalhados inclusos foram excluídos os nomes repetidos. Minutamos 83 autores (primeiro autor/autor principal) diferentes, ocorrendo preponderância feminina (n = 46) entres eles. Nos casos de titulações divergentes de um mesmo autor, ao longo do recorte estabelecido, foi considerado o trabalho mais recente assinalado. Logo, independentemente do gênero, aconteceu uma prevalência de doutores como “primeiro autor” (n = 49), seguidos de mestres (n = 20) e graduados (n = 11). Não foram considerados os autores que estavam em processo de graduação (n = 3), pois consideramos que eles ainda não possuíam um percurso estabelecido no campo da história da psicologia.

Esse conjunto de informações guarda relações com características da população geral da psicologia e da comunidade acadêmica brasileira. Primeiramente, a prevalência do gênero feminino, baseada na quantidade de autores, pode estar relacionada ao fato de que, historicamente, a Psicologia se constituiu como disciplina majoritariamente feminina, no Brasil (Conselho Federal de Psicologia, 2018). Esta constatação não acontece somente na área da psicologia, pois, segundo a CAPES (2018), a maior parte dos pesquisadores no país é do gênero feminino. Entretanto, uma análise da proporção dos autores desta mesma amostra, nesse caso 55,4% mulheres e 44,6% homens, sugere diferença pouco expressiva, se comparado ao percentual nacional que, do total de 359.623 profissionais na área, 84,6% são psicólogas, registradas no país (Conselho Federal de Psicologia, 2018). Assim, mesmo em maior volume, parece que a amostra daqueles que publicam em história da psicologia não necessariamente reflete o padrão nacional da distribuição de gênero.

Em segundo lugar, a alta incidência de doutores como autores principais pode ser compreendida pelo cruzamento de três informações: (1) aumento no número de doutores, nos últimos anos, em razão das políticas expansionistas educacionais do ensino superior, que fomentaram a criação de diversos programas de mestrado e doutorado; (2) sua concentração no ambiente acadêmico; e (3) características do meio acadêmico. Dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (2016) indicam um aumento da concessão de título de doutores ocorrida no Brasil, nos últimos anos. Na pesquisa consultada, percebe-se que, em 1996, formavam-se 10.482 doutores e, em 2014, apuraram-se 50.206. Paralelamente a isso, observa-se que 60% dos doutores brasileiros estão no ambiente acadêmico e as Ciências Humanas são a área que mais concentra tal formação (CNPq). Ainda, os periódicos constituem o mecanismo primordial de comunicação científica (Meadows, 1999). Sendo assim, embora não seja possível afirmar qual a área de titulação dos autores principais, já que a informação não foi contabilizada, essas três características nos auxiliam a compreender os dados coletados. Em outras palavras, se há mais doutores em formação e, desses, há aqueles que atuam no Brasil, prioritariamente em ambiente acadêmico, eles escoariam sua produção em periódicos científicos.

Foram minutadas, também, informações sobre a vinculação institucional e origem das publicações dos autores principais, cuja compilação se encontra na tabela 1 , indicada a seguir.

Conforme os dados tabulados sobre as instituições que publicaram mais de uma vez (n = 91), nota-se que os autores assinaram vinculação institucional, em grande maioria, em instituições públicas (n = 76), no Sudeste (n = 77) e, dentre elas, a maior vinculação de trabalhos é com a Universidade de São Paulo-USP (n = 23). Não foram considerados as instituições que apareceram somente uma vez (n = 21) na amostra, dado que não apresentavam resultados expressivos. A prevalência de vinculações institucionais computadas condiz com discrepâncias nacionais, no que se refere à organização e à produção científica nacional (Sidone, Haddad, & Mena-Chalco, 2016). De acordo com o CNPq, considerando apenas os doutores vinculados a atividades de pesquisa e ensino, conclui-se que mais de 45% deles encontra-se na região Sudeste e, deste montante, aproximadamente 47% situam-se no estado de São Paulo que, por sua vez, detém cerca de 25% de todas as instituições de ensino superior do Brasil (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, 2016). Assim, as diferenças regionais brasileiras não se manifestam somente em relação à forma socioeconômica, no Sudeste e no Sul, mas, também, pelo seu desenvolvimento científico e tecnológico, dada a tradição em centros de pesquisa e os investimentos financeiros. Ou seja, o perfil de autoria dos artigos incluídos nesta bibliometria, também, é condizente com as características gerais da comunidade científica nacional, já que o maior volume de publicações situa-se no estado de São Paulo (n = 37), seguido por Minas Gerais (n = 22) e Rio de Janeiro (n = 18), o que pode ser justificável pelo maior número de universidades nessa região do país. Além disso, conforme indicado na introdução, esses dados correspondem à manutenção da tendência nacional do desenvolvimento do campo da história da psicologia no Brasil, pioneiramente organizado por pesquisadores filiados a instituições sediadas nos mencionados estados (Brožek & Massimi, 1998). Outra relação importante é que a maioria das publicações, em história da psicologia, são provenientes de instituições públicas, as quais compõem uma minoria, no Brasil, se comparadas às particulares (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2017).

Tabela 1
Vinculação institucional do primeiro autor e origem das publicações de 1996 a 2019 com pelo menos dois trabalhos vinculados ao campo da história da psicologia

Nota. USP = Universidade de São Paulo; UERJ = Universidade do Estado do Rio de Janeiro; UFMG = Universidade Federal de Minas Gerais; PUCSP = Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; UFJF = Universidade Federal de Juiz de Fora; UNESP = Universidade Estadual Paulista; UFG = Universidade Federal de Goiás; PUCMINAS = Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais; PUCRS = Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; UCDB = Universidade Católica Dom Bosco; UFBA = Universidade Federal da Bahia; UFRGS = Universidade Federal do Rio Grande do Sul; UFRJ = Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Características da produção

Com base nos dados compilados na figura 2 apresentada a seguir, observam-se algumas características gerais da produção na história da psicologia brasileira.

Considerando a figura 2, nota-se que, ao longo dos 24 anos pesquisados, em contraste à pesquisa de Krampen (2016 ), as publicações em história da psicologia, no Brasil, não exibem declínio. Apesar das flutuações, ao longo do tempo, há aparente crescimento no número de publicações, ao longo desses anos. Infere-se que, possivelmente, isso ocorre em razão de haver, no Brasil, mais periódicos que possibilitam o aceite de manuscritos relacionados à história da psicologia, a despeito de sua orientação editorial, além do aumento de linhas pesquisas e orientadores vinculados a esse campo de estudos, todos relacionados ao expansionismo educacional mencionado anteriormente. Há, pois, um nicho de circulação de conhecimento mais amplo do que aquele descrito por Krampen (2016 ), sobretudo no cenário estadunidense e germânico. Nesse sentido, observa-se, em seguida na tabela 2 , a síntese dos 35 periódicos em que se encontravam publicados os artigos pesquisados. Todavia, nota-se que a produção se concentrou, majoritariamente (n = 62), em apenas sete revistas.

No que se refere ao estrato de avaliação do CAPES, isto é, o Qualis-Periódicos para o quadriênio (2013-2016), vê-se que as revistas avaliadas como A2 apareceram, preponderantemente (n = 9), seguidas por B1 (n = 8), A1 (n = 7), B2 (n = 5), B3 (n = 1), B4 (n = 1) e B5 (n = 2). Complementando as informações sobre as características da produção, verifica-se a presença de apenas dois idiomas, quais sejam o português-brasileiro e o inglês, com maioria (n = 111) publicada na primeira língua. Este último item pode ocorrer em razão dos critérios de inclusão utilizados no desenvolvimento do estudo, como artigos veiculados em revistas nacionais e assinados por autores vinculados a instituições brasileiras.

A análise das características da produção pode ser feita levando em consideração, prioritariamente, dois itens: (1) perfil do Qualis-Periódicos da CAPES, e (2) perfil dos periódicos. Em relação ao primeiro, verifica-se que os artigos foram publicados, predominantemente, em periódicos pertencentes ao primeiro estrato de avaliação do Qualis-Periódicos (A1, A2 e B1). Além disso, a maioria dos periódicos elencados, na tabela 2, apresentam no foco e no escopo uma orientação editorial geral para publicar artigos de psicologia, e não específicos de (e sobre) história da psicologia. Todavia, alguns elementos podem ajudar a entender essa regularidade na ocorrência de alguns periódicos. Por exemplo, a revista Estudos e Pesquisas em Psicologia possui uma seção permanente, vinculada à história da psicologia. Essa característica parece ser contrária àquela apresentada por Krampen (2016 ), no que se refere às publicações, em história da psicologia, veiculadas por países falantes de alemão e de inglês, em que as publicações em revistas gerais de Psicologia decaem. No Brasil, por outro lado, as publicações em história da psicologia circularam, fortemente, em periódicos não especializados nesse campo. Disso decorrem três apontamentos. Primeiro: curiosamente, uma revista nacional especializada em história da psicologia intitulada Mnemonise não aparece. Infere-se que isso acontece em razão do recorte do que se considera como produções em história da psicologia. Provavelmente, se utilizasse um critério mais restrito, os resultados poderiam ser diferentes, no âmbito dessas revistas e no corpus documental analisado. A despeito das múltiplas concepções do que seria a história da psicologia (e.g., Araujo, 2017 ; Burman, 2017 ), além do seu entendimento como um campo, partimos da seguinte definição:

Sob o rótulo de História da Psicologia compreendem-se dois domínios distintos, o da História dos Saberes Psicológicos e o da História da Psicologia Científica: o primeiro utiliza-se dos métodos próprios da História Cultural e da História Social, o segundo assume as modalidades de investigação sugeridas pela Historiografia das Ciências (Massimi, 2016, p. 48).

Nesse sentido, pondera-se que, possivelmente, uma falta de consenso em relação ao estabelecimento de descritores relacionados à história da psicologia pode afetar o acesso e a organização das produções desse campo, sobretudo no que concerne às informações primárias disponíveis no título, no resumo e nas palavras-chave que possibilitam e fomentam uma leitura posterior do texto. Com efeito, embora possa parecer contraditório, esse dado se apresenta como um importante resultado desta pesquisa e expressa um problema, dado que a divulgação e o acesso do artigo e periódico que o publicou dependem da terminologia utilizada nas palavras-chave do texto e descritores catalogados nas bases de dados consultadas. Essa informação faz parte de uma organização do campo científico e tem um caráter social e estratégico na localização e recuperação de produções dispersas nos mais variados meios de publicação científica. Nesse caso, a falta de utilização minuciosa de descritores (palavras-chave) no campo da história da psicologia afeta o acesso de artigos publicados no mencionado periódico pelas bases de dados investigadas, a despeito da possibilidade de acesso direto pelos seus sites. Logo, consoante Brandau, Monteiro e Braile (2005), a função de estabelecer um consenso no emprego de certos descritores, por parte de uma comunidade, evita tais restrições de busca e serve como uma linguagem única e específica para a indexação e recuperação de informações sobre um campo em banco de dados. Com isso, haveria um maior controle e padronização sobre os termos e sinônimos que aludem às produções do campo da história da psicologia, colaborando também com a divulgação dos seus periódicos.

O segundo apontamento: considerando os cinco primeiros periódicos ranqueados, além da revista Memorandum especializada na área, os periódicos Estudos e Pesquisas em Psicologia (Universidade estadual do Rio de janeiro, UERJ), Temas em Psicologia (Sociedade Brasileira de Psicologia, SBP), Psicologia: ciência e profissão (Conselho Federal de Psicologia, CFP), Psicologia da Educação (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP) e Psicologia e Saúde (Universidade Católica Dom Bosco, UCDB) possuem —ou já possuíram—, em seu corpo editorial, pesquisadores-expoentes do campo da história da psicologia, no Brasil, os quais ajudaram a institucionalizá-lo, de forma pioneira. Nesse sentido, inferimos que esse trabalho provoca uma tradição,ou predisposição, para receber produções, em história da psicologia, nos periódicos de orientação mais geral, dirigida à psicologia. Entretanto, novas investigações deveriam analisar, historicamente, a presença de editores com perfil similar ao que se supõem existir para os demais periódicos minutados. Com isso, poder-se-ia avaliar se essa mesma tendência ocorreu em outros periódicos nos quais os pesquisadores mencionados atuaram como editores.

A terceira e última observação: a veiculação de dossiês e números temáticos, em história da psicologia, parece pouco ter impactado na conformação das publicações no campo. Por exemplo, apontamos o dossiê temático veiculado na revista Psicologia e Saúde, em 2016, e aquele da Psicologia em Revista, em 2014. Com efeito, este apontamento, junto com o anterior, indica um modo de institucionalização do campo, no Brasil.


Figura 2
Distribuição temporal das publicações.

Tabela 2
Frequência de Aparição dos Periódicos e os seus Qualis CAPES de 1996 a 2019

Nota. NQ = revista não qualificada. Total artigos = 112.

Atributos do estudo

Após a análise dos perfis dos autores e das características das produções, procedeu-se à compilação e à interpretação das características dos estudos. Essa etapa foi possível após a leitura sistematizada dos 112 artigos que compuseram o corpus documental da pesquisa. Na tabela 3 foram agrupadas as 21 áreas estudadas pelos artigos analisados, em que se percebe um destaque para os saberes psicológicos (n = 25), educação (n = 22) e política (n = 13).

Se forem cruzadas as áreas estudadas com as instituições mais frequentes (conforme descrito na tabela 1), pode-se inferir uma relação entre elas. Por exemplo, a USP é a instituição mais frequente e ela alocava, até muito recentemente, o grupo de pesquisa coordenado pela professora Dra. Marina Massimi, uma das principais expoentes nos estudos sobre história dos saberes psicológicos na cultura brasileira. Outro exemplo, é a alta incidência de estudos sobre educação que, por sua vez, pode ter relação com o destaque da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dentre as instituições que assinam os artigos. Nessa universidade, há diversos pesquisadores vinculados à história da psicologia que, por sua vez, estão vinculados à Faculdade de Educação, como as professoras doutoras Adriana Araújo Borges, Raquel Martins de Assis e Regina Helena de Freitas Campos (Facchinetti, Silva, Castro, Capela, & Ferreira, 2017). Percebe-se, inclusive, que as instituições e temáticas mais frequentes guardam relação com a própria institucionalização da história da psicologia, no Brasil (Klappenbach & Jacó-Vilela, 2016).

Observa-seuma prevalência, nos 112 manuscritos avaliados, de textos sem seção metodológica da investigação (n = 92) e, nessa perspectiva, uma ausência na descrição ordenada das fontes de pesquisa, bem como de seu local de coleta. Vale ressaltar que a ausência da seção não significa, per se, a ausência de preocupação metodológica. Inclusive, este pode ser um perfil de escrita do campo. Como tais estudos não foram avaliados em termos de valoração de seus métodos, os resultados não asseveram sobre a “qualidade” das histórias produzidas por eles. Todavia, os estudos sinalizam que os elementos procedimentais podem se encontrar, tacitamente, nos manuscritos analisados. Esta caracterização pode, ainda, guardar relação com certo cenário ampliado da história da psicologia, no país. Mais recentemente, tem sido preocupação dos psicólogos-historiadores atuantes, no Brasil, particularmente daqueles vinculados à ANPEPP, discussões metodológicas sobre o fazer historiográfico (e.g., Mota, Cara, & Miranda, 2018; Portugal, Facchinetti, & Castro, 2018).

Dentre aqueles que descreveram, em algum momento do texto o método empregado (n = 72), ou seja, sem uma seção organizada, distingue-se uma dominância da análise documental (n = 28) e da análise de conteúdo (n = 16) como opção exclusiva de procedimento. Nesse conjunto, uma parte considerável dos pesquisadores preferiu a combinação de duas, ou mais, ferramentas metodológicas (n = 18), segundo uma intelecção historiográfica, sobretudo a partir de uma predileção pela conciliação entre história oral e análise documental. Existiu, ainda, a escolha predominante de se utilizar obras como fonte primária (n = 55), sejam elas livros, jornais ou artigos. Uma associação recorrente foi a utilização de documentos institucionais, fontes orais e bibliográficas (n = 6), em que há, no mínimo, a combinação de duas dessas fontes. Um ponto relevante foi que, nos artigos que delimitavam seus aspectos metodológicos, havia uma pluralidade de fontes documentais. Este aspecto é, inclusive, condizente com a narrativa historiográfica, segundo Massimi (2016). Dessa maneira, parece que há uma preocupação com as características definidoras da historiografia naqueles que se preocupam em delinear, metodologicamente, seu trabalho.

Tabela 3
Áreas de Estudo (1996 a 2019).

Nota. Total artigos: n = 112.

Considerações finais

Este estudo teve por objetivo descrever e analisar produções brasileiras em história da psicologia, de 1996 a 2019, em três bases de dados, segundo seis descritores. Os resultados indicam certa ausência de uniformidade na referida produção e uma ausência de descritores metodológicos claros. Um primeiro aspecto percebido remete à presença maciça de instituições historicamente vinculadas tanto ao GT quanto à história da psicologia, e.g., USP, UFMG e PUC-SP. Além disso, nota-se que as temáticas mais recorrentes também condizem com as pesquisas de tais instituições e, principalmente, com interesses do GT, ao longo de seus 24 anos de existência. Um segundo ponto notado indica a pouca clareza em descrições metodológicas, no indicativo de fontes primárias, procedimentos de coleta e análise do material, entre outros. Isso pode ter relação com alguns elementos, tais como: (1) um uso pouco uniforme do termo “história da psicologia”, que aparece ligado tanto a trabalhos propriamente historiográficos quanto a estudos que fazem “históricos” ou “introdução/conceitualização” de temáticas; e (2) títulos, resumos e palavras-chave pouco precisos.

Vê-se, ainda, a necessidade de apontar duas limitações presentes metodológicas neste estudo e algumas implicações futuras. Primeiro, foram avaliados artigos presentes em apenas três bases de dados, com inclusão de periódicos nacionais e artigos escritos por pessoas vinculadas a instituições brasileiras. Dessa maneira, foram excluídos os brasileiros atuantes em instituições no exterior, os estrangeiros que dialogam com a comunidade brasileira e os autores nacionais que publicaram em periódicos internacionais. Além disso, o estudo não versou as produções livrescas, outra fonte de circulação do campo da história da psicologia. Segundo, partiu-se de uma delimitação temporal vinculada aos 24 anos do GT de história da psicologia da ANPEPP, excluindo-se materiais que tenham sido publicados antes, ou depois, de tal recorte. A despeito desses limites, os quais indicam que o trabalho deve ser lido com cautela e parcialidade, os resultados ora obtidos ajudaram a mapear algumas características da disciplina, no País. Além disso, aventam-se novas possibilidades de investigação sobre a configuração da história da psicologia, no Brasil.

Sugestões de futuras pesquisas podem acontecer mediante a inclusão de outros bancos de dados (por exemplo, o Banco de Teses da CAPES). Outra sugestão trata de empreender uma nova bibliometria, a partir de um entendimento mais restrito do que seria história da psicologia, vinculado somente aos seus afluentes historiográficos. Isso provocaria uma nova vista sobre os dados compilados para tecer um contraste com este estudo, de modo a entender o que se emprega como história da psicologia e ponderar sobre o que seria considerada uma produção histórica, em psicologia. Propõe-se, por fim, uma pesquisa bibliométrica mais específica a analisar os tipos de produções em história da psicologia no periódico Mnemosine e outra que verse as produções livrescas no Brasil. Tais pesquisas, em um futuro, possibilitarão comparações que tecerão um quadro mais completo sobre como o campo da história da psicologia está se constituindo no Brasil.

Material suplementar
Apreciação

Trabalho com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Católica Dom Bosco.

Referências bibliográficas
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Notas

Figura 1
Fluxograma de aplicação dos procedimentos de pesquisa.
Tabela 1
Vinculação institucional do primeiro autor e origem das publicações de 1996 a 2019 com pelo menos dois trabalhos vinculados ao campo da história da psicologia

Nota. USP = Universidade de São Paulo; UERJ = Universidade do Estado do Rio de Janeiro; UFMG = Universidade Federal de Minas Gerais; PUCSP = Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; UFJF = Universidade Federal de Juiz de Fora; UNESP = Universidade Estadual Paulista; UFG = Universidade Federal de Goiás; PUCMINAS = Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais; PUCRS = Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; UCDB = Universidade Católica Dom Bosco; UFBA = Universidade Federal da Bahia; UFRGS = Universidade Federal do Rio Grande do Sul; UFRJ = Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Figura 2
Distribuição temporal das publicações.
Tabela 2
Frequência de Aparição dos Periódicos e os seus Qualis CAPES de 1996 a 2019

Nota. NQ = revista não qualificada. Total artigos = 112.
Tabela 3
Áreas de Estudo (1996 a 2019).

Nota. Total artigos: n = 112.
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