Servicios
Servicios
Buscar
Idiomas
P. Completa
Existência e multiplicidade de soluções para uma equação elítica quaselinear do tipo Kirchhoff
Francisco Helmuth Soares Dias; Márcio Luís Miotto
Francisco Helmuth Soares Dias; Márcio Luís Miotto
Existência e multiplicidade de soluções para uma equação elítica quaselinear do tipo Kirchhoff
Existence and multiplicity of solutions for a quasilinear elliptic equation of Kirchhoff type
Ciência e Natura, vol. 39, núm. 1, pp. 74-83, 2017
Universidade Federal de Santa Maria
resúmenes
secciones
referencias
imágenes

Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar condições suficientes para a existência e multiplicidade de soluções da seguinte classe de problemas do tipo Kirchhoff:

onde a, b > 0 são constantes, Δpu = div(|u|p−2u) é o operador p−Laplaciano com p > 1, Ω é um domínio limitado suave em RN, onde e as funções h(x) e f (x,s) satisfazem condições apropriadas. Utilizaremos neste propósito argumentos variacionais, tais como o Teorema do Passo da Montanha e o Princípio Variacional de Ekeland.

Palavras-chave:Equação de KirchhoffEquação de Kirchhoff, p−Laplaciano p−Laplaciano, multiplicidade de soluções multiplicidade de soluções, métodos variacionais métodos variacionais.

Abstract: The aim of this work is to give some sufficient conditions for the existence and multiplicity of the solutions for the following class of Kirchhoff type problems:

where a,b > 0 are constants, Δpu = div(|u|p−2u) is the p−Laplacian operator with p > 1, Ω is a bounded smooth domain in RN, with and the functions h(x) and f (x,s) satisfy appropriate conditions. We will use for this purpose variational arguments, such as Mountain Pass Theorem and the Ekeland Variational Principle.

Keywords: Kirchhoff Equation, p−Laplacian, multiplicity of solutions, variational methods.

Carátula del artículo

Mathematics

Existência e multiplicidade de soluções para uma equação elítica quaselinear do tipo Kirchhoff

Existence and multiplicity of solutions for a quasilinear elliptic equation of Kirchhoff type

Francisco Helmuth Soares Dias
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
Márcio Luís Miotto
Universidade Federal de Santa Maria, Brasil
Ciência e Natura, vol. 39, núm. 1, pp. 74-83, 2017
Universidade Federal de Santa Maria

Recepção: 15/03/2015

Aprovação: 27/10/2016

1 Introdução

No presente trabalho obtemos resultados de existência e multiplicidade de soluções fracas não negativas da seguinte classe de problemas do tipo Kirchhoff:

(1)

onde a, b > 0 são constantes, Δpu = div(|∇u|p−2u) é o operador p−Laplaciano com p > 1, Ω é um domínio limitado suave em RN, com os expoentes 1 < q + 1 < p, e as funções h(x) e f (x,s) satisfazem as seguintes hipóteses:

(h1) h ϵ L(Ω) e h(x) > 0 em Ω0 ⊂ Ω;

(f1) f (x,s) ϵ C(Ω̅ × [0,∞)), f (x,0) = 0;

(f2) , , q.t.p. x ϵ Ω com 0 ≤ α < 1 < β < ∞ e

Consideramos ainda a seguinte condição:

(f3) Existem C, r > 0 de modo que

q.t.p. x ϵ Ω se sr, onde F(x,s) = s0 f (x,t) dt.

O problema clássico de Kirchhoff

(2)

onde M : [0, + ∞) → [0, + ∞) é uma função contínua, é a versão estacionária da equação

(3)

proposta por Kirchhoff (1883), a qual é uma generalização da conhecida equação de corda vibrante de D’Alembert. O modelo descrito em (3) leva em conta as mudanças no comprimento da corda produzida por vibrações transversais, sendo L o comprimento da corda, h a área da seção transversal, E o módulo de Young do material, ρ a densidade da massa e P0 a tensão inicial. Relacionado com (2), (Perera e Zhang, 2006) abordaram o problema:

(4)

onde Ω ⊂ RN é um domínio limitado suave, N ≥ 1 e a, b > 0. A função g(x,t) é localmente Lipschitz contínua em t ϵ R, uniformemente contínua em x ϵ Ω̅ e subcrítica: |g(x,t)| ≤ C(|t|p−1 + 1), para algum 2 < p < 2*, onde C é uma constante positiva. Eles obtiveram via métodos variacionais a existência de uma solução positiva, uma solução negativa e uma solução mudando de sinal para o problema (4).

Por sua vez, Liang et al. (2013) via o argumento do grau topológico e métodos variacionais obtiveram a existência de soluções positivas para o problema:

(5)

onde Ω ⊂ RN é um domínio limitado suave, N = 1, 2 ou 3, a, b ≥ 0, com a + b > 0, τ é um parâmetro positivo e f (x,t) é uma função contínua que é assintoticamente linear em zero e assintoticamente 3−linear no infinito, com relação a t.

Destacamos também, o importante trabalho de Li et al. (2002), que através do Princípio Variacional de Ekeland e do Teorema do Passo da Montanha, provaram a existência e multiplicidade de soluções positivas para a seguinte classe de problemas elíticos:

(6)

onde Ω ⊂ RN é um domínio limitado suave, N ≥ 1, 0 < q < 1, h ϵ L(Ω), h(x) ≢ 0, e a função f (x,s) contempla os casos de crescimento assintoticamente linear e superlinear com relação a variável s no infinito e o caso linear em s.

Mencionamos ainda o trabalho de Corrêa e Figueiredo (2006) o qual obteve resultados de existência de soluções para o problema

onde 1 < p < N, sp*, λ ≥ 0 e M e f satisfazem certas propriedades. Recentemente Guo e Nie (2015) obtiveram, sob certas condições, resultados de existência de infinitas soluções para a seguinte equação

(7)

Citamos ainda dentre outros, os trabalhos de Huang et al. (2013), Pei (2012), Alves et al. (2005), Alves et al. (2010), Miotto (2010), Miotto (2014) e Sun e Tang (2011), os quais também utilizam métodos variacionais.

Nossos resultados são os seguintes:

Teorema 1.1. Suponhamos que as condições (h1), (f 1) e (f 2) sejam válidas. Então existe uma constante Λ > 0 tal que se ‖h‖ <Λ, o problema (1) possui ao menos uma solução u1 ϵ W01,p(Ω), com u1 0. Além disso, se h(x) ≥ 0, então u1 é positiva q.t.p. em Ω.

Teorema 1.2. Suponhamos válidas as condições (h1), (f 1), (f 2), (f 3) comh < Λ. Então o problema (1) admite uma segunda solução não negativa u2 ϵ W01,p (Ω). Além disso, u2 > 0 q.t.p. em Ω, se h(x) ≥ 0.

Este artigo está organizado da seguinte forma: na primeira seção, exploramos alguns resultados preliminares para este trabalho. Na seção seguinte, através do Princípio Variacional de Ekeland justificamos o Teorema 1.1. Ainda na referida seção, por meio do Teorema do Passo da Montanha faremos a demostração do Teorema 1.2.

2 Resultados Preliminares

Iniciamos essa seção apresentando algumas convenções. Temos que o expoente crítico de Sobolev é dado por . Como de costume, denotaremos a norma do espaço de Lebesgue Lr(Ω) por

Definimos o espaço de Sobolev W01,p (Ω) como sendo o fecho de Cc (Ω) em W1,p(Ω), com respeito a norma

Dizemos que u ϵ W01,p (Ω) é uma solução fraca para o problema (1), se u satisfaz a equação

para toda função φ ϵ Cc (Ω).

A ideia principal dos métodos variacionais é relacionar a existência de solução de uma equação à existência de um ponto crítico de um funcional associado a equação. Associamos então, ao problema (1) o funcional I : W01,p (Ω) → R, definido por

onde u+ = max{0,u} e F(x,t) = t0f (x,s) ds.

Através das hipóteses (h1), (f 1) e (f 2), mostra-se que I ϵ C1(W01,p (Ω),R) e apresenta derivada I’(u) em cada u ϵ W01,p (Ω) dada por

para cada φ ϵ Cc (Ω). Como por definição temos que u ϵ W01,p (Ω) é um ponto crítico do funcional I caso I’(u) = 0 em (W01,p (Ω))*, temos que os pontos críticos de I são soluções fracas de (1).

Abaixo, citamos alguns fatos relevantes para o estudo do problema (1).

Observação 2.1. (i)Consideremos c ϵ R. Uma sequência (un) ⊂ W01,p (Ω) tal que I(un) = c + o(1) e I’(un) = o(1) em (W01,p (Ω))* é dita ser uma sequência (PS)c para o funcional I. Se qualquer sequência (PS)c para o funcional I, possui uma subsequência convergente, então dizemos que I satisfaz a condição (PS) de nível c.

(ii)Se (un) é uma sequência (PS)c limitada para o funcional I, então (un+) também é uma sequência (PS)c para o funcional I. Com efeito, sendo (un) uma sequência (PS)c para o funcional I, então para cada φ ϵ Cc (Ω)

Tomando φ = un− na igualdade acima, decorre que

e usando o fato de que ∫Ωf (x,un+)un− dx = 0, obtemos que

Logo,

Por sua vez, como (un) é limitada eun‖ = ‖un+‖ + o(1), temos toda φ ϵ Cc (Ω)

donde segue que (un+) também é uma sequência (PS)c para o funcional I.

A seguir aprentamos uma condição para a validade da condição (PS) em um certo nível c.

Lema 2.1.Suponhamos válidas as condições (h1), (f 1) e (f 2) e que (un) ⊂W01,p (Ω) é uma sequência (PS)c limitada para o funcional I. Então (un) possui uma subsequência convergente emW01,p (Ω).

Demonstração: Seja (un) uma sequencia (PS)c limitada para o funcional I, com un ≥ 0. Então, passando a uma subsequência se necessário, podemos supor que

e que existe 0 ≤ u ϵ W01,p (Ω), de modo que unu em W01,p (Ω). Pelas condições (h1), (f 1) e (f 2), as imersões de Sobolev e o Teorema da Convergência Dominada, segue que

(8)

(9)

(10)

Assim se considerarmos

segue das relações (8), (9), (10) e do fato que (un) é sequencia (PS)c para o funcional I, que cn = o(1). Por outro lado,

Agora pelo fato que ‖unpc0 e unu em W01,p (Ω), segue que

Assim pelas relações acima, sendo « ·,· » o produto interno euclideano em RN, temos que

(11)

Agora usando o fato que existe C = C(p) > 0 de modo que para todo x,y ϵ RN, temos se p ≥ 2 ou 1 < p < 2 respectivamente que,

obtemos por ‖unpc0 e a relação (11) que existe C > 0 onde

donde segue que unu em W01,p (Ω), o que finaliza a justificativa.

Enunciamos agora dois resultados clássicos da teoria dos pontos críticos, a saber, o Princípio Variacional de Ekeland e o Teorema do Passo da Montanha. Começamos pelo Princípio Variacional de Ekeland, cuja demonstração pode ser encontrada em De Figueiredo (1989).

Teorema 2.1 (Princípio Variacional de Ekeland). Seja (X,d) um espaço métrico completo e Φ : X → R ⋃ {∞} um funcional de classe C1e limitado inferiormente. Então se

existe uma sequência (un) em X satisfazendo a condição (PS)c.

O próximo resultado é o Teorema do Passo da Montanha que pode ser encontrado em Schechter (1991).

Teorema 2.2 (Teorema do Passo da Montanha). Seja X um espaço de Banach real e Φ : XRum funcional de classe C1satisfazendo:

para algum r > 0 e v ϵ X comv‖ > r. Então, existe uma sequência (un) em X satisfazendo a condição (PS)c, onde cν pode ser caracterizado por

onde

Com o objetivo de obter sequências (PS)c para o funcional I fazendo o uso dos resultados acima mencionados, vamos a seguir obter alguns resultados auxiliares sobre as funções f (x,s) e F(x,s) baseados nas condições (f 1) e (f 2). Pela hipótese (f 2), temos que dado ε ϵ (0,1), existe δ > 0 tal que para s ϵ R ⋂ (0,δ) vale

Logo, para 0 < s < δ, temos

(12)

Por outro lado, de , temos que existe δ1 > δ, de modo que 0 < δ1 < s, obtemos

e por conseguinte

(13)

Das desigualdades (12), (13) e como f ϵ C(Ω̅ × [0,∞)), existe Cε > 0 de modo que para todo s ϵ [0,∞)

(14)

Integrando em s a expressão acima, obtemos para s ≥ 0,

(15)

O próximo resultado será essencial para garantirmos as hipóteses do Teorema do Passo da Montanha, bem como para a demonstração da existência de uma solução através do Princípio Variacional de Ekeland.

Lema 2.2. Suponhamos que as condições (h1) ,(f 1) e (f 2) sejam satisfeitas. Então existem r, γ > 0 e Λ > 0, Λ = Λ(a,α, p,q, f ,N,Ω), tal que para qualquer h ϵ L(Ω) comh < Λ temos que

para todo u ϵ W01,p (Ω), comu‖ = r.

Além disso, existe v0 ϵ W01,p (Ω) comv0‖ > r, tal que I(v0) < I(0).

Demonstração: Utilizando o fato que para todo s,t ϵ [0,∞), temos

e a estimativa (15) e por fim as Imersões de Sobolev, obtemos que

(16)

onde Cq é uma constante positiva de modo que

Devido a condição (f 2), como α < 1, podemos escolher ε > 0 tal que . Sejam ainda e .

Consideremos para cada t ≥ 0 a função

Como 0 < q < p − 1, temos que g possui mínimo global no ponto

onde e então

Assim existe uma constante Λ = Λ(a,α,q,p, f ,N,Ω) > 0 tal que se ‖h‖∞ < Λ então g(r) < C1. Portanto, se ‖h < Λ, segue pela desigualdade (16) que para todo u ϵ W01,p (Ω) com ‖u‖ = r e γ = (C1g(r))rp > 0 que

Resta justificar que existe v0 ϵ W01,p (Ω) de modo que ‖v0‖ > r, tal que I(v0) < I(0). Para tanto, pelo fato de β > 1 existe ε > 0 de modo que μ1 < (β − 2 ε)μ1. Assim pela definição de μ1, existe 0 v ϵ W01,p (Ω) de modo que

Assim pela desigualdade (15), segue que

Portanto, pela desigualdade acima e o fato que p < p2 e β − 2ε < βε, segue que

quando t → ∞. Logo existe t0 > 0 suficientemente grande onde se v0 = t0v, temos que v0 ϵ W01,p (Ω) com ‖v0‖ > r e tal que I(v0) < I(0).

3 Demostração dos resultados

Procedemos inicialmente a demonstração do Teorema 1.1, que nos garante a existência de uma solução para o problema (1).

Demonstração do Teorema 1.1: Para cada R > 0 consideramos

Sejam r > 0 obtido no Lema 2.2. Como Br é um conjunto fechado em (W01,p (Ω),‖ · ‖), o qual é um espaço de Banach, decorre que (Br, ‖ · ‖) é também um espaço métrico completo. Novamente, pelo Lema 2.2, temos existe γ > 0 de modo que

Ainda, note que por I ser um funcional contínuo em Br, está bem definido o valor

Observermos que pela definição de c1 e a estimativa acima temos

(17)

Dado h ϵ L(Ω), consideremos v ϵ Cc (Ω0), onde v 0 e

Então pela relação (15), considerando ε > 0 de modo que βε > 0, segue que

Logo para t → 0+ como q + 1 < p, obtemos I(tv) < I(0). Mas para t > 0 de modo que tv‖ < r, temos que tv ϵ Br o que implica pela definição de c1 que

Portanto pela relação (17) e pelo Princípio Variacional de Ekeland, temos que existe (un) ⊂ Br sequência (PS)c1 para o funcional I. Agora pelo fato que (un) ser limitada em (W01,p (Ω), pela Observação 2.1 podemos supor que 0 ≤ un.

Em virtude do Lema 2.1 existem 0 ≤ u1 ϵ (W01,p (Ω) tal que, a menos de subsequência, un converge fortemente para u1 em W01,p (Ω).

Assim se Se 1 < q + 1 < p, pela continuidade de I, obtemos I(u1) = c1 < I(0), donde segue que u1 0 e pela continuidade da derivada I’ temos I’(u1) = 0, isto é, u1 é um ponto crítico do funcional I e consequentemente uma solução fraca do problema (1).

Além disso, se considerarmos h(x) ≥ 0, obtemos Δpu1 ≤ 0. Logo, pelo Princípio do Máximo Forte (Vazquez, 1984) existem duas possibilidades, ou u1 > 0 em Ω ou u1 ≡ 0 q.t.p. em Ω. Entretanto, como I(u1) = c1 < I(0), segue que u1 > 0 em Ω, o que prova o Teorema 1.1.

Vamos agora, através do Teorema do Passo da Montanha, garantir a existência de uma segunda solução não negativa, do problema (1).

Demonstração do Teorema 1.2: Sejam r,γ,Δ > 0 dados no Lema 2.2. Suponhamos que h satisfaz a condição (h1) e ‖h < Λ. Aplicando o Teorema do Passo da Montanha com X = W01,p (Ω) e Φ = I temos que para

existe uma sequência (un) ⊂W01,p (Ω) tal que (un) é uma sequência (PS)c para o funcional I.

Devemos mostrar que (un) é uma sequência convergente. Para tanto, pelo Lema 2.1, basta mostrar que (un) é limitada em W01,p (Ω).

Suponhamos que isso não ocorra, isto é, ‖un‖ → ∞, quando n → ∞ e seja

Claramente, wn é limitada em W01,p (Ω), pois ‖wn‖ = 1. Logo podemos supor, a menos de subsequência, que existe w0 ϵ W01,p (Ω) de modo que wnw0 em W01,p (Ω), wnw0 em Lr(Ω), se 1 ≤ r < p* e wnw0q.t.p. em Ω.

Mostremos agora que w0 ≡ 0 em Ω. Caso w0 ≢ 0 em Ω, temos que Ω |w0|p²dx > 0. Assim pela condição ( f 2) e do fato que f ϵ C(Ω̅ × [0,∞)), que existe Cε > 0 onde para todo s ϵ [0,∞)

(18)

Então por (un) ser uma sequência (PS)c para o funcional I, por ‖un‖ → ∞ e q < p2, temos

donde segue que

Então pela igualdade acima, a relação (18) e por p2 > p, segue que

Dessa forma temos que

o que é uma contradição pois ε > 0. Portanto w0 ≡ 0 em Ω.

Segue de (f 3) e do fato que f ϵ C(Ω̅ × [0,∞)), que existe C > 0 onde para todo s ϵ [0,∞)

(19)

Assim como (un) é uma sequência (PS)c ilimitada para o funcional I, pela relação (19) e q + 1 < p, segue que

Portanto, (un) é uma sequência limitada em W01,p (Ω). Sendo assim, pela Observação 2.1 podemos supor que un ≥ 0 e devido o Lema 2.1 existe 0 ≤ u2 ϵ W01,p (Ω) tal que, a menos de subsequência unu2 em W01,p (Ω). Uma vez que o funcional I ϵ C1(W01,p (Ω),R), segue que I(u2) = c > I(0) > I(u1) e I’(u2) = 0. Logo, u2 é solução fraca não negativa do problema (1), distinta da solução u1.

Caso h(x) ≥ 0, da mesma forma que na demonstração do Teorema 1.1 obtemos Δpu2 ≤ 0 e assim, pelo Princípio do Máximo Forte, u2 > 0 q.t.p. em Ω, o que conclui a demonstração.

Material suplementar
Referência
Alves, C., O, Corrêa, F. J. S. A., Figueiredo, G. M. (2010). On a class of nonlocal elliptic problems with critical growth. Differential Equations and Applications, 2, 409–417.
Alves, C. O., Corrêa, F. J. S. A., Ma, T. F. (2005). Positive solutions for a quasilinear elliptic equation of Kirchhoff type. Computers and Mathematics with Applications, 49, 85–93.
Corrêa, F., Figueiredo, G. (2006). On an elliptic equation of p-Kirchhoff type via variational methods. Bulletin of the Australian Mathematical Society, 74, 263–277.
De Figueiredo, D. G. (1989). Lectures on the Ekeland Variational Principle with applications and detours. Springer-Verlag.
Guo, Y., Nie, J. (2015). Existence and multiplicity of nontrivial solutions for p-Laplacian schrodinger-Kirchhoff-type equations. Journal of Mathematical Analysis and Applications, 428, 1054–1069.
Huang, J., Chen, C., Xiu, Z. (2013). Existence and multiplicity results for a p-Kirchhoff equation with a concave-convex term. Applied Mathematics Letters, 26, 1070–1075.
Kirchhoff, G. (1883). Mechanik. Teubner.
Li, S., Wu, S., Zhou, H. S. (2002). Solutions to semilinear elliptic problems with combined nonlinearities. Journal of Differential Equations, 185, 200–224.
Liang, Z., Li, F., Shi, J. (2013). Positive solutions to Kirchhoff type equations with nonlinearities having prescribed asymptotic behavior. Annales de I Henri Poincare (C) Nonlinear Analysis, 31, 155–167.
Miotto, M. L. (2010). Multiple solutions for elliptic problem in RN with critical Sobolev exponent and weight function. Communications on Pure and Applied Analysis, 9, 233–248.
Miotto, M. L. (2014). Multiplicidade de soluções para uma classe de problemas quaselineares críticos em RN envolvendo função peso com mudança de sinal. Ciência e Natura, 36, 367–379.
Pei, R. (2012). On a p-Laplacian equation of Kirchhoff-type with a potential asymptotically linear at infinity. Journal of Mathematical Analysis, 6(27), 1347–1353.
Perera, K., Zhang, Z. (2006). Sign changing solutions of Kirchhoff type problems via invariant sets of descent flow. Journal of Mathematical Analysis and Applications, 317, 456–463.
Schechter, M. A. (1991). A variation of the Mountain Pass lemma and applications. Journal London Math Soc, 44, 491–502.
Sun, J. J., Tang, C. L. (2011). Existence and multiplicity of solutions for Kirchhoff type equations. Nonlinear Analysis, 74, 1212–1222.
Vazquez, J. L. (1984). Strong Maximum Principle for some quasilinear elliptic equations. Applied Mathematics and Optimization, 12, 191–202.
Notas
Buscar:
Contexto
Descargar
Todas
Imágenes
Visualizador XML-JATS4R. Desarrollado por Redalyc