Primeiro volume e número da Laplage em Revista: antecedentes e perspectivas

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As motivações ou finalidades que ensejam a criação de um periódico científico no âmbito das universidades, embora reúnam demandas específicas de sua comunidade, tem em comum o comprometimento com a difusão e recorrências próprias das descobertas científicas, do aprimoramento de processos, inovações e, certamente, com a formação de novas gerações de pesquisadores e estudantes de distintas áreas do conhecimento. Sob essa dimensão, a partir do Grupo de Estudos e Pesquisas Estado, Políticas, Planejamento, Avaliação e Gestão da Educação [GEPLAGE], foram consideradas a necessidade da criação de um Laboratório que favorecesse a materialidade e socialização da pesquisa científica em sua área de especificidade, pauta debatida, aprovada e encaminhada para o respaldo e aprovação no âmbito do Departamento de Ciências Humanas e Educação [DCHE] da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba.

Duas demandas foram identificadas como pontos relevantes ao encaminhamento ao Departamento e a) a definição do nome do Laboratório do grupo, b) a discussão e elaboração do regulamento, de modo que pudesse explicitar suas atividades, possibilitando a sistematização e devolutivas para a comunidade intra e extra-universidade.

No processo de apreciação de propostas de nomes possíveis, fora apontado pelos membros de que LAPLAGE seria o nome representativo da instância, considerada a sua objetividade e identidade com o grupo. A demanda do nome fora atendida. Elencando-se prioridades, a missão e comprometimentos do recém-laboratório foram considerados quatro eixos que se materializam como a finalidade do Laboratório e que integram o seu regulamento, possibilitando a produção e difusão do conhecimento:

I – Apoiar atividades de pesquisa, extensão e ensino dos demais grupos de pesquisas certificados pela instituição que atuam na área da educação, nas especialidades sobre Estado, política educacional, planejamento, avaliação e gestão de sistemas/redes e instituições;

II – Disponibilizar a docentes, discentes, técnicos, egressos de cursos oferecidos por Instituições de Educação Superior (IES), pesquisadores de outras IES, profissionais das redes públicas de educação básica; informações e espaços de participação em projetos e pesquisas, especificadas suas naturezas (abertas/restritas);

III – Listar e, quando for o caso, disponibilizar acervo bibliográfico do GEPLAGE a documentos especializados e respectivas produções do Laboratório.

IV – Propiciar condições iniciativas de produção de material didático para a área a qual o LAPLAGE se vincula, bem como, ministração de atividades que envolvam ensino, pesquisa e extensão.

Uma vez concluído os trabalhos e encaminhamentos, incluímos como ponto de pauta da 33ª Reunião do Departamento de Ciências Humanas e Educação, a criação do Laplage e o seu regulamento, no início do ano, mais precisamente no dia 26 de fevereiro de 2015, reunião ocorrida às 14:00 no Laboratório de Pedagogia [LAPED]. Por unanimidade houve respaldo favorável do colegiado do Departamento.

Articulado ao Departamento e ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCAR-Campus Sorocaba, o Laplage deu início à construção do escopo da Revista, daí o nome: Laplage em Revista, veículo que tem como compromisso, para além de ser apenas um periódico de divulgação de trabalhos, caracteriza-se também como desencadeador de pesquisas e estabelecimentos de parcerias que viabilizem a construção de saberes e formação de pesquisadores e estudantes na área educacional.

Portanto, LAPLAGE EM REVISTA é um periódico eletrônico da área da educação, produzido a partir do Laboratório de Estudos e Pesquisas Estado, Políticas, Planejamento, Avaliação e Gestão da Educação, vinculado ao Programa de Pós-Graduação e ao Departamento de Ciências Humanas e Educação da UFSCAR-Campus Sorocaba/SP. De periodicidade quadrimestral, caracteriza-se como um dos eixos de difusão, provocação, produção e recorrências do conhecimento no campo da pesquisa educacional no Brasil, socializando e oportunizando espaços para o desenvolvimento da excelência acadêmica e imersão científica, missão da universidade brasileira.

O próximo passo seria conseguir um domínio que pudesse hospedar a Revista. Ao dialogarmos com a Secretaria Geral de Informática (SIN-UFSCAR), tivemos a alegria de sermos orientados quanto aos encaminhamentos necessários para a disponibilização e uso do domínio, explicitando-se, que o processo de gerenciamento e alimentação do mesmo caberia ao editor-gerente ou editor responsável. Como já tínhamos experiência na utilização da plataforma OJS, essa exigência não era um problema para o Laboratório. Trouxemos as informações ao Geplage, preenchemos os formulários adequados e aguardamos a sua devolutiva.

Enquanto isso, organizamos uma seleção significativa de colaboradores em nível de listagem da Comissão Editorial, Conselho Editorial Nacional, Conselho Editorial Internacional, Revisores, dentre outros, e fomos um a um encaminhando uma consulta inicial sobre a disponibilização em participar como um dos membros da Equipe da Revista. Grande parte dos convites tiveram prontidão nas devolutivas e o melhor com anuência à participação. Desde seus primeiros passos, portanto, Laplage em Revista conta com o apoio de profissionais da área da educação de reconhecido mérito acadêmico e científico, de expressão nacional e internacional, encampamento esse que consolida a missão da Revista e lhe exige dedicação e esmero na dimensão da excelência e comprometimentos científicos.

No final de março, início de abril de 2015, a SIN-UFSCAR, nos fornece um domínio provisório para alimentação dos dados iniciais e em menos de uma semana o domínio definitivo com a seguinte identificação: http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/lpg. Um conjunto de pessoas foi mobilizado para nos ajudar quanto à formação completa da Equipe, onde passamos a definir as áreas em que deveriam nos auxiliar: Editor-Gerente, Editores, Editores de Seção, Editores Adjuntos, Coordenação de Edições, Assistente e Secretaria de Edições, Padronização Bibliográfica, Revisão da Língua Espanhola, Revisão da Língua Inglesa, Revisão Estatística, Comissão Editorial, Conselho Editorial Nacional e Conselho Editorial Internacional.

A intensificação dos trabalhos somente não fora maior porque grande parte do material para alimentar a Revista estava pronta. Concluímos a arte e todos os requisitos necessários da Plataforma e comunicamos a Chefe de Departamento sobre a socialização da criação da Revista. Tivemos bom acolhimento e fomos orientados a explicitarmos no item 3 (Comunicação dos Membros do Conselho do DCHE) – Comunicação dos Membros. Essa 35ª reunião ordinária do Departamento realizou-se dia 30 de abril de 2015, às 14h00min no Laboratório de Pedagogia, sala ATLAB 120.

Ao chegarmos nessa etapa de disponibilização do volume 1, número 1, ano de 2015 da Laplage em Revista, temos como memorial o empenho das diversas mãos e vozes que estiveram e estão empenhando esforços para a consolidação desse periódico científico. Nessa perspectiva e diferentemente do que propõe o relógio do desenvolvimento científico-tecnológico “a toque de caixa”, a nossa projeção e missão é trazer como recorrência e encaminhamento, em cada número, elementos que auxiliem na construção de novas pesquisas, pesquisadores, estudantes e do “professor-pesquisador”.

O processo de construção do conhecimento não é tarefa de um único dia, olhar ou contribuição unilateral, todos sabemos dessa assertiva, daí o cuidado da Laplage em Revista, que cuidará nalguns números temáticos que solicitem o olhar do professor pesquisador-universitário (principalmente, mas não exclusivamente) sobre algumas possiblidades de investigações na conhecida, mas sempre atual aproximação professor-estudante.

À medida que o docente ou professor-pesquisador entende que deve provocar o estudante no desenvolvimento de um ritmo, também deve levar em conta a valoração centrada nas descobertas, nas rupturas e permanências do movimento da construção do pensamento epistemológico daquele, o que não desmerece os postulados científicos ou mesmo se torna prejudicial à formação de um “background” instrumental ao exercício de sua opção profissional, entretanto, acresce a viabilização do vir-a-ser, o que, por sua vez, pode ultrapassar a obviedade de uma formação unidimensionalmente instrumental. Logo, a educação do olhar do professor-pesquisador na universidade em todas as áreas do conhecimento deve transcender à lógica utilitarista do conhecimento historicamente acumulado ou por se construir, mesmo por que, o objeto que constrói também se autoproduz.

A preocupação e comprometimento com essa diretriz nos exige diálogos permanente a partir das pesquisas, proposições, desafios e encaminhamento, pontos que estarão na pauta das orientações de cada número e dossiê publicado em Laplage em Revista, pois acreditamos que os autores que “falam” são também atores do ou no contexto dos objetos, o que possibilita uma considerável consistência dos pontos que apresentam e das reflexões que são desencadeadas a partir dos mesmos, mesmo porque as publicações submetidas à revista serão avaliadas por pares, problematizadas com critérios de radicalidade, rigorosidade e visão de conjunto, elementos próprios dos saberes e fazeres científicos.

Nesse sentido, o “quem fala” não parte de cogitações especulativas sobre o objeto, ao mesmo tempo em que reconhece a dimensão da possibilidade e necessidade de outras vozes e múltiplas contribuições que se fazem e farão sobre as temáticas elencadas.

Com esse olhar, prezado leitor, membros da equipe, colaboradores diretos ou indiretos, é que temos a consciência de que estamos socializando uma contribuição que poderá vos servir de ponto de referência para o desenvolvimento e conhecimento de pesquisas em educação nos eixos do Estado, Políticas, Planejamento, Avaliação e Gestão da Educação¹.

http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/lpg/article/download/3/352 (pdf)

[Artigo corrigido , vol. 1, 1-3] http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/lpg/article/view/3/352