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Efeitos de um programa parental em mães de crianças com problemas comportamentais
Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, vol. 30, núm. 3, pp. 503-520, 2022
Universidad Veracruzana


Recepción: 13 Mayo 2021

Aprobación: 11 Octubre 2021

Resumo: Programas parentais têm sido uma alternativa viável para o manejo de comportamentos inadequados infantis, ao invés de se realizar atendimento psicológico com as crianças e intervir em suas queixas comportamentais. Neste artigo, relatam-se os efeitos de um programa de intervenção parental, por meio da elaboração de uma versão ampliada do “Programa de Qualidade na Interação Familiar (PQIF)” de Weber, Salvador e Brandenburg (2011), sobre indicadores de práticas parentais e qualidade da interação mãe-filho. Participaram 20 mães, cujos filhos apresentavam queixas comportamentais e estavam aguardando psicoterapia em uma Clínica-escola. As mães foram distribuídas em Grupo Experimental (GE) e Grupo Controle (GC) e foram aferidas categorias de habilidades sociais educativas parentais nas mães e de qualidade na interação familiar, nas mães e filhos, no pré- teste, pós-teste e seguimento. O programa de intervenção foi aplicado no GE, sendo composto por 12 encontros, com 90 minutos de duração, que abarcaram aspectos da interação mãe-filho, auto-observação dos comportamentos parentais e variáveis relacionadas, por meio de técnicas comportamentais, vivências e atividades variadas. Os resultados indicaram a aquisição de comportamentos parentais positivos, minimização de práticas negativas e relatos verbais sobre a diminuição das queixas comportamentais dos filhos. Discute-se a possibilidade de o PQIF, na versão ampliada, ser um programa promissor para o desenvolvimento de autoconhecimento parental, bem como uma alternativa ao tratamento psicoterápico infantil individual em Clínicas-escola de Psicologia.

Palavras-chave: Programa de intervenção parental, práticas parentais positivas, problemas comportamentais infantis, autoconhecimento parental, Clínica-escola de Psicologia.

Abstract: Parental programs have been a viable alternative for the management of inappropriate child behaviors instead of providing psychological assistance to children and intervening in their behavioral complaints. In this article, the effects of a parental intervention program are reported, through the elaboration of an expanded version of the “Family Interaction Quality Program (PQIF)” by Weber, Salvador and Brandenburg (2011), on indicators of parenting practices and quality of mother-child interaction. Twenty mothers participated in the study, whose children had behavioral problems, that were assessed by instrument, and were awaiting psychotherapy at a Psychology School-Clinic. The participant mothers were distributed in the Experimental Group (EG) and Control Group (CG), and behavioral categories of the mother’s parental educational social skills and mothers and children’s quality in family interaction were assessed in the pre-test, post-test, and follow-up. The intervention program was applied at the EG, consisting of 12 meetings, lasting 90 minutes, which covered aspects of mother-child interaction, self-observation of parenting behaviors and related antecedent and consequent variables, through behavioral techniques, experiences and varied activities. Inferential statistical analyses were performed to compare the quantitative results in both groups. There were direct effects of the intervention program applied to the learning of several positive parenting behaviors and reduction of negative parenting practices, in most mothers, at the end of the program and in the follow-up, through statistical significance. Besides, there were verbal reports of improvement in the maternal self-observation and self-knowledge repertoire and indirect effects in reducing the behavioral problems of the respective children. The perspective that the acquisition of positive parenting practices has desirable indirect effects on the behavioral complaints of children should be widely disseminated in educational contexts and psychology services, since the proposition of parenting programs is a promising tool in order to shorten the time of child in line for child psychotherapy.

Keywords: Parental intervention program, positive parenting practices, child behavioral problems, parental self-knowledge, Psychology clinic-school.

A educação parental tem sido alvo de vários estudos decorrentes de preocupações em se buscar estratégias eficazes para promover um desenvolvimento saudável das crianças, visto que o ambiente familiar é o primeiro contexto de promoção da educação infantil (Alvarenga, Weber & Bolsoni-Silva, 2016; Weber, Selig, Bernardi & Salvador, 2006). No entanto, muitos pais falham na tarefa de educar seus filhos por inúmeros fatores peculiares a cada configuração familiar, podendo afetar negativamente as práticas parentais, caracterizando-as de risco para o desenvolvimento infantil (Toni & Hacavéi, 2014).

Estudos empíricos constataram uma correlação positiva entre práticas parentais negativas e problemas comportamentais infantis, referindo-se a um assunto bastante discutido na literatura em função da alta prevalência e pelos prejuízos para a criança e seus pais ou cuidadores (Alvarenga et al., 2016; Bolsoni-Silva, Rodrigues, Abramides, Souza & Loureiro, 2010; Bolsoni-Silva, Loureiro & Marturano, 2014; Bolsoni-Silva & Loureiro, 2020; Gardner, Montgomery & Knerr, 2016; Patterson, Reid & Dishion, 1992).

Grande parcela de crianças inscritas em serviços de psicologia apresenta queixas clínicas de problemas de comportamento (Borsa, Souza & Bandeira, 2011), classificados em internalizantes e externalizantes, e definidos topograficamente em classes de comportamentos (Achenbach & Edelbrock, 1979). Em termos da funcionalidade, os problemas de comportamento são caracterizados em déficits ou excessos comportamentais que dificultam o acesso da criança a novas contingências de reforçamento, relevantes para um desenvolvimento saudável (Bolsoni-Silva & Del Prette, 2003).

Por isso, a proposição de programas parentais tem sido considerada uma alternativa viável, ao invés de se trabalhar apenas com as queixas comportamentais apresentadas pelos filhos, pois visam à promoção de comportamentos parentais positivos para o desenvolvimento de comportamentos adaptativos nos filhos, ao maximizar práticas educativas positivas e minimizar punições, evitando o desenvolvimento de problemas comportamentais infantis graves (Bolsoni-Silva et al. 2014; Marinho, 1999). Quando aplicado na modalidade grupal, o programa parental justifica-se pelos inúmeros benefícios que apresenta para pais, crianças e serviços de saúde mental, em termos de agilização das longas listas de espera para atendimento psicológico. Além disso, há boa adesão e praticidade em sua aplicação, quando comparado às intervenções desenvolvidas somente com as crianças (Marinho & Silvares, 2000).

Um aspecto que merece destaque, é que o treinamento de pais deve priorizar a implementação de procedimentos que extrapolem o olhar exclusivo para o comportamento infantil, incluindo outros fatores relevantes, como as variáveis interacionais pais-filhos, as percepções dos pais sobre si e sobre seus filhos, ou seja, podem permitir o desenvolvimento de repertórios mais amplos (Cassiano, 2014). Por exemplo, Rocha e Brandão (1997) enfatizaram a relevância em elaborar programas de intervenção que possibilitem aprimorar o autoconhecimento nos pais. A busca por ajuda psicológica, em modalidades variadas de intervenção, possibilita que as pessoas conheçam melhor seus comportamentos em termos daquilo que faz, pensa e sente ao interagir em diferentes contextos, possibilitando a identificação dos eventos ambientais que favorecem se comportar de diferentes formas. De um modo geral, “teoricamente, maior será sua capacidade de lidar com esses eventos, podendo alterá-los, gerando como consequência mais reforço ou reforçadores mais potentes” (Vilas Boas, Banaco & Borges, 2012, p. 96). O autoconhecimento como um repertório verbal essencialmente autodescritivo pode ser desenvolvido ou aprimorado em programas parentais de cunho analítico-comportamental. Desse modo, a auto-observação dos pais facilita a identificação de quais comportamentos parentais são positivos e aqueles que são negativos e dificultam a manutenção de interações harmoniosas com seus filhos, bem como passam a observar a interferência deles nos comportamentos dos filhos e vice-versa (Marinho, 1999; Tozze, 2016; Weber, Salvador & Branderburg, 2019). Assim, torna-se mais provável que os pais alterem seus comportamentos parentais e se engajem em mudanças comportamentais funcionais e relevantes na interação com seus filhos (Rocha & Brandão, 1997).

No cenário brasileiro, citam-se alguns programas de intervenções parentais que foram cuidadosamente elaborados e avaliados em termos de sua eficácia.

O “Promove-Pais” é um programa parental que foi elaborado por Bolsoni- Silva (2007) e vários estudos para atestar sua eficácia e efetividade foram feitos, como Bolsoni-Silva e Marturano (2010); Orti, Bratifish e Bolsoni-Silva (2015); P. Kanamota, Bolsoni-Silva e J. Kanamota (2017) e Tozze (2016). Esse programa tem o objetivo de instrumentalizar pais no desenvolvimento de habilidades sociais educativas parentais, por meio de análise funcional. Pode ser aplicado individualmente ou em grupo, sendo composto de avaliação comportamental, uso de entrevistas e aplicação de instrumentos para o estabelecimento de metas a serem alcançadas (Bolsoni-Silva, Marturano & Silveira, 2009).

O “Programa de Qualidade de Interação Familiar” (PQIF), de Weber, Salvador e Brandenburg (2011) consiste em um programa de base analítico-comportamental, com características bastante peculiares, pois é vivencial e reflexivo em termos de valores e ética. A eficácia do PQIF foi verificada inicialmente pelas próprias autoras (Weber, Brandenburg, & Salvador, 2006), sendo testado em 93 pais/mães de nível socioeconômico variado, favorecendo interações positivas entre pais e filhos. Embora o PQIF tenha sido elaborado para ensinar práticas parentais positivas para pais visando à prevenção de problemas comportamentais dos filhos, também pode ser utilizado para suprimir queixas psicológicas dos filhos ao ensinar práticas educativas positivas aos pais. O programa é composto por oito encontros, com duração média de duas horas, com temas específicos sobre educação/interação mãe-filho, cuidadosamente planejados por meio de vivências, técnicas comportamentais, tarefas de casa e atividades de autorregistros. Um diferencial do PQIF é que extrapola o “treinamento” em si, permitindo a vivência de comportamentos e emoções envolvidas na parentalidade, bem como a análise de variáveis envolvidas.

O PQIF está em sua quarta edição (Weber, Salvador, & Brandenburg, 2019) e tem sido empregado na íntegra ou como base para adaptações em intervenções que atendam configurações educativas com peculiaridades e demandas específicas: Freitas (2016) avaliou os efeitos do PQIF com pais de crianças com problemas de comportamento e observou melhorias nas práticas parentais positivas, como monitoria adequada, comportamentos de consequenciação dos pais diante de comportamentos inadequados dos filhos, redução do uso de punições e melhoria da comunicação conjugal; Piazzetto e Toni (2018) fizeram uma adaptação bem pontual do programa para pais de filhos que aguardavam atendimento psicológico em uma clínica-escola de Psicologia, com queixas de dificuldades escolares e comportamentais. Foram observadas aquisições de práticas parentais positivas e diminuição das queixas comportamentais e escolares dos filhos, possibilitando que os respectivos pais retirassem o nome das crianças da lista para atendimento psicológico; Nazar e Weber (2019) elaboraram um programa de intervenção, baseado no PQIF, com o intuito de melhorar a interação de professores, do ensino fundamental das séries iniciais, com seus respectivos alunos. O programa demonstrou resultados satisfatórios, se constituindo como uma ferramenta bastante promissora em promover relações interpessoais eficazes entre professores e alunos; e Cruz, Minetto e Weber (2019), realizaram uma adaptação do PQIF para atender as demandas de famílias com filhos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os resultados mostraram alta aderência dos participantes ao programa e boa validação social, mostrando-se como uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento familiar de filhos com TEA.

Outro fator de extrema relevância em programas de intervenção parental é o planejamento de procedimentos de intervenção que favoreçam a generalização da aprendizagem para contextos extra intervenção e sua manutenção ao longo do tempo (Cassoni, 2013; Marinho, 1999). Ademais, pelo processo de generalização, muitos comportamentos modelados no contexto de intervenção influenciam outras classes de comportamentos que não tiveram foco direto nas intervenções, possibilitando um efeito indireto positivo em classes de comportamentos relevantes no ambiente natural da pessoa ou grupo que recebeu a intervenção (Zazula & Haydu, 2012). Diante dessas considerações, o presente estudo constituiu uma tentativa de avaliar os efeitos de uma versão ampliada do PQIF, sob um delineamento experimental com grupo controle, em mães de crianças com problemas comportamentais, sobre: a) indicadores de práticas parentais e qualidade da interação mãe-filho; e b) verificar prováveis aquisições parentais ao término do programa e avaliar se houve manutenção no seguimento.

MÉTODO

Participantes

Participaram do estudo 20 mães, com faixa etária entre 32 e 53 anos, com níveis socioeconômicos e culturais heterogêneos. Seus filhos estavam inscritos em fila de espera para atendimento psicológico em uma Clínica-Escola de Psicologia, sendo a idade média dos filhos, 9,6 anos. Os critérios para inclusão na amostra foram: a) ser alfabetizada; b) ter o filho (a) entre nove e 13 anos; e c) o filho (a) deveria apresentar problemas de comportamento, os quais foram aferidos pelo Child Behavior Checklist (CBCL 6-18, versão pais) de Achenbach e Rescorla (2001). Foram excluídas as mães cujos filhos não foram classificados na categoria clínica do instrumento e aquelas que estavam realizando algum tratamento psicológico. Após o parecer favorável do Comitê de Ética de Pesquisa com Seres Humanos (sob o número de parecer: 1.784.192), as mães, que atenderam aos critérios de inclusão, foram submetidas ao processo de aleatorização (Cozby, 2012) e distribuídas em Grupo Experimental (GE) ou Grupo Controle (GC). O GE foi composto por seis mães de crianças que apresentavam comportamentos externalizantes e por quatro com comportamentos internalizantes. No GC, havia quatro mães de crianças com problemas externalizantes e seis mães com problemas internalizantes. Após o consentimento, as triagens dos filhos das mães de ambos os grupos foram retiradas da fila de espera para atendimento psicológico até a conclusão do estudo. Ao término da pesquisa, por questões éticas, o GC recebeu a mesma intervenção aplicada no GE.

Local

Todas as etapas da pesquisa foram realizadas nas dependências de uma Clínica- Escola de Psicologia, que é constituída por um espaço amplo, arejado, confortável e isento de ruídos externos, com infraestrutura adequada e materiais necessários para a execução do estudo.

Instrumentos

As mães e seus filhos foram avaliados por meio de instrumentos nas etapas de pré-teste, pós-teste e seguimento do GE e na linha de base 1, linha de base 2 e linha de base 3 do GC. Aplicou-se nas mães o Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais - RE-HSE-P (Bolsoni-Silva et al., 2014) para avaliar a frequência e qualidade de classes de habilidades sociais educativas parentais. Nas mães e seus filhos foram aplicadas as Escalas de Qualidade na Interação Familiar- EQIF (Weber, Salvador & Branderburg, 2009) para levantar comportamentos específicos parentais e avaliar aspectos da qualidade da interação familiar.

Descrição do programa de intervenção

O programa de intervenção aplicado no GE foi composto por 12 encontros, de base analítico comportamental e foram aplicados por meio de técnicas comportamentais (reforçamento positivo, modelação, modelagem, role-playing, análise funcional, tarefas de casa e autorregistro), vivências e discussões dirigidas etc. Inicialmente, foi aplicado o Programa de Qualidade na Interação Familiar (PQIF), de Weber et al. (2011), que é composto por oito encontros grupais, espaçados semanalmente, com duração média de duas horas. Cada encontro apresenta um tema específico sobre educação/interação mãe-filho, com objetivos específicos relativos à reflexão das mães sobre seus comportamentos nas interações com seus filhos.

Os objetivos dos outros quatro encontros (9º, 10º, 11º e 12º), posteriores à aplicação do PGIF, sendo três espaçados quinzenalmente e o último após seis meses, foram elaborados após análise funcional de prováveis aquisições comportamentais e/ou dificuldades parentais ainda existentes no repertório ao término dos oito encontros. Esses encontros contribuíram para a elaboração de uma versão ampliada do programa do PQIF e almejaram: a) Modelar/maximizar comportamentos parentais alternativos aos comportamentos parentais deficitários; b) Desenvolver/aprimorar o repertório de auto-observação e autoconhecimento; e c) Reforçar positivamente as aquisições comportamentais, visando à generalização para o ambiente natural e manutenção após seis meses.

Os temas e os objetivos de cada encontro do programa de intervenção estão descritos na Figura 1. As atividades/vivências aplicadas e as respectivas tarefas de casa e de autorregistro estão apresentadas detalhadamente em Vila, 2019.

Figura 1
Descrição do programa de intervenção aplicado

Tratamento de dados

Para a análise estatística inferencial, foi usado o Teste de Wilcoxon para a comparação dos resultados dos instrumentos nas medidas realizadas no GE (pré-teste, pós-teste e seguimento) e no GC (linha de base 1, linha de base 2 e linha de base 3). Como o número de participantes foi reduzido (n=10 em cada grupo), a análise estatística representou uma estratégia exploratória para verificar a significância dos resultados.

Para a análise qualitativa dos dados do GE, os encontros foram gravados em áudio e realizados relatos escritos que permitiam: a) Identificar classes de comportamentos compatíveis com dificuldades parentais; b) Levantar variáveis antecedentes relacionadas; c) Levantar variáveis consequentes que, provavelmente, atuavam na manutenção das dificuldades parentais; e d) Identificar prováveis aquisições comportamentais observadas ao longo e ao término dos encontros do programa.

RESULTADOS

Os resultados quantitativos estão descritos em tabelas e são apresentadas algumas análises qualitativas dos dados de forma a identificar algumas aquisições parentais. A Tabela 1 expõe a comparação das médias obtidas nas categorias de habilidades sociais educativas parentais, avaliadas pelo RE-HSE-P, nas mães do GE (nas medidas de pré-teste, pós-teste e seguimento) e do GC (nas medidas de linha de base 1, linha de base 2 e linha de base 3), por meio do Teste de Wilcoxon.

Tabela 1. Escores das Escalas de Qualidade na Interação Familiar (EQIF) das mães e seus filhos do GE e do GC, por meio do Teste de Wilcoxon

Tabela 1
Escores das Escalas de Qualidade na Interação Familiar (EQIF) das mães e seus filhos do GE e do GC, por meio do Teste de Wilcoxon

* Nível de significância p≤ 005




* Nível de significância p≤ 005

De acordo com a Tabela 1, houve aumento nas categorias que compõem o Total Positivo no decorrer das medidas, verificando significância estatística no Total Positivo no Pré/pós, Pré/seg e Pós/seg (Z=-2,81, p=0,005; Z=-2,80, p=0,005 e Z=-2,39, p=0,017, respectivamente); entre o Pré/pós e Pré/seg em HSEP (Z=- 2,28, p=0,007 e -2,84, p=0,004); em HS Infantis na comparação de Pré/pós, Pré/seg e Pós/seg (Z=-2,04, .=0,041; Z=-2,38, .=0,017 e Z=-2,23, .=0,026, respectivamente) e em Contexto no Pré/pós (Z=-2,21, p=0,027) e Pré/seg (Z=-2,21, p=0,027), apontando para resultados promissores do programa aplicado sobre as categorias avaliadas. No Total Negativo, observou-se diminuição dos valores ao longo das medidas, em todas as categorias, demonstrando significância estatística nas comparações entre pré/pós, pré/seg e pré/seg no Total Negativo (Z=-2,21, .=0,027; Z=-2,37;.=0,018 e Z=-2,07, .=0,038, respectivamente); em PR NEG nas comparações pré/pós, pré/seg e pré/seg (Z=-2,21, .=0,027; Z=-2,38, .=0,018 e Z=-2,12, .=0,034, respectivamente) e em PROBL no pré/pós e pré/seg (Z=-2,23, .=0,026 e Z=-2,13, .=0,033).

Por outro lado, no GC, tanto os valores das categorias positivas quanto das categorias negativas, nas medidas de linha de base 1, linha de base 2 e linha de base 3, tiveram poucas oscilações no decorrer das medidas (diminuições ou aumentos ínfimos) e não foi verificada significância estatística entre as respectivas avaliações. A Tabela 2 apresenta a comparação dos escores médios das categorias avaliadas pelas Escalas de Qualidade na Interação Familiar nas mães e filhos do GE e do GC, no pré-teste, pós-teste e seguimento e na linha de base 1, linha de base 2 e linha de base 3, por meio do Teste de Wilcoxon.

Tabela 2.
Escores das categorias de habilidades sociais educativas parentais das mães do GE e do GC, por meio do Teste de Wilcoxon

Legenda: Pré= Pré-teste; Pós= Pós-teste; Seg= Seguimento; LB1= Linha de base 1; LB2= Linha de base 2; LB3=Linha de base 3; HSE-P= Habilidades Sociais Educativas Parentais; HS Infantis= Habilidades Sociais Infantis; CONT= Contextos de interação; PR NEG= Práticas Parentais Negativas e PROBL= Problemas de Comportamento Infantil.

* Nível de significância: p≤ 0,05.

De acordo com a Tabela 2, os escores da Escala Envolvimento aumentaram ao longo das medidas, na avaliação das mães e dos filhos, e verificou-se significância estatística nas comparações entre pré/pós (Z=-2,12; p=0,034) e pré/seg (Z=-2,32; p=0,021) na avaliação materna e dos filhos (Z=-2,66; p=0,008 e Z=-2,71; p=0,007, respectivamente); nos escores de Regras e Monitoria, notou-se aumento nas medidas de pré-teste, pós-teste e no seguimento, na avaliação das mães e dos filhos, e constatou-se significância estatística na comparação do pré/seg, na avaliação das mães (Z=-2,06; p=0,039) e na avaliação dos filhos (Z=-2,44; p=0,015); em Comunicação Positiva, os escores aumentaram ao longo das medidas, na avaliação das mães e filhos. Em ambas, observou-se significância estatística na comparação de pré/seg (Z=-2,10, p=0,036 e Z=-1,96, p=0,050, respectivamente); no Clima Conjugal Positivo, o escore, na avaliação das mães, aumentou do pré-teste para o pós-teste e manteve-se no seguimento. Na avaliação dos filhos, o escore aumentou no pós-teste, porém, diminuiu infimamente no seguimento; quanto aos escores de Modelo Parental e Sentimento dos Filhos, ambos aumentaram na avaliação das mães e dos filhos no decorrer das medidas realizadas; no que se refere à Punição Corporal, houve diminuição dos escores do pré-teste para o pós-teste, mantendo- se no seguimento. Quanto à avaliação dos filhos, também foi observada certa diminuição nas três medidas realizadas; em Comunicação Negativa, na avaliação das mães, houve diminuição do escore do pré-teste para o pós-teste, mantendo-se no seguimento. Na avaliação dos filhos, o escore também diminuiu do pré-teste para o pós-teste, aumentando levemente no seguimento. Foi constatada significância estatística na avaliação das mães no pré/pós (Z=-2,26, p=0,024) e pré/seg (Z=-2,26, p=0,024); quanto ao Clima Conjugal Negativo, ocorreu diminuição dos escores no decorrer das avaliações, na avaliação das mães e dos filhos, e houve significância estatística no pré/pós (Z=-2,05; p=0,041) e no pré/seg na avaliação das mães (Z=- 2,26, p=0,024) e filhos (Z=-2,39, p=0,017).

No que tange ao GC, as significâncias estatísticas verificadas entre algumas medidas foram decorrentes da diminuição nas categorias positivas e aumento nas categorias negativas. Na avaliação realizada pelas mães, foi constatada significância estatística na diminuição dos escores de Envolvimento na comparação LB1/LB3 (Z=-2,26, p=0,24) e LB2/LB3 (Z=-2,64, .=0,008) e na avaliação dos filhos em LB2/LB3 (Z=-2,23, p=0,026). Também, verificou-se significância estatística, na avaliação das mães, na diminuição dos escores em Regras e Monitoria na comparação de LB1/LB3 (Z=-2,56, .=0,010) e LB2/LB3 (Z=-2,39, p=0,017) e na avaliação dos filhos em LB2/LB3 (Z=-2,12, .=0,034). Por último, observou-se significância estatística no aumento ocorrido em Punição Corporal, na comparação de LB2/LB3 na avaliação realizada pelas mães (Z=-2,12, p=0,034) e filhos (Z=- 2,133, .=0,020).

Após análise funcional dos comportamentos parentais ao longo e ao final do programa, observou-se que gradual aprendizagem e aprimoramento de diferentes classes de comportamentos parentais, compatíveis com uma interação positiva com os respectivos filhos. Ademais, verificou-se melhorias no repertório de auto- observação e descrição de mudanças comportamentais no ambiente natural, a exemplo de relatos verbais literais de algumas mães, que serão descritas com nomes fictícios para garantir o sigilo das informações. Margarida, por exemplo, procurou ajuda psicológica para sua filha de 13 anos com a queixa de comportamentos opositores (externalizantes), principalmente brigar/gritar com a mãe. Segue o relato verbal de Margarida, ao término do programa: “Como minha filha é temperamental eu me irritava muito com os comportamentos desobedientes dela. Eu batia, gritava! O pior é que ficava com pena e agradava a menina depois, dando atenção e os presentes que ela queria. O legal é que fui percebendo isso no grupo. Agora já consigo colocar regras em vários aspectos e estou elogiando mais. E não é que ela melhorou? Ainda respiro fundo para não bater. Conforme as orientações, ao invés de bater eu procuro retirar alguma coisa que ela gosta. Tenho conversado mais com ela e dito não, também”. Quanto às aquisições comportamentais de Margarida, observou-se diminuição de práticas parentais negativas (uso de castigo físico e gritos); melhoria na expressão de sentimentos positivos, contingentes aos comportamentos adequados da filha; houve na melhoria nos comportamentos de expressão de sentimentos negativos e de enfrentamento com risco (solicitar mudança de comportamento para a filha e negar pedidos) e nas estratégias de lidar com comportamentos inadequados, como o uso de retirada de privilégios.

Outro exemplo, refere-se ao caso de Açucena que é mãe de uma menina de 11 anos que procurou ajuda psicológica pelo fato de sua filha estar apresentando muita ansiedade (comportamentos internalizantes) em situações de exigência em contextos variados. Conforme o relato verbal de Açucena ao final do programa: “Eu passei a olhar mais para a individualidade da minha filha. Antes ela vinha conversar comigo e eu dizia que não podia, pois estava arrumando a casa e estava cheia de tarefas. Agora eu digo, filha me ajuda daí podemos ir conversando. Então, passei a conversar mais com ela. Se interessar pela vida dela. Também passei a ser mais firme nas regras e ser afetiva. Ela passou a ser mais afetiva e vira e mexe eu encontro uma cartinha dentro da minha bolsa quando chego no trabalho. Eu percebo que ela está próxima e até me disse que eu sou uma mãe mais legal”. Em relação às aquisições parentais de Açucena, foram observadas melhorias nos comportamentos de estabelecimento de limites e uso de regras claras; houve maximização de habilidades parentais de comunicação (relativas a fazer perguntas e se interessar pelas situações cotidianas da filha) e melhoria das habilidades de expressão de sentimentos positivos, como elogios verbais contingentes aos comportamentos adequados de sua filha e de comportamentos de afeto.

DISCUSSÃO

Quanto aos efeitos diretos do programa de intervenção, os resultados mostraram a aquisição e/ou maximização de práticas parentais positivas, especificamente sobre habilidades sociais educativas parentais e relativas a indicadores de qualidade na interação familiar, na maioria das mães do GE, além da diminuição de práticas parentais negativas. Uma hipótese para tais aquisições comportamentais foi que o programa possibilitou que a maioria das mães aprendesse a arranjar novas configurações de estímulos (variáveis ambientais), ou seja, contextos educativos que aumentassem a probabilidade de emissão de comportamentos desejáveis pelos filhos, além do aumento de valorização por meio de elogios e atenção. Desse modo, provavelmente, os filhos passaram a ter acesso a novas contingências de reforçamento, advindas das práticas parentais positivas e/ou habilidades sociais educativas parentais estabelecidas na interação com seus filhos (Bolsoni-Silva, Silveira & Marturano, 2008; Bolsoni-Silva & Borelli, 2012). Sabe-se que, na perspectiva analítico-comportamental, as interações sociais são afetadas em várias instâncias em termos de comportamentos de consequenciação dos pais sobre os comportamentos de seus filhos, isto é, há uma relação de reciprocidade, conforme salientam Alvarenga et al. (2016) e Bolsoni-Silva (2009), pois as mães aprenderam a serem mais responsivas e a atribuírem estímulos reforçadores aos comportamentos dos filhos, além do uso de estratégias de extinção dos comportamentos inadequados, levando a diminuição de eventos aversivos na interação mães-filhos e maximização de reforçadores positivos. Essas aquisições parentais são congruentes com os achados dos estudos de Bolsoni-Silva (2009); Bolsoni-Silva e Marturano (2010); Bolsoni-Silva, al. (2020); Gardner, Montgomery e Knerr (2016); Marinho (1999) e Patterson, Reid & Dishion, (1992).

Uma consideração a ser feita é que o PQIF de Weber et al. (2011) é um programa vivencial, de base analítico-comportamental, consolidado cientificamente e prioriza o arranjo de contingências para a aprendizagem de comportamentos parentais positivos, ao invés do uso exclusivo de instruções verbais. Os encontros posteriores, referentes à ampliação do PQIF, também enfatizaram a modelagem e maximização de comportamentos parentais por meio do manejo de contingências no próprio ambiente do encontro para a aprendizagem e/ou aprimoramento do repertório de auto-observação e autoconhecimento parental. De acordo com Rocha e Brandão (1997), o autoconhecimento parental pode ser desenvolvido ou aprimorado e possibilita aos pais a discriminação de comportamentos parentais facilitadores e daqueles que dificultam a manutenção de interações harmoniosas com seus filhos. Em programas parentais, os pais podem aprender a identificar quais são as variáveis atuantes sobre seus comportamentos parentais e analisar a interferência deles nos comportamentos dos filhos e vice-versa.

As estratégias usadas no programa de intervenção como um todo provavelmente contribuíram para o processo de generalização dos comportamentos parentais aprendidos para o ambiente natural, contribuindo para efeitos positivos nas interações mães-filhos. A generalização, quando é cuidadosamente planejada, é altamente esperada em programas analítico-comportamentais, visto que muitos comportamentos que foram alvos da intervenção (classes de comportamentos parentais) influenciam outras configurações de estímulos ou classes de comportamentos similares que não tiveram foco direto na intervenção (Zazula & Haydu, 2012). A partir disso, a facilitadora procurava analisar contingências, por meio da descrição de relações funcionais (Matos, 1999; Sturmey, 1996), juntamente com as mães, para o levantamento de prováveis contextos antecedentes e as respectivas consequências dos comportamentos parentais ao interagir com seus filhos. Desse modo, o PQIF ampliado parece ter contribuído para que algumas mães pudessem descrever verbalmente seus comportamentos durante as interações com seus filhos, bem como as relações entre os comportamentos infantis e seus próprios, compatível com melhoria de auto-observação e de autoconhecimento, de acordo as considerações de estudos empíricos anteriores (Marinho, 1999; Rocha & Brandão, 1997).

Salienta-se que a tecnologia adotada no PQIF (Weber et al., 2011) é produto de história empírica anterior (Weber, Salvador, & Branderburg, 2006), com replicação (Freitas, 2016), por meio da avaliação dos procedimentos de intervenção, demonstrando eficácia na aprendizagem de práticas parentais positivas. Os ingredientes ativos do PQIF, bem como aquelas usadas nessa versão ampliada do programa, com predominância da análise funcional, contribuíram sobremaneira para as aquisições e manutenções dos comportamentos parentais, facilitando o arranjo de contextos educativos positivos na interação com os filhos no ambiente natural.

Ao término da intervenção, verificou-se que oito mães relataram satisfação com o programa aplicado, descrevendo que as melhoras parentais repercutiram positivamente na interação com seus respectivos filhos. Por isso, decidiram retirar o nome deles da lista de espera para psicoterapia infantil, evidenciando efeitos indiretos do programa na redução das queixas comportamentais dos filhos. Esse resultado indireto do programa parental foi bastante expressivo clinicamente, apontando que o PQIF ampliado teve um impacto positivo para a maioria das mães atendidas no programa, como para seus filhos que não necessitariam mais do atendimento psicoterápico infantil. Esse efeito foi compatível com os achados dos estudos empíricos de avaliação de programa parental realizados por P.F.C. Kanamota, Bolsoni-Silva e J.S.V. Kanamota (2017) e Toni e Piazzetto (2018), que também verificaram efeitos indiretos do programa parental sobre a diminuição das queixas clínicas dos respectivos filhos.

Ademais, outro impacto positivo do programa parental foi que se constituiu em uma modalidade de prestação de serviço oferecido no âmbito de uma clínica- escola de Psicologia, surtindo efeitos desejáveis na diminuição da lista de espera para atendimento psicológico infantil. Sabe-se que estudos empíricos brasileiros têm amplamente discutido sobre as vantagens da implementação de programas parentais, como alternativa à psicoterapia infantil (Marinho, 2000; Marinho & Silvares, 2000; Moura et al., 2008; Pardo & Carvalho, 2011, Toni & Piazzetto, 2018). Como os pais, na perspectiva analítico-comportamental, são considerados mantenedores dos problemas clínicos apresentados pelos filhos, o aprendizado de comportamentos parentais eficazes tem sido um recurso altamente promissor para o arranjo de contextos educativos na interação com seus respectivos filhos, constituindo em fator de proteção para o desenvolvimento infanto-juvenil saudável e harmonioso (Alvarenga et al., 2016; Paterson et al., 1992).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta investigação constou da avaliação dos efeitos de um programa parental, caracterizando uma versão ampliada do PQIF, conduzido por meio de delineamento experimental, com grupo controle e inclusão de seguimento. Por isso, supõe-se que as aquisições comportamentais obtidas ao término do programa e no seguimento foram decorrentes dos procedimentos manipulados no programa de intervenção aplicado e não decorrentes de outras variáveis aleatórias.

Salienta-se que a metodologia empregada no PQIF ampliado favoreceu a aprendizagem e/ou maximização de comportamentos compatíveis com prática parental positiva, bem como a manutenção das aquisições parentais após seis meses. Ademais, houve relatos verbais referentes à melhoria no repertório de auto- observação e autoconhecimento materno e de efeitos indiretos na diminuição de problemas comportamentais dos respectivos filhos.

A perspectiva de que mudanças nas práticas parentais surtam efeitos indiretos desejáveis nas queixas comportamentais dos filhos deve ser amplamente difundida em contextos educativos e em serviços de psicologia, visto que a proposição de programas parentais constitui uma ferramenta altamente viável de modo a abreviar o tempo da criança em fila de espera para psicoterapia infantil. Adicionalmente, se mostra uma modalidade econômica em termos de recursos humanos, pois várias mães recebem atendimento de uma só vez, verificando-se benefícios para elas e para a qualidade da interação com seus filhos.

Embora se tenha observado que este estudo tenha surtido os efeitos desejáveis nas variáveis avaliadas, atendendo aos objetivos propostos, também se constataram algumas limitações metodológicas pelo fato de os resultados terem sidos obtidos, quase que exclusivamente, com base em medidas de autorrelato, por meio da aplicação de instrumentos e de registro de relatos verbais durante os encontros do programa. Nesse sentido, sugere-se que estudos posteriores também incluam medidas de observação direta da interação da díade mãe-filho em situação estruturada ou em ambiente natural.

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